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Robespierre Cardoso da Cunha

Robespierre Cardoso da Cunha

Shalom.

Grande paz, bondade, bênção, graça, gentileza e compaixão sobre nós. Abençoa-nos, nosso Pai, todos nós como um só, com a luz do Teu rosto, pois com a luz do teu rosto nos deste, Adonai, nosso Elohim, a Torá da vida e amor de bondade, justiça, bênção, compaixão, vida e paz. E isto pode ser bom diante de Teus olhos para abençoar Teu povo a cada momento e a cada hora com a Tua paz. Bendito és Tu, Elohim, que abençoa todo o teu povo com paz.

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A Genealogia de Yeshua

Ter, 02 de Agosto de 2011 13:50 Publicado em Estudos
Uma Solução para a Aparente Contradição

 

Matitiyahu / Mateus 1:16. Neste versículo, o Brit Hadasha Netzari diz o seguinte:

e a Ya'akov nasceu Yosef, pai de Miriyam, da qual nasceu Yeshua, que é chamado o Mashiach.”

 

percebe a diferença. A palavra que normalmente é traduzida como ‘ marido’ está traduzida como ‘ pai’ . Mas, por que?

O objetivo deste artigo é justamente esclarecer esta questão, que a meu ver é uma questão crucial, pois não está em jogo apenas um versículo, mas toda a credibilidade da genealogia de Yeshua.

O artigo consiste de duas partes: Primeiramente, pretendo demonstrar que se admitirmos que o BHN está correto, é o fim de toda e qualquer contradição que os chamados “ anti-missionários” poderiam tentar apontar na genealogia de Yeshua. Se o BHN está correto, então não há como negar que Yeshua é filho de David, nem há como apontar erros nos relatos dos evangelhos.

 

2 – A ‘ Tragédia Grega’

A fonte da tradução popular é o grego, que inegavelmente traz o termo ‘ marido’ . Contudo, é praticamente unânime entre os estudiosos que Matitiyahu / Mateus não foi escrito em grego, mas sim em uma língua semita: hebraico ou aramaico. Como o aramaico é um dialeto do hebraico, e muitas vezes era confundido com o mesmo, não há como determinar o original. De qualquer forma, os manuscritos semitas mais antigos que temos são o Sírio Antigo e a Peshitta. Não pretendo me estender muito neste assunto em particular.

A tradução grega, ao listar Mt. 1:16 como ‘ marido’ , praticamente fechou questão com relação a este assunto. Contudo, as coisas não são assim tão simples, pois a palavra traduzida normalmente como ‘ marido’ também pode ser traduzida como ‘ homem’ e ‘ pai’ . Todas as três traduções estão presentes ao longo do texto do Brit Hadasha (“ Novo” Testamento). Porém, o que pretendo demonstrar é que a palavra ‘ pai’ é a que mais faz sentido neste caso.

 

3 – A Genealogia de Yeshua

A genealogia de Yeshua é encontrada tanto em Matitiyahu (Mateus) quanto em Lucas. Abaixo, listaremos em dois quadros as duas genealogias, para nos ajudar a compreender o engodo.

 

I – A Genealogia de acordo com Matitiyahu / Mateus:

Primeira Série Segunda Série Terceira Série

Avraham Shlomo Sh'altiel

Yitz'chak Rechav'am Z'rubavel

Ya'akov Aviyah Av'ichud

Yehudah Asa Elyakim

Peretz Y'hoshafat Azur

Chetzron Y'horam Tzadok

Ram Uziyahu Ammon

Amminadav Yotam El'ichud

Nachson Achaz El'azar

Salmom Chizkiyahu Mattan

Bo'az M'nasheh Ya'akov

Oved Ammon Yosef (considerado aqui como

marido de Miriyam)

Yishai Yoshiyahu Yeshua

David Y'chanyah

II – A Genealogia de acordo com Lucas:

Primeira Série Segunda Série Terceira Série

Avraham Nathan Er

Yitz'chak Mattatah Elmadan

Ya'akov Manah Kosam

Yehudah Mal'ah Adi

Peretz Elyakim Malki

Chetzron Yonam Neri

Ram Yosef Sh'altiel

Amminadav Yehudah Z'rubavel

Nachson Shimon Reisha

Salmom Levi Yochanan

Bo'az Mattat Yodah

Oved Yoram Yosef

Yishai Eli'ezer Shim'i

David Yehoshua Matitiyahu

Machat

Nagai

Hesli

Nachum

Amotz

Matitiyahu

Yosef

Yannai

Malki

Levi

Mattat

Eli

Yosef (marido de Miriyam)

Yeshua

4 - Entendendo os Problemas da Tradução Tradicional

Quando comparamos os quadros das duas traduções, vemos logo de cara quais são os problemas da interpretação original:

Problema 1: Diferenças entre Matitiyahu e Lucas

A primeira coisa que de cara salta aos olhos é a grande disparidade que há entre um relato e outro. As diferenças são demasiadamente grandes para permitir uma conciliação, sendo o único nome coincidente o de Elyakim, e mesmo assim percebemos nitidamente pela posição da tabela que são pessoas diferentes.

Há quem atribua a genealogia de Lucas a Miriyam, porém este é um argumento fraquíssimo pois o texto em Lucas é muito claro quanto à genealogia ser de Yosef.

Problema 2: Linhagem de Shlomo (Salomão) vs. Linhagem de Nathan

Alguns tentam conciliar esta diferença valendo-se da instrução da Torah de que caso um homem venha a falecer, seu irmão deve casar-se com sua viúva a fim de garantir-lhe uma linhagem. Contudo, não temos nada nas Escrituras que indique que isto ocorreu, portanto seria na melhor das hipóteses uma especulação.

E, considerando as diferenças entre os nomes dos descendentes, não seria uma hipótese muito provável.

Problema 3: Falta um nome em Matitiyahu

Outro problema inexplicável é o seguinte: se o Yosef em questão é de fato marido de Miriyam, então temos 14-14-13 gerações em Matitiyahu (Mateus) e não 14-14-14 como o próprio Matitiyahu (Mateus) escreve.

Existem pelo menos duas tentativas de se explicar tal situação: uns dizem que este ou aquele nome contaria duas vezes, o que beira o absurdo. Outra tentativa mais sensata é a de utilizar como fonte os manuscritos hebraicos da idade média, que listam Avner entre Av’ ichud e Elyakim. Isto resolveria esta problema, contudo esbarramos em duas dificuldades:

a) não há como provar que os manuscritos da idade média são cópias do original;

b) esta solução não resolveria os problemas 1, 2 e 4

Problema 4: Semente de David

De acordo com o grego, ambas as genealogias seriam de Yosef. Desta forma, não haveria como garantir que Miriyam é filha de David. Assim, um dos pilares de nossa fé estaria comprometido, pois o Messias viria da semente de David. Existem versículos que deixam claro que Yeshua é descendente biológico de David.

Romanos 1:3 diz “ acerca de seu Filho, que nasceu da semente de David segundo a carne” . Isto deixa claro que Yeshua nasceu descendente de David segundo a carne, e não segundo adoção.

5 – Entendendo o Original

Agora que já estabelecemos quais são os grandes problemas da versão grega da genealogia de Yeshua, vamos ver o que diz o aramaico. A resposta está em Matitiyahu (Mateus) 1:16, onde no aramaico temos “ Ga’ bra” , que é um substantivo enfático que se origina da raiz “ Gabar” , que quer dizer “ ser forte, bravo, varonil, corajoso” . Para quem conhece o hebraico, é equivalente à raiz “ Gabar” .

O termo utilizado em Mt. 1:16 possui forma pronominal possessiva, que poderia ser entendido como “ o Ga’ bra dela” . Logo, temos, “ Yosef, Ga’ bra de Miriyam” .

6 – O Uso de ‘ Ga’ bra’ na Peshitta

Conforme dito na introdução, esta palavra na Peshitta aparece diversas vezes, assumindo as três formas listadas: homem, pai ou marido. Na maioria das vezes, o termo utilizado quer dizer simplesmente ‘ homem’ ?

Mas como então sabemos se a palavra acima pode ser entendida como ‘ pai’ ou ‘ marido’ ? Tudo depende do contexto. Se vemos algo do tipo ‘ Ga’ bra da Galiléia’ , certamente o termo se refere a um homem. Se vemos algo do tipo ‘ Ga’ bra de Ana’ , entenderemos como marido de Ana. Da mesma forma, o uso de ‘ Ga’ bra’ em uma genealogia, referindo-se a um pai seria algo perfeitamente plausível.

Vejamos agora os lugares onde ‘ Ga’ bra’ é utilizado na Peshitta:

I – Exemplos de ‘ Ga’ bra’ significando apenas ‘ homem’

- Mt. 7:24; Mt. 7:26; Mt. 8:9; Mt. 9:9

II – Exemplos do variante contextual significando ‘ marido’ :

- Mt. 19:5; Mt. 19:19; Mc. 10:2; 1 Co. 7:14; 2 Co.11:2; Ef. 5:23;

III – Exemplos do variante contextual significando ‘ pai’ :

- Mt. 7:8; Mt. 21:28; Mt. 22:2; e possivelmente Mt. 1:16;

7 – O Caso de Matitiyahu

Agora voltemos para Matitiyahu 1. Temos ainda mais um indício linguístico de que neste caso ‘ Ga’ bra’ seria melhor traduzido como ‘ pai’ . O motivo está em Matitiyahu (Mateus) 1:19. Repare que neste caso, é utilizado termo ‘ Ba’ la’ , que deriva da raiz ‘ Baal’ (senhor), e que é comumente traduzido como marido.

Pode-se ver exemplos de ‘ Ba’ la’ nos seguintes versículos: - Mt. 1:19; Mc. 10:12; Lc. 2:36; Jo. 4:16-18; Rom. 7:2-3; 1 Co. 7:4, 7:10, 7:13, 7:16, 7:39; Ef. 5:33; 1 Tim. 3:2; Tito 1:6; Do ponto de vista linguístico, não é raro o uso de uma repetição de termos. Portanto, repetir o termo ‘ marido de Miriyam’ no 1:16 e no 1:19 seria algo estranho, SE O TERMO FOSSE O MESMO.

Mas por que as Escrituras utilizariam duas palavras diferentes, num mesmo texto e bem próximas uma da outra, se o significado fosse o mesmo?

Outro ponto a favor de entendermos ‘ Ga’ bra’ como ‘ pai’ é justamente o fato do contexto ser genealógico.

8 – Dois “ Yosefs”

A hipótese de haverem duas pessoas chamadas Yosef não seria fato estranho entre os judeus, visto que Yosef é um nome bastante comum (basta ver a genealogia em Lucas), tendo em vista a importância do personagem bíblico que primeiro recebeu tal nome.

Além disto, o haver dois “ Yosefs” seria uma explicação linguística bastante razoável para Matitiyahu (Mateus) usar dois termos diferentes, algo que dificilmente seria feito algumas linhas abaixo se o segundo Yosef não fosse outro.

9 – Eliminando Contradições

É impressionante como um só versículo pode fazer toda a diferença. Veja como fica agora:

I – A Genealogia de Miriyam:

Primeira Série Segunda Série Terceira Série

Avraham Shlomo Sh'altiel

Yitz'chak Rechav'am Z'rubavel

Ya'akov Aviyah Av'ichud

Yehudah Asa Elyakim

Peretz Y'hoshafat Azur

Chetzron Y'horam Tzadok

Ram Uziyahu Ammon

Amminadav Yotam El'ichud

Nachson Achaz El'azar

Salmom Chizkiyahu Mattan

Bo'az M'nasheh Ya'akov

Oved Ammon Yosef (pai de Miriyam)

Yishai Yoshiyahu Miriyam

David Y'chanyah Yeshua

II – A Genealogia de Yosef:

Primeira Série Segunda Série Terceira Série

Avraham Nathan Er

Yitz'chak Mattatah Elmadan

Ya'akov Manah Kosam

Yehudah Mal'ah Adi

Peretz Elyakim Malki

Chetzron Yonam Neri

Ram Yosef Sh'altiel

Amminadav Yehudah Z'rubavel

Nachson Shimon Reisha

Salmom Levi Yochanan

Bo'az Mattat Yodah

Oved Yoram Yosef

Yishai Eli'ezer Shim'i

David Yehoshua Matitiyahu

Machat

Nagai

Hesli

Nachum

Amotz

Matitiyahu

Yosef

Yannai

Malki

Levi

Mattat

Eli

Yosef (marido de Miriyam)

Yeshua

Com isto, temos o seguinte:

a) Yeshua é descendente de David tanto de fato (Miriyam) quanto de direito (Yosef);

b) Temos realmente 14 gerações listadas na 3ª. Série de Matitiyahu (Mateus);

c) Não há contradições entre Matitiyahu (Mateus), que se refere a Miriyam, e Lucas, que se refere a Yosef;

d) Não é necessário lidar com o problema de Yosef descender de Shlomo (Salomão) e Nathan;

e) Explica-se o porquê de Matitiyahu (Mateus) usar “ duas palavras diferentes para Yosef” .

f) Não precisamos depender de hipóteses para “ resolver” os problemas acima;

10 – Refutando Argumentos Frequentes

Ao conversar com algumas pessoas a cerca desta situação, notei que alguns dos argumentos apresentados eram muito comuns. Lidaremos com alguns deles aqui:

A: Matitiyahu (Mateus) na realidade foi escrito em grego:

R: Muitos dos chamados ‘ pais da igreja’ atestaram para o fato de que Matitiyahu (Mateus) foi escrito em hebraico: Epifânio, Jerônimo, Eusébio, etc. Não pretendo aqui fazer uma extensa lista de citações, pois creio que sejam bastante conhecidas

A: Judeus muitas vezes tinham/têm dois nomes. Lucas e Matitiyahu (Mateus) usaram nomes diferentes para as mesmas pessoas:

R: Isso seria razoável para supormos algumas diferenças, mas não para uma genealogia que se segue completamente diferente desde Nathan

A: Nathan provavelmente morreu e Shlomo (Salomão), cumprindo a Torah, assumiu sua esposa (ou vice-versa):

R: Onde diz isso no Tanach? Na melhor das hipóteses, é uma especulação. Mesmo assim, o problema está na junção dos dois fatos: a diferença nos nomes das gerações e a linhagem de Shlomo vs. Linhagem de Nathan. Os dois argumentos aqui expostos seriam até bem razoáveis, se existissem isoladamente. Mas, quando combinamos estes dois fatos, ficam praticamente insustentáveis.

A: Mulheres não costumam serem contadas em genealogias:

R: Primeiramente, estamos tratando de uma mulher muito especial, em uma situação completamente especial e atípica, pois Yeshua não teve pai biológico humano. Logo, seria bastante razoável a citação de Miriyam para demonstrar que Yeshua descendia biologicamente de David.

Parte 1

A Eternidade(O Eterno se fez humano) do Mashiach nas Escrituras

Há diversas posições diferentes que têm que ser tratadas quando apresentamos a Eternidade(O Eterno se fez humano) do Mashiach:

Posição Judaica Anti-Eternidade(O Eterno se fez humano) - estes rejeitam a Eternidade(O Eterno se fez humano) do Mashiach porque insistem que é contrária ao Judaísmo. Estes não são persuadidos pelo Ketuvim Netzarim (Novo Testamento) como "provas textuais". Eles descartam a validade destes textos como prova, e podem até considerá-los corrompidos porque supostamente não é teologia Judaica. Rejeitam os textos de prova do Tanach simplesmente baseado na suposta premissa de que o Judaísmo não intepreta tais textos desta maneira.

Posição Puramente-Bíblica de Anti-Eternidade(O Eterno se fez humano) - estes rejeitam a Eternidade(O Eterno se fez humano) do Mashiach porque insistem que é contrária à Escritura. Não são persuadidos pela demonstração que a doutrina é autenticamente judaica. Muitos destes desprezam a tradição judaica e em especial a Cabalá.

Teologia Cristã "Unicista"

Teologia Cristã Trinitariana Ortodoxa

Acabamos nos engajando em um debate em múltiplas frentes. Ao provar que o Ketuvim Netzarim ("Novo Testamento") ensina a Eternidade(O Eterno se fez humano) do Mashiach ao "Judaísmo Anti-Eternidade(O Eterno se fez humano)" conseguiremos geralmente somente provar em suas mentes que o Ketuvim Netzarim (Novo Testamento) está errado. Devem ser mostrados que o ensino é autenticamente judaico.

Entretanto "os seguidores da Anti-Eternidade(O Eterno se fez humano) bíblica pura" interpretam de forma errada ou deturpam argumentos, usando-os como "prova" de que a doutrina da Eternidade(O Eterno se fez humano) é baseada somente em fontes extra bíblicas e não pode ser mostrada nas próprias escrituras. E frequentemente indivíduos isolados flutuam entre as duas posições, não percebendo a sua inconsistência. Ao mesmo tempo, cristãos ortodoxos trinitários, cristãos unitários e outros estão levantando suas próprias questões ao longo do caminho, o que serve apenas para deixar de lado a questões principal.

Portanto, a fim de tratar de todas as lições de uma maneira organizada este estudo será apresentado em cinco partes:

Parte 1: A Eternidade(O Eterno se fez humano) do Mashiach nas Escrituras

Parte 2: A Eternidade(O Eterno se fez humano) do Mashiach é Judaica

Parte 3: A respeito das teologias do cristianismo trinitariano ortodoxo e cristianismo

unicista

Parte 4: Raízes do Primeiras do século do modelo cabalístico da Eternidade(O Eterno se fez humano)

Parte 5: Prova da Posição Nazarena Antiga Original


 

Parte 1: A Eternidade(O Eterno se fez humano) do Mashiach nas Escrituras

Mashiach como YHVH

A Eternidade(O Eterno se fez humano) do Mashiach é muito fácil de mostrar nas Escrituras. A maneira mais simples de mostrar sua Eternidade(O Eterno se fez humano) nas Escrituras é apontando para os exemplos onde os Ketuvim Netzarim ("Novo Testamento") citam passagens do Tanach ("Velho Testamento") e as aplicam ao Mashiach.

Por exemplo, em Yochanan 19:37, Zacarias 12:10 é citado:

"Foram então os soldados e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro e ao outro que com Ele fora executado; mas vindo a Yeshua, e vendo que já estava morto, não Lhe quebraram as pernas; contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água... isto aconteceu para que se cumprisse o Tanach: Nenhum dos Seus ossos será quebrado. (Sl. 34:21(20)) Também há outra passagem no Tanach que diz: Olharão para Mim, a quem traspassaram. (Zc. 12:10)"

Mas deixe-nos agora olhar o contexto de Zacarias 12:10:

"O peso da palavra de YHVH a respeito de Israel. O provérbio de YHVH, que estendeu adiante os céus, e colocou a fundação da terra, e deu forma ao espírito do homem dentro dele... Eu derramarei sobre a casa de David, e em cima dos habitantes de Jerusalém, o espírito de graça e de suplicas; E olhar-me-ão a quem perfuraram; E prantearão por ele, como se chora por um único filho.... (Zc. 12:1, 10)

Esse que está sendo perfurado em Yochanan 19:37 é claramente Yeshua mas esse que está sendo perfurado em Zech. 12:10 é claramente YHVH.

Vamos agora olhar a citação que está em Isaias 8:14 em Rom 9:32:

"Por que? Porque não a buscavam pela fé, mas por legalismo; e tropeçaram na pedra de tropeço;" (Rom 9:32)

Agora, Paulo está claramente referindo-se aqui ao Mashiach, mas vamos agora olhar em Isaias 8:14 no contexto:

"YHVH das hostes, a Ele vós santificareis. Então Ele vos será por santuário; mas servirá de pedra de tropeço, e rocha de escândalo, às duas casas de Israel; por armadilha e laço aos moradores de Jerusalém." (Is. 8:13-14)

Aqui é claramente YHVH que é "a pedra de tropeço".

OK, Agora vamos olhar a Filipenses 2:10-11

"para que ao nome de Yeshua se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Yeshua HaMashiach é YHVH, para glória de Seu Pai Elohim."

Aqui Paulo claramente se refere a IS. 45:1,23

"Assim diz YHVH...que diante de mim se dobrará todo joelho, e por mim jurará toda a língua."

Claramente Paulo usa passagens do Tanach que fala de YHVH como Mashiach.


 

Vamos ver agora Rom. 10:9, 13

Porque, se com a tua boca confessares a Yeshua como Senhor, e em teu coração creres que Elohim o ressuscitou dentre os mortos, será salvo;.. Porque: Todo aquele que invocar o nome de YHVH será salvo.

Aqui Paulo cita claramente Joel 3:5 (2:32) mas aplica a passagem a Yeshua apesar do fato que Joel aqui claramente está falando de YHVH..

Há diversos outros exemplos: Tiago 5:7 fala claramente da vinda do Mashiach como comparado "à primeiras chuvas e as últimas" quando em Oséias 6:3 está claramente falando da vinda de YHVH. Da mesma forma, Judas 1:14 e Tes. 3;13 referem-se à vinda do Mashiach contudo citam 1 Enoque 1:9 e Zech. 14:5 que falam claramente da vinda de YHVH. Finalmente temos Mt. 22:41-46 Yeshua ele mesmo identifica-se como o "YHVH" à destra de "YHVH" no Salmos 110:1-2, 5.

Os Três Pilares

Agora em Rom. 1:19-20 nos é dito:

"Porquanto, o que de Elohim se pode conhecer, neles [humanidade] se manifesta... seus atributos invisíveis, o Seu Poder e Sua Eternidade(O Eterno se fez humano) [ ou natureza divina]... "

Então em Rom 1:26-28 é nos falado que aqueles que não percebem estas coisas podem cair nos erros da homo-sexualidade e do lesbianismo. Portanto quando na criação eram os atributos invisíveis de YHVH manifestados no homem e faziam visto claramente? A resposta está na Torá, em Gen. 1:26, 27 onde nós lemos:

Então Elohim disse, "Vamos fazer o homem a nossa imagem, de acordo com nossa semelhança... Assim Elohim criou o homem em sua própria imagem; na imagem de Elohim criou-o; macho e fêmea criou-os."

Agora seguindo o paralelismo da passagem, "nossa imagem"; " nossa semelhança" e o "macho e fêmea" parecem serem termos paralelos.

Agora existem algumas passagens no Tanach em que se faz referência a YHVH sob um aspecto masculino, paternal:

"... se Eu sou pai, onde está a Minha honra? diz o YHVH dos Exércitos..." Mal. 1:16

"...Você, é YHVH, é nosso Pai..." Is. 63:16

"...Mas agora O YHVH, Você é nosso pai..". Is. 64:7

Mas há também passagens no Tanach em que se faz referência a YHVH sob um aspecto feminino, maternal:

"Como alguém a quem consola sua Mãe, assim eu vos consolareis..." Is. 66:13

Agora YHVH como um "Pai" e ainda YHVH como uma "Mãe" são claramente dois diferentes aspectos de YHVH, eles não são a mesma coisa.

Além disso YHVH como uma alegoria de "Mãe" é também YHVH como um "consolador", que é o mesmo que a Ruach HaKodesh (Espírito Santo):


 

"Mas a Consoladora, a Ruach HaKodesh a quem o Pai enviará em meu nome..."

(Jn. 14:26 veja também Jn.14:16-17; 15:26; 16:7)

Agora apenas como YHVH é expressado como uma alegoria "Pai" e uma alegoria "Mãe", a combinação destes dois aspectos produz uma alegoria "filho":

"Quem ascendeu acima no céu, e desceu?

Quem recolheu o vento em seus punhos?

Quem limitou as águas em sua veste?

Quem estabeleceu todas as extremidades da terra?

Qual é o Seu nome? e Qual é o nome de Seu filho, se você sabe?" (Prov. 30:4)

"Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra YHVH e contra o seu Mashiach... YHVH disse a mim: "você é meu filho," este dia tem-me gerado... Beije o Filho, a fim de que não esteja irritado..." (Sl. 2:2, 7, 12)

Então agora temos uma natureza divina a qual é a "imagem de Elohim" e é "masculina e feminina" expressando YHVH para nós como um Pai, uma Mãe e um Filho.

Uma vez que o Filho é a combinação dos aspectos do Pai e da Mãe de YHVH, Ele é a plenitude da Eternidade(O Eterno se fez humano) eterna: "porque nele habita corporalmente toda a plenitude da Eternidade(O Eterno se fez humano)" ( Col. 2:9)

Assim o Mashiach abrange toda a imagem de Elohim com a qual nós fomos criados:

"...Mashiach, o qual é a imagem de Elohim." (2Cor. 4:4)

"[Seu Filho] o qual é a imagem do Elohim invisível..." (Col. 1:15)

"[O Filho é] o resplendor da Sua Shechiná e a expressa imagem do Seu Ser.." (Heb. 1:3)

E dessa forma nós podemos ver todas os três aspectos da natureza Divina nas passagens como:

"Eu, sim, eu tenho falado, certamente, chamei-o, Eu trouxe-o, e farei próspero o seu caminho. Chegai-vos a mim e ouça isto: Não falei em segredo desde o princípio; desde o tempo em que Ela era, lá Eu Sou, e agora ADONAI YHVH tem enviado a mim e Sua Ruach." (Is. 48:15-16)

Note quem fala é YHVH. Aqui nós temos:

1. YHVH é o locutor.

2. ADONAI YHVH é quem enviou o locutor.

3. "ela" i. e. "sua Ruach" ("ruach" (Espírito) é a única palavra feminina a que "ela" poderia referir).

Um outro exemplo destes três aspectos deve ser encontrado em Hebreus 9:14:

"Quanto mais o sangue do Mashiach, que pela Ruach eterna se ofereceu a si mesmo imaculado a Elohim, purificará das obras mortas a vossa consciência, para servirdes ao Elohim vivo?"

Aqui nós temos novamente três aspectos:

1. O Mashiach (que é YHVH).


 

2. A Ruach (Espírito) através da qual Seu sangue é oferecido.

3. O Elohim a quem ele oferece a si mesmo.

Estes três aspectos da natureza divina são chamados no Aramaico de "K´NUMEH" (plural) " K´NUMA" (singular) como nós lemos em Yochanan 5:26

"Assim como o Pai tem vida em sua K´NUMA, assim ele deu também ao seu Filho a vida em sua K`NUMA." (Jo.5:26 do Aramaico)

K´NUMA é uma palavra Aramaica que significa "aspecto, elemento, substância, essência". Os três aspectos da Natureza divina são as três K´NUMEH mas é somente um YHVH.

Echad como uma unidade.

Isso nos traz à frase do Sh´ma:

Sh`ma israel YHVH, Eloheynu, YHVH Echad

" Ouve Ó Israel, YHVH é nosso Elohim, YHVH é um." (Deut. 6:4)

Deixe-nos examinar outras passagens na Torah para compreender como esta palavra ECHAD ("um") é usada na Torah:

"Para tanto um homem deixará seu pai e sua mãe e será juntado a sua esposa e eles serão uma (ECHAD) só carne." (Gen. 2:24)

E YHVH disse, "certamente os povos são um [ ECHAD ] e todos têm uma língua... (Gen. 11:6)

Assim está claro que a palavra ECHAD de jeito nenhum requer uma singularidade e pode referir-se a uma unidade composta. Assim Deut. 6:4 talvez faça referencia à unidade absoluta das três K'NUMEH do Pai, da Mãe (Espírito Santo Consolador) e do filho (Mashiach).

A CONSPIRAÇÃO DE INÁCIO: A ORIGEM DO CRISTIANISMO

Ter, 02 de Agosto de 2011 13:35 Publicado em Estudos

PorJames S. Trimm
Traduzido por Sha'ul Bentsion


Muitos se enganam em pensar que Constantino foi o principal responsável pela corrupção e gentilização do
Cristianismo. Apesar de Constantino ter certamente acrescentado e consolidado a apostasia do
Cristianismo primitivo, ele não foi o primeiro. Foi na realidade Inácio de Antioquia que se rebelou contra o
Concílio de Jerusalém, usurpou sua autoridade, segregou-se do Judaismo, declarou que a Torá havia sido
abolida, substituiu o Shabat do sétimo dia pela adoração no domingo e fundou uma nova religião nãojudaica, a qual ele chamou de "Cristianismo."


O ALERTA DE PAULO ACERCA DOS BISPOS
Paulo disse aos efésios em sua última visita a eles:
“Cuidai pois de suas almas e de todo o rebanho sobre o qual a Ruach HaKodesh vos constituiu
supervisores, para apascentardes a Kehilá de Elohim, que Ele adquiriu com seu próprio sangue. Eu sei que
depois da minha partida entrarão no meio de vós lobos cruéis que não terão pena do rebanho, e que dentre
vós mesmos se levantarão homens, falando coisas perversas para desviar os talmidim, para que os sigam.”
(Atos 20:28-30)
Paulo parece indicar que após sua morte, líderes começariam a se levantar dentre os supervisores [bispos]
em seu lugar, e levariam pessoas a os seguirem e a se afastarem da Torá. Na realidade, Paulo morreu em
66 DC e o primeiro supervisor (bispo) de Antioquia a tomar o cargo após a sua morte foi Inácio, em 98 DC.
Inácio cumpriu com precisão as palavras de Paulo. Depois de tomar o cargo de bispo sobre Antioquia,
Inácio enviou uma série de epístolas a outras congregações. Suas cartas aos efésios, magnésios, trálios,
romanos, filadelfenos, e esmirneus, bem como sua carta pessoal a Policarpo, todas sobrevivem até hoje.


HEGÉSIPO RECONTA A APOSTASIA
O historiador e comentador nazareno antigo Hegésipo (cerca de 180DC) escreve acerca do tempo
imediatamente após a morte de Shimon (Simão), o qual havia sucedido a Ya'akov HaTsadik (Tiago, o Justo)
como Nassi (“Presidente”) do Sanhedrin Nazareno, e que morreu em 98 DC:
"Até aquele período (98 DC), a Assembléia havia permanecido como uma virgem pura e
incorrompida: pois, se havia quaisquer pessoas dispostas a alterar a regra completa da
proclamação da salvação, elas ainda vagavam em um lugar obscuro oculto ou outro. Mas, quando o
bando sagrado de Emissários havia de várias formas findado suas vidas, e a geração dos homens
havia sido confiado ouvir à Sabedoria inspirada com seus próprios ouvidos passou, então a
confederação do erro da iniquidade tomou ascenção através da infidelidade dos falsos mestres que,
vendo que nenhum dos emissários ainda sobrevivia, levantaram suas cabeças para se opor à
proclamação da verdade, proclamando algo falsamente chamado de conhecimento." (Hegésipo, o
Nazareno; c. 98 DC; citado por Eusébio em Hist. Ecl. 3:32)
Hegésipo indica que a apostasia começou no mesmo ano que Inácio se tornou bispo de Antioquia!


INÁCIO SEPARA-SE DO CONCÍLIO DE JERUSALÉM
Até o tempo de Inácio, qualquer disputa que surgisse em Antioquia por fim era levada ao Concílio de
Jerusalém (tal como em Atos 14:26-15:2). Inácio usurpou a autoridade do Concílio de Jerusalém,
declarando a si mesmo, o bispo local, como sendo a autoridade final sobre a assembléia que o havia
feito bispo, e semelhantemente declarando isto ser verdade acerca de todos os outros bispos e suas
assembléias locais. Inácio escreve:
"...sujeitando-se ao seu bispo...
...andem juntos conforme a vontade de D-us.
Jesus... é enviado pela vontade do Pai;
Assim como os bispos... são [enviados] pela vontade de Jesus Cristo."]
(Carta de Inácio aos Ef. 1:9,11)
"...seu bispo... penso que felizes são vocês que se unem a ele,
assim como a igreja o é a Jesus Cristo e Jesus Cristo o é ao Pai...
Vamos portanto cuidar para que não nos coloquemos contra o bispo,
para que nos sujeitemos a D-us. Devemos olhar para o bispo tal como
olharíamos para o próprio S-nhor."
(Carta de Inácio aos Ef. 2:1-4)
"...obedeça ao seu bispo..."
(Carta de Inácio aos Mag. 1:7)
"Seu bispo está presidindo no lugar de D-us...
...unam-se ao seu bispo..."
(Carta de Inácio aos Mag. 2:5,7)
"...aquele...que faz qualquer coisa sem o bispo...
não é puro em sua consciência..."
(Carta de Inácio aos Tral. 2:5)
"...Não faça nada sem o bispo."
(Carta de Inácio aos Fil. 2:14)
"Cuidem para que vocês sigam o seu bispo,
Assim como Jesus Cristo ao Pai..."
(Carta de Inácio aos Esm. 3:1)

Ao exaltar o poder do ofício do bispo (supervisor) e exigir a absoluta autoridade do bispo sobre a
assembléia, Inácio estava na realidade fazendo uma jogada para obter o poder, tomando a autoridade
absoluta sobre a assembléia de Antioquia e encorajando outros supervisores não-judeus a fazerem o
mesmo.

INÁCIO DECLARA QUE A TORÁ FOI ABOLIDA
Além disso, Inácio afastou os homens da Torá e declarou que a Torá havia sido abolida, não
somente em Antioquia, mas em todas as assembléias de não-judeus para as quais escreveu:
"Não sejam enganados por doutrinas estranhas;
nem por fábulas antigas sem valor.
Pois se continuarmos a viver conforme a Lei Judaica,
estamos confessando que não recebemos a graça..."
(Carta de Inácio aos Mag. 3:1)
"Mas se alguém pregar a Lei Judaica a vocês, não lhe dêem ouvidos..."
(Carta de Inácio aos Fil. 2:6)

INÁCIO SUBSTITUI O SHABAT PELA ADORAÇÃO DOMINICAL
Foi Inácio quem primeiro substituiu o Shabat do sétimo dia pela adoração dominical, escrevendo:
"...não mais observem os Shabatot, mas observem o dia do Senhor, no qual também a nossa vida floresce
nEle, através da Sua morte..." (Carta de Inácio aos Mag. 3:3)

INÁCIO DÁ UM NOME À SUA NOVA RELIGIÃO
Tendo usurpado a autoridade de Jerusalém, declarado a Torá abolida, e substituído o Shabat pelo domingo,
Inácio criou uma nova religião. Inácio então cunha um novo termo, nunca antes utilizado, para essa nova
religião que ele chama de "Cristianismo", a qual ele mesmo deixa claro que é distinta do Judaismo. Ele
escreve:
"vamos portanto aprender a viver conforme as regras do Cristianismo, pois quem quer que seja chamado
por qualquer outro nome além desse, esse não é de D-us...
"É absurdo nomear Jesus Cristo e Judaizar. Pois a religião cristã não abraçou a judaica. Mas a judaica
[abraçou] a cristã..."
(Carta de Inácio aos Mag. 3:8,11)

CONCLUSÃO
Ao final do primeiro século, Inácio de Antioquia havia cumprido o alerta de Paulo. Ele abandonou o
Judaismo e fundou uma nova religião a qual chamou de "Cristianismo." Uma religião que rejeitou a Torá, e
substituiu o Shabat do sétimo dia pela adoração dominical.

Palestra sobre Halachá

Ter, 02 de Agosto de 2011 13:30 Publicado em Estudos
I - O Significado
A palavra "halachá" significa: "modo de caminhar"
II - Por que?
A necessidade de halachá pode ser melhor descrita de três maneiras:
1 - Esclarecer mitsvot que são mais vagas. Exemplos: guet e tefilin
2 - A governabilidade da Torá: Que preceitos têm precedência sobre outros?
Exemplo: b'rit milá x Shabat
3 - A mitsvá de estabelecer juízes e cortes (Dt. 16:18)
III - A História da Halachá Bíblica
1 - O início com Moshe Rabeinu: Ex. 18:13
2 - o apontamento do primeiro Beit Din Israelita (Ex. 18:13-26; Dt. 1:9-18)
Dúvidas importantes:
a) O protestantismo trouxe consigo a idéia de que cada homem é uma ilha que pode
interpretar as Escrituras da forma como deseja. Isso é verdade?
Respostas:
- Dt. 1:17
- 2 Tm. 2:15
b) Onde está escrito que o Beit Din tinha autoridade para fazer halachá?
Resposta:
- Ex. 18:20
- Dt. 17:11
3 - De início, a autoridade era limitada. Aos poucos, a medida em que o Beit Din
original foi ganhando maturidade, sua autoridade foi aumentando:
- De início: Ex. 18:22, Dt. 1:17
- Depois: Dt. 17:8-9
- Os 70 anciãos: Nm. 11:16-17,24-25;
Observação:
Como a Torá encara a rebeldia à halachá?
- Dt. 17:12
4 - A Torá previa que a halachá seria futuramente dada a um rei: Dt. 17:14-20
5 - O trono davídico passou a ser visto como o Trono de YHWH: 1 Cr. 29:23
A autoridade para fazer halachá ficou conhecida como "a chave de David" - vide
Is. 22:22-23.
6 - Com a ida ao cativeiro, a monarquia e o Beit Din desapareceram
7 - No retorno do cativeiro, Ezra (Esdras) reestabeleceu o Beit Din: Esdras 7:25
Este Beit Din fez uma série de decisões haláquicas e ficou conhecido como
"A Grande Assembléia"
8 - Com o passar do tempo, o Judaismo se fragmentou em várias seitas, sendo as
principais delas: p'rushim (fariseus), ts'dukim (saduceus) e issim (essênios)
9 - Com o tempo, os ts'dukim (saduceus) assumiriam controle da "Grande Assembléia",
10 - O Beit Din se esfacela: Os ts'dukim acusavam os p'rushim de fazerem acréscimos à Torá.
"O que eu agora explico é isto, que os P'rushim têm conduzido as pessoas a um grande número de
observâncias pela sucessão de seus pais, que não estão escritas na Torá de Moshe; e por esta razão
os Ts'dukim os rejeitam e dizem que nós devemos considerar apenas as observâncias que são
obrigatórias, as quais estão na Palavra escrita, mas não devemos observar as que se derivam da
tradição [takanot] de nossos pais." (Flavio Josefo - Antiguidades 13:10:6)
Os p'rushim acusavam os ts'dukim de terem se corrompido, e a "Grande Assembléia" de ter se
tornado um instrumento político de Roma
11 - Na época de Yeshua, havia 3 Sanhedrins (Beit Din máximo): o controlado pelos ts'dukim, que
era influenciado por Roma, o dos p'rushim, e o dos issim, que se isolou do restante de Israel.
12 - Somente um descendente de David poderia resgatar o trono de YHWH e estabelecer a
verdadeira halachá
13 - Yeshua tinha autoridade para fazer halachá: Mt. 28:18.
Compare Is. 22:22-23 com Guilyana (Apocalipse) 3:7-8
14 - Em Mt. 16:18-19, Yeshua dá a Kefa e aos nazarenos as chaves do Reino, e a autoridade
para fazer halachá. Isto é confirmado em Mt. 18:16-17 - compare com Dt. 19:15-18. Como
Mt. 18 cita Dt. 19, fica bem claro que os "sacerdotes e juízes que houver nesses dias" é uma
referência à kehilá nazarena.
15 - O termo "ligar e desligar" é um termo semita, que se refere à habilidade dos juízes de
interpretarem proibições (ligar) e permissões (desligar) da Torá. Exemplos no Talmud:
j.Ber. 5b; 6c; j.San. 28a; b.Ab. Zar. 37a; b.Ned. 62a; b.Yeb. 106a; b.Bets. 2b; 22a;
b.Ber. 35a; b.Hag. 3b
16 - Em Atos 15, vemos o estabelecimento do Beit Din Nazareno, como um organismo mundial
com
autoridade de halachá. Como eram escolhidos os membros do Beit Din? Inicialmente, foram
apontados por Yeshua (Mt. 10:2). Posteriormente, eram apontados pela própria comunidade
através da direção da Ruach HaKodesh (At. 13:1-3, e At. 7:3-6)
Importante: Vemos aqui que o Beit Din Local e At. 7 era submetido ao Sanhedrin Nazareno
(Beit Din Internacional)
17 - Pelo que vemos em Atos 15, o Sanhedrin Nazareno era composto por líderes nazarenos, e
presidido por Ya'akov HaTsadik (Tiago, o Justo), irmão de Yeshua
IV – Os Nazarenos e a Halachá Rabínica
Em um fragmento de um comentário nazareno do livro de Yeshayahu/Isaías (verso 8:14),
do 3 século, vemos que os nazarenos não seguiam a halachá rabínica. Vide comentário abaixo:
"Então ele vos será por santuário; mas servirá de pedra de tropeço, e rocha de escândalo,
às duas casas de Israel... Os nazarenos explicam estas duas casas como as duas casas de
Shamai e Hillel, das quais se originaram os escribas e os fariseus... [os fariseus] espalharam
e profanaram os preceitos da Torá através de tradições e da mishná. E estas duas casas não
aceitaram o Salvador..."
O mesmo comentário, acerca de Is. 8:20-21 diz:
"Os escribas e os fariseus vos dizem para ouví-los. Respondei-os assim:
'Não é estranho que vós sigais vossas tradições uma vez que cada tribo consulta os seus próprios
ídolos. Nós não devemos, portanto, consultar os seus [sábios] mortos acerca daqueles que vivem..."
Portanto, fica bem claro que os nazarenos antigos rejeitavam a autoridade haláquica do Judaismo
Parush, que deu origem ao Judaismo Ortodoxo de hoje em dia.
V - O Beit Din Nazareno
Na Peshitta Nasrani, da Igreja Nestoriana, foi preservada uma obra atribuída a Ya'akov HaTsadik
(Tiago o Justo) que fala um pouco acerca da função do Beit Din:
“A função deles [Sanhedrin Nazareno] é dar exemplo na observância da Torá, na verdade, na
retidão e na justiça, e no exercício da caridade e da humildade entre os homens; para mostrar como,
pelo controle do yetser hará e pela contrição do espírito, a fidelidade pode ser mantida na terra; e
como, pela ativa realização da justiça e passiva submissão às provas de punição, a violação da Torá
pode ser eliminada; e como alguém pode andar como todos os homens na qualidade da justiça e
com conduta apropriada em toda ocasião.” Sefer B'nei Or 21:3
“Somente o Beit Knesset, ou aqueles a quem eles apontarem, terão autoridade em todas as questões
judiciais e de provisões, e pelo voto deles os membros das diversas lideranças da comunidade serão
determinados.” Sefer B'nei Or 23:9
VI – Ya'akov HaTsadik e a Importância da Halachá
Ya'akov também diz, acerca da halachá:
“Todo aquele que deseja se juntar à kehilá deve se comprometer a respeitar a Elohim e ao homem;a
viver conforme a halachá da kehilá;” Sefer B'nei Or 1:1-2
“A Torá e a halachá devem ser únicas para todos os membros da comunidade.” Sefer B'nei Or
21:16
VII – Resumo
Como funciona, na prática, a estrutura dos nazarenos:
– A assembléia local elege um conselho de membros. Tais membros devem ser plenamente
observantes das mitsvot e maduros na Torá.
– O conselho (Beit Din) elege um Nassi (presidente)
– O Beit Din Regional legitima o conselho
– A assembléia dos nassi'im forma/elege um Beit Din Regional
– O Beit Din Regional elege um Nassi (presidente)
– O Beit Din Internacional legitima o Beit Din Regional
– O Nassi do Beit Din Regional se torna representante da região no Beit Din Internacional
– O Beit Din Internacional elege um Nassi
O Beit Din Internacional é responsável por fazer halachá acerca da Torá de um modo geral,
instruindo como os nazarenos devem viver a Torá. O Beit Din Regional emite halachá específica
para a região (se necessário, porém, sempre respeitando a halachá do BDI) e julga causas nacionais.
O Beit Din local julga assuntos locais entre membros.

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