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Parte 1

A Eternidade(O Eterno se fez humano) do Mashiach nas Escrituras

Há diversas posições diferentes que têm que ser tratadas quando apresentamos a Eternidade(O Eterno se fez humano) do Mashiach:

Posição Judaica Anti-Eternidade(O Eterno se fez humano) - estes rejeitam a Eternidade(O Eterno se fez humano) do Mashiach porque insistem que é contrária ao Judaísmo. Estes não são persuadidos pelo Ketuvim Netzarim (Novo Testamento) como "provas textuais". Eles descartam a validade destes textos como prova, e podem até considerá-los corrompidos porque supostamente não é teologia Judaica. Rejeitam os textos de prova do Tanach simplesmente baseado na suposta premissa de que o Judaísmo não intepreta tais textos desta maneira.

Posição Puramente-Bíblica de Anti-Eternidade(O Eterno se fez humano) - estes rejeitam a Eternidade(O Eterno se fez humano) do Mashiach porque insistem que é contrária à Escritura. Não são persuadidos pela demonstração que a doutrina é autenticamente judaica. Muitos destes desprezam a tradição judaica e em especial a Cabalá.

Teologia Cristã "Unicista"

Teologia Cristã Trinitariana Ortodoxa

Acabamos nos engajando em um debate em múltiplas frentes. Ao provar que o Ketuvim Netzarim ("Novo Testamento") ensina a Eternidade(O Eterno se fez humano) do Mashiach ao "Judaísmo Anti-Eternidade(O Eterno se fez humano)" conseguiremos geralmente somente provar em suas mentes que o Ketuvim Netzarim (Novo Testamento) está errado. Devem ser mostrados que o ensino é autenticamente judaico.

Entretanto "os seguidores da Anti-Eternidade(O Eterno se fez humano) bíblica pura" interpretam de forma errada ou deturpam argumentos, usando-os como "prova" de que a doutrina da Eternidade(O Eterno se fez humano) é baseada somente em fontes extra bíblicas e não pode ser mostrada nas próprias escrituras. E frequentemente indivíduos isolados flutuam entre as duas posições, não percebendo a sua inconsistência. Ao mesmo tempo, cristãos ortodoxos trinitários, cristãos unitários e outros estão levantando suas próprias questões ao longo do caminho, o que serve apenas para deixar de lado a questões principal.

Portanto, a fim de tratar de todas as lições de uma maneira organizada este estudo será apresentado em cinco partes:

Parte 1: A Eternidade(O Eterno se fez humano) do Mashiach nas Escrituras

Parte 2: A Eternidade(O Eterno se fez humano) do Mashiach é Judaica

Parte 3: A respeito das teologias do cristianismo trinitariano ortodoxo e cristianismo

unicista

Parte 4: Raízes do Primeiras do século do modelo cabalístico da Eternidade(O Eterno se fez humano)

Parte 5: Prova da Posição Nazarena Antiga Original


 

Parte 1: A Eternidade(O Eterno se fez humano) do Mashiach nas Escrituras

Mashiach como YHVH

A Eternidade(O Eterno se fez humano) do Mashiach é muito fácil de mostrar nas Escrituras. A maneira mais simples de mostrar sua Eternidade(O Eterno se fez humano) nas Escrituras é apontando para os exemplos onde os Ketuvim Netzarim ("Novo Testamento") citam passagens do Tanach ("Velho Testamento") e as aplicam ao Mashiach.

Por exemplo, em Yochanan 19:37, Zacarias 12:10 é citado:

"Foram então os soldados e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro e ao outro que com Ele fora executado; mas vindo a Yeshua, e vendo que já estava morto, não Lhe quebraram as pernas; contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água... isto aconteceu para que se cumprisse o Tanach: Nenhum dos Seus ossos será quebrado. (Sl. 34:21(20)) Também há outra passagem no Tanach que diz: Olharão para Mim, a quem traspassaram. (Zc. 12:10)"

Mas deixe-nos agora olhar o contexto de Zacarias 12:10:

"O peso da palavra de YHVH a respeito de Israel. O provérbio de YHVH, que estendeu adiante os céus, e colocou a fundação da terra, e deu forma ao espírito do homem dentro dele... Eu derramarei sobre a casa de David, e em cima dos habitantes de Jerusalém, o espírito de graça e de suplicas; E olhar-me-ão a quem perfuraram; E prantearão por ele, como se chora por um único filho.... (Zc. 12:1, 10)

Esse que está sendo perfurado em Yochanan 19:37 é claramente Yeshua mas esse que está sendo perfurado em Zech. 12:10 é claramente YHVH.

Vamos agora olhar a citação que está em Isaias 8:14 em Rom 9:32:

"Por que? Porque não a buscavam pela fé, mas por legalismo; e tropeçaram na pedra de tropeço;" (Rom 9:32)

Agora, Paulo está claramente referindo-se aqui ao Mashiach, mas vamos agora olhar em Isaias 8:14 no contexto:

"YHVH das hostes, a Ele vós santificareis. Então Ele vos será por santuário; mas servirá de pedra de tropeço, e rocha de escândalo, às duas casas de Israel; por armadilha e laço aos moradores de Jerusalém." (Is. 8:13-14)

Aqui é claramente YHVH que é "a pedra de tropeço".

OK, Agora vamos olhar a Filipenses 2:10-11

"para que ao nome de Yeshua se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Yeshua HaMashiach é YHVH, para glória de Seu Pai Elohim."

Aqui Paulo claramente se refere a IS. 45:1,23

"Assim diz YHVH...que diante de mim se dobrará todo joelho, e por mim jurará toda a língua."

Claramente Paulo usa passagens do Tanach que fala de YHVH como Mashiach.


 

Vamos ver agora Rom. 10:9, 13

Porque, se com a tua boca confessares a Yeshua como Senhor, e em teu coração creres que Elohim o ressuscitou dentre os mortos, será salvo;.. Porque: Todo aquele que invocar o nome de YHVH será salvo.

Aqui Paulo cita claramente Joel 3:5 (2:32) mas aplica a passagem a Yeshua apesar do fato que Joel aqui claramente está falando de YHVH..

Há diversos outros exemplos: Tiago 5:7 fala claramente da vinda do Mashiach como comparado "à primeiras chuvas e as últimas" quando em Oséias 6:3 está claramente falando da vinda de YHVH. Da mesma forma, Judas 1:14 e Tes. 3;13 referem-se à vinda do Mashiach contudo citam 1 Enoque 1:9 e Zech. 14:5 que falam claramente da vinda de YHVH. Finalmente temos Mt. 22:41-46 Yeshua ele mesmo identifica-se como o "YHVH" à destra de "YHVH" no Salmos 110:1-2, 5.

Os Três Pilares

Agora em Rom. 1:19-20 nos é dito:

"Porquanto, o que de Elohim se pode conhecer, neles [humanidade] se manifesta... seus atributos invisíveis, o Seu Poder e Sua Eternidade(O Eterno se fez humano) [ ou natureza divina]... "

Então em Rom 1:26-28 é nos falado que aqueles que não percebem estas coisas podem cair nos erros da homo-sexualidade e do lesbianismo. Portanto quando na criação eram os atributos invisíveis de YHVH manifestados no homem e faziam visto claramente? A resposta está na Torá, em Gen. 1:26, 27 onde nós lemos:

Então Elohim disse, "Vamos fazer o homem a nossa imagem, de acordo com nossa semelhança... Assim Elohim criou o homem em sua própria imagem; na imagem de Elohim criou-o; macho e fêmea criou-os."

Agora seguindo o paralelismo da passagem, "nossa imagem"; " nossa semelhança" e o "macho e fêmea" parecem serem termos paralelos.

Agora existem algumas passagens no Tanach em que se faz referência a YHVH sob um aspecto masculino, paternal:

"... se Eu sou pai, onde está a Minha honra? diz o YHVH dos Exércitos..." Mal. 1:16

"...Você, é YHVH, é nosso Pai..." Is. 63:16

"...Mas agora O YHVH, Você é nosso pai..". Is. 64:7

Mas há também passagens no Tanach em que se faz referência a YHVH sob um aspecto feminino, maternal:

"Como alguém a quem consola sua Mãe, assim eu vos consolareis..." Is. 66:13

Agora YHVH como um "Pai" e ainda YHVH como uma "Mãe" são claramente dois diferentes aspectos de YHVH, eles não são a mesma coisa.

Além disso YHVH como uma alegoria de "Mãe" é também YHVH como um "consolador", que é o mesmo que a Ruach HaKodesh (Espírito Santo):


 

"Mas a Consoladora, a Ruach HaKodesh a quem o Pai enviará em meu nome..."

(Jn. 14:26 veja também Jn.14:16-17; 15:26; 16:7)

Agora apenas como YHVH é expressado como uma alegoria "Pai" e uma alegoria "Mãe", a combinação destes dois aspectos produz uma alegoria "filho":

"Quem ascendeu acima no céu, e desceu?

Quem recolheu o vento em seus punhos?

Quem limitou as águas em sua veste?

Quem estabeleceu todas as extremidades da terra?

Qual é o Seu nome? e Qual é o nome de Seu filho, se você sabe?" (Prov. 30:4)

"Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra YHVH e contra o seu Mashiach... YHVH disse a mim: "você é meu filho," este dia tem-me gerado... Beije o Filho, a fim de que não esteja irritado..." (Sl. 2:2, 7, 12)

Então agora temos uma natureza divina a qual é a "imagem de Elohim" e é "masculina e feminina" expressando YHVH para nós como um Pai, uma Mãe e um Filho.

Uma vez que o Filho é a combinação dos aspectos do Pai e da Mãe de YHVH, Ele é a plenitude da Eternidade(O Eterno se fez humano) eterna: "porque nele habita corporalmente toda a plenitude da Eternidade(O Eterno se fez humano)" ( Col. 2:9)

Assim o Mashiach abrange toda a imagem de Elohim com a qual nós fomos criados:

"...Mashiach, o qual é a imagem de Elohim." (2Cor. 4:4)

"[Seu Filho] o qual é a imagem do Elohim invisível..." (Col. 1:15)

"[O Filho é] o resplendor da Sua Shechiná e a expressa imagem do Seu Ser.." (Heb. 1:3)

E dessa forma nós podemos ver todas os três aspectos da natureza Divina nas passagens como:

"Eu, sim, eu tenho falado, certamente, chamei-o, Eu trouxe-o, e farei próspero o seu caminho. Chegai-vos a mim e ouça isto: Não falei em segredo desde o princípio; desde o tempo em que Ela era, lá Eu Sou, e agora ADONAI YHVH tem enviado a mim e Sua Ruach." (Is. 48:15-16)

Note quem fala é YHVH. Aqui nós temos:

1. YHVH é o locutor.

2. ADONAI YHVH é quem enviou o locutor.

3. "ela" i. e. "sua Ruach" ("ruach" (Espírito) é a única palavra feminina a que "ela" poderia referir).

Um outro exemplo destes três aspectos deve ser encontrado em Hebreus 9:14:

"Quanto mais o sangue do Mashiach, que pela Ruach eterna se ofereceu a si mesmo imaculado a Elohim, purificará das obras mortas a vossa consciência, para servirdes ao Elohim vivo?"

Aqui nós temos novamente três aspectos:

1. O Mashiach (que é YHVH).


 

2. A Ruach (Espírito) através da qual Seu sangue é oferecido.

3. O Elohim a quem ele oferece a si mesmo.

Estes três aspectos da natureza divina são chamados no Aramaico de "K´NUMEH" (plural) " K´NUMA" (singular) como nós lemos em Yochanan 5:26

"Assim como o Pai tem vida em sua K´NUMA, assim ele deu também ao seu Filho a vida em sua K`NUMA." (Jo.5:26 do Aramaico)

K´NUMA é uma palavra Aramaica que significa "aspecto, elemento, substância, essência". Os três aspectos da Natureza divina são as três K´NUMEH mas é somente um YHVH.

Echad como uma unidade.

Isso nos traz à frase do Sh´ma:

Sh`ma israel YHVH, Eloheynu, YHVH Echad

" Ouve Ó Israel, YHVH é nosso Elohim, YHVH é um." (Deut. 6:4)

Deixe-nos examinar outras passagens na Torah para compreender como esta palavra ECHAD ("um") é usada na Torah:

"Para tanto um homem deixará seu pai e sua mãe e será juntado a sua esposa e eles serão uma (ECHAD) só carne." (Gen. 2:24)

E YHVH disse, "certamente os povos são um [ ECHAD ] e todos têm uma língua... (Gen. 11:6)

Assim está claro que a palavra ECHAD de jeito nenhum requer uma singularidade e pode referir-se a uma unidade composta. Assim Deut. 6:4 talvez faça referencia à unidade absoluta das três K'NUMEH do Pai, da Mãe (Espírito Santo Consolador) e do filho (Mashiach).

A Eternidade

Seg, 15 de Agosto de 2011 16:49

(O Eterno se fez humano) do Mashiach e Os Três pilares de Elohim

Parte 1

A Eternidade(O Eterno se fez humano) do Mashiach nas Escrituras

Há diversas posições diferentes que têm que ser tratadas quando apresentamos a Eternidade(O Eterno se fez humano) do Mashiach:

Posição Judaica Anti-Eternidade(O Eterno se fez humano) - estes rejeitam a Eternidade(O Eterno se fez humano) do Mashiach porque insistem que é contrária ao Judaismo. Estes não são persuadidos pelo Ketuvim Netzarim (Novo Testamento) como "provas textuais". Eles descartam a validade destes textos como prova, e podem até considerá-los corrompidos porque supostamente não é teologia Judaica. Rejeitam os textos de prova do Tanach simplesmente baseado na suposta premissa de que o Judaismo não intepreta tais textos desta maneira.

Posição Puramente-Biblica de Anti-Eternidade(O Eterno se fez humano) - estes rejeitam a Eternidade(O Eterno se fez humano) do Mashiach porque insistem que é contrária à Escritura. Não são persuadidos pela demonstração que a doutrina é autenticamente judaica. Muitos destes desprezam a tradição judaica e em especial a Cabalá.

Teologia Cristã "Unicista"

Teologia Cristã Trinitariana Ortodoxa

Acabamos nos engajando em um debate em multiplas frentes. Ao provar que o Ketuvim Netzarim ("Novo Testamento") ensina a Eternidade(O Eterno se fez humano) do Mashiach ao "Judaismo Anti-Eternidade(O Eterno se fez humano)" conseguiremos geralmente somente provar em suas mentes que o Ketuvim Netzarim (Novo Testamento) está errado. Devem ser mostrados que o ensino é autenticamente judaico.

Entretanto "os seguidores da Anti-Eternidade(O Eterno se fez humano) biblica pura" interpretam de forma errada ou deturpam argumentos, usando-os como "prova" de que a doutrina da Eternidade(O Eterno se fez humano) é baseada somente em fontes extra biblicas e não pode ser mostrada nas próprias escrituras. E frequentemente indivíduos isolados flutuam entre as duas posições, não percebendo a sua inconsistência. Ao mesmo tempo, cristãos ortodoxos trinitários, cristãos unitários e outros estão levantando suas próprias questões ao longo do caminho, o que serve apenas para deixar de lado a questãos principal.

Portanto, a fim de tratar de todas as lições de uma maneira organizada este estudo será apresentado em cinco partes:

Parte 1: A Eternidade(O Eterno se fez humano) do Mashiach nas Escrituras

Parte 2: A Eternidade(O Eterno se fez humano) do Mashiach é Judaica

Parte 3: A respeito das teologias do cristianismo trinitariano ortodoxo e cristianismo

unicista

Parte 4: Raízes do Primeiras do século do modelo cabalístico da Eternidade(O Eterno se fez humano)

Parte 5: Prova da Posição Nazarena Antiga Original


Parte 1: A Eternidade(O Eterno se fez humano) do Mashiach nas Escrituras

Mashiach como YHVH

A Eternidade(O Eterno se fez humano) do Mashiach é muito fácil de mostrar nas Escrituras. A maneira mais simples de mostrar sua Eternidade(O Eterno se fez humano) nas Escrituras é apontando para os exemplos onde os Ketuvim Netzarim ("Novo Testamento") citam passagens do Tanach ("Velho Testamento") e as aplicam ao Mashiach.

Por exemplo, em Yochanan 19:37, Zacarias 12:10 é citado:

"Foram então os soldados e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro e ao outro que com Ele fora executado; mas vindo a Yeshua, e vendo que já estava morto, não Lhe quebraram as pernas; contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água... isto aconteceu para que se cumprisse o Tanach: Nenhum dos Seus ossos será quebrado. (Sl. 34:21(20)) Também há outra passagem no Tanach que diz: Olharão para Mim, a quem traspassaram. (Zc. 12:10)"

Mas deixe-nos agora olhar o contexto de Zacarias 12:10:

"O peso da palavra de YHVH a respeito de Israel. O provérbio de YHVH, que estendeu adiante os céus, e colocou a fundação da terra, e deu forma ao espírito do homem dentro dele... Eu derramarei sobre a casa de David, e em cima dos habitantes de Jerusalem, o espírito de graça e de suplicas; E olhar-me-ão a quem perfuraram; E prantearão por ele, como se chora por um único filho.... (Zc. 12:1, 10)

Esse que está sendo perfurado em Yochanan 19:37 é claramente Yeshua mas esse que está sendo perfurado em Zech. 12:10 é claramente YHVH.

Vamos agora olhar a citação que está em Isaias 8:14 em Rom 9:32:

"Por que? Porque não a buscavam pela fé, mas por legalismo; e tropeçaram na pedra de tropeço;" (Rom 9:32)

Agora, Paulo está claramente referindo-se aqui ao Mashiach, mas vamos agora olhar em Isaias 8:14 no contexto:

"YHVH das hostes, a Ele vós santificareis. Então Ele vos será por santuário; mas servirá de pedra de tropeço, e rocha de escândalo, às duas casas de Israel; por armadilha e laço aos moradores de Jerusalém." (Is. 8:13-14)

Aqui é claramente YHVH que é "a pedra de tropeço".

OK, Agora vamos olhar a Filipenses 2:10-11

"para que ao nome de Yeshua se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Yeshua HaMashiach é YHVH, para glória de Seu Pai Elohim."

Aqui Paulo claramente se refere a IS. 45:1,23

"Assim diz YHVH...que diante de mim se dobrará todo joelho, e por mim jurará toda a língua."

Claramente Paulo usa passagens do Tanach que fala de YHVH como Mashiach.


Vamos ver agora Rom. 10:9, 13

Porque, se com a tua boca confessares a Yeshua como Senhor, e em teu coração creres que Elohim o ressuscitou dentre os mortos, será salvo;.. Porque: Todo aquele que invocar o nome de YHVH será salvo.

Aqui Paulo cita claramente Joel 3:5 (2:32) mas aplica a passagem a Yeshua apesar do fato que Joel aqui claramente está falando de YHVH..

Há diversos outros exemplos: Tiago 5:7 fala claramente da vinda do Mashiach como comparado "à primeiras chuvas e as últimas" quando em Oséias 6:3 está claramente falando da vinda de YHVH. Da mesma forma, Judas 1:14 e Tes. 3;13 referem-se à vinda do Mashiach contudo citam 1 Enoque 1:9 e Zech. 14:5 que falam claramente da vinda de YHVH. Finalmente temos Mt. 22:41-46 Yeshua ele mesmo identifica-se como o "YHVH" à destra de "YHVH" no Salmos 110:1-2, 5.

Os Três Pilares

Agora em Rom. 1:19-20 nos é dito:

"Porquanto, o que de Elohim se pode conhecer, neles [humanidade] se manifesta... seus atributos invisíveis, o Seu Poder e Sua Eternidade(O Eterno se fez humano) [ ou natureza divina]... "

Então em Rom 1:26-28 é nos falado que aqueles que não percebem estas coisas podem cair nos erros da homosexualidade e do lesbianismo. Portanto quando na criação eram os atributos invisíveis de YHVH manifestados no homem e faziam visto claramente? A resposta está na Torá, em Gen. 1:26, 27 onde nós lemos:

Então Elohim disse, "Vamos fazer o homem a nossa imagem, de acordo com nossa semelhança... Assim Elohim criou o homem em sua própria imagem; na imagem de Elohim criou-o; macho e fêmea criou-os."

Agora seguindo o paralelismo da passagem, "nossa imagem"; " nossa semelhança" e o "macho e fêmea" parecem serem termos paralelos.

Agora existem algumas passagens no Tanach em que se faz referência a YHVH sob um aspecto masculino, paternal:

"... se Eu sou pai, onde está a Minha honra? diz o YHVH dos Exércitos..." Mal. 1:16

"...Você, é YHVH, é nosso Pai..." Is. 63:16

"...Mas agora O YHVH, Você é nosso pai..". Is. 64:7

Mas há também passagens no Tanach em que se faz referência a YHVH sob um aspecto feminino, maternal:

"Como alguém a quem consola sua Mãe, assim eu vos consolareis..." Is. 66:13

Agora YHVH como um "Pai" e ainda YHVH como uma "Mãe" são claramente dois diferentes aspectos de YHVH, eles não são a mesma coisa.

Além disso YHVH como uma alegoria de "Mãe" é também YHVH como um "consolador", que é o mesmo que a Ruach HaKodesh (Espírito Santo):


"Mas a Consoladora, a Ruach HaKodesh a quem o Pai enviará em meu nome..."

(Jn. 14:26 veja também Jn.14:16-17; 15:26; 16:7)

Agora apenas como YHVH é expressado como uma alegoria "Pai" e uma alegoria "Mãe", a combinação destes dois aspectos produz uma alegoria "filho":

"Quem ascendeu acima no céu, e desceu?

Quem recolheu o vento em seus punhos?

Quem limitou as águas em sua veste?

Quem estabeleceu todas as extremidades da terra?

Qual é o Seu nome? e Qual é o nome de Seu filho, se você sabe?" (Prov. 30:4)

"Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra YHVH e contra o seu Mashiach... YHVH disse a mim: "você é meu filho," este dia tem-me gerado... Beije o Filho, a fim de que não esteja irritado..." (Sl. 2:2, 7, 12)

Então agora temos uma natureza divina a qual é a "imagem de Elohim" e é "masculina e feminina" expressando YHVH para nós como um Pai, uma Mãe e um Filho.

Uma vez que o Filho é a combinação dos aspectos do Pai e da Mãe de YHVH, Ele é a plenitude da Eternidade(O Eterno se fez humano) eterna: "porque nele habita corporalmente toda a plenitude da Eternidade(O Eterno se fez humano)" ( Col. 2:9)

Assim o Mashiach abrange toda a imagem de Elohim com a qual nós fomos criados:

"...Mashiach, o qual é a imagem de Elohim." (2Cor. 4:4)

"[Seu Filho] o qual é a imagem do Elohim invisível..." (Col. 1:15)

"[O Filho é] o resplendor da Sua Shechiná e a expressa imagem do Seu Ser.." (Heb. 1:3)

E dessa forma nós podemos ver todas os três aspectos da natureza Divina nas passagens como:

"Eu, sim, eu tenho falado, certamente, chamei-o, Eu trouxe-o, e farei próspero o seu caminho. Chegai-vos a mim e ouça isto: Não falei em segredo desde o princípio; desde o tempo em que Ela era, lá Eu Sou, e agora ADONAI YHVH tem enviado a mim e Sua Ruach." (Is. 48:15-16)

Note quem fala é YHVH. Aqui nós temos:

1. YHVH é o locutor.

2. ADONAI YHVH é quem enviou o locutor.

3. "ela" i. e. "sua Ruach" ("ruach" (Espírito) é a única palavra feminina a que "ela" poderia referir).

Um outro exemplo destes três aspectos deve ser encontrado em Hebreus 9:14:

"Quanto mais o sangue do Mashiach, que pela Ruach eterna se ofereceu a si mesmo imaculado a Elohim, purificará das obras mortas a vossa consciência, para servirdes ao Elohim vivo?"

Aqui nós temos novamente três aspectos:

1. O Mashiach (que é YHVH).


2. A Ruach (Espírito) através da qual Seu sangue é oferecido.

3. O Elohim a quem ele oferece a si mesmo.

Estes três aspectos da natureza divina são chamados no Aramaico de "K´NUMEH" (plural) " K´NUMA" (singular) como nós lemos em Yochanan 5:26

"Assim como o Pai tem vida em sua K´NUMA, assim ele deu também ao seu Filho a vida em sua K`NUMA." (Jo.5:26 do Aramaico)

K´NUMA é uma palavra Aramaica que significa "aspecto, elemento, substância, essencia". Os três aspectos da Natureza divina são as três K´NUMEH mas é somente um YHVH.

Echad como uma unidade.

Isso nos traz à frase do Sh´ma:

Sh`ma israel YHVH, Eloheynu, YHVH Echad

" Ouve Ó Israel, YHVH é nosso Elohim, YHVH é um." (Deut. 6:4)

Deixe-nos examinar outras passagens na Torah para compreender como esta palavra ECHAD ("um") é usada na Torah:

"Para tanto um homem deixará seu pai e sua mãe e será juntado a sua esposa e eles serão uma (ECHAD) só carne." (Gen. 2:24)

E YHVH disse, "certamente os povos são um [ ECHAD ] e todos têm uma língua... (Gen. 11:6)

Assim está claro que a palavra ECHAD de jeito nenhum requer uma singularidade e pode referir-se a uma unidade composta. Assim Deut. 6:4 talvez faça referencia à unidade absoluta das três K'NUMEH do Pai, da Mãe (Espírito Santo Consolador) e do filho (Mashiach).

 

Artigo do Dr. James Trimm

Traduzido: Robespierre c cunha

A Teologia Moderna ensina que o Novo Testamento foi escrito em grego. Eis aqui seu principal argumento e a refutação feita atualmente baseada em fatos históricos, bem como descobertas arqueológicas.

Eles afirmam:

Primeiro Erro:

1. Os manuscritos mais velhos são gregos.

Resposta: Para falar a verdade as nossas cópias mais velhas do livro de Mateus estão no Hebraico (o único livro do NT que nós temos em hebraico) e a sua datação é antes da Idade Média. E é verdade que a mais velha cópia dos livros do Novo Testamento em Aramaico, data antes do 4º século d.c.

Para começar, precisamos entender que a descoberta do rolo do mar morto em 1947, é, de fato a mais antigo do TANAK (Velho Testamento) e ele data muito antes da Idade Média. Contudo, a nossa cópia mais velha do Tanak é oriunda da cópia grega da LXX ( Septuaginta ) que veio a nós no quarto século; entretanto, ninguém argumentaria neste ponto que os originais do Tanak vieram do grego, como sendo o idioma original do Tanak, mas sim do hebraico, porém, desde que as cópias do Mar Morto foram encontradas, a nossa tradução do Tanak continua a mesma da LXX (Septuaginta) do quarto século.

Outro Exemplo, a nossa mais velha cópia do livro de Éster no hebraico, veio da Idade média E, no entanto, até pouco tempo atrás, a copia do hebraico mais antiga que possuímos datava da idade média. Sendo que a copia mais antiga de Ester no grego data do século IV, entretanto, ninguém duvida que o idioma original foi o hebraico e não o grego.

O tempo da composição do livro de Éster (uma das mais velhas cópias hebraicas), foi por volta de 1.500 anos. Sendo o mesmo lapso de tempo na composição do livro de Mateus (um dos mais velhos livros hebraicos)! O fato de que a cópia deste livro tem um lapso de tempo de 1.500 anos não anula a originalidade hebraica do livro de Ester.

Embora não houvesse papiros hebraicos do livro de Mateus, encontrados entre os Cristãos (modernos), outros livros como Isaias, ou qualquer outro papiro hebraico do Velho Testamento, também não foram encontrados entre eles. Isaias é o único papiro hebraico encontrado entre os fragmentos do Mar Morto do Tanak, e não estava entre os livros descobertos entre os papiros dos Cristãos atuais.

Como poderíamos supor que o livro de Mateus ou qualquer outro livro hebraico ou aramaico do Novo Testamento foi mais preservado do que o Tanak, ou seja, os Livros do velho Testamento? Interessante é que encontraram os fragmentos do Novo Testamento e nada encontraram do Velho Testamento, porém, somente o Novo...e isto não significa que o Velho Testamento foi escrito em hebraico, como todos sabemos que de fato o foi.

O fato de não encontrarmos fragmentos da Primeira Aliança em hebraico ou Aramaico entre eles não é prova suficiente para afirmarmos se o foi ou não escrito por este ou aquele idioma, mas, o contrário também não é totalmente explorado pelos que afirmam ser em grego.

O mais velho Papiro Grego que temos conhecimento do Novo Testamento é o Papiro P52 que são fragmentos de alguns versos do livro de João (Yohanan). O estilo e a maneira destes versos suportam a maneira precisa dos velhos textos Siríacos Aramaicos, ou seja, o estilo destes versos suporta a versão que são oriundas do aramaico.

A nossa cópia mais antiga do Novo Testamento Grego data quarto século e é também a mesma idade da mais velha cópia dos manuscritos aramaicos do Novo Testamento.

Os originais em Hebraico e Aramaico do Novo Testamento jamais poderão ser desconsiderado ou refutado pelo fato de existir fragmentos de papiros gregos que pré datam da mesma época e data igual ao hebraico e aramaico.

Segundo Erro:

2- As citações gregas do Novo Testamento são da Septuaginta “Velho Testamento”

- 11 -

Resposta :

A) Atualmente descobrimos que a principal tendência do Novo Testamento em grego veio do hebraico e aramaico, encontrando-se em harmonia com o texto Masorético e da Peshita em aramaico- Tanak.

B) Falar que o texto veio da Septuaginta, não prova e não significa que veio de fato da Septuaginta. Isso porque as cópias hebraicas do livro do Tanak (VT) encontrados entre os rolos do Mar morto não se harmonizam com a Septuaginta, mas sim com os manuscritos hebraicos.

Terceiro Erro:

3- Testemunhas e escolados PHDs. disseram explicitamente que concordam com o exposto acima, ou seja, Novo Testamento como sendo oriundo do grego

Resposta: Isto nada quer dizer, pois outros PHDs de largo conhecimento acerca desses estudos afirmaram que o Novo Testamento foi escrito em Hebraico e Aramaico.

Quarto Erro:

4- Lucas era grego e isto implica que ele escreveu em idioma grego.

Resposta: Atualmente sabemos que Lucas era Siríaco de Antioquia (Eusebius; EccL. Hist. 3:4) sendo assim, obviamente, sua linguagem nativa era o Siríaco, isto é, um dialeto Aramaico.

Quinto Erro:

5- Lucas e Atos foram escritos em grego chamado “Theophilus”.

Resposta: Descobertas atuais mostram que Theophilus era um Judeu que foi sacerdote do ano 37 a 41 D.C (Josephus; Ant. 18:5:3) Um Siríaco convertido ao Judaísmo, assim como Lucas o era. Todos os sacerdotes escreviam em Aramaico!

Sexto Erro:

6- O Grego era a língua judaica naquele tempo.

Resposta: O historiador Flávio Josephus no primeiro século (37-c. 100 C.E) testifica o fato que os Judeus do primeiro século falavam o hebraico. Ele testifica que o hebraico, e não grego, era a língua daquele lugar, naquele tempo.. Josephus fala a respeito da destruição do templo no ano 70 D.C, e de acordo com ele os Romanos tinham tradutores judeus que rogavam a eles a se renderem na sua própria língua.(Guerras 5:9:2).

Entretanto, Josephus nos dá um vislumbre da linguagem daquela época, do povo Judeu do primeiro século, “Precisamos ser grandes artistas para entender a respeito dos gregos, e compreender os elementos da sua linguagem, pois uma vez habituados a falar a nossa própria língua, eu não pronunciaria grego com exatidão, pois nossa nação não nos encoraja a aprender as muitas línguas das nações”. (Ant. 20: 11:2).

Como podemos observar, Josephus ajudou a entender claramente que os judeus do primeiro século não falavam e nem compreendiam o idioma grego, mas falavam em sua própria língua.

As confirmações das palavras de Josephus são respaldadas pela Arqueologia. As inscrições encontradas nas moedas de Bar Kohba são um exemplo disso. Estas moedas circulavam naquela época entre os judeus durante a revolta de Bar Kokhba (c.132 D.C). Todas estas moedas estampam unicamente inscrições hebraicas. Outras incontáveis inscrições encontrada nas escavações do Monte do Templo, Massada, e em várias tumbas judaicas, tem revelado que nos primeiros séculos da Era Messiânica, as inscrições hebraicas mostram com profunda evidência que a linguagem usada era de fato o hebraico, e isto poderá ser confirmado nos mais antigos documentos daquele tempo, que têm sido descobertos em Israel, nisto incluem - se os rolos do Mar Morto e as Cartas de Bar Kohba.

Os rolos do Mar Morto consistem em mais de 40.000 fragmentos, ou seja, mais de 500 Rolos (Livros) datados de 250 A.C a 70 D.C. Estes rolos foram escritos em hebraico e aramaico. Um largo número de rolos e papiros seculares (que não pertencem ao manuscrito bíblico) estão no hebraico. As cartas de Bar Kohba e as cartas de Simão Bar Kohba e seu exército, escrita durante a revolta judaica de 132 D.C. Estas cartas foram descobertas por Yigdale Yadin em 1961 e são quase todas escritas em hebraico e aramaico.

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Duas destas cartas foram escritas em grego, mas o homem que escreveu, era grego, e tinha nome grego, e ele escreveu para Bar Kohba. Uma destas duas cartas, de fato pede desculpas a Bar Kohba por escrever no idioma grego, dizendo: “A carta foi escrita em grego por não ter ninguém que conheça hebraico aqui.”

Os rolos do Mar Morto e as cartas de Bar Kohba não foram incluídos nos documentos hebraicos do primeiro e do segundo século, mas nos dá evidência clara e concisa de que o dialeto deles era de fato o idioma hebraico. O dialeto destes documentos não eram o hebraico bíblico do Velho Testamento e não era o Mishnaic hebraico de Mishna (220D.C) o hebraico destes documentos é coloquial, isto é, um idioma vivo, fluído em um estado, no processo evolutivo bíblico para Mishnaic, hebreu. Alem disso o hebraico das cartas de Bar Kohba eram o hebraico Galileu (Bar Kohba era Galileu), enquanto que, os rolos do Mar Morto nos dão um exemplo da Judéia Hebraica. Comparando os documentos mostrados, sua localização geográfica e dialeto etc.... Chegamos a conclusão que o hebraico não era uma língua morta, mas ativa naquele tempo.

A evidência final de que nos primeiros séculos os judeus conversavam em hebraico e aramaico, poderá ser encontrada em outros documentos, naquele período e também mais tarde. Isto inclui os rolos do Mar morto em aramaico (66-70 D.C), as Cartas de Gamaliel em aramaico (c.30-110D.C), as Guerras Judaicas por Josephus em Hebraico (c.75D.C), a Misnha em hebraico (c.220D.C), e a Gemara em Aramaico (c.500D.C).

Mas relativamente às cartas de Paulo (Shaul) para a diáspora, o Aramaico era o assunto,e isto implica que a linguagem dos judeus da Diáspora na época do apóstolo Shaul (Paulo) era o Aramaico; e de fato inscrições Judaicas em aramaico foram encontradas em Roma, Pompéia e também na Inglaterra.

(see Proceedings of the Society of Biblical Archaeology "Note on a Bilingual Inscription in Latin and Aramaic Recently Found at South Shields"; A. Lowy' Dec. 3, 1878; pp. 11-12; "Five Transliterated Aramaic Inscriptions" The American Journal of Archaeology; W.R. Newbold; 1926; Vol. 30; pp. 288ff)

Sétimo erro:

7- Paulo era helênico, isto é, grego e escreveu suas cartas no idioma grego.

Resposta: Em relação às epistolas das Cartas Paulinas, e seus respectivos destinos, precisamos analisar primeiro o seu contexto ou pano de fundo (Tarsus). Era Tarsus uma cidade de Língua Grega? Poderia Paulo (Shaul) ter lido e aprendido Grego ali? Tarsus provavelmente começou em uma cidade de um Estado Hitita. Por volta de 850 A. C Tarsus tornou-se parte do Império Assírio, quando o Império Assírio foi conquistado por Babilônia por volta de 605 A.C. passou a fazer parte deste Império. Então, em 540 A .C O império Babilônico, incluiu Tarsus como parte do Império Persa. O Aramaico era a principal linguagem de todos os três principais e grandes impérios. Pelo primeiro século da Era nazarena o Aramaico permaneceu como o idioma principal vigente ainda naquela época em Tarsus. Moedas encontradas e esculpidas, tinham inscrições aramaicas.

Relativamente ainda sobre o idioma utilizado por Tarsus, existe também um grande questionamento se Paulo de fato foi trazido para Tarsus ou nasceu ali. O texto em questão é Atos 22:3:

“Eu sou certamente um judeu nascido em Tarsus, cidade da Cilícia, mas trazido a esta cidade e educado aos pés de Gamaliel, de acordo com o estrito costume de nossos pais ensinado na Torah. Sendo zeloso para com Elohim como o é até hoje.”

Muitos argumentos têm sido feitos por estudiosos a respeito do termo “trazido aos pés”. Alguns argumentam que se referem ao período de sua adolescência.

A chave do assunto em questão está em Atos 7:20-23:

“Por volta do nascimento de Moisés, assim como era agradável ao Senhor; ele foi trazido para a casa de seus pais por três meses, e quando ele estava pronto foi levado para a filha de Pharaó e educado como seu próprio filho. E Moises foi educado na sabedoria e arte dos Egípcios.”

O fato de que Paulo era helênico nada tem a ver com o argumento de que tudo deve girar em torno disso, pois já temos visto antes que Paulo nasceu em Tarsus, cidade onde o Aramaico era falado. Apesar da influência helênica que atingiu a cidade de Tarsus. Paulo ainda jovem deixou a cidade e foi trazido para Jerusalém. Ele descreve a si mesmo como Hebreu (II Cor 11:2) “ um Hebreu dos Hebreus” (Philip 3:5) e da tribo de Bejamim (Rom 11:1). É importante sabermos como o termo Hebraico era usado no primeiro século! O termo hebraico não era usado como termo genealógico, mas como termo cultural e lingüístico. Um exemplo disto pode ser encontrado em Atos 6:1 onde encontramos uma disputa entre hebreus e gregos.

Os estudiosos concordam que os gregos aqui mencionados são judeus helênicos (gregos) ( Atos 11:19) pouco helenizados (Atos 16:6-10). Em atos 6:1 é feito um claro contraste entre judeus e gregos que são claramente

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não helênicos. Os helênicos não eram chamados hebreus, que era o termo usado para designar os judeus não-helênicos.

Quando Paulo chama a si mesmo de “Hebreu” ele está enfatizando que não é grego- helênico e quando Paulo diz ser Hebreu dos Hebreus eles está enfatizando fortemente que não é helênico- grego. E isto está explícito - sua discussão com os Helenistas, eles intentaram matá-lo “Atos 9:29”, e porque ele escapou para Tarsus? (Atos 9:30), por que não havia um povo judaico helênico em Tarsus, se assim o fosse teria sido uma má escolha ir para Tarsus.

O passado Farisaico de Paulo nos dá informação para questionar o que estava no caminho de qualquer Helênico. Paulo chama a se mesmo “Phariseu” , filho de Phariseu “Atos 23:6), significando que ele era da lista da segunda geração de Phariseus. Tanto o texto Aramaico como o Grego, ambos, dão ênfase na frase “ Phariseu filho de Phariseu”. Na expressão semítica idiomática isto significa que era da terceira geração de Phariseu. Se Paulo (Shaul) era da segunda ou terceira geração de Phariseu, será difícil aceitar que ele tenha se levantado como Helênico Grego!. Os Phariseus eram fortemente contra os helênicos- gregos e se opunham a eles ferozmente.

(Shaul) Paulo coloca-se na posição de ser da segunda ou terceira geração de Phariseu, isso explica porque ele foi educado aos pés de Gamaliel. (atos23:3) Gamaliel era Neto de Hillel o principal daquela Escola. Ele era tão respeitado que no estado de Misnha se falava em relação a sua morte “Que a Kevod da Torah cessaria, e a pureza e modéstia morreriam.” Paulo fazia constante uso, por exemplo, dos papiros que continham os ensinamentos da Hillel. Todavia, é improvável que um Helenista tenha estudado aos pés de Gamaliel na Escola de Hillel, que era o Centro de Ensinamento Pharisaico do Judaísmo.

Oitavo Erro:

8- Shaul (Paulo) escreveu suas Cartas para diversos grupos em seu idioma grego.

Resposta: Em uma audiência com (Shaul) Paulo, um outro elemento que precisamos considerar é quando se fala das origens das epístolas. As Epístolas de Paulo (Shaul) eram enviadas para várias congregações da Diáspora. Estas congregações eram compostas de grupos mistos entre Judeus e Gentios. A congregação de Tessalônica era uma Assembléia assim como era a de Corintios (atos 17:1-4). Certas passagens das epístolas de Coríntios estão exclusivamente apontando para os Judeus ( I Cor 10: 1-2), por exemplo, Paulo estava escrevendo em primeiro lugar para a liderança Judaica destas diversas congregações.

“Qual é a vantagem do Judeu ou a utilidade da circuncisão? Muitas, em todos os sentidos! Para eles primeiramente as palavras do Eterno lhes foram confiadas.” (Rom 3:1-2).

Um dos fatores primários, que precisam ser discutidos relativamente a origem das epístolas de Paulo é entender seu propósito:

1) Que fosse lido para a congregação (Col 4:16; I Tess 5:27)

2) Que tivesse autoridade doutrinal ( I Cor 14:37).

]Toda a liturgia da Sinagoga durante o Segundo Templo era em Hebraico e Aramaico ( veja as palavras de Jesus Gustaf Dalman; Edinburg, Emngland; 1909). Paulo (Shaul) jamais escreveria cartas para serem lidas nas congregações em qualquer outra língua. Além disso, todas as cartas religiosas Judaicas para serem revestidas de autoridade Halachá(autoridade doutrinal), era escrita em hebraico ou aramaico. Paulo (Shaul) jamais deixaria passar por alto que suas epístolas entre eles fossem desprovidas desta característica, e isto justifica fortemente o motivo dele ter escrito em Hebraico e Aramaico.

Nono Erro:

9- Eles dizem: Existem frases e explanações do Hebraico e do Aramaico do Novo Testamento que não poderiam ter sido escritas em Hebraico e Aramaico.

Resposta: Estas explanações são de escritores com características gregas e não são características dos textos em Hebraico e Aramaico.

Décimo Erro:

10- O Novo Testamento foi escrito para o uso do povo gentio e os gentios daquele tempo falavam grego.

Resposta: Os primeiros Crentes em Yeshua eram Judeus. Os primeiros gentios que criam no nazareno, estavam centralizados em Antioquia na Syria ( 11:26). Os Syrios falavam Syriaco, um dialeto do Aramaico. Estes primeiros grupos teriam necessariamente um evangelho em Hebraico e aramaico. Isto deixa claro que se o Novo Testamento foi enviado para os gentios, isto não significa que estes gentios inicialmente falavam

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grego, pelo contrário os primeiros crentes gentílicos utilizavam o idioma hebraico e aramaico que também era falado pelos Syrios e Assírios

Mateus - Os escritos do livro de Mateus originais para os crentes Judeus eram em hebraico (Origen, citado por Eusebius, Eccl. Hist. 6:25) e de acordo com Jerônimo também afirma ter sido em Hebraico para beneficiar estes da circuncisão que tinham crido.(Jerônimo; Of Illustrius Men3). Este livro pode ter sido enviado para os Phariseus.

Marcos - Marcos provavelmente escreveu seu Evangelho para o uso dos gentios Assyrios que ele encontrou em Babilônia em companhia de Kefas (Pedro) (I Pedro 5:13).

Obs: Que idioma os Assyrios falavam? Aramaico!

Lucas e Atos – Lucas, um Syriaco,(Eccl. Hist 3:4) escreveu seu Evangelho para Theophilus que foi um sumo sacerdote de 37-41 D.C (Josephus; Ant. 18:5:3).

Yochanam - Escreveu seu Evangelho para os Judeus Essênios (II João 1:1) que eram místicos.

Yakov (Tiago) - Escreveu às doze tribos espalhadas (Tiago 1:1)

A polissemia em si, é a maior prova do NT, foi escrito em aramaico e Hebraico, exemplo a palavra Strike inglês pode ser traduzida:

como golpe e como greve. Se um dos manuscritos em português ou Inglês fosse original, não haveria como explicar a existência da variante. A única possibilidade é a de que o original traduzido por uma pessoa como golpe e por outra como strike (Greve). Este é o conceito da Polissemia: Uma palavra que gera diferentes traduções dependendo do manuscrito.

Existem muitos exemplos de Polissemia do aramaico para o grego. Isto porque, existem poucas palavras nas línguas semitas, com muitos significados diferentes. Já foi encontrado mais cinco diferentes manuscritos no grego, e a palavra na Peshita poderia ser traduzida como qualquer uma das cinco, tornando-se ,portanto, evidente a originalidade do Aramaico.

Vejamos alguns exemplos da Polissemia:

1) I Corintios 13:3. Em manuscritos gregos encontramos a palavra queimar, em outros vangloriar. No Aramaico a raiz é a mesma para ambas as palavras.

2) Em I Pedro 3:13, alguns manuscritos do grego trazem “Zelosos” enquanto outros trazem “imitadores” a raiz no Aramaico é a mesma para ambas as palavras.

3) Em apocalipse 2:20, alguns manuscritos do grego trazem “ Tolerar” outras trazem

“Sofrer” a raiz no Aramaico é a mesma para ambas palavras.

4) Em Efésios 1:18, alguns manuscritos do grego (Alexandrinos) trazem “coração”, enquanto outros ( Bizantinos) trazem entendimento. A razão é uma expressão idiomática do Aramaico, pois a expressão olhos do coração quer dizer entendimento.

5) Em Lucas 11:49, a maioria dos manuscritos do grego trazem expulsar, enquanto o texto Receptus traz perseguir. A palavra no Aramaico possui ambos significados.

Outro exemplo forte da origem semita do Novo Testamento são as estruturas poéticas presentes nos textos bíblicos. Alguns textos evidenciam nitidamente poesias e trocadilhos. Um exemplo interessante de trocadilhos é o de Atos 9:33-34. Neste texto, um homem chamado Aneas é curado. Ora, Aneas vem da raiz do Aramaico “anah” que quer dizer “afligido”. Quando Pedro fala com ele, não repete o nome, porém diz homem aflito, Yeshua Há’Mashiah te cura. Este trocadilho é completamente comum no grego, que traduz ambas as ocasiões como o nome do homem em questão. Todavia, aneas não era um nome, mas uma expressão “Homem aflito Yeshua te cura”.

Outra prova do Novo Testamento Hebraico e Aramaico, é que alguns textos gregos, possuem erros teológicos sérios, que resultam da tradução errada do Aramaico. É como se o tradutor não tivesse pleno domínio da língua. Como exemplo, no evangelho podemos citar:

1) Nos evangelhos encontramos uma menção a Simão, o “Leproso” o Leproso???

No texto grego (Mt. 26:6 e Mc. 14:3). O problema é que seria impossível um leproso viver dentro da cidade de Ânia, conhecida como Beit’Ânia; a explicação está no Aramaico. As palavras que indicam leproso e fabricante de jarros são semelhantes no Aramaico (Gar’ba=leproso e Garaba= Oleiro, fabricante de vasos) uma vez que o Aramaico é escrito sem vogais, as duas palavras estão escritas de forma idêntica. Observe que logo na seqüência tem uma mulher trazendo jarro.

Conclusão: Simão é fabricante de jarros e não leproso.

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2) O livro de Atos 8:27 fala da história de Felipe e um eunuco. Ora, o problema é que o eunuco está a caminho de Jerusalém, para adorar, ou seja, estava indo ao templo. Ora um eunuco não só seria aceito como prosélito entre os Judeus, como jamais seria permitido entrar no templo. E agora? A resposta está no Aramaico! A palavra usada para eunuco é a mesma usada como crente em Elohim (no Aramaico- M’haimna). Ou seja, o eunuco em questão não era um eunuco, mas sim um crente que temia ao Senhor de Israel.

3) Algumas frases no Novo Testamento no grego chegam a ser cômicas, de tão estranhas. No Aramaico não vemos tal confusão.

Você já tentou passar um camelo por um fundo de uma agulha, pois é, que furo de tradução! (Mt 19:24;Mc 10:25 e Lc. 18:25). A palavra em questão, no Aramaico, é Gamla da forma como ela é escrita sem vogais, pois o Aramaico não possui vogal. Pode tanto indicar camelo como corda. A última opção, obviamente, é que está claramente correta. O escritor, ou seja, o apóstolo escritor estava se referindo a corda ao escrever em Aramaico.

4) Outro exemplo: Você já salgou alguma coisa com fogo? Pois é, parece que nosso tradutor para o grego fez uma grande confusão em Mc 9:49. No grego fala em salgar com o fogo???. O problema é simples a palavra que é usada para salgar também poderá ser usada para como pulverizar no sentido de destruir. O interessante aqui, é que parece que o tradutor estava cansado ou cochilando, pois ele foi influenciado pelo texto seguinte sobre o sal da terra, contudo nada de relação com essa frase!

5) Alem disso outro erro que não aparece no Aramaico é o fato em que Mt 27:9 cita Zacarias 11:12-13, mas diz que o texto é de Jeremias. Que furo de tradução! O Aramaico apenas diz : “Assim disse o profeta:”, sem citar nomes.

6) Em Marcos 2:26 o grego cita Abiatar como sendo o sumo sacerdote nos tempos do rei Davi, contudo, em I Samuel 21:1 e 22:20 dizem que Aimeleque, pai de Abiatar, é que era o sumo sacerdote. Azar e furo de quem traduziu para o grego, pois o Aramaico não contém esse problema.

7) Um grande erro Histórico que há nos manuscritos em grego é chamar de mar alguns lagos de Israel, como o da Galil (conhecido popularmente como o mar da galileia), este erro é motivo de piada entre os incrédulos que questionam uma possível falta de conhecimento de Geografia da parte do Senhor, Isso no Aramaico não acontece, pois a palavra “Yamah” pode ser usada tanto para mares como para lagos ou grande porção de águas, tais como o lago de Galil em questão.

8)Outro grave erro é genealogia de Yeshua. Em Mateus a genealogia no grego, não só difere da de Lucas, como diz terem havido 14 gerações após Bavel e cita apenas 13??? Estranho não é! No Aramaico isto não acontece. O Erro está exatamente no capitulo 1:16 “ E Ya’akov gerou a Yosef, Pai de Myriyan(Ga’bra em genealogia Pai), da qual nasceu YESCHUA, que se chama o Maschiyah. Na Versão Almeida, a palavra “Pai” foi traduzido como “marido”, e aí esta o erro, que no aramaico não existe.

8) O livro de Atos capitulo 11, cita uma fome no mundo inteiro, a qual motiva os líderes das igrejas a pedir ajuda em Antioquia aos seguidores da região de Yehudah. Ora, se a fome era mundial, como faz sentido pedir ajuda em Antioquia? A resposta está no Aramaico, pois a palavra “Eret´s” em Hebraico Eret’s tanto para denotar mundo como terra de Israel. Todavia, a terra era em Israel e não no mundo todo.

Conclusão:

Um dos maiores pesquisadores e professor da universidade de Oxford, Geza Vermes, onde leciona “Estudos Judaicos”, é também considerado um dos maiores especialistas acadêmicos sobre os manuscritos do Mar Morto. Em pesquisas recentes, em livros do Mar Morto, publicado em seu Livro: “As varias faces de Jesus”(Yeshua), ele deixa bem claro, que o Cristianismo atual, nada tem haver com o judaísmo nazareno do primeiro século. E reitera que, o elemento grego introduzido do Messianismo do primeiro século, afastou a Igreja de suas raízes, culturais, tradição e língua, elevando assim o elemento pagão para dentro dela.

E deixa claro, que a língua bíblica falada e escrita pelos apóstolos era o hebraico e aramaico e não o Grego. Nisto Cremos!

Pesquisado por Robespierre Cunha


Midrash Bamidbar

 

 

O livro de Bamidbar inicia com: "E Elohim falou com Moshê no deserto do Sinai, no Tabernáculo, no primeiro dia do segundo mês [Iyar], no segundo ano após terem saído da terra do Egito."

Elohim falou com Moshê centenas de vezes, e geralmente a Torá não especifica a data. Por quê, então, o faz aqui?

Sr. XY, famoso milionário, conhecido por possuir diversos arranha-céus, grandes parcelas de ações em firmas de grande porte, além de fazendas e ranchos, não conseguia encontrar satisfação em sua vida pessoal. Ele acabara de divorciar-se da segunda esposa, filha de um rico magnata do petróleo, que amargurara sua vida com incessantes reclamações. Divorciara-se da primeira esposa anos antes, pois ela lhe fora infiel. Raramente falava destes casamentos, e quando indagado por repórteres curiosos, recusava-se a divulgar detalhes. Guardava em segredo as datas de seu casamento e divórcio, e ao pedirem-lhe para mostrar os contratos de casamento, negava possuir tais documentos.

Anos depois, os amigos sugeriram-lhe um partido que, apesar de não usual para um homem em sua posição, sem sombra de dúvidas provaria ser bem sucedido. A moça em questão era pobre, mas de nobre estirpe e caráter refinado.

Após investigar e comprovar que tudo o que fora dito a respeito da jovem era verdade, exclamou: "Desta vez encontrei minha verdadeira esposa e alma gêmea! Anunciarei publicamente a data do casamento, e certamente lhe darei um contrato nupcial!"

Depois de criar a humanidade, Elohim, por assim dizer, desapontou-Se com uma geração após a outra. A geração do Dilúvio rebelou-se contra Ele, assim como a geração da Torre de Bavel. Por isso, a Torá atenua a ascensão e queda destas e de gerações que lhes sucederam, sem revelar as datas exatas de seu surgimento ou desaparecimento no decurso da história. Da mesma forma, a Torá não registra quando tiveram lugar as destruições da geração da Torre de Bavel ou de Sodoma, tampouco quando ocorreram as Dez Pragas e o afogamento dos egípcios.

Em relação aos judeus, contudo, Elohim exclamou: "São diferentes das gerações anteriores; são filhos de Avraham, Yitschac e Yaacov! Sei que serão fiéis a Mim!"

Portanto, disse a Moshê: "Registre na Torá o dia, mês, ano e localidade exatas de quando os elevei à grandeza."

A Torá (Bamidbar 1:1) especifica a data e locais precisos de quando Elohim dirigiu-se a Moshê, da mesma forma que esses detalhes estão registrados num contrato matrimonial.

Por que Elohim revelou a Torá no deserto

O livro de Bamidbar e por conseguinte esta parashá iniciam-se com as palavras: "Bemidbar Sinai - no deserto de Sinai". Isto vem nos indicar que Elohim escolheu propositadamente um deserto para outorgar-nos a Torá.

Há diversas razões pelas quais Elohim preferiu o deserto à terra habitada. Dentre essas:

• Se a Torá tivesse sido outorgada na Terra de Israel, seus habitantes teriam reivindicado uma relação especial com a Torá. Elohim falou num local onde todos podem Ter livre acesso. Isto nos ensina que cada um possui uma porção na Torá igual a de todos os seus semelhantes.

• Revelando a Torá no deserto, Elohim nos ensina que a fim de tornar-se grande no estudo da Torá, a pessoa deve fazer-se semelhante ao deserto - ou seja, sem dono ou proprietário.

Estas palavras implicam:

1. Como o deserto é de livre acesso e trânsito para todos, da mesma forma um judeu deve ser humilde.

Humildade é a percepção da pequenez da pessoa. É uma virtude necessária para obter sucesso no estudo da Torá, e para uma vida feliz neste mundo.

Vantagens da humildade em relação à Torá:

• Para progredir em Torá, deve-se procurar a companhia dos estudiosos, que são mais sábios, e aprender deles. Uma pessoa arrogante não aceita conselho e orientação de outros.

• Alguém que está convencido de sua própria superioridade não se empenhará em cumprir as mitsvot que não considera importantes, nem investir muitos esforços em preencher os detalhes requeridos por outras.

• Elohim gosta das pessoas humildes, pois constantemente revisam seus atos, a fim de corrigir seus erros. Uma pessoa arguta, no entanto, não é aberta à críticas, nem tem senso de autocrítica. Por isso, está longe de fazer teshuvá.

Benefícios gerais da humildade:

• Uma pessoa humilde aproveita a vida, a despeito das circunstâncias materiais; enquanto uma pessoa arrogante não está satisfeita com seu quinhão. O presunçoso está convencido de que Elohim e seus semelhantes lhe devem por seus talentos, contribuições ou méritos. Ele não é suficientemente recompensado com reconhecimento ou dinheiro; sofre de descontentamento e frustração.

• Se o infortúnio atinge uma pessoa arrogante, ela se ressente demais. Uma pessoa humilde, por outro lado, consegue superar os problemas, inconveniências e situações desagradáveis da vida.

• Uma pessoa humilde faz amigos; uma pessoa que se sente o centro do universo, não. Ela não pode perdoar aqueles que a insultam, ou não a tratam com deferência e como resultado, dificulta sua aproximação e relacionamento com outras.

2. "Parecendo-se com o deserto" também implica que um judeu deve estar pronto a sacrificar conforto material em prol da Torá. O conceito de "deserto" sugere o oposto à civilização, com seus luxos e confortos materiais. Um judeu pode esperar progredir no estudo da Torá e cumprimento das mitsvot somente se estiver preparado para fazer algum sacrifícios em assuntos terrenos.

Na maioria das vezes, é impossível atingir a perfeição em todas as áreas. Por exemplo, é difícil um homem ser tremendamente bem sucedido nos negócios, e, ao mesmo tempo, altamente criativo nos estudos diários da Torá; uma família pode se ver obrigada a escolher entre o tipo de férias que quer, ou uma cara educação em yeshivot para seus filhos, e assim por diante.

3. Outra característica do deserto é sua vastidão vazia. Da mesma forma, o intelecto do homem deve parecer como a imensidão vazia do deserto, livre de elementos estranhos, antes que os pensamentos da Torá possam lá deitar raízes.

Um rei conquistou um novo país e anexou-o a seu reino. Desejava que seus habitantes submetessem-se a seu código de leis, e por isso anunciou que visitaria uma das cidades, a fim de ser reconhecido como novo regente.

Contudo, quando a carruagem real chegou, não foi recebida pela tão esperada multidão. O rei viajou através de ruas totalmente desertas, onde não se via viva alma.

Esta cidade era habitada por prósperos mercadores. Alguns temiam que o novo legislador aumentasse os impostos, outros estavam envolvidos em negócios escusos e temiam que o rei acabasse com as fraudes, ou, pior, punisse-os. O rei percebeu que a população desta cidade não queria reconhecer sua autoridade. Assim sendo, proclamou que visitaria outra cidade no dia seguinte.

O bizarro espetáculo do primeiro dia repetiu-se, não havia ninguém à vista para saudá-lo.

O rei então notou que os prósperos cidadãos do recém-conquistado território não se submeteriam à sua autoridade de boa vontade. Ele deveria aliciar seguidores entre os menos afortunados. Percorreu então as cercanias de cidades que haviam sido devastadas, cujos habitantes perderam as posses e fortunas.

Quando os destituídos ouviram acerca da iminente chegada do rei, rejubilaram-se. Um regente significava esperança para o futuro. Investiria recursos para reconstruir seus lares e fazendas devastados; e os empregaria a seus serviços. Não tinham dinheiro que o rei pudesse confiscar, nem negócios que desaprovaria. Assim, no dia seguinte, uma multidão ruidosa saudou o rei.

Elohim considerou as montanhas como possível local para dar a Torá, mas estas "saltaram como cordeiros" (Tehilim 114:4). Fugiram, pois sabiam que não eram merecedoras de participar de tal Revelação, uma vez que estátuas de ídolos foram colocadas em seu topo.

Finalmente, a Shechiná aproximou-se do deserto, e este não se retirou. Poderia receber o Todo-Poderoso sem medo ou vergonha, pois estava totalmente desnudo, imaculado de qualquer mancha de idolatria.

Desta forma, Elohim escolheu o deserto para a outorga da Torá.

Assim também, a pessoa pode adquirir a sabedoria da Torá somente se preparar seu intelecto para recebê-la. Deve eliminar qualquer pensamentos, idéias ou desejos que são antítese da Torá; deve transformar sua mente em deserto. Então a Shechiná poderá entrar.

Elohim ordena a Moshê que faça a contagem do povo judeu

O Tabernáculo foi consagrado por oito dias. O última dia da consagração foi o primeiro dia de Nissan do ano 2449.

Exatamente um mês mais tarde, Elohim ordenou a Moshê: "Conte os homens dos filhos de Israel entre vinte e sessenta anos de idade e anote o total de cada tribo."

"Cada judeu que for contado deve provar a qual tribo pertence. Uma vez que a tarefa de registrar centenas de milhares de pessoas é gigantesca, seu irmão Aharon o ajudará."

Aharon não havia sido ordenado a participar do último censo, logo após o pecado do bezerro de ouro, para evitar que as pessoas comentassem: "Primeiro, ele faz um bezerro de ouro, e agora conta quantos sobreviveram à praga que se seguiu."

Elohim continuou: "Os líderes das tribos também ajudarão na contagem."

Como foi cumprida a ordem de Elohim

Moshê reuniu imediatamente os doze líderes das tribos. Disse a eles: "Elohim ordenou-lhes que me ajudassem na contagem do povo. Vamos convocar uma assembléia e comunicar a todos a ordem de Elohim!"

Todos os judeus se reuniram. Moshê lhes disse: "Todos os homens acima de vinte anos devem se perfilar em frente a mim, Aharon, e os líderes das tribos. Cada homem deverá trazer consigo uma moeda de meio-shekel e os documentos para provar a qual tribo seu pai pertence."

"A contagem começará com a tribo de Reuven."

Por que Moshê ordenou que cada judeu doasse uma moeda? É proibido contar diretamente pessoas; ao invés disso, contariam moedas, pois a bênção Divina não paira sobre algo que foi contado ou medido.

Naquele mesmo dia o censo começou.

Isto demonstra a grande ansiedade e felicidade com as quais os líderes cumprem uma mitsvá. Geralmente, quando um censo está para se realizar, os oficiais envolvidos encontram-se primeiro, para discutir e organizar a empreitada. Certamente seria justificável que levassem um bom tempo para planejar uma tarefa tão elaborada. Moshê, Aharon e os líderes, em seu zelo por obedecer a Elohim, dispensaram os preparativos e, com coordenada eficiência, começaram o censo naquele mesmo dia.

O primeiro a ser contado entregou sua moeda e disse, por exemplo: "Meu nome é Shemayá filho de Yoel."

"Prove que seu pai é da tribo Reuven," disseram-lhe. Shemayá mostrou-lhes uma cópia de sua árvore genealógica. Trouxe também duas testemunhas para provar que era filho de Yoel da tribo Reuven.

Todavia, levou vários dias para completar o censo de uma população tão numerosa.

O nome e ascendência de cada judeu com idade entre vinte e sessenta anos foram registradas. A população de cada Tribo foi computada, e o número total do povo determinado: 603.550 homens com idade entre vinte e sessenta anos.

A santidade da nação judaica

Quando Elohim deu a Torá ao povo judeu, as outras nações do mundo ficaram com inveja. "Por que eles merecem receber a Torá mais do que nós?" - reclamaram.

Elohim respondeu: "Os judeus têm um grande mérito. Suas mulheres desposam apenas homens judeus, mesmo durante o tempo em que viveram entre os egípcios. Cada marido judeu permanecia fiel à sua mulher, e cada mulher ao seu marido."

Para mostrar a todas as nações a grandeza do povo judeu, Elohim, em voz alta e ressonante, ordenou a Moshê: "Conte os judeus e estabeleça a tribo de cada um!" Todas as nações do mundo ouviram a ordem. Entenderam, então, a grandeza do povo judeu.

Os israelitas são contados pela quarta vez

Esta era a quarta vez que os judeus eram contados.

1. Inicialmente, a Torá registra que os membros da família de Yaacov que desceram ao Egito era de setenta.

2. A Torá declara que seiscentos mil homens deixaram o Egito.

Essas cifras indicam que o povo judeu multiplicou-se de maneira milagrosa no Egito. Devido à Providência Especial de Elohim, o pequeno clã de Yaacov, a despeito de planos inimigos para exterminá-lo, tornou-se miraculosamente uma nação que compreendia milhões de almas.

3. Após o pecado do bezerro de ouro, a onze de Tishrei de 2448, os israelitas foram contados pela terceira vez.

O censo foi tomado como um sinal do amor nutrido por Elohim e Sua preocupação com os judeus - mesmo após o pecado.

4. Agora, o primeiro de Iyar de 2449, quase sete meses após o último censo, o povo foi contado novamente.

Não houve mudanças desde a última contagem. Por que Elohim ordenou o censo?

Os objetivos desta contagem

Elohim ordenou este censo por diversas razões.

Eis aqui algumas:

1 - O objetivo principal desta contagem era apurar os ancestrais de cada indivíduo, determinando assim sua tribo. Mais adiante, nesta parashá, o povo judeu será ordenado a formar grupos (de acordo com suas tribos). Estes grupos acampariam e viajariam numa determinada ordem sob estandartes. Portanto, era necessário determinar a qual tribo cada judeu pertencia.

2 - O povo logo adentraria a Terra Santa. Elohim ordenou esta contagem para descobrir quantos homens serviriam no exército e poderiam ajudar na conquista do país.

3 - Quando o Tabernáculo foi consagrado, a Presença de Elohim desceu do céu para repousar na terra. Um rei conta seu exército no dia em que é coroado para saber quantos soldados tem. Da mesma forma, Elohim pediu a Moshê para descobrir o número de judeus no qual Sua Shechiná (Presença Divina) poderia repousar.

Elohim diz: "Sempre que o total do povo judeu é mencionado, fico contente, pois representa o número de soldados em Meu exército, que cumprem Minha Vontade no mundo."

À noite, o homem de negócios voltou exausto para casa. Havia sido um dia caótico e exaustivo - telefonemas, memorandos, pedidos, enviar mercadorias. Ele queria apenas ter um bom jantar e cair na cama. Não obstante, primeiro dedicou tempo para fazer algo em especial. Apesar de tomar tempo e exigir concentração, proporcionava-lhe muito prazer. Tirou de sua maleta os cheques e boletos bancários que juntou durante o dia, contando-os diversas vezes. Esquecendo-se de seu cansaço, encheu-se de satisfação e prazer.

A pessoa investe tempo e esforço para inspecionar e contar objetos que lhe são preciosos. Quanto mais valioso o item, mais cuidadosamente ele o verificará.

O Todo-Poderoso conta o povo judeu freqüentemente, demonstrando que a Seus próprios olhos cada indivíduo é essencial. Portanto, a Torá detalha extensamente os números do povo judeu. Apenas na parashá de Bamidbar há quatro listagens diferentes do número de judeus.

Outra razão pela qual Elohim queria que os judeus fossem contados

Imagine que você está entre as pessoas que são contadas no deserto. Ficaria perante Moshê, Aharon e os líderes das tribos. Qual a sensação? Não é uma experiência emocionante? Você está face a face com os líderes de Torá da nação judaica.

À aproximação de cada um, Moshê - o grande profeta de Elohim - e Aharon - o sagrado Sumo Sacerdote - escutavam o nome da pessoa, olhavam-na, e silenciosamente a abençoavam.

Desta maneira, cada judeu ganhava o mérito de ser abençoado pelos homens mais notáveis da nação. Cada pessoa sentia quão importante era aos olhos de Elohim.

Elohim deseja que percebamos como cada pessoa merece Sua consideração e apreço.

Bamidbar é denominado o Livro de Números

O Livro de Bamidbar também é chamado de "Livro de Números". Contém um censo detalhado nesta parashá, e outro na parashá de Pinechas. O título, "Livro de Números", assinala novamente a importância que Elohim dá a contagem do povo judeu, pois esse ato é realmente uma expressão de Seu amor por eles.

Qual o resultado da contagem?

Demorou um longo tempo até que Moshê, Aharon e os líderes das tribos recebessem e contassem as moedas. Quando todas foram contadas, Moshê obteve estes resultados:

Tribo

Número de homens

Reuven

46.500

Shimon

59.300

Gad

45.650

Yehudá

74.600

Yissachar

54.400

Zevulun

57.400

Efrayim

40.500

Menashê

32.200

Binyamin

35.400

Dan

62.700

Asher

41.500

Naftali

53.400

Total

603.550

Foram contados 603.550 homens acima de vinte anos no mês de Iyar de 2449.

Na relação acima, há uma tribo faltando, a tribo de Levi. Foi contada separadamente, como explicaremos adiante.

A Torá prossegue, contando-nos como as tribos acamparam no deserto.

Os três acampamentos no deserto

Havia três campos separados no deserto:

1 - O Campo da Divina Presença (Machanê Shechiná)

Este era o nome dado à área do Tabernáculo. Os outros dois circundavam este acampamento.

2 - O acampamento dos Levitas (Machanê Leviya)

Os levitas acampavam ao redor de todos os lados do Tabernáculo. A cada uma das famílias levitas era designado um local fixo. As famílias de Moshê e Aharon foram honradas e acampavam à entrada do Tabernáculo. Eram como guardas postados à entrada do palácio do rei. Sendo que Elohim havia ordenado: "Vocês devem guardar o Tabernáculo," os cohanim e os leviyim tinham de montar guarda em alguns locais à volta do Tabernáculo, mesmo durante a noite.

Naturalmente, Elohim não precisa de guardas para vigiar Seu local sagrado. Ele sozinho pode protegê-lo melhor que qualquer guarda humano jamais poderia. Mesmo assim, Ele ordenou que os levitas vigiassem o Tabernáculo. Como um rei humano tem seu palácio rodeado de guardas, para prestar-lhe honras, Elohim deu aos judeus outra oportunidade de honrá-Lo e a Seu Tabernáculo.

3 - O acampamento dos Israelitas (Machanê Yisrael)

Este acampamento rodeava o acampamento Levita. Como explicaremos na próxima seção, três tribos acampavam em cada um dos quatro lados.

Como foi organizado o acampamento dos Israelitas

No mesmo dia em que Elohim ordenou a Moshê que contasse o povo judeu, disse-lhe também: "Quero que organize o acampamento exterior. Divida as tribos em quatro grupos conforme minhas instruções. Cada grupo acampará num lado diferente do Tabernáculo, sob sua própria bandeira. Uma tribo de cada grupo será a líder."

Eis como Elohim disse a Moshê para dividir os quatro grupos:

1 - O primeiro grupo foi denominado "Dêguel Machanê Yehudá". Acampou no lado leste. A tribo de Yehudá seria a tribo líder desta porção.

Neste grupo também estariam Yissachar e Zevulun.

2 - O segundo grupo foi denominado "Dêguel Machanê Reuven." Acampou no lado sul. A tribo Reuven seria a tribo líder daquele lado.

Neste grupo também estariam: Shimon e Gad.

3 - O terceiro grupo foi chamado de "Dêguel Machanê Efrayim." Acampou no lado oeste. A tribo Efrayim seria a tribo liderante.

Neste grupo também estariam: Menashê e Binyamin.

4 - O quarto grupo foi nomeado "Dêguel Machanê Dan." Acampou do lado norte. A tribo Dan seria a tribo a liderar aquele lado.

Neste grupo também estariam: Asher e Naftali.

Quem organizou os quatro grupos nesta ordem especial?

Quando Moshê ouviu de Elohim que cada tribo tinha um determinado território, dentro de certas fronteiras, pensou: "Agora tenho de discutir com os reclamantes de todas as tribos. Homens da tribo de Reuven me dirão: 'Preferiríamos acampar ao norte [do Tabernáculo]', e homens da tribo de Dan reivindicarão o sul. Preciso estar preparado para uma série de discussões."

"Seus temores são infundados, Moshê," tranqüilizou-o Elohim. "Os judeus sabem onde devem acampar. Seus antepassados lhes transmitiram as últimas palavras de Yaacov, de que ocupariam as mesmas posições que os filhos de Yaacov ocuparam ao carregarem o caixão de seu pai."

Quando nosso Patriarca Yaacov estava para morrer, disse aos filhos: "Estas são minhas instruções exatas de como vocês devem carregar meu caixão. Nenhum estranho deve tocá-lo. Yehudá, Yissachar e Zevulun devem carregá-lo do lado leste. Reuven, Shimon e Gad pelo lado sul; Efrayim, Menashê e Binyamin pelo oeste; e Dan, Asher e Naftali pelo lado norte. Yossef, entretanto, não deve carregá-lo. Ele é um rei, e não é honroso para um rei carregar um féretro."

"Levi também não deve carregá-lo. Seus descendentes um dia servirão no Tabernáculo e carregarão a arca de Elohim. Não seria apropriado para alguém cuja tribo carregará a arca do Elohim Vivo, carregar o esquife de um ser humano."

Elohim aprovou o arranjo de Yaacov. Não o alterou. Mas agora, nenhuma tribo poderia protestar pela posição recebida; todas as tribos sabiam que tinha sido organizada desta maneira por Yaacov.

Como cada tribo podia saber os limites de seu acampamento?

Uma maravilhosa rocha que vertia água acompanhou o povo judeu no deserto. Era conhecida como "Poço de Miriam", porque fazia brotar água pelo mérito da justa Miriam, irmã de Moshê.

Sempre que o povo judeu se preparava para acampar, os doze líderes das tribos ficavam de pé e cantavam um louvor a Elohim. Isso fazia com que a água da rocha jorrasse, formando regatos. Um riacho cercava o "Acampamento da Shechiná," assim todos poderiam saber os limites do acampamento. Outro regato marcava os limites do "Acampamento dos Levitas", e um terceiro, o "Acampamento dos Israelitas." Riachos menores originavam-se destas correntes principais e assinalavam as fronteiras entre cada tribo e mesmo entre uma família e outra.

A água do Poço de Miriam fazia com que grama e árvores crescessem às margens do rio. As árvores davam frutos deliciosos, que tinham o sabor do Mundo Vindouro.

As bandeiras dos quatro grupos

Elohim instruiu Moshê: Cada um dos grupos deve ter sua própria bandeira. O povo deve marchar sob este estandarte. Cada bandeira tinha três cores, representando as três tribos. Cada cor correspondia à cor da pedra preciosa daquela tribo no peitoral do Sumo Sacerdote.

1 - A bandeira do grupo de Yehudá

Esta bandeira tinha três listras; uma azul, representando a tribo de Yehudá; preta, representando a tribo de Yissachar, e uma branca, representando a tribo de Zevulun.

Na bandeira estavam bordados os nomes Yehudá, Yissachar e Zevulun. Também possuía o seguinte versículo: "Levanta, ó Elohim, para que Teus inimigos sejam dispersados e os que Te odeiam fujam de Ti."

A bandeira de Yehudá era a primeira a marchar; portanto, fazia sentido ter uma oração pedindo a Elohim que protegesse o povo judeu de seus inimigos.

Esta bandeira tinha a pintura de um leão, porque a tribo líder, Yehudá, era comparada a este animal.

2 - A bandeira do grupo de Reuven

Esta bandeira era também em três cores: vermelho para Reuven, verde para Shimon e uma mistura de branco e preto para Gad. Trazia os nomes destas três tribos. No centro possuía o seguinte versículo bordado: "Ouve, ó Israel, Elohim é nosso Elohim, Elohim é um."

Por que foi escolhido este versículo?

Antes que Yaacov morresse, perguntou a todos os filhos se acreditavam em Elohim. Eles responderam com este versículo. Reuven era o mais velho dos filhos e certamente o primeiro dentre eles a falar, então era apropriado que estas palavras se tornassem o lema da tribo de Reuven. Na bandeira havia um desenho de flores violetas chamadas dudaim (mandrágoras ou jasmim).

No livro de Bereshit, na parashá de Vayetsê, a Torá nos relata como o pequeno Reuven, trouxe estas flores para sua mãe. Tomou cuidado de colher somente aquilo que não pertencia a ninguém, para não incorrer no pecado de roubo. Assim como Reuven se afastou do furto, sua tribo agia da mesma maneira.

3 - A bandeira do grupo de Efrayim

As cores deste estandarte eram: preto, tanto para Efrayim como para Menashê; para Binyamin, uma mistura das cores de todas as bandeiras. Os nomes Efrayim, Menashê e Binyamin estavam na bandeira. Tinha o seguinte versículo bordado: "A nuvem de Elohim pairava sobre os israelitas quando eles viajavam durante o dia."

Como a nuvem da Shechiná pairava sempre a oeste, o grupo que acampava a oeste recebia um versículo relacionado à nuvem de Elohim.

Sobre esta bandeira havia uma pintura de um menino, porque Elohim chama a tribo de Efrayim de "um menino amado por Elohim."

4 - A bandeira do grupo de Dan

As três cores desta bandeira eram: roxo para Naftali, a cor da safira para Dan, e pérola para Asher. Os nomes Dan, Naftali e Asher estavam bordados na bandeira. Havia também este versículo bordado: "Quando a arca repousava, Moshê proclamava: 'Volta, Elohim, e repousa entre os milhares e milhares de Israel!'"

O desenho na bandeira era o de uma serpente, porque nosso Patriarca Yaacov comparou Dan a uma cobra.

O significado dos estandartes

Os estandartes que principiavam e lideravam os vários acampamentos no deserto, possuíam profundo significado espiritual, e não devem ser confundidos com os atuais brasões familiares, ou estandartes nacionais.

De fato, as nações do mundo copiaram dos judeus a idéia de uma bandeira nacional; contudo, os estandartes foram projetados e expostos inteiramente por orientação Celestial.

Os judeus viram profeticamente os estandartes na Outorga da Torá. Perceberam a Shechiná descendo sobre o Monte Sinai acompanhada de 22.000 carruagens de anjos próximos à Shechiná, e vasto número de carruagens adicionais que a rodeavam.

Os anjos estavam agrupados ao redor da Shechiná como se fossem quatro divisões portando quatro diferentes estandartes:

• À direita (sul), estava a divisão do anjo Michael.

• À esquerda (norte), estava a divisão do anjo Uriel.

• À frente (leste), estava a divisão do anjo Gavriel.

• À retaguarda (oeste), estava a divisão do anjo Rafael.

Os estandartes Celestiais de fogo foram percebidos pelos judeus em vários matizes de cores.

A inspiradora visão dos exércitos celestiais fizeram os israelitas exclamar: "Se ao menos estivéssemos organizados sob estandartes, com a Shechiná em nosso meio, exatamente como os anjos!..."

Por que desejaram estandartes?

Ansiavam sentir a santidade especial de posicionarem-se como o exército Celeste, que beneficiava-se de um nível mais elevado de ligação com o Todo-Poderoso.

Elohim informou então a Moshê que Ele concederia ao povo judeu seu pedido pelos estandartes.

Porém foi apenas trinta dias depois do Tabernáculo ter sido erguido (e a Shechiná, que partira após o pecado do bezerro de ouro) que Elohim considerou os judeus merecedores de atingirem esse nível superior de santidade.

Elohim ordenou a Moshê: "Os judeus devem acampar sob quatro estandartes líderes."

Como as quatro divisões levantavam acampamento e seguiam jornada

Quando as Tribos levantavam acampamento e seguiam jornada, entravam em formação de acordo com as especificações de Elohim.

O Todo-Poderoso instruiu Moshê: "Ao iniciar cada jornada, a divisão sob o estandarte de Yehudá deve avançar para frente, e viajar à testa. Deve ser seguida pelas famílias levitas de Guershon e Merari. A próxima divisão a marchar é a de Reuven seguida pela família levita de Kehat. Então deverá avançar a divisão de Efrayim, e finalmente a de Dan."

A ordem em que viajavam foi determinada de acordo com um profundo plano Divino.

Yehudá ia na frente. E o grupo de Dan marchava por último. Por que? Quando Yaacov, nosso Patriarca, abençoou Yehudá, comparou-o a um leão. E quando Moshê deu-lhe sua última bênção, também comparou a tribo Dan a um leão. Por causa de sua grande força como "leões", estas duas tribos foram escolhidas para estarem à frente e atrás do povo judeu durante as viagens.

A tribo de Dan, que era uma tribo numerosa, além de rechaçar os inimigos que atacavam pela retaguarda, recuperavam artigos perdidos por outras tribos.

A grandeza dos estandartes

Quando os israelitas tomavam suas respectivas posições sob os estandartes, a Shechiná descia das bandeiras celestiais para pairar sobre os judeus. Eram, desta forma, elevados a novos píncaros de santidade, como o exército de Elohim na Terra.

As nações gentias que viam os judeus descansarem sob os estandartes eram tomadas de temor e reverência. Conseguiam reconhecer a santidade de um povo que vivia como uma unidade organizada para servir o Todo-Poderoso. Sentindo que os judeus na Terra pareciam-se com anjos Celestiais, exclamavam admirados: "Que nação é esta que se parece com a aurora, bela como a lua, clara como o sol, e que inspira temor sob seu estandarte?!"

A memória dos estandartes jamais foi esquecida por nosso povo.

Por milhares de anos depois de haverem tido os estandartes, sempre que um judeu era perigosamente tentado a comprometer sua fé a fim de granjear fama e fortuna, replicaria às persuasões dos gentios: "O que podem oferecer que se possa comparar à grandeza que uma vez experimentamos? No deserto, estávamos sob os estandartes, como o Acampamento de Elohim na Terra. Suas promessas são míseras e insignificantes, comparadas às do Todo-Poderoso."

Assim, a lembrança da glória dos estandartes auxiliou os judeus no exílio a permanecerem fiéis e leais à Torá.

Elohim ordena a Moshê para contar a tribo Levi

Até agora a tribo de Levi não fora contada com as outras tribos. Então, Elohim ordena a Moshê: "Conte a tribo Levi e confira a árvore genealógica de cada família deste grupo."

Por que a tribo Levi não foi contada junto aos outros grupos?

Esta é uma das razões:

Elohim disse a Moshê: "Os levitas, Meus servos no Tabernáculo, são tão sagrados que seus filhos serão contados desde a idade de um mês."

Todas as outras tribos do povo judeu eram contadas a partir da idade de vinte anos. Apenas os levitas eram já contados ainda bebês. Por isso, Elohim ordenou que sua contagem fosse feita separadamente.

Elohim ajuda Moshê a contar os levitas

Quando Elohim disse a Moshê: "Conte os bebês do sexo masculino dos levitas a partir da idade de um mês." Moshê replicou: "Como posso fazer isso? Devo entrar em cada tenda das famílias levitas e contar os bebês? Isso não seria uma coisa muito correta de se fazer."

"Não se preocupe," Elohim assegurou a Moshê. "Eu o ajudarei. Faça tua parte na mitsvá, e Eu farei a Minha. Fique simplesmente parado à soleira da tenda de um levita, e Eu revelar-te-Ei quantos de seus ocupantes devem ser incluídos no censo."

Moshê começou a contar. Bateu à porta da primeira tenda levita. Porém, antes que pudesse entrar, ouviu uma voz Celestial que anunciava: "Há cinco meninos nesta tenda!" Moshê anotou e continuou até a próxima tenda. Ao chegar à sua entrada, a voz Celestial proclamou: "Há oito meninos nesta tenda!" Desta maneira, a voz dos Céus ajudou Moshê até que terminasse a contagem.

Por que os levitas eram contados a partir de um mês de idade?

Apesar de, em nenhuma das outras tribos nenhum homem com idade inferior a vinte anos ter sido contado no censo, os levitas eram exceção. Elohim disse a Moshê que contasse os varões levitas a partir da idade de um mês. (Antes de um mês de idade a vida de um recém-nascido é incerta).

Por que os bebês dos levitas eram contados, apesar de serem jovens demais para realizarem qualquer tipo de serviço? (Um levi só pode servir a partir dos trinta anos.)

Sabendo que até mesmo seus filhos eram contados no censo, os pais tomariam cuidados especiais para educar os filhos em santidade. Tanto pais quanto filhos merecem ser recompensados por todos os anos de preparo para o Serviço de Elohim.

O resultado da contagem da tribo de Levi

Quando Moshê totalizou o número de levitas do sexo masculino acima de um mês, viu que havia 22.300 deles.

Como este total pode ser comparado aos totais das outras tribos? Consulte a tabela que mostra os números de cada tribo. Verá que a tribo dos levitas era a menor de todas. Isto mesmo tendo os levitas sido contados a partir da idade de um mês, ao passo que as outras tribos eram contadas a partir dos vinte anos!

Por que esta tribo era tão pequena?

As outras tribos foram forçadas a fazer trabalho escravo no Egito. Quando este trabalho começou, Elohim prometeu: "Quanto mais duro for o trabalho forçado do povo judeu, mais eu os farei se multiplicar." Por isso as mães das tribos restantes tinham seis filhos de uma só vez. Mas, como os levitas não foram obrigados a trabalhar, suas mulheres tinham apenas um bebê a cada vez. Como resultado desse fato, a tribo dos levitas era menor.

Os levitas são designados como carregadores do Tabernáculo

O filho de Yaacov, Levi, tinha três filhos: Guershon, Kehat e Merari. Eram os chefes das três famílias levitas.

Elohim disse a Moshê: "Enquanto os filhos de Israel viajam pelo deserto, cada uma das três famílias levitas carregará partes do Tabernáculo."

O quadro abaixo mostra quais objetos cada família levita carregava:

Família levita

Objetos carregados

Guershon - Carregavam os tecidos do Tabernáculo

as cortinas que formavam as paredes e o teto

a cortina rendada que cercava o pátio

a cortina da entrada

as cordas com as quais a tenda do Tabernáculo era amarrada

 

Kehat - Carregavam os objetos mais sagrados do Tabernáculo

a arca

a mesa

a menorá

os dois altares

todos os instrumentos usados com esses objetos

a cortina da entrada do santo dos santos

 

Merari - Carregavam as partes de madeira do Tabernáculo

as tábuas

os postes e os pilares

os soquetes do Tabernáculo e do pátio

as cordas usadas para atar as cortinas de rede do pátio

Os primogênitos são trocados pelos levitas

Antes do pecado do bezerro de ouro, o primogênito de cada família era encarregado do serviço do Tabernáculo. Ele era o único a oferecer sacrifícios em nome de sua família. Entretanto, quando os primogênitos participaram do pecado do bezerro de ouro, foram punidos. Elohim disse: "Eles são impróprios para realizar Meu serviço no Tabernáculo. Ao invés deles, empregarei os levitas; eles não pecaram com o bezerro de ouro."

Elohim ordenou a Moshê: "Conte todos os primogênitos dos israelitas a partir de um mês de idade até o mais velho!"

Moshê contou-os. Havia 22.273 primogênitos.

Elohim ordenou a Moshê: "Troque cada primogênito por um levita. O levita servirá no Tabernáculo ao invés dele."

Havia 22.273 primogênitos, mas apenas 22.000 levitas. (Havia mais 300 levitas, mas como eram primogênitos também, não podiam ser usados para a troca).

Portanto havia 273 primogênitos a mais do que levitas. Como seriam liberados esses primogênitos de seu dever de fazer o serviço?

Elohim ordenou: "Faça com que cada um dos 273 primogênitos extra paguem cinco moedas de um shekel. Com este pagamento, estarão liberados do serviço no Tabernáculo. O dinheiro coletado deles será dado a Aharon e seus filhos."

O general romano Hugentino desafiou Rabi Yochanan ben Zacai: "Seu mestre Moshê ou era ladrão, ou não sabia aritmética."

"Por que diz isso?" - indagou Rabi Yochanan.

O general esclareceu: "Moshê registrou na Torá que havia, ao todo, 22.000 levitas. Contudo, se somar o número de todas as famílias levitas, chega-se a soma total de 22.300 levitas. Uma vez que os primogênitos israelitas totalizavam 22.273 membros, havia, na verdade, um excesso de 27 levitas.

"Por que, então, Moshê disse a 273 primogênitos para se redimirem com cinco shekel? Há duas possibilidades: ou Moshê errou nos cálculos, ou adulterou deliberadamente o total de levitas, para que seu irmão Aharon pudesse embolsar 1365 shecalim."

Rabi Yochanan respondeu: "Sua conjectura está errada; dar-lhe-ei a verdadeira resposta. Moshê não incluiu os 300 levitas extras no total, porque estes 300 levitas também eram os primogênitos de suas famílias. Um primogênito não tem o poder de redimir outro. Conseqüentemente, realmente havia um excesso de 273 primogênitos israelitas, conforme a Torá os registra."

O general aceitou imediatamente a explicação de Rabi Yochanan, e despediu-se dele.

Quais dos primogênitos tinham de pagar?

Moshê tinha um problema. Pensou: "Quando eu falar a um primogênito que é um dos 273 que devem pagar, pode ser que ele recuse: 'Por que deverei pagar? Não sou um dos primogênitos extra - sou um dos 22.000 que são substituídos por um levita!'"

Moshê resolveu este problema com um sorteio. Preparou 22.000 pedaços de pergaminho nos quais escreveu "levitas" e outros 273 pedaços, nos quais escreveu "5 moedas de shekel." Misturou-os. Qualquer primogênito que sorteasse "5 moedas de shekel" era obrigado a pagar esta quantia.

Sem ainda a invenção da imprensa, copiadora ou computador, certamente era um trabalhão preparar milhares e milhares de pedaços de pergaminho para o sorteio. Mesmo assim, Moshê decidiu proceder assim a fim de evitar discussões.

Agora a Torá nos conta mais a respeito dos vários objetos carregados pelas três famílias levitas, começando pela família de Kehat.

A família Kehat carregava os recipientes sagrados do Tabernáculo

Apenas os levitas entre as idades de trinta e cinqüenta anos tinham permissão de carregar objetos pertencentes ao Tabernáculo. (Isso ocorria porque nesta idade um homem tem força total).

Elohim ordenou a Moshê: "Você e Aharon devem contar os homens de Kehat entre trinta e cinqüenta anos. Eles carregarão os objetos mais sagrados do Tabernáculo (a arca, a mesa, a menorá e os dois altares).

"Estes objetos não devem ser transportados em carroças. Os homens de Kehat devem carregá-los sobre os ombros. E não devem olhar ou tocar estes objetos enquanto estão sendo preparados para uma jornada. Antes de cada viagem, os cohanim devem envolver estes objetos sagrados em embalagens especiais. Apenas após estarem cobertos a família de Kehat será chamada para vir e carregá-los."

Cada objeto tinha sua embalagem especial:

A mesa: nunca podia estar vazia, nem mesmo quando o povo estava viajando. Doze pães sempre eram mantidos sobre a mesa e suas prateleiras.

O altar de cobre: o fogo Celestial permanecia sempre sobre o altar, mesmo quando estavam viajando. O fogo tinha o formato de um leão. Antes de cada jornada, os cohanim punham uma cobertura de metal sobre o fogo.

A arca: antes de cada jornada a arca era coberta com o parôchet (cortina divisória na frente do santo dos santos).

Uma vez que os cohanim temiam que pudessem ser tentados a olhar para a arca se subissem em escadas para remover o parôchet, engendraram um método original para retirá-la: através de longos bastões removiam o parôchet dos ganchos que o atavam às colunas, e então, cuidadosamente o baixavam até que cobrisse completamente a arca, sem expô-la à visão de ninguém. Então estendiam uma segunda cobertura azul sobre ela.

Nenhum outro utensílio era coberto com um tecido azul por fora, porém isto era feito com a arca a fim de chamar a atenção à sua santidade especial. O mais sagrado dos utensílios corresponde ao Trono Celestial de Glória. O tecido azul lembrava seu significado aos que o viam.

Como a arca era transportada

A cerimônia do transporte da arca também era especial:

• Os quatro carregadores da arca precisavam marchar de frente para esse, nunca ficando de costas para a arca. Por conseguinte, os dois carregadores da frente andavam para trás.

• Enquanto transportavam a arca, os cohanim cantavam louvores a Elohim (similar aos anjos que cantam a Elohim porque estão próximos da Shechiná).

Um milagre maravilhoso ocorria quando os carregadores da arca pegavam suas barras. Não apenas era aparentemente sem peso, mas seus próprios carregadores eram levantados e carregados junto. Este milagre foi abertamente revelado e demonstrado quando os judeus, sob a liderança de Yehoshua, chegaram ao Jordão a dez de Nissan de 2488.

Era época de primavera, e o Jordão transbordava além das margens. Yehoshua disse ao povo: "Elohim realizará agora um milagre que demonstrará claramente que Ele está em nosso meio. Ajudará a convencer vocês de que Ele expulsará as nações da Terra de Canaã."

Yehoshua ordenou aos cohanim, que nessa ocasião especial carregassem a arca no lugar dos levitas, e que adentrassem as águas do Jordão.

No momento em que os cohanim afundaram os pés no rio, a corrente inferior repentinamente deteve-se, transformando-se em muralhas que se elevaram a alturas gigantescas. Uma vez que as águas abaixo da posição dos cohanim continuaram a fluir para baixo, os cohanim encontraram-se de pé sobre o leito seco do rio.

Yehoshua ordenou que a população inteira cruzasse o Jordão, enquanto os cohanim com a arca permaneciam em suas posições. Após o povo ter cruzado o rio, Yehoshua disse aos cohanim que retrocedessem e pisassem na margem leste. Assim que o fizeram, a muralha rompeu-se e as águas jorraram corrente abaixo.

Os cohanim, carregando a arca, estavam agora separados de seus irmãos, que estavam na margem oeste do rio. A arca então, miraculosamente, levantou os cohanim por cima das águas até onde estavam o povo judeu.

Nesta ocasião ficou óbvio a todos que a arca carregava seus carregadores. E isto ocorria o tempo inteiro.

Da mesma forma que como a alma que dá vida sustenta o corpo, assim a arca, que é a alma e conteúdo espiritual do Tabernáculo, sustentava seus carregadores.

O milagre da "arca carregar os que a carregam" ensina um conceito básico. Uma pessoa geralmente se dá crédito por "sustentar e cumprir a Torá", esquecendo-se de dar crédito à Torá por "sustentá-lo." O cumpridor da Torá é afortunado em ter sua vida cotidiana regida pela Torá, em ter seus filhos crescendo numa saudável atmosfera de respeito aos mais velhos, e restritos em todas as áreas pela disciplina da Torá. Reconheçamos agradecidos que "a arca nos sustenta", tanto hoje como sempre.

Elazar é encarregado da família de Kehat

Elazar, o terceiro filho de Aharon, foi indicado por Elohim como supervisor da família de Kehat. Distribuía as tarefas e determinava quem carregaria qual utensílio sagrado durante uma viagem.

Elazar escolheu apenas os justos mais ilustres como carregadores. Também assegurou-se de que quando uma viagem estivesse prestes a começar, a família Kehat estivesse pronta. E quando os membros de Kehat paravam, ele conferia se os homens punham os objetos nos locais adequados no Tabernáculo.

O próprio Elazar transportava o seguinte: na mão direita, óleo para o acendimento da menorá; na mão esquerda o incenso; num recipiente suspenso em seus braços a farinha para o sacrifício diário de Tamid; e em seu cinto, um pequeno frasco de óleo da unção.

Elohim prometeu que cada uma das três famílias Levitas, Guershon, Kehat e Merari existirão para sempre. As famílias levitas possuíam a mesma importância que as tribos; assim sendo, sobreviverão até a chegada de Mashiach, junto com as tribos.

Por enquanto, aprendemos em detalhes o que a família Kehat carregava. A próxima Parashá, Nassô, descreverá quais eram os objetos que as famílias de Guershon e Merari transportavam.

Mitologia

Ter, 30 de Agosto de 2011 00:33

Até o final da Segunda Guerra Mundial, o xintoísmo era a religião estatal no Japão. Até mesmo nos dias de hoje, os peregrinos ainda freqüentam os 80 mil templos, orando pela realização dos seus sonhos pessoais. A religião, que não conta com textos sagrados, também venera as árvores, as montanhas e as pedras.

No princípio era o arco-íris. Segundo a narrativa xintoísta da criação, o casal divino - Izanagi e Izanami - sentou-se sobre o arco-íris e mexeu o oceano abaixo deles com uma lança ornada com pérolas. Quando eles retiraram a lança desta mistura primordial, gotas de água caíram sobre a Terra e criaram as ilhas do Japão.

O casal teve filhos, entre eles a deusa solar Amaterasu. De acordo com a lenda, a linhagem da família imperial japonesa pode ser traçada até essa deusa, fazendo do atual imperador do Japão, Akihito, um descendente direto da divindade. O seu pai, Hirohito (1901-1089), foi reverenciado como deus-imperador até o final da Segunda Guerra Mundial.

A gênese mítica do povo japonês vem sendo transmitida através das gerações em antigas narrativas, tendo sido preservada em papel pelos governantes do Japão do século oito quando o sistema chinês de escrita foi introduzido no país. Não obstante, o xintoísmo - que significa literalmente “o caminho dos deuses” - não conta com escrituras sagradas ou ensinamentos formais. Não existem os conceitos de pecado original ou salvação. O foco do xintoísmo é a vida na terra e a singularidade do povo japonês.

O Japão tem cerca de 80 mil templos xintoístas, incluindo o templo Hiraoka Hachimangu na antiga cidade imperial de Kyoto. A cada outono os seguidores comemoram o festival matsuri, em homenagem aos deuses. O nome é uma indicação do caráter oficial dos primeiros desses festivais - o termo japonês matsurigoto também denota assuntos governamentais. No passado, a classe política e o culto xintoísta japoneses estavam estreitamente entrelaçados, sendo que os anciões que chefiavam os clãs eram ao mesmo tempo sumo-sacerdotes a serviço das divindades.

O sacerdote Shusuke Sasaki (50) entra sozinho nos recônditos mais profundos do santuário. Na estrutura de madeira de cumeeira pontuda, os fiéis escutam o cântico monótono em japonês antigo, uma língua que atualmente pouquíssima gente entende. As entonações variam de um templo para outro. Mas, como as orações foram passadas de geração a geração, os monges falam exatamente como os seus ancestrais.

A compreensão dessas palavras não é algo crucial. No Japão os sacerdotes não pregam punições com fogo ou enxofre, e tampouco exigem que as congregações se arrependam por suas vidas de pecado. Os monges são simplesmente um meio para que se rogue benevolência aos deuses. Entre os deuses reverenciados - cada templo presta homenagem à sua própria divindade -, o monge Sasaki naturalmente inclui o tenno, o imperador. Mas ele também invoca os elementos naturais, tais como a camélia, que traz boa sorte. Assim como as religiões primitivas baseadas na natureza, o xintoísmo venera as árvores, os animais, as pedras e as montanhas - incluindo o Monte Fuji, o pico mais alto do Japão. O “caminho dos deuses” não conduz os japoneses para um mundo após a morte; em vez disso guia-os no decorrer das suas vidas na Terra. O objetivo é viver em harmonia com a natureza e limpar a alma com o auxílio da natureza. Por esse motivo, o ritual no templo Hiraoka Hachimangu lembra uma festa. O vinho sagrado de arroz flui e gargalhadas estrondosas ressoam. E ninguém se importa se o monge fumar entre uma cerimônia e outra.

O principal festival tem início depois que o sacerdote deixa o santuário. Se o tempo estiver bom, uma liteira ornamentada com ouro, a residência da divindade, é carregada para fora do templo. Em termos simbólicos, a divindade está se misturando com o povo. Neste ano, choveu. Mas isso não foi por si uma tragédia. Foi apenas o que a natureza sempre teve em mente. Os percussionistas simplesmente fizeram ressoar os seus tambores taiko com mais entusiasmo, lançando um ruidoso convite aos espíritos do bem.

A seguir foi a vez dos torneios de sumô, um evento que sempre agrada as multidões. As origens xintoístas do sumô ainda são visíveis em Tóquio, onde a principal arena possui um telhado como o de um templo. No templo Hiraoka Hachimangu, em Kyoto, jovens semi-nus lutam no ringue; um círculo de areia consagrado. Mas estas justas não são de fato competitivas. Os lutadores estão executando uma dança para os deuses.

Os festivais como o de Hiraoka Hachimangu ocorrem em todo o Japão. Os japoneses têm matsuris para todas as estações e ocasiões. Os festivais modelam as suas rotinas e estados de espírito. Durante essas comemorações, o país altamente urbanizado e repleto de sofisticada tecnologia redescobre as suas raízes antigas. A segunda maior nação industrial do mundo de repente volta a ser um conjunto vasto de comunidades de vilas ancoradas nos templos xintoístas.

O xintoísmo também é único de outras formas. Quando lhes perguntam que religião professam, poucos japoneses se arriscam a afirmar que são exclusivamente xintoístas. Para a maioria deles, “o caminho dos deuses” é uma tradição, e não uma fé. Eles mantém essa tradição apaixonadamente, mas não sentem necessidade de transformá-la em uma religião. Os pais xintoístas levam os filhos a um templo e oram pela boa saúde das crianças: os filhos aos cinco anos, e as filhas aos três e aos sete.

E os mesmos japoneses que mantêm as tradições xintoístas tão fervorosamente são capazes de se casar em uma cerimônia cristã ou de enterrar os seus mortos de acordo com os rituais budistas. Como os japoneses professam várias religiões ao mesmo tempo, o número de fiéis supera a população total em termos estatísticos.

Esse pragmatismo histórico possui raízes históricas. Assim que o budismo migrou para o Japão, vindo da China e da Coréia no século seis, ambas as tradições coexistiam lado a lado. Pequenos santuários xintoístas ainda podem ser encontrados hoje em dia ao lado dos templos budistas. Durante certos períodos os governantes japoneses fizeram do budismo a religião estatal, especialmente no século seis, quando o Japão reorganizou o seu governo e a sua administração segundo o modelo chinês.

Além do budismo, a nação foi influenciada por uma outra religião chinesa, o confucionismo. Os xoguns, os líderes militares do Japão, baseavam o seu poder nos tradicionais valores confucianos da lealdade e da obediência. Eles chegaram ao poder em Edo, a atual Tóquio, no século 17. O imperador morava na remota cidade de Kyoto. O se papel se limitava a confirmar o novo líder.

Em meados do século 19, o Japão abriu-se para o Ocidente, e o xintoísmo foi transformado em um culto nacional. Durante a Restauração Meiji, de 1868, guerreiros defensores de reformas derrubaram o xogun e colocaram no poder o deus-imperador Meiji (1852-1912) na sua posição legal de soberano. Eles introduziram métodos ocidentais que modernizaram o país. Mas esses indivíduos utilizaram os mitos xintoístas para consolidar o regime imperial.

Durante um curto período, o budismo foi considerado um “produto importado”, sendo, conseqüentemente, reprimido. O novo governo colocou os templos xintoístas sob a supervisão do Estado e transformou os sacerdotes em funcionários públicos. Os japoneses tinham que prestar homenagem ao imperador divino, e não a conjuntos de divindades locais, Na escola, as crianças oravam para o retrato do tenno. E nas guerras subseqüentes, os heróicos soldados imperiais encararam a morte gritando “Tenno banzai” - “10 mil vidas para o tenno”.

Em 1869, o exército e a marinha japoneses construíram o templo Yasukuni, em Tóquio. Nesse santuário os guerreiros são reverenciados como divindades xintoístas que sacrificaram as suas vidas pelo tenno. Um portão imponente, construído em aço, em vez de em madeira tradicional, domina a entrada - simbolizando a perversão do suave “caminho dos deus”, que tornou-se uma ideologia marcial durante o período Meiji.

Depois da derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, o templo Yasukuni foi transformado em uma instituição religiosa privada. Mas ele preservou o seu caráter militar: apesar de terem sido executados em 1948, os criminosos de guerra do Japão são reverenciados como deuses xintoístas. Os políticos, incluindo até mesmo o primeiro-ministro Junichiro Koizumi, fazem peregrinações até o templo, gerando protestos dos vizinhos do Japão.

A capitulação após a Segunda Guerra Mundial também marcou o fim de uma era para a monarquia japonesa. Sob pressão do vitorioso Estados Unidos, o imperador Hirohito renunciou explicitamente à sua divindade em 1946. A constituição de pós-guerra - que foi de fato ditada pelos ocupantes norte-americanos - mantém a separação entre religião e Estado. Oficialmente o imperador é visto como um símbolo tanto do Estado quando da unidade do povo japonês.

No seu palácio em Tóquio, o tenno ainda atua como o mais graduado sacerdote xintoísta do Japão. De acordo com a tradição, ele planta arroz no jardim do seu palácio e manda regularmente enviados para os maiores templos do país.

Como parte da insígnia imperial - composta do espelho, da espada e das jóias sagrados -, o espelho fica no templo Ise, na municipalidade de Mie. O templo é dedicado à deusa solar. Um membro da família imperial atua como sumo-sacerdote. Os primeiros-ministros japoneses tradicionalmente visitam esse santuário xintoísta no início do ano.

O tenno reafirmou a sua linhagem a partir da deusa solar na sua coroação em 1990, embora o papel que desempenhou no ritual não tenha sido exibido publicamente. O imperador passou várias horas sozinho dentro de dois salões de madeira especialmente construídos, oferecendo vinho de arroz e pratos santificados ao seu ancestral primordial. Cada salão é dotado de uma cama, na qual - segundo a tradição - o tenno se relaciona com a divindade solar, e renasce nesse processo.

Se os patriotas que lideram o governista Partido Liberal-Democrata tiverem a supremacia, o xintoísmo será ainda mais fortemente privilegiado a fim de conter o declínio da moralidade tradicional na moderna sociedade japonesa.

“O Japão é um país de deuses, que tem o tenno no seu centro”, declarou em 2000 o primeiro-ministro Yoshiro Mori. À época, o seu comentário gerou protestos. Mas, hoje em dia, os pedidos para que se incluam os mitos xintoístas nos textos escolares, promovendo dessa forma a lealdade nacional, têm obtido cada vez mais aprovação.

Apesar desse caráter nacionalista, para muitos japoneses o xintoísmo pouco tem a ver com política. Esses japoneses estão mais interessados em preservar as suas tradições. Durante os feriados do Ano Novo, milhões de pessoas de todas as idades visitam os templos xintoístas para pedir a proteção dos deuses. Os visitantes oram por por si próprios, por suas famílias e até mesmo pelas companhias para as quais trabalham. Um grupo inteiro de trabalhadores pode comparecer junto para orar por bons negócios e altos lucros. Em um ritual simples, eles balançam uma corda dotada de pequenos sinos e jogam as suas esmolas em uma caixa de madeira para oferendas.

Existem espíritos xintoístas para todos os desejos e males. Muito próximo da Bolsa de Valores de Tóquio, o tempo Kabuto atrai investidores e acionistas que oram pelos bons preços das ações. O templo Kitano Tenmangu, em Kyoto, é o preferido dos estudantes e seus parentes, que desejam boas notas e ingresso nas melhores universidades.

O templo Togo, em Tóquio, também é muito popular. O santuário, que atrai japoneses que buscam alívio para todos os tipos de problemas, fica no meio do distrito da moda, o Harakaju, freqüentado pela juventude da cidade.

Muitos jovens pintam o cabelo de amarelo brilhante ou de vermelho radiante, e usam roupas bizarras, como se fossem pessoas que vão a uma festa de Halloween. Poucos parecem dar a mínima para a tradição. O patrono do templo é Heihachiro Togo (1847-1934), um almirante lendário que comandou a marinha imperial no Estreito de Tsushima, em 1905, onde destruiu a frota russa do báltico e acabou de fato com o império tzarista.

Os jovens japoneses em Harajuku pouco sabem sobre a História, e tampouco se preocupam com ela. Mas eles ainda freqüentam o templo em multidões. Para eles, Togo é um ancestral que virou deus e que fará com que os seus sonhos mais seculares, na verdade até carnais, se tornem realidade. Assim sendo eles compram pequenas tábuas de oração que trazem a imagem do almirante barbudo, entalham os seus desejos nelas, e as penduram. Depois disso, postam-se de pé defronte ao templo, fazem duas mesuras, batem palmas duas vezes e fazem mais uma mesura. Eles estão seguindo o chamado da tradição, da mesma forma que gerações de japoneses fizeram antes deles.


Texto : Wieland Wagner

Tradução: UOL

Leia o texto na íntegra aqui.

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O Ritual do Banho

Escrito por Josenildo Marques ligado 16th Março 2007

 

Seja em rios, lagos, termas públicas ou banheiras particulares, banhar-se é um dos rituais mais antigos da humanidade. Além de ter como objetivo a higiene pessoal e a estética, o ato de banhar-se também era e ainda é visto em muitas religiões como um rito de purificação do corpo. O texto abaixo conta um pouco da história desse rito em diferentes lugares e culturas.

Durante a Idade Média, os ocidentais abandonaram os sofisticados rituais de limpeza da Antiguidade e mergulharam numa profunda sujeira. Principalmente por causa da religião, o homem medieval comum achava suficiente tomar um banho por ano. Foi preciso muito tempo - e alguns bons exemplos dos povos orientais e indígenas - para que voltássemos às nossas asseadas origens.

Pesquisadores acreditam que todos os povos, desde tempos imemoriais, tenham praticado alguma forma de higiene pessoal. Os primeiros registros do ato de se banhar individualmente pertencem ao antigo Egito, por volta de 3000 a.C. Os egípcios realizavam rituais sagrados na água e tomavam ao menos três banhos por dia, dedicados a divindades como Thot, deus do conhecimento, e Bes, deus da fertilidade.

“Mais do que limpar o corpo, eles presumiam que a água purificava a alma”, diz o egiptólogo francês Christian Jacq, fundador do Instituto Ramsés, em Paris. “A crença valia tanto para a realeza, cortejada com óleos aromáticos e massagens aplicadas pelos escravos, quanto para as populações mais pobres, que recorriam inclusive a profissionais de rua quando não conseguiam tratar da própria beleza.” O apreço pela higiene é o motivo ao qual arqueólogos atribuem a sobrevivência dos egípcios às pragas e doenças que assolaram a Antiguidade.

A Grécia foi outro local em que os banhos prosperaram. Em Cnossos e Faístos, na ilha de Creta, é possível encontrar bem preservados palácios de 1700 a.C. a 1200 a.C. que, até hoje, surpreendem por suas avançadas técnicas de distribuição da água. “Todo banquete que precisava ser luxuoso incluía uma sessão de banho para os convidados”, explica Georges Vigarello, professor de Ciências da Educação da Universidade de Paris-5.

Embora os gregos tenham iniciado a prática dos banhos públicos no Ocidente, os pioneiros nos balneários coletivos foram os babilônios. A diferença é que, na Grécia, o banho não era motivado apenas pela higiene e espiritualidade. Entre 800 a.C. e 400 a.C., o esporte, particularmente a natação, era um dos três pilares da educação juvenil - ao lado das letras e da música. Bom cidadão era aquele que sabia ler e nadar, como comprovam imagens presentes em centenas de vasos de cerâmica pintados naquela época.

Os romanos herdaram muito da cultura da Grécia, incluindo a adoração pelo banho. Mas, entre eles, esse hábito tomou proporções inéditas. Enquanto construíam um dos maiores impérios de todos os tempos, os romanos levavam a suntuosidade de suas termas (enormes balneários públicos) aos mais diversos lugares.

Clique aqui para ler o artigo acima na íntegra.

Clique aqui para ler sobre como o ritual do banho é praticado por hindus, japoneses, muçulmanos e judeus.

Clique aqui para ler sobre o hábito do banho entre os índios brasileiros.

A foto acima é de Paulo Gama.

 

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Medusa e o Jardim das Hespérides

Escrito por Josenildo Marques ligado 5th Março 2007

 

Na mitologia grega, Medusa (do verbo medein [mesmo radical que dá origem ao nome Medéia ], proteger, guardar; portanto, ‘protetora’, ‘guardiã’) é uma personagem feminina ctônica monstruosa que teve origem em máscaras rituais usadas para afastar maus espíritos. Ela podia transformar qualquer um que olhasse para si em pedra e tinha duas irmãs imortais, Esteno ou Estenusa (”forte”) e Euríale (”aquela do mar vasto e salgado”); as três eram chamadas de Górgonas (”terríveis” ou, segundo alguns, “que rugem alto”).
As referências clássicas às três Gorgonas aparecem em várias histórias: Medusa, Estenusa e Euríale tinham dentes pontiagudos, olhos esbugalhados e línguas saindo para fora da boca, asas de ouro, mãos de bronze e, ao invés de cabelos, cobras venenosas sobre suas cabeças. Eram filhas de Fórcis e Ceto ou, segundo outras histórias, de Tifão e Equídina, todos eles monstros ctônicos do mundo antigo.
Em pinturas de vasos e obras de arte em relevo da Grécia antiga, Medusa e suas irmãs são sempre representadas como seres de formas monstruosas, mas escultores e pintores do século V começaram a personificá-las como criaturas terríveis e simultaneamente belas. A versão do mito de Medusa mais difundida entre nós foi escrita pelo poeta romano Ovídio. Em As Metamorfoses, Medusa é uma belíssima ninfa que é seduzida por Poseidon num templo de Atena e, como castigo, é transformada pela Deusa numa criatura horrenda que podia transformar quem a olhasse numa estátua de pedra.
Para o propósito deste artigo, a versão do mito que nos interessa é a original grega, a de Medusa como guardiã. Se ela era uma guardiã, o que ela protegia? Esta é a pergunta que me trouxe ao que vem a seguir. Segundo Hesíodo, as Górgonas habitavam o Oceano Ocidental, que é como os gregos chamavam o Oceano Atlântico, perto do lugar onde se dizia que estava o Jardim das Hespérides. Segundo o mito, quando Zeus se casou com Hera, ela recebeu de Gaia lindas maças (pomos) como presente de casamento. A pedido de Hera, as maças foram plantadas num jardim bem longínquo no extremo Ocidente e as Hespérides - Egle, Erítia e Héspera - eram ninfas que zelavam por esse Jardim. Diz-se que lá havia uma grande macieira de onde nasciam pomos de ouro, os pomos da imortalidade, que também eram guardados por um dragão de cem cabeças.
As Hespérides também são chamadas de Damas do Oeste, Filhas do Entardecer ou Deusas do Sol Poente. Diz-se que são filhas de Nyx (Noite) e Érebus (Escuridão). Segundo outros relatos, seriam filhas do próprio Zeus, de Atlas ou de Fórcis e Ceto, os pais de Medusa.
É relativamente fácil constatar que há muitas semelhanças entre o Jardim das Hespérides e o Jardim do Éden da mitologia judaica. Em ambos está metaforicamente presente a origem obscura da vida, o princípio de tudo. Ambos são locais da mais sagrada importância imaginável. Na antiga mitologia grega, porém, Deuses e mortais eram muito semelhantes, partilhavam das mesmas faltas, virtudes e paixões. O que os separava era apenas uma qualidade: a imortalidade. Enquanto os seres humanos estavam fadados à morte, os Deuses viveriam ad eternum. Por esse motivo, o Jardim das Hespérides tinha guardiães, entre eles a terrível Medusa, para que só os valorosos conseguissem adentrá-lo para pegar os pomos de ouro da imortalidade. Na mitologia judaica, Deus, Adão e Eva são iguais, passeiam e conversam no Jardim do Éden. Porém, após comerem o fruto proibido da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, dissipa-se a similitude e eles são banidos do Jardim, na porta do qual o Deus hebraico põe um querubim (tipo de anjo da mitologia hebraica), armado com uma espada flamejante que apontava para todas as direções. Assim como Medusa, esse querubim é um guardião daquele lugar sagrado.
Assim como muitos outros guardiães, como o querubim ou os guardiães nas entradas de templos budistas, Medusa é um arquétipo do guardião do limiar. Eles guardam a passagem a outro nível de consciência e seu papel é advertir aqueles que querem ultrapassar o limiar para que o façam cônscios.
Entre os raros heróis que conseguiram chegar até o Jardim das Hespérides está Perseu, que decepou a cabeça da Górgona e também Héracles (Hércules), que conseguiu alguns pomos dourados que mais tarde seriam devolvidos por Atena a seu lugar de origem.

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A Geografia das Religiões

Escrito por Josenildo Marques ligado 15th Fevereiro 2007

 

Esta animação em flash mostra a geografia das principais religiões do mundo inteiro: Hinduísmo, Budismo, Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. Períodos de tensão entre elas também são mostrados. É uma apresentação compacta, instrutiva e interessante. Vale a pena vê-la.

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Einstein, Ciência e Religião

Escrito por Josenildo Marques ligado 14th Fevereiro 2007

 

Albert Einstein é considerado um dos mais importantes físicos de todos os tempos e também foi um dos pouquíssimos cientistas a torna-se uma celebridade internacional. Ele é amplamente conhecido pela sua maior contribuição à ciência moderna, a Teoria da Relatividade, mas escreveu sobre os mais variados assuntos, entre os quais sobre a relação entre ciência e religião. No texto abaixo, o pensamento de Einstein transita por esse assunto tão complexo e tão atual.

 

 

Ciência e Religião

 

Parte I

 

Durante o século passado e em parte do que o precedeu, a existência de um conflito insolúvel entre conhecimento e crença foi amplamente sustentada. Prevalecia entre mentes avançadas a opinião de que chegara a hora de substituir, cada vez mais, a crença pelo conhecimento; toda crença que não se fundasse ela própria em conhecimento era superstição e, como tal, devia ser combatida. Segundo essa concepção, a função exclusiva da educação seria abrir caminho para o pensamento e o conhecimento, devendo a escola, como o órgão por excelência para a educação do povo, servir exclusivamente a esse fim.

É provável que raramente, ou mesmo nunca, possamos encontrar o ponto de vista racionalista expresso com tanta crueza; pois todo homem sensível veria de imediato o quanto essa formulação é tendenciosa. Mas é conveniente formular uma tese de maneira nua e crua quando se quer aclarar a própria mente com relação a sua natureza.

É verdade que a experiência e o pensamento claro são a melhor maneira de fundamentar as convicções. Quanto a isto, podemos concordar irrestritamente com o racionalista extremado. O ponto fraco dessa concepção, contudo, e que as convicções necessárias e determinantes para nossa conduta e nossos juízos não podem ser encontradas unicamente nessa sólida via cientifica.

Pois o método cientifico não nos pode ensinar outra coisa além do modo como os fatos se relacionam e são condicionados uns pelos outros. A aspiração a esse conhecimento objetivo está entre as mais elevadas de que o homem e capaz, e certamente ninguém pode suspeitar que eu deseje subestimar as realizações e os heróicos esforços do homem nessa esfera.

É igualmente claro, no entanto, que o conhecimento do que é, não abre diretamente a porta para o que deve ser.

Podemos ter o mais claro e completo conhecimento do que é, sem contudo sermos capazes de deduzir disso qual deveria ser a meta de nossas aspirações humanas. O conhecimento objetivo nos fornece poderosos instrumentos para atingir certos fins, mas a meta final em si é a mesma, e o desejo de atingi-la devem emanar de outra fonte. E é praticamente desnecessário defender a idéia de que nossa existência e nossa atividade só adquirem ’sentido’ mediante o estabelecimento de uma meta como essa e dos valores correspondentes. O conhecimento da verdade como tal é maravilhoso, mas é tão pouco capaz de servir de guia que não consegue provar sequer a justificação e o valor da aspiração a esse mesmo conhecimento da verdade.

Aqui defrontamos, portanto, com os limites da concepção puramente racional de nossa existência.

Mas não se deve presumir que o pensamento inteligente não possa desempenhar nenhum papel na formação da meta e de juízos éticos. Quando alguém se dá conta de que certo meio seria útil para a consecução de um fim, isto faz com que o próprio meio se torne um fim. A inteligência elucida para nós a inter-relação entre meios e fins. O mero pensamento não pode, contudo, nos dar uma consciência dos fins últimos e fundamentais. Elucidar esses fins e valores fundamentais é engastá-los firmemente na vida emocional do indivíduo; parece-me, precisamente, a mais importante função que a religião tem a desempenhar na vida social do homem. E se alguém pergunta de onde provém a autoridade desses fins fundamentais, já que eles não podem ser formulados e justificados puramente pela razão, só há uma resposta: eles existem numa sociedade saudável na forma de tradições vigorosas, que agem sobre a conduta, as aspirações e os juízos dos indivíduos; eles existem, isto é, vivem dentro dela, sem que seja preciso encontrar justificação para sua existência. Nascem, não através da demonstração, mas da revelação, por meio de personalidades excepcionais. Não se deve tentar justificá-los, mas antes, sentir, simples e claramente, sua natureza.

Os mais elevados princípios para nossas aspirações e juízos nos são dados pela tradição religiosa judáico-cristã.

Trata-se de uma meta muito elevada, que, com nossos parcos poderes, só podemos atingir de maneira muito insatisfatória, mas que da um sólido fundamento a nossas aspirações e avaliações. Se quiséssemos tirar essa meta de sua forma religiosa e considerar apenas seu aspecto puramente humano, talvez pudéssemos formulá-la assim: desenvolvimento livre e responsável do indivíduo, de modo que ele possa por suas capacidades, com liberdade e alegria a serviço de toda a humanidade.

Não há lugar nisso para a divinização de uma nação, de uma classe, nem muito menos de um indivíduo. Não somos todos filhos de um só pai, como se diz na linguagem religiosa? Na verdade, mesmo a divinização da humanidade, como totalidade abstrata, não estaria no espírito desse ideal. E somente ao indivíduo que é dada uma alma. E o ’sublime’ destino do indivíduo é antes servir que comandar, ou impor-se de qualquer outra maneira.

Se considerarmos mais a substância que a forma, poderemos ver também nestas palavras a expressão da postura democrática fundamental. Ao verdadeiro democrata e tão inviável idolatrar sua nação quanto ao homem religioso, no sentido que damos ao termo.

Qual será então, em tudo isto, a função da educação e da escola? Elas devem ajudar o jovem a crescer num espírito tal que esses princípios fundamentais sejam para ele como o ar que respira. O mero ensino não pode fazer isso.

Se mantermos esses princípios elevados claramente diante de nossos olhos, e os comparamos com a vida e o espírito de nosso tempo, revela-se flagrantemente que a própria humanidade civilizada encontra-se, neste momento, em grave perigo. Nos Estados totalitários, são os próprios governantes que se empenham hoje em destruir esse espírito de humanidade. Em lugares menos ameaçados, são o nacionalismo e a intolerância, bem com a opressão dos indivíduos por meios econômicos, que ameaçam sufocar essas tão preciosas tradições.

A clareza da enormidade do perigo está se difundindo, no entanto, entre as pessoas que pensam, e há uma grande procura de meios que permitam enfrentar o perigo - meios no campo da política nacional e internacional, da legislação, da organização em geral. Esses esforços são, sem dúvida, extremamente necessários. Contudo, os antigos sabiam algo que parecemos ter esquecido. “Todos os meios mostram-se um instrumento grosseiro quando não tem atrás de si um espírito vivo”. Se o desejo de alcançar a meta estiver vigorosamente vivo dentro de nós, porém, não nos faltarão forças para encontrar os meios de alcançar a meta e traduzi-la em atos.

 

 

 

Parte II

 

Não seria difícil chegar a um acordo quanto ao que entendemos por ciência. Ciência é o esforço secular de reunir, através do pensamento sistemático, os fenômenos perceptíveis deste mundo, numa associação tão completa quanto possível. Falando claramente, é a tentativa de reconstrução posterior da existência pelo processo da conceituação.

Mas, quando pergunto a mim mesmo o que é a religião, a resposta não me ocorre tão facilmente. E, mesmo depois de encontrar uma resposta que possa me satisfazer num momento particular, continuo convencido de que nunca consigo, em nenhuma circunstância, criar um acordo, mesmo que muito limitado, entre todos os que refletem seriamente sobre essa questão.

De início, portanto, em vez de perguntar o que é religião, eu preferiria indagar o que caracteriza as aspirações de uma pessoa que me dá a impressão de ser religiosa: uma pessoa religiosamente esclarecida parece-me ser aquela que, tanto quanto lhe foi possível, libertou-se dos grilhões, de seus desejos egoístas e está preocupada com pensamentos, sentimentos e aspirações a que se apega em razão de seu valor suprapessoal. Parece-me que o que importa é a força desse conteúdo suprapessoal, e a profundidade da convicção na superioridade de seu significado, quer se faça ou não alguma tentativa de unir esse conteúdo com um Ser divino, pois, de outro modo, não poderíamos considerar Buda e Spinoza como personalidades religiosas. Assim, uma pessoa religiosa é devota no sentido de não ter nenhuma dúvida quanto ao valor e eminência dos objetivos e metas suprapessoais que não exigem nem admitem fundamentação racional. Eles existem, tão necessária e corriqueiramente quanto ela própria. Nesse sentido, a religião é o antiquíssimo esforço da humanidade para atingir uma clara e completa consciência desses valores e metas e reforçar e ampliar incessantemente seu efeito. Quando concebemos a religião e a ciência segundo estas definições, um conflito entre elas parece impossível. Pois a ciência pode apenas determinar o que é, não o que deve ser, está fora de seu domínio, todos os tipos de juízos de valor continuam sendo necessários. A religião, por outro lado, lida somente com avaliações do pensamento e da ação humanos: não lhe é lícito falar de fatos e das relações entre os fatos. Segundo esta interpretação, os famosos conflitos ocorridos entre religião e ciência no passado devem ser todos atribuídos a uma apreensão equivocada da situação descrita.

Um conflito surge, por exemplo, quando uma comunidade religiosa insiste na absoluta veracidade de todos os relatos registrados na Bíblia. Isso significa uma intervenção da religião na esfera da ciência; é aí que se insere a luta da Igreja contra as doutrinas de Galileu e Darwin. Por outro lado, representantes da ciência tem constantemente tentado chegar a juízos fundamentais com respeito a valores e fins com base no método científico, pondo-se assim em oposição a religião. Todos esses conflitos nasceram de erros fatais.

Ora, ainda que os âmbitos da religião e da ciência sejam em si claramente separados um do outro, existem entre os dois fortes relações recíprocas e dependências. Embora possa ser ela o que determina a meta, a religião aprendeu com a ciência, no sentido mais amplo, que meios poderão contribuir para que se alcancem as metas que ela estabeleceu. A ciência, porém, só pode ser criada por quem esteja plenamente imbuído da aspiração e verdade, e ao entendimento. A fonte desse sentimento, no entanto, brota na esfera da religião. A esta se liga também a fé na possibilidade de que as regulações válidas para o mundo da existência sejam racionais, isto é, compreensíveis à razão.

Não posso conceber um autêntico cientista sem essa fé profunda. A situação pode ser expressa por uma imagem: a ciência sem religião e aleijada, a religião sem ciência e cega.

Embora eu tenha afirmado acima que um conflito legítimo entre religião e ciência não pode existir verdadeiramente, devo fazer uma ressalva a esta afirmação, mais uma vez, num ponto essencial, com referencia ao conteúdo efetivo das religiões históricas. Esta ressalva tem a ver com o conceito de Deus. Durante o período juvenil da evolução espiritual da humanidade, a fantasia humana criou a sua própria imagem ‘deuses’ que, por seus atos de vontade, supostamente determinariam ou, pelo menos, influenciariam o mundo fenomênico. O homem procurava alterar a disposição desses deuses a seu próprio favor, por meio da magia e da prece. A idéia de Deus, nas religiões ensinadas atualmente, é uma sublimação dessa antiga concepção dos deuses. Seu caráter antropomórfico se revela, por exemplo, no fato de os homens recorrerem ao Ser Divino em preces, a suplicarem a realização de seus desejos.

Certamente, ninguém negará que a idéia da existência de um Deus pessoal, onipotente, justo e todo-misericordioso é capaz de dar ao homem consolo, ajuda e orientação; e também, em virtude de sua simplicidade, acessível as mentes menos desenvolvidas. Por outro lado, porem, esta idéia traz em si aspectos vulneráveis e decisivos, que se fizeram sentir penosamente desde o início da história. Ou seja, se esse ser é onipotente, então tudo o que acontece, aí incluídos cada ação, cada pensamento, cada sentimento e aspiração do homem, é também obra Sua; nesse caso, como é possível pensar em responsabilizar o homem por seus atos e pensamentos perante esse Ser ‘todo-poderoso’?

Ao distribuir punições e recompensas, Ele estaria, até certo ponto, julgando a Si mesmo. Como conciliar isso com a bondade e a justiça a Ele atribuídas?

A principal fonte dos conflitos atuais entre as esferas da religião e da ciência reside nesse conceito de um Deus pessoal. A ciência tem por objetivo estabelecer regras gerais que determinem a conexão recíproca de objetos e eventos no tempo e no espaço. A validade absolutamente geral dessas regras, ou leis da natureza, e algo que se pretende - mas não se prova. Trata-se sobretudo de um projeto, e a confiança na possibilidade de sua realização, por princípio, funda-se apenas em sucessos parciais. Seria difícil, porém, encontrar alguém que negasse esses sucessos parciais e os atribuísse a ilusão humana. O fato de sermos capazes, com base nessas leis, de predizer o comportamento temporal dos fenômenos de certos domínios, com grande precisão e certeza, está profundamente enraizado na consciência do homem moderno, ainda que possamos ter apreendido muito pouco do conteúdo dessas leis. Basta considerarmos que as trajetórias planetárias do sistema solar podem ser antecipadamente calculadas, com grande exatidão, com base num número limitado de leis simples. De maneira similar, embora não com a mesma precisão, é possível calcular antecipadamente o modo de funcionamento de um motor elétrico, de um sistema de transmissão ou de um aparelho de rádio, mesmo quando estamos lidando com uma invenção inédita.

É bem verdade que, quando o número de fatores em jogo num complexo fenomenólogico é grande demais, o método científico nos decepciona na maioria dos casos. Basta pensarmos nas condições do tempo, cuja previsão, mesmo para alguns dias à frente, é impossível. Ninguém duvida, contudo, de que estamos diante de uma conexão causal cujos componentes causais nos são essencialmente conhecidos. As ocorrências nessa esfera estão fora do alcance da predição exata por causa da multiplicidade de fatores em ação, e não por alguma falta de ordem na natureza.

Penetramos muito menos profundamente nas regularidades que prevalecem no âmbito das coisas vivas, mas o suficiente, de todo modo, para pelo menos perceber a existência de uma regra necessária. Basta pensarmos na ordem sistemática presente na hereditariedade e no efeito que provocam os venenos - como o álcool, por exemplo - no comportamento dos seres orgânicos. O que ainda falta aqui é uma compreensão de caráter profundamente geral das conexões, não um conhecimento da ordem enquanto tal.

Quanto mais o homem esta imbuído da regularidade ordenada de todos os eventos, mais firme se torna sua convicção de que não sobra lugar, ao lado dessa regularidade ordenada, para causas de natureza diferente. Para ele, nem o domínio da vontade humana, nem o da vontade divina existirão como causa independente dos eventos naturais. Não há dúvida de que a doutrina de um Deus pessoal que interfere nos eventos naturais jamais poderia ser refratada, no sentido verdadeiro, pela ciência, pois essa doutrina pode sempre procurar refúgio nos campos em que o conhecimento científico ainda não foi capaz de se firmar. Estou convencido, porém, de que tal comportamento por parte dos representantes da religião seria não só indigno como desastroso. Pois uma doutrina que não é capaz de se sustentar à “plena luz”, mas apenas na escuridão, está fadada a perder sua influência sobre a humanidade, com incalculável prejuízo para o progresso humano. Em sua luta pelo bem ético, os professores de religião precisam ter a envergadura para abrir mão da doutrina de um Deus pessoal, isto é, renunciar a fonte de medo e esperança que, no passado, concentrou um poder tão amplo nas mãos dos sacerdotes. Em seu ofício, terão de se valer daqueles forças que são capazes de cultivar o Bom, o Verdadeiro e o Belo na própria humanidade. Trata-se, sem dúvida, de uma tarefa mais difícil, mas incomparavelmente mais valiosa. Quando tiverem realizado esse processo de depuração, os professores da religião certamente hão de reconhecer com alegria que a verdadeira religião ficou enobrecida e mais profunda graças ao conhecimento científico.

Se um dos objetivos da religião é libertar a humanidade, tanto quanto possível, da servidão dos anseios, desejos e temores egocêntricos, o raciocínio científico pode ajudar a religião em mais um sentido. Embora seja verdade que a meta da ciência é descobrir regras que permitam associar e prever os fatos, essa não é sua única finalidade. Ela procura também reduzir as conexões descobertas ao menor número possível de elementos conceituais mutuamente independentes.

E nessa busca da unificação racional do múltiplo que a ciência logra seus maiores êxitos, embora seja precisamente essa tentativa que a faz correr os maiores riscos de se tornar uma presa das ilusões. Mas todo aquele que experimentou intensamente os avanços bem-sucedidos feitos nesse domínio é movido por uma profunda reverência pela racionalidade que se manifesta na existência. Através da compreensão, ele conquista uma emancipação de amplas conseqüências dos grilhões das esperanças e desejos pessoais, atingindo assim uma atitude mental de humildade perante a grandeza da razão que se encarna na existência e que, em seus recônditos mais profundos, é inacessível ao homem. Essa atitude, contudo, parece-me ser religiosa, no mais elevado sentido da palavra. A meu ver, portanto, a ciência não só purifica o impulso religioso do entulho de seu antropomorfismo, como contribui para uma ‘espiritualização’ religiosa de nossa compreensão da vida.

Quanto mais avança a evolução espiritual da humanidade, mais certo me parece que o caminho para a religiosidade genuína não passa pelo medo da vida, nem pelo medo da morte, ou pela fé cega, mas pelo esforço em busca do conhecimento racional.

Neste sentido, acredito que o sacerdote, se quiser fazer jus a sua ’sublime’ missão educacional, deve tornar-se um professor.

 

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Índios Protestantes no Brasil holandês

Escrito por Josenildo Marques ligado 1st Fevereiro 2007

 

A Reforma Protestante foi um movimento que começou no século XVI com uma série de tentativas de reformar a Igreja Católica Romana e levou subsequentemente ao estabelecimento do Protestantismo. Houve divisão na Igreja entre os «católicos romanos» de um lado e os «reformados» ou «protestantes» de outro; entre esses, surgiram várias igrejas, das quais se destacam o Luteranismo (de Martinho Lutero), as igrejas reformadas e os Anabaptistas. A Reforma teve intuito moralizador, colocando em plano de destaque a moral do indivíduo (conhecedor agora dos textos religiosos, após séculos em que estes eram o domínio privilegiado dos membros da hierarquia eclesiástica). Sua principais figuras foram Jan Huss (1370-1415), Martinho Lutero (1483-1546) e João Calvino (1509-1564). A resposta da Igreja foi o movimento conhecido como Contra-Reforma. Com a descoberta “oficial” do Brasil em 1500 e sua colonização, a doutrina prevalente foi a da Igreja Católica. No entanto, como lê-se no artigo abaixo, ela não foi a única a “catequizar”, ou seja, a impor sua doutrina aos índios que aqui viviam. Vale lembrar que aqui no Brasil usa-se o termo “evangélico” para se referir aos protestantes.

Três vezes a igreja protestante foi implantada no Brasil Colônia, três vezes foi expulsa pelos portugueses católicos. Primeira vez: a igreja reformada dos franceses no Rio de Janeiro (1557-1558); segunda, a dos holandeses na Bahia (1624-1625); terceira, a dos holandeses, alemães, ibéricos, ingleses, franceses e índios no Nordeste, quase 30 anos depois.

A história da igreja protestante indígena durante a ocupação holandesa do Nordeste (1630-1654) está registrada em vários arquivos, especialmente em Amsterdã e Haia, na Holanda.

No século XVII, Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco constituíam os três principais centros urbanos do Brasil Colônia. A riqueza produzida pelo açúcar brasileiro ajudava a Espanha a consolidar o seu domínio, enquanto procurava estrangular a jovem República dos Países Baixos - ou seja, a Holanda. (…)

Infelizmente, quanto à escravidão africana, na época as consciências cristãs era subdesenvolvidas. Quando o pastor Jacobus Dapper questionou se era lícito ao cristão negociar ou possuir escravos africanos, até o conde de Nassau afirmou que se tratava de escrúpulos desnecessários.

Nassau se conformava ao espírito de seu tempo, mas contrariava o pensamento do pai espiritual da Companhia, o belga Willem Usselinex, e do patriarca da Igreja Reformada, o francês João Calvino.

O derradeiro período da missão da Igreja Cristã Reformada começou com a realização de duas importantes assembléias, uma eclesiástica, outra política. A mesa da Assembléia Geral das Igrejas recebeu pedidos de tribos que queriam receber seus próprios obreiros.

O professor Dionísio Biscareto foi ordenado pastor e dois brasilianos nomeados professores. Poucos meses antes da chamada insurreição pernambucana, em 1645, realizou-se a primeira grande assembléia indígena, com 120 representantes, em Itapecerica, na capitania de Itamaracá.

Foram organizadas três câmaras,: a câmara de Itamaracá, dirigida pelo índio Carapeba; a de Paraíba, pelo índio Pedro Poti; e a do Rio Grande, pelo índio Antônio Paraupaba.

O teste final e violento da missão reformada veio com a eclosão da guerra de restauração portuguesa. Os documentos atestam a impressionante fidelidade dos brasilianos refugiados ao redor das fortalezas litorâneas.

O mais famoso desses registros são as chamadas cartas tupis, trocadas entre dois primos colocados em campos opostos, o capitão-mór Filipe Camarão e Pedro Poti. Camarão era defensor do lado luso-católico na guerra; Poti, defensor do lado flamengo-reformado. Essa correspondência deixa claro a estreita vinculação entre fé e nação, igreja e Estado. Filipe Camarão escreveu: não quero reconhecer a Antônio Paraupaba, nem a Pedro Poti, que se tornaram hereges […].

Em resposta datada de 31 de outubro de 1645, dia da Reforma Protestante, Poti garante que seus índios viviam em maior liberdade do que os outros, ressaltando que os portugueses queriam apenas escravizá-los.

Poti lembra a Camarão as matanças ocorridas na baia da Traição e em Sirinhaém, havia poucas semanas, quando os portugueses, após a rendição da frota holandesa, mataram perversamente 23 índios prisioneiros de guerra, quebrando as condições previamente acordadas.

Confessou também ser cristão, crendo somente em Cristo, não desejando contaminar-se com a idolatria, e convidou seus parentes e amigos a passar para o lado dos piedosos, que nos reconhecem no nosso país e nos tratam bem.

Ambos os primos não veriam o final dessa luta sangrenta: Camarão faleceu em 1648, depois da primeira batalha de Guararapes, e Poti no ano seguinte foi preso no cabo Santo Agostinho pelos portugueses. Segundo testemunho de Paraupaba, Poti foi lançado num poço, onde permaneceu durante seis meses.

Retirado de vez em quando, padres se atiravam sobre ele, tentando obrigá-lo a abjurar a religião protestante. Poti, entretanto, resistiu bravamente na fé protestante, e foi embarcado para Portugal, para as câmaras de tortura do Santo Ofício, mas a viagem não acabou, atalhada pela morte.

A guerra de restauração aproximou ainda mais os índios dos holandeses e apenas o pacto com os brasilianos garantiu a resistência flamenga durante nove anos.

Quando não houve mais condições de manter Recife, com as tropas luso-brasileiras às portas das fortificações e a armada portuguesa á entrada do porto, o Nordeste foi devolvido a Portugal. Terminava, também, a missão cristã reformada, impossível sem a proteção de um país protestante.

Leia este artigo na íntegra.

 

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O Evangelho de Maria Madalena

Escrito por Josenildo Marques ligado 17th Janeiro 2007

 

O Evangelho de Maria de Magdala foi encontrado no Códice de Akhmin, um texto gnóstico e apócrifo do Novo Testamento que foi adquirido pelo Dr. Carl Rheinhardt no Cairo em 1896. A tradução integral do texto só veio à luz em 1955. Embora este Evangelho tenha, no mínimo, 19 páginas, as páginas de 1 a 6 e 11 a 14 estão faltando. Embora o nome do autor não seja mencionado no texto, na literatura popular convencionou-se chamar-lhe de O Evangelho de Maria de Magdala devido ao papel preponderante da personagem em relação aos outros apóstolos. Ele foi escrito num dialeto copta e data do século IV ou V d.C. Há também um papiro em grego antigo com parte do texto e cuja datação remonta ao século III d.C.
Nesse Evangelho, Maria de Magdala aparece como a herdeira espiritual e principal apóstolo de Jesus Cristo. Ela o vê após a ressurreição e lhe faz várias perguntas. O teor das respostas do Salvador mostra um tipo de Cristianismo visceralmente diferente, repleto de conceitos budistas e taoístas. Por exemplo, numa passagem, ele diz:

Todo o universo, todas as coisas formadas, todas as criaturas estão unidas umas às outras, elas dependem umas das outras e serão dissolvidas novamente em sua própria origem. Pois a natureza da matéria é ser dissolvida em sua própria essência. Quem tem ouvidos para ouvir que ouça.

E isso é muito semelhante ao conceito taoísta de Unidade conforme está expresso no capítulo 34 - Falando sobre o Tao - do Tao Te Ching:

 

A vida de todas as coisas deriva dele [Tao]
Todas as coisas retornam a ele
E ele contém todas as coisas

Em outras parte do Evangelho de Maria Madalena é narrada a jornada da alma após a morte e os desafios por que ela tem de passar. Esse trecho é muito semelhante ao Livro Tibetano dos Mortos, segundo o qual a alma encontra deidades pacíficas e furiosas em sua jornada após a separação do corpo.

E a alma disse: ‘Por que me julgaste apesar de eu não haver julgado? Eu estava aprisionada; no entanto, não aprisionei. Não fui reconhecida que o Todo se está desfazendo, tanto as coisas terrenas quanto as celestiais.’ “Quando a alma venceu a terceira potência, subiu e viu a quarta potência, que assumiu sete formas. A primeira forma, trevas; a segunda, desejo; a terceira, ignorância; a quarta é a comoção da morte; a quinta é o reino da carne; a sexta é a vã sabedoria da carne; a sétima, a sabedoria irada. Essas são as sete potências da ira.

Não há dúvida de que o texto lança uma nova perspectiva sobre as origens do Cristianismo. Segundo Karen L. King, professora de História Eclesiástica da Universidade de Harvard, o Evangelho Apócrifo de Maria Madalena oferece “um olhar intrigante para um tipo de Cristianismo perdido há mais de mil e quinhentos anos.” Ela reafirma que o evangelho “apresenta uma interpretação radical dos ensinamentos de Jesus como caminho espiritual interior; ele rejeita o sofrimento e morte como caminho para a vida eterna; ele expõe a visão errônea de que Maria de Magdala foi uma prostituta pelo que ele é: uma ficção teológica; ele apresenta o argumento mais honesto e convincente num escrito sobre o Cristianismo antigo para a legitimação da liderança feminina; ele oferece uma crítica ferrenha sobre o poder ilegítimo e a visão utópica de perfeição espiritual; ele desafia nossa visão romântica sobre a harmonia e unanimidade dos primeiros cristãos; e ele nos faz repensar sobre a base da autoridade da igreja.” Ela também observa que as tensões no Cristianismo do segundo século estão refletidas no “confronto entre Maria Madalena e Pedro, que é um cenário encontrado também no Evangelho de Tomás, no Pistis Sophia e no Evangelho copta dos Egípcios. Pedro e André representam posições ortodoxas que negam a validade da revelação esotérica e rejeitam a autoridade feminina para ensinar a doutrina.”
Abaixo está o fragmento traduzido.

Evangelho Apócrifo de Maria Madalena [Fragmento]

 

[…]então, a matéria será salva ou não?

O Salvador disse: Todo o universo, todas as coisas formadas, todas as criaturas estão unidas umas às outras, elas dependem umas das outras e serão dissolvidas novamente em sua própria origem. Pois a natureza da matéria é ser dissolvida em sua própria essência. Quem tem ouvidos para ouvir que ouça”.

Pedro lhe disse: “Já que nos explicaste tudo. Diz-nos isso também: o que é o pecado do mundo?”

Jesus disse: “Não há pecado; sois vós que os criais, quando fazeis coisas da mesma espécie que o adultério, que é chamado ‘pecado’. Por isso, Deus-Pai veio para o meio de vós, para a essência de cada espécie, para conduzi-la a sua origem”.

Em seguida disse: “Por isso adoeceis e morreis […] Aquele que compreende minhas palavras, que as coloque em prática. A matéria produziu uma paixão sem igual, que se originou de algo contrário à Natureza Divina. A partir daí, todo o corpo se desequilibra. Essa é a razão por que vos digo: tende coragem, e se estiverdes desanimados, procurai força das diferentes manifestações da natureza. Quem tem ouvidos para ouvir que ouça.”

Quando o Filho de Deus assim falou, saudou a todos dizendo: “A Paz esteja convosco. Recebei minha paz. Tomai cuidado para que ninguém vos afaste do Caminho, dizendo: ‘Por aqui’ ou ‘Por lá’, pois o Filho do Homem está dentro de vós. Segui-o. Quem o procurar, o encontrará. Prossegui agora, então, pregai o Evangelho do Reino. Não estabeleçais outras regras, além das que vos mostrei, e não instituais como legislador, senão sereis cerceados por elas”. Após dizer tudo isso, partiu.

Mas eles estavam profundamente tristes. E falavam: “Como vamos pregar aos gentios o Evangelho do Reino do Filho do Homem? Se eles não o procuraram, vão poupar a nós?” Maria Madalena se levantou, cumprimentou a todos e disse a seus irmãos: “Não vos lamentais nem sofrais, nem hesiteis, pois sua graça estará inteiramente convosco e vos protegerá. Antes, louvemos sua grandeza, pois Ele nos preparou e nos fez homens.” Após Maria ter dito isso, eles entregaram seus corações a Deus e começaram a conversar sobre as Palavras do Salvador.

Pedro disse a Maria: “Irmã, sabemos que o Salvador te amava mais do que qualquer outra mulher. Conta-nos as palavras do Salvador, as de que te lembras, aquelas que só tu sabes e nós nem ouvimos”.

Maria Madalena respondeu dizendo: “Esclarecerei a vós o que está oculto”. E ela começou a falar essas palavras: “Eu…”, disse ela, “Eu tive uma visão do Senhor e contei a Ele: ‘Mestre, apareceste-me hoje numa visão’. Ele respondeu e me disse: ‘Bem-aventurada sejas, por não teres fraquejado ao me ver. Pois, onde está a mente, há um tesouro’. Eu lhe disse: ‘Mestre, aquele que tem uma visão vê com a alma ou com o espírito?’ Jesus respondeu e disse: “Não vê nem com a alma nem com o espírito, mas com a consciência, que está entre ambos -assim é que tem a visão […]”.

E o desejo disse à alma: ‘Não te vi descer, mas agora te vejo subir. Por que falas mentira, já que pertences a mim?’ A alma respondeu e disse: ‘Eu te vi. Não me viste, nem me reconheceste.

Usaste-me como acessório e não me reconheceste.’ Depois de dizer isso, a alma foi embora, exultante de alegria. “De novo alcançou a terceira potência, chamada ignorância. A potência, inquiriu a alma dizendo: ‘Onde vais? Estás aprisionada à maldade. Estás aprisionada, não julgues!’

E a alma disse: ‘Por que me julgaste apesar de eu não haver julgado? Eu estava aprisionada; no entanto, não aprisionei. Não fui reconhecida que o Todo se está desfazendo, tanto as coisas terrenas quanto as celestiais.’ “Quando a alma venceu a terceira potência, subiu e viu a quarta potência, que assumiu sete formas. A primeira forma, trevas; a segunda, desejo; a terceira, ignorância; a quarta é a comoção da morte; a quinta é o reino da carne; a sexta é a vã sabedoria da carne; a sétima, a sabedoria irada. Essas são as sete potências da ira. Elas perguntaram à alma: ´De onde vens, devoradora de homens, ou onde vais, conquistadora do espaço?’ A alma respondeu, dizendo: ‘O que me subjugava foi eliminado e o que me fazia voltar foi derrotado…, e meu desejo foi consumido e a ignorância morreu. Num mundo fui libertada de outro mundo; num tipo fui libertada de um tipo celestial e também dos grilhões do esquecimento, que são transitórios.

Daqui em diante, alcançarei em silêncio o final do tempo propício, do reino eterno’.”

Depois de ter dito isso, Maria Madalena se calou, pois até aqui o Salvador lhe tinha falado. Mas André respondeu e disse aos irmãos: “Dizei o que tendes para dizer sobre o que ela falou. Eu, de minha parte, não acredito que o Salvador tenha dito isso. Pois esses ensinamentos carregam idéias estranhas”. Pedro respondeu e falou sobre as mesmas coisas. Ele os inquiriu sobre o Salvador: “Será que ele realmente conversou em particular com uma mulher e não abertamente conosco? Devemos mudar de opinião e ouvirmos ela? Ele a preferiu a nós?” Então Maria Madalena se lamentou e disse a Pedro: “Pedro, meu irmão, o que estás pensando? Achas que inventei tudo isso no mau coração ou que estou mentindo sobre o Salvador?” Levi respondeu a

Pedro: “Pedro, sempre foste exaltado. Agora te vejo competindo com uma mulher como adversário. Mas, se o Salvador a fez merecedora, quem és tu para rejeitá-la? Certamente o Salvador a conhece bem. Daí a ter amado mais do que a nós. É, antes, o caso de nos envergonharmos e assumirmos o Homem Perfeito e nos separaremos, como Ele nos mandou, e pregarmos o Evangelho, não criando nenhuma regra ou lei, além das que o Salvador nos legou.”

Depois que Levi disse essas palavras, eles começaram a sair para anunciar e pregar.

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Mito e Ciência

Escrito por Josenildo Marques ligado 12th Janeiro 2007

 

A relação entre ciência e religião é um assunto complexo que frequentemente vem à tona para provocar discussões acaloradas. Para alguns, ciência e religião são conflitantes e irreconciliáveis. Para outros, ambas têm finalidades diferentes, lidam com aspectos diferentes da experiência humana e, portanto, qualquer conflito é apenas ilusório. Outros ainda argumentam que religião e ciência interagem em colaboração. Além disso, a opinião de cientistas sobre o assunto tem forte influência sobre a imaginação popular, cuja tendência é, a princípio, pensar que ciência e religião são sempre antagônicas.
Em Mito e Significado, Claude Lévi-Strauss afirma estar bem informado sobre a metodologia científica e as últimas descobertas da ciência e que, portanto, ele diz ter a

a sensação de que a ciência moderna, na sua evolução, não se está a afastar destas matérias perdidas, e que, pelo contrário, tenta cada vez mais reintegrá-las no campo da explicação científica. O fosso, a separação real, entre a ciência e aquilo que poderíamos denominar pensamento mitológico, para encontrar um nome, embora não seja exatamente isso, ocorreu nos séculos XVII e XVIII. Por essa altura, com Bacon, Descartes, Newton e outros, tornou-se necessário à ciência levantar-se e afirmar se contra as velhas gerações de pensamento místico e mítico, e pensou-se então que a ciência só podia existir se voltasse costas ao mundo dos sentidos, o mundo que vemos, cheiramos, saboreamos e percebemos; o mundo sensorial é um mundo ilusório, ao passo que o mundo real seria um mundo de propriedades matemáticas que só podem ser descobertas pelo intelecto e que estão em contradição total com o testemunho dos sentidos. Este movimento foi provavelmente necessário, pois a experiência demonstra-nos que, graças a esta separação – este cisma, se se quiser –, o pensamento científico encontrou condições para se autoconstituir.

Assim, tenho a impressão de que (e, evidentemente, não falo como cientista – não sou físico, não sou biólogo, não sou químico) a ciência contemporânea está no caminho para superar este fosso e que os dados dos sentidos estão a ser cada vez mais reintegrados na explicação científica como uma coisa que tem um significado, que tem uma verdade e que pode ser explicada.

Claude Lévi-Strauss, Mito e Significado, pp. 9,10

Portanto, para ele, se houve algum confronto entre o pensamento científico e o mitológico, isto se deveu ao ímpeto inicial dos homens de ciência em pôr enfase em seu método e a qualificar o outro como pensamento “primitivo” ou “inferior”. Trata-se de uma questão datada que, embora ainda hoje encontre alguma ressonância, já há muito deixou de ser a visão predominante graças ao avanço das ciências exatas e das humanas. Por isso, diz Lévi-Strauss,

 

…creio que há certas coisas que perdemos e que devíamos fazer um esforço para as conquistar de novo, porque não estou seguro de que, no tipo de mundo em que vivemos e com o tipo de pensamento científico a que estamos sujeitos, possamos reconquistar tais coisas como se nunca as tivéssemos perdido; mas podemos tentar tornar-nos conscientes da sua existência e da sua importância.

Claude Lévi-Strauss, Mito e Significado, p. 9

 

Assim como Joseph Campbell, a despeito das diferenças no trabalho de ambos, Lévi-Strauss estava profundamente interessado nas semelhanças mais significativas das mitologias e culturas que estudou. Como ele mesmo diz:

 

 

É provável que não haja muito mais que isto na abordagem estruturalista; é a busca de invariantes ou de elementos invariantes entre diferenças superficiais.

Claude Lévi-Strauss, Mito e Significado, p.12

 

Apesar da aparente desordem, da grandeza de diferenças e da riqueza de manifestações, o papel do pesquisador é, como ele atesta, perquirir todo esse material e tentar encontrar uma ordem, um campo de convergências diante do qual as diferenças começam a desaparecer.

 

 

As histórias de caráter mitológico são, ou parecem ser, arbitrárias, sem significado, absurdas, mas apesar de tudo dir-se-ia que reaparecem um pouco por toda a parte. Uma criação «fantasiosa» da mente num determinado lugar seria obrigatoriamente única – não se esperaria encontrar a mesma criação num lugar completamente diferente. O meu problema era tentar descobrir se havia algum tipo de ordem por detrás desta desordem aparente - e era tudo.

 

Claude Lévi-Strauss, Mito e Significado, p.15


E não há dúvida de que Campbell e Lévi-Strauss estão plenamente de acordo com esse preceito. Para ambos,

O problema é descobrir aquilo que é comum a todos. É um problema, poder-se-ia dizer, de tradução, de traduzir o que está expresso numa linguagem – ou num código, se se preferir, mas linguagem é suficiente – numa expressão de uma linguagem diferente.

Claude Lévi-Strauss, Mito e Significado, p.12

E quando se fala em linguagem, fala-se em significado ou níveis de significação. Lévi-Strauss faz uma observação muito rica em relação ao problema do que chamamos de significado. Segundo expõe, dizemos que uma coisa tem significado não apenas porque é inteligível, mas também porque ela pode ser traduzida.

Segundo penso, é absolutamente impossível conceber o significado sem a ordem. Há uma coisa muito curiosa na semântica, é que a palavra «significado» é provavelmente, em toda a língua, a palavra cujo significado é mais difícil de encontrar. Que é que significa o termo «significar»? Parece-me que a única resposta que se pode dar é que «significar» significa a possibilidade de qualquer tipo de informação ser traduzida numa linguagem diferente. Não me refiro a uma língua diferente, como o francês ou o alemão, mas a diferentes palavras num nível diferente. No fim de contas, esta tradução é a que se espera de um dicionário – o significado da palavra em outras palavras que, a um nível ligeiramente diferente, são isomórficas relativamente à palavra ou à expressão que se pretende perceber. E porque não se pode substituir uma palavra por qualquer outra palavra, ou uma frase por qualquer outra frase (arbitrárias), tem de haver regras de tradução. Falar de regras e falar de significado é falar da mesma coisa; e, se olharmos para todas as realizações da Humanidade, seguindo os registos disponíveis em todo o mundo, verificaremos que o denominador comum é sempre a introdução de alguma espécie de ordem. Se isto representa uma necessidade básica de ordem na esfera da mente humana e se a mente humana, no fim de contas, não passa de uma parte do universo, então quiçá a necessidade exista porque há algum tipo de ordem no universo e o universo não é um caos.

Claude Lévi-Strauss, Mito e Significado, pp. 15,16

 

Segundo Joseph Campbell, os avanços e descobertas científicas de nosso tempo não colidem contra o “pensamento mitológico”. Ao contrário, Campbell pensa que elas abrem novas dimensões míticas para o homem moderno. Como diz Bill Moyers:

 

 

Campbell não era pessimista. Ele acreditava que existe um “nível de sabedoria, para além dos conflitos entre ilusão e verdade, através do qual as vidas podem voltar a ser irmanadas”. Encontrar esse nível é a “questão primordial desta época”. Nos seus últimos anos, ele buscava uma nova síntese entre ciência e espírito. “A mudança de uma visão geocêntrica para uma visão heliocêntrica do mundo ”, escreveu ele, depois que os astronautas chegaram à Lua, “parece ter removido o homem do centro e o centro parece tão importante. Espiritualmente, porém, o centro está onde está o olhar. Poste-se numa elevação e contemple o horizonte. Poste-se na Lua e contemple a Terra inteira se erguendo – ainda que através da televisão, na sua sala de visita.” O resultado é uma insuspeitada expansão do horizonte, que poderia servir, em nossa época, como as antigas mitologias serviram, no passado, para abrir as portas da percepção “para o prodígio, ao mesmo tempo terrível e fascinante, de nós mesmos e do universo”. Para ele, não foi a ciência que diminuiu os seres humanos ou nos divorciou da divindade. Ao contrário, as novas descobertas da ciência “nos reúnem aos antigos”, por nos tornarem capazes de reconhecer, no todo do universo, “um reflexo ampliado de nossa própria e mais íntima natureza; assim, somos de fato seus ouvidos, seus olhos, seu pensamento e sua fala – ou, em termos teológicos, os ouvidos de Deus, os olhos de Deus, o pensamento de Deus, a Palavra de Deus”.

Joseph Campbell e Bill Moyers, O Poder do Mito, p.12

Assim como Lévi-Strauss, Joseph Campbell também não acredita que haja conflitos insolúveis entre ciência e religião.

MOYERS: Um dos pontos intrigantes do seu pensamento é que você não vê conflito entre ciência e mitologia.

CAMPBELL: Não, não há conflito. Ciência é abrir caminho, agora, na direção das dimensões do mistério. Assim ela se aproxima da esfera de que fala o mito. Chega ao limiar.

MOYERS: E o limiar é…

CAMPBELL: …o limiar, a superfície comum ao que pode ser conhecido e ao que nunca será descoberto, porque é um mistério que transcende todo esforço humano. O que é a fonte da vida? Ninguém sabe. Não sabemos sequer o que é um átomo, se é uma onda ou uma partícula – é ambos. Não fazemos idéia do que sejam essas coisas. É por essa razão que falamos do divino. Existe uma fonte de energia transcendente. Quando um físico observa partículas subatômicas, ele está vendo um traço na tela. Esses traços vêm e vão, vêm e vão; nós vimos e vamos, e tudo o que diz respeito à vida vem e vai. Essa energia é a energia que modela todas as coisas. A reverência mítica se endereça a isso.

Joseph Campbell e Bill Moyers, O Poder do Mito, p.146

Nas palestras e livros de Joseph Campbell, a ciência está sempre presente. Como se trata de um ramo do saber de natureza transdisciplinar, ele mesmo não seria possível sem a arqueologia, a psicologia, a antropologia, a física, a química, etc. Os avanços nessas ciências também contribuem para que saibamos mais sobre essa matéria e, como diz Lévi-Strauss, para que nos tornemos mais conscientes de sua existência e importância.

 

 

 

 

 

 

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O Tempo no Candomblé

Escrito por Josenildo Marques ligado 3rd Janeiro 2007

 

O texto abaixo é um trecho de uma conferência proferida pelo professor Reginaldo Prandi, estudioso das religiões afro-brasileiras, em virtude da entrega do Prêmio Érico Vanucci Mendes. Nessa conferência, o professor Prandi trata, entre outras coisas, da questão do tempo na sociedade iorubana tradicional, nos rituais de Candomblé e na sociedade capitalista.

 

Para o pensador africano John Mbiti, enquanto nas sociedades ocidentais o tempo pode ser concebido como algo a ser consumido, podendo ser vendido e comprado, como se fosse mercadoria ou serviço potenciais - dizemos ‘tempo é dinheiro!’ -, nas sociedades africanas tradicionais o tempo tem que ser criado ou produzido, acrescentando Mbiti que “o homem africano não é escravo do tempo, mas, ao invés disso, ele produz tanto tempo quanto queira”. Ele comenta que, por não conhecerem essa concepção, muitos estrangeiros ocidentais não raro julgam que os africanos estão sempre atrasados naquilo que fazem, enquanto outros dizem: “Ah! Esses africanos ficam aí sentados desperdiçando seu tempo na ociosidade” (Mbiti, 1990: 19). (…)

 

Nas palavras do nigeriano Wole Soyinka, prêmio Nobel de literatura, “o pensamento tradicional opera não uma sucessão linear de tempo mas uma realidade cíclica” (Soyinka, 1995: 10). Por isso, o tempo escalar, que se mede matematicamente, podendo ser somado, subtraído, dividido etc., não faz nenhum sentido para o pensamento africano tradicional. Para os ocidentais, o tempo é uma variável contínua, uma dimensão que tem realidade própria, que independe dos fatos, de tal modo que são os fatos que se justapõem à escala do tempo. É o tempo da precisão, que objetiva o cálculo, que viabiliza a projeção e fundamenta a racionalidade - tempo da ciência histórica e da modernidade. Nessa escala ocidental do tempo, os acontecimentos são enfileirados uns após outros, em seqüências que permitem organizá-los como anteriores e posteriores, uns como causa e outros como conseqüência, construindo-se uma cadeia de correlações e causações que conhecemos como história.

 

Para os africanos tradicionais, contudo, o tempo é uma composição dos eventos que já aconteceram ou que estão para acontecer imediatamente. É a reunião daquilo que já experimentamos como realizado, sendo que o passado, imediato, está intimamente ligado ao presente, do qual é parte, enquanto que o futuro, imediato, nada mais é que a continuação daquilo que já começou a acontecer no presente, não fazendo nenhum sentido a idéia do futuro como acontecimento remoto desligado de nossa realidade imediata. O futuro que se expressa na repetição cíclica dos fatos da natureza, como as estações, as colheitas vindouras, o envelhecer de cada um, é repetição do que já se conheceu, viveu e experimentou, não é futuro. Não há sucessão de fatos encadeados no passado distante, nem projeção do futuro; a idéia de história como a conhecemos no Ocidente não existe; a idéia de fazer planos para o futuro, de planejar os acontecimentos vindouros, é completamente estapafúrdia. Se o futuro é aquilo que não foi experimentado, ele não faz sentido nem pode ser controlado, pois o tempo é o tempo vivido, o tempo acumulado, o tempo acontecido.

 

Para os iorubás e outros povos africanos, os acontecimentos do passado estão vivos nos mitos, que falam de grandes acontecimentos, atos heróicos, descobertas e toda sorte de eventos dos quais a vida presente seria a continuação. Ao contrário da narrativa histórica, os mitos nem são datados nem mostram coerência entre si. Cada mito atende a uma necessidade de explicação tópica e justifica fatos e crenças que compõem a existência de quem o cultiva, o que não impede a existência de versões conflitantes, quando os fatos e interesses a justificar são diferentes. O mito fala do passado remoto que explica a vida no presente, mais que isso, que se refaz no presente. O tempo mítico expressa o passado distante, e fatos separados por um intervalo de tempo muito grande podem ser apresentados nos mitos como ocorrências de uma mesma época, concomitantes. Cada mito é autônomo e os personagens de um podem aparecer num outro mito com outras características e relações, às vezes contraditórias com as primeiras. Os mitos são narrativas parciais e sua reunião não propicia o desenho de nenhuma totalidade, pois não existe um fio narrativo na mitologia, como aquele que norteia a construção da história para os ocidentais. No mundo mítico, os eventos não se ajustam a um tempo contínuo e linear. O tempo do mito é o tempo das origens, e parece existir um tempo vazio entre o fato contado pelo mito e o tempo do narrador.

 

Para os iorubás, os mortos devem reencarnar e, enquanto esperam pelo renascimento, habitam o mundo dos que vão nascer, que é próximo do mundo aqui-e-agora, o mundo em que vivemos, o Aiê. Esse mundo do futuro imediato é atado ao presente pelo fato de que aquele que vai nascer de novo tem que permanecer vivo na memória de seus descendentes, participando de suas vidas e sendo por eles alimentados nos ritos sacrificiais, até o dia de seu renascimento como um novo membro de sua própria família. Para o homem, o mundo das realizações, da felicidade, da plenitude é o mundo do presente, o Aiê, não havendo prêmio nem punição no mundo dos que vão nascer, o mundo dos mortos, pois ali nada acontece. Os homens e mulheres pagam por seus crimes em vida e são punidos pelas instâncias humanas. As punições impostas aos humanos pelos deuses e antepassados por causa de atos maus igualmente não o atingem após a morte, mas se aplicam a toda a coletividade à qual o infrator pertence, e isso também acontece no Aiê, numa concepção ética que está focada na coletividade e não no indivíduo (Mbon, 1991: 102), não existindo a noção ocidental cristã de salvação no outro mundo nem a idéia de pecado. O outro mundo habitado pelos mortos é temporário, transitório, voltado para o presente dos humanos. Nem mesmo a vida espiritual tem expressão no futuro. Os mortos ilustres - fundadores de troncos familiares e de cidades, heróis, reis, conquistadores, grandes sacerdotes - podem vir a ser cultuados como antepassados, os egunguns, passando a habitar o passado mítico, o passado distante localizado no Orum, onde vivem os deuses orixás, dos quais muitos são antigos heróis divinizados, cujo culto se desprendeu dos limites da família e se generalizou, sendo incorporados ao passado mítico de todo um clã, uma cidade, um povo, podendo vir a ter altares erigidos em sua homenagem até mesmo do outro lado do oceano, como aconteceu com muitos orixás na América.

 

O passado remoto da narrativa mítica, que trata dos orixás e dos antepassados, é transmitido de geração a geração, por meio da oralidade, é ele que dá o sentido geral da vida para todos e fornece a identidade grupal e os valores e normas essenciais para a ação naquela sociedade, confundindo-se plenamente com a religião. Ensina Prigogine, prêmio Nobel de física, que o tempo cíclico é o tempo da natureza, o tempo reversível, e também o tempo da memória, o tempo mítico que não se perde, mas que se repõe. O tempo da história, em contrapartida, é o tempo irreversível, um tempo que não se liga nem à eternidade e nem ao eterno retorno. O tempo do mito e o tempo da memória descrevem um mesmo movimento de reposição: sai do presente, vai para o passado e volta ao presente, em que o futuro é apenas o tempo necessário para a reencarnação, o renascimento, o começar de novo. A religião é a ritualização dessa memória, desse tempo cíclico, ou seja, a representação no presente, através de símbolos e encenações ritualizadas, desse passado que garante a identidade do grupo - quem somos, de onde viemos, para onde vamos? É o tempo da tradição, da não mudança, da religião, a religião como fonte de identidade que reitera no cotidiano a memória ancestral. No candomblé, emblematicamente, quando o filho-de-santo entra em transe e incorpora um orixá, assumindo sua identidade, que é representada pela dança característica que lembra as aventuras míticas dessa divindade, é o passado remoto, coletivo, que aflora no presente para se mostrar vivo, o transe ritual repetindo o passado no presente, numa representação em carne e osso da memória coletiva.

 

Para os iorubás, uma vez que tudo é repetição, nada é novidade, aquilo que nos acontece hoje e que está prestes a acontecer no futuro imediato já foi experimentado antes por outro ser humano, por um antepassado, pelos próprios orixás. O oráculo de Ifá, praticado pelos babalaôs, baseia-se no conhecimento de um grande repertório de mitos que falam de toda sorte de fatos acontecidos no passado remoto e que voltam a acontecer, envolvendo personagens do presente. É sempre o passado que lança luz sobre o presente e o futuro imediato. Conhecer o passado é deter as fórmulas de controle dos acontecimentos da vida dos viventes. Esse passado mítico, que se refaz a cada instante no presente, é narrado pelos odus do oráculo de Ifá, preservados no Brasil pelo jogo de búzios das mães e pais-de-santo dos candomblés. O jogo de búzios é a leitura do tempo mítico que se refaz no presente. É olhar o presente com os olhos no passado.

 

A essa concepção africana de tempo estão intimamente associadas as idéias de aprendizado, saber, competência e hierarquia que podemos observar no candomblé. Para os africanos tradicionais, o conhecimento humano é entendido, sobretudo, como resultado do transcorrer inexorável da vida, do fruir do tempo, do construir da biografia. Sabe-se mais porque se é velho, porque se viveu o tempo necessário da aprendizagem. A aprendizagem não é uma esfera isolada da vida, como a nossa escola ocidental, mas um processo que se realiza a partir de dentro, participativamente. Aprende-se à medida que se faz, que se vive. Com o passar do tempo, os mais velhos vão acumulando um conhecimento a que o jovem só terá acesso quando tiver passado pelas mesmas experiências. Mesmo quando se trata de conhecimento especializado, o aprendizado é por imitação e repetição. As diferentes confrarias profissionais, especialmente as de caráter mágico e religioso, dividem as responsabilidades de acordo com a senioridade de seus membros e estabelecem ritos de passagem que marcam a superação de uma etapa de aprendizado para ingresso em outra, que, certamente, implica o acesso a novos conhecimentos, segredos ou mistérios da confraria.

 

Para ler o artigo na íntegra, clique aqui.

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Israel Foco Das Atenções Mundiais

Ter, 30 de Agosto de 2011 00:56
Vamos tentar entender a mente do apóstolo Shaul(Paulo) através do impressionante mundo hebraico!
´´...Mas se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se.`` I COR. 7:9
Para entender a mente prodigiosa do apóstolo e compreender melhor o texto apelaremos para o hebraico:
O TETRAGRAMA YHWH HVHY9 compõem as quatro consoantes do Nome do Eterno;
O termo para homem é ÍSHY –ywa
O termo para mulher é ISHAH -HWA
Não precisa entender de hebraico para notar a similaridade das duas palavras!
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Tão antiga como a Lei(Torah), tão fascinante e atual como se fosse o jornal de manhã
História realmente fascinante é o cumprimento das profecias acerca do povo escolhido de Elorrim (Criador em Hebraico) e sua Terra Prometida. Israel – Foco das Atenções Mundiais – mostra pcomo a História confirma as Escrituras Sagradas, dá estimativas das riquezas físicas, das riquezas minerais e agrícolas da terra de Canaã, mostrando que ela ainda ¨mana leite e mel¨, mesmo em termos que hoje podemos entender, nesta era da tecnologia avançada, termos que os inimigos do Estado Judeu podem entender e cobiçar.
NOTA: USAREMOS SEMPRE AS PALAVRAS ELORRIM (CRIADOR), HÁ‟SHEM(O NOME), E ETERNO, ENTRE OUTRAS, PARA NOS REFERIRMOS AO TODO-PODEROSO E TAMBÉM YESHUA PARA NOS REFERIRMOS AO SALVADOR DA HUMANIDADE POR TERMOS PROVAS E CONHECIMENTO DE QUE HISTORICAMENTE O NOME DEUS=ZEUS E JESUS=IESOUS FORMA GREGA DO NOME DE UM deus Pagão; NÃO SÃO PORTANTO A FORMA CORRETA ´PARA NOS DIRIGIRMOS RESPEITOSAMENTE AO NOSSO SANTO PAI...
Israel – Foco das Atenções Mundiais
Vem acompanhado de um apêndice com suplementos como a Proclamação da Independência do Estado de Israel em 1948 e, num relance histórico, informações essenciais, realmente fascinantes sobre a criação do Estado Judeu. Anderson e Hoffman delineiam a história do Estado de Israel desde o início do movimento Sionista na Europa, até as primeiras históricas migrações dos judeus que retornaram à Pátria de suas tradições, Pátria a eles outorgada por Elorrim. Apresentam-nos um quadro sobre a criação de Israel, mostrando seu passado, sua atual condição (no contexto
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internacional), e o lugar que ocupará, no futuro, como no-lo ensinam as Escrituras.
As promessas do Eterno são perpétuas
Israel – Foco das Atenções Mundiais – antevê o dia em que o povo de Israel, em grande número, retornará ao Elorrim de seus pais. Tendo em vista a fidelidade de Elorrim e as promessas das Escrituras Sagradas, Hoffman e Anderson fazem predições sobre um grande dia em que, aqueles que tiverem retornado à Terra da Promessa, também retornarão ao Elorrim da Promessa.
Esta é uma publicação do Instituto da Herança Judaica ,Matriz : Caixa Postal, 58 06580 – Itapecerica da Serra – SP.
Filial Brasília: Caixa Postal 122 642 70275 – Brasília-DF.
Filial Recife: Caixa Postal 5205, 52.051 – Recife –PE.
ISRAEL
FOCO DAS
ATENÇÕES
MUNDIAIS
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Título do Original em Inglês:
ALL EYES ON ISRAEL
Todos os direitos reservados para a edição em Português ao Instituto da Herança Judaica.
Traduzido por :
Nélio Vargas Gonçalves
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1ª. Edição – 1989
Arte da Capa:
Maria de Fátima L. Ventura
Í N D I C E
Introdução
Prefácio – Dr. K. L. Vine
Prefácio
Capítulo I
O Papel de Israel na História
Capítulo II
Israel e a Crise de Energia
Capítulo III
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As Maravilhosas Riquezas Minerais de Israel
Capítulo IV
Novas Descobertas na Terra de Israel
Capítulo V
O Desenvolvimento Agrícola de Israel à luz da Bíblia
Capítulo VI
Israel Declara sua Independência
Capítulo VII
É permanente a Independência de Israel?
Capítulo VIII
O Vale de Ossos Secos
Capítulo IX
As Montanhas de Israel
Capítulo X
Importantes Previsões a Respeito de Israel
Capítulo XI
É Escrituristico o Retorno do Israel Moderno?
Capítulo XII
Cada Judeu Um Milagre
Capítulo XIII
Conflito Onde Deveria Haver Paz
Capítulo XIV
O Tempo dos Gentios
Capítulo XV
A Eleição de Israel
Capítulo XVI
O Israel Espiritual Definido por um Rabino Ilustre
Capítulo XVII
A Mensagem de Masada
Capítulo XVIII
Israel e o Armagedom
Capítulo XIX
Gog e Magog em confronto com o Israel de Elorrim
Capítulo XX
O Fantástico Futuro do Israel Verdadeiro
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APRESENTAÇÃO
Orgulhamo-nos por poder entregar ao público brasileiro a tradução da fantástica obra: ¨ISRAEL – FOCO DAS ATENÇÕES MUNDIAIS¨ , de autoria dos estudiosos, Dr. Roy Allan Anderson e Dr. Jay Milton Hofman.
É uma obra atualíssima. Muitas das previsões nela descritas já ocorreram ou estão tendo seu cumprimento em nossos dias, apesar do pequeno espaço de tempo entre sua edição nos Estados Unidos e a edição em Português nesta metade de 1989.
É um livro eletrizante. É talvez o mais completo trabalho feito no campo da pesquisa histórica, da Arqueologia e das raízes religiosas dos três ramos – judaísmo, islamismo e cristianismo que surgiram de um único tronco- O monoteísmo.
Estamos certos de que o presente trabalho deverá causar um verdadeiro estremecimento nas estruturas do pensamento religioso atual. Cremos mesmo que, após a leitura deste livro, que sejam judeus ou cristãos, budistas ou maometanos, crentes ou incrédulos, os leitores, livres de qualquer espírito preconcebido, se posicionarão sob um novo ângulo. Ao serem confrontados com o cumprimento, em nossos dias, de predições feitas há cerca de 2.500 anos, muitos se quedarão perplexos: os judeus e árabe-
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muçulmanos por serem descendentes de Abraão na carne e os cristãos por terem sido adotados e enxertados ¨na boa oliveira¨, justamente por estarem todos, indistintamente, envolvidos nesses acontecimentos, Novas verdades surgirão aos olhos dos leitores.
Somos profundamente gratos àqueles amigos que nos estimularam a traduzir esta monumental obra. Particularmente, desejamos externar nossa mais profunda gratidão ao colega e amigo, Prof. Edemir Américo da Silva, um expert na Língua Inglesa, que muito nos ajudou neste trabalho. Foram noites e noites revisando e corrigindo, para que a tradução fosse a mais correta possível. Nossos sinceros agradecimentos, também, à colega, Profa. Alda Nogueira, por sua revisão do texto em português.
O autor
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I N T R O D U Ç Ã O
Dr. H. M. S Richards
Aqui está um livro incomum, um livro tão impressionante que aguçará o interesse do leitor, dando-lhe uma compreensão mais ampla, tanto sobre as Escrituras Sagradas, quanto sobre o que está acontecendo em nosso mundo hoje. A história de Abraão e sua posteridade, através dos séculos, é fascinante, e cresce de interesse a cada ano que passa.
É realmente impressionante o fato de que os representantes naturais deste Povo Escolhido, depois de todos esses milênios de história, ainda estejam entre nós exercendo sua influência no mundo, apesar da lenta erosão dos séculos sobre a memória humana. Esse fato parece confirmar o ponto de vista de que Israel foi preservado como testemunha da Palavra de Elorrim. O povo israelita tem sido chamado de ¨a nação imortal¨ e, contrastando-os com outros povos que viveram ao seu redor, há mais de 3.000 anos e há muito que desapareceram por completo, é ele digno deste título. Sendo verdade tudo isso, existe, porventura, uma razão para tal? Há evidências escrituristicas de especial interesse cujo tema gira em torno deste Povo Escolhido e o lugar de destaque que ocupará no mundo? Se há, então as pessoas dotadas de raciocínio e compreensão, em geral, deveriam poder chegar até elas.
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Estas perguntas e muitas outras são consideradas nesta obra Israel – Foco das Atenções Mundiais, em co-autoria de Roy Allan Anderson e Jay Milton Hofman. Seria bom que os leitores fixassem em suas mentes diversos pontos que eu gostaria de sugerir-lhes. Primeiro, este livro será considerado único no que diz respeito a um estudo que gire, verdadeiramente, em torno do Messias, apresentando as Escrituras Sagradas de uma maneira nova e impressionante. Durante séculos as pessoas tiveram opiniões diversas sobre este assunto, passando-as de pai para filho e de geração em geração. Os autores, neste livro, vão até às fontes genuínas da Bíblia e desafiam-nos a meditarmos mais uma vez sobre este tema.
Há mais de 300 anos, no tempo das colônias americanas, Increase Mather, provavelmente o mais famoso teólogo do pais, publicou um livro intitulado O Mistério da Salvação de Israel. Era o ano de 1669. Décadas antes, outros haviam escrito, tratando do mesmo assunto. Naquele tempo não existia a menor evidência de que Israel, algum dia, haveria de tornar-se uma nação outra vez e, muito menos, que poderia voltar a ocupar a terra de seus antepassados. Naquela época a Palestina estava sob o domínio do terrível Império Otomano. Neste livro existem referências feitas, não somente à obra de Increase Mather, mas também a um grande número de especialistas mais recentes que escreveram sobre o mesmo assunto, tais como o Dr. J. Thomas, em 1854; John Cumming, M. D., 1864, bem como inúmeros comentaristas e lexicógrafos famosos como Wilhelm Gesenius, D. D.
Todos estes autores escreveram, dando ênfase à predição do retorno do povo de Israel à sua terra, a despeito do que algumas nações poderiam fazer para criar obstáculos a um tal evento. Todos eles declararam que a volta de Israel à terra de seus antepassados efetuar-se-ia, porque isto está claramente ensinado na Palavra de Elorrím.
Li o capítulo XV deste livro, A Eleição de Israel, com interesse todo especial. Este capítulo aborda as condições sob as quais teve lugar esta eleição, as causas da queda de toda a nação, mergulhando-se na idolatria e sua posterior dispersão por todas as partes do mundo, como conseqüência dessa apostasia espiritual. Este capítulo apresenta algo de novo. Ele dá ênfase ao fato de que seu cativeiro, em várias partes do mundo, fora predito
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pelos profetas num plano bem definido por Elorrim. Não foi meramente uma reação histórica de atitudes belicosas ou atos criminosos acima da tendência geral dos homens da época. Longe disso, as nações, ao seu redor, eram igualmente más e, às vezes, até piores, dependendo do ponto de vista pelo qual olhemos ou consideremos a questão.
As advertências de Elorrim a Israel e as predições de sua dispersão estão, em geral, exatamente nos mesmos versículos da Escritura Sagrada, mas sempre com promessas de sua benção sobre eles, quando para Ele se voltassem. Não somente retornariam a Ele como um povo e receberiam sua benção, mas finalmente haveriam de retornar à sua própria terra
Ao término do cativeiro babilônico, em 536 A.C., muitos judeus, de fato, retornaram à Palestina. De acordo com Esdras 2:1, os que então retornaram eram das tribos de Judá e Benjamim que haviam sido levados cativos nos dias de Nabucodonosor. Antes do seu cativeiro eles eram conhecidos como o Reino de Judá. Mas as Escrituras Sagradas referem-se a Israel de modo geral como um todo, não só as 10 tribos do Norte, como as que faziam parte do Reino do Sul. Israel foi espalhado por todas as grandes nações do mundo, não somente em Babilônia, mas também por todas As nações que podemos divisar no horizonte da História. Com efeito, hoje existem judeus em, praticamente, todas as nações da Terra.
Esses autores esforçam-se por mostrar que não foi meramente por si próprios que eles retornariam das terras para onde se viram forçados a ir, mas porque o Senhor Elorrim (Criador) declarou que Ele se lembraria do Concerto ou Aliança que fizera ¨com seus antepassados¨. Isto está inserido num profundo contexto teológico na Bíblia, em Romanos 9,10 e 11. Qualquer que seja o ponto de vista ou o ângulo de visão sobre o assunto – Israel natural e espiritual – os leitores deveriam estudar cuidadosamente as páginas de 189 até 218 que cobrem, de modo tão completo, este assunto da eleição de Israel e o relacionamento dos gentios para com os judeus, e da comunidade Israelita, tanto no tocante ao natural quanto ao espiritual. As referências dos autores no campo bíblico, bem como no secular, são muito apropriadas e particularmente boas.
O capítulo XI trata não apenas das promessas feitas aos judeus, mas também aos árabes, sendo estes dois grupos descendentes diretos de Abraão e sua posteridade, a quem as promessas foram feitas.
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De fato, o que é tratado ali, com respeito aos povos árabes, é de vital interesse hoje.
Para mim, uma das partes mais interessantes deste livro é a que trata sobre o Tempo dos Gentios. Seis ou sete vistas diferentes desta frase são encontradas naquele grande sermão escatológico que lemos em Lucas 21, Mateus 24 e Marcos 13. A própria expressão que encontramos em Lucas 21:24 ¨O tempo dos Gentios¨, implica em que houve também em tempo reconhecido como ¨O tempo dos Judeus¨. Quando terminou ¨O tempo dos Judeus¨ e quando começou ¨O tempo dos Gentios¨? E quando deveriam estes tempos terem seu fim? Estas são perguntas com as quais certamente se preocupam todos os estudiosos. Não deixe de acompanhar o desenrolar extraordinariamente interessante deste assunto.
A grande profecia de Ezequiel 37, a visão do vale de Ossos Secos, exercitou a habilidade dos pregadores durante mais de 2.000 anos. Qual o seu significado? Refere-se ela à ressurreição do fim do Mundo? Refere-se tal profecia a isso ou alguma outra coisa? Ou será que ele se refere somente a alguma outra coisa? Esta profecia recebe todo um capítulo, tanto de informações como de desafios.
O capítulo As montanhas de Israel, tanto é de raro teor, assim como sua leitura é irresistível. Não deixe de ler a Mensagem de Masada que, realmente, é uma parte emocionante da história e está relatada de maneira fascinante. Masada é uma montanha de topo achatado com pouco mais de 450m de altura e está situada a sudoeste das margens do Mar Morto. Herodes, o Grande, transformou-a numa fortaleza inexpugnável para que servisse de refúgio para si e sua família, em caso de guerra. Armazenou ali tamanhas provisões de alimentos e água que, praticamente, era impossível desaloja-lo no alto daqueles enormes penhascos. Entretanto, enquanto Herodes viveu, nunca veio a ocorrer nenhuma grande crise que o obrigasse a refugiar-se ali.
Os autores mostram como foi que, quando da ocupação da Palestina pelos romanos, os soldados, em obediência às ordens de Roma, mais tarde se aquartelaram naquela fortaleza que, situando-se num plano mais alto que a região circunvizinha, servia-lhes de ponto estratégico.
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As relações políticas estavam ficando cada vez mais tensas entre o patriótico povo da Palestina e o grande chefe romano, na Itália. Só faltava uma centelha para acender a fogueira da guerra. Isso aconteceu quando irrompeu um distúrbio entre os gregos de Cesaréia e os judeus, resultando no massacre de 3.600 judeus no ano 66 D.C. Um pouco mais tarde, alguns arrojados jovens judeus, considerando-se heróis e patriotas, certa noite subiram secretamente ao topo de Masada. Surpreendendo os guardas romanos, lançaram-se sobre eles e os mataram e quando a notícia chegou a Roma, um outro exército romano partiu em direção à Judéia. Cerca de mil homens que haviam conseguido escapar do cerco de Jerusalém, ofereceram sua última resistência nas alturas rochosas de Masada. Toda esta espantosa história está relatada neste capítulo, com referências á sua parte no assunto geral do livro. Este é um pano de fundo do qual muitas vezes sentem falta os estudiosos da Bíblia em relação à queda de Jerusalém.
Este capítulo está repleto de observações de grande riqueza espiritual e histórica e conduzirá o leitor a um estudo mais profundo da Palavra de Elorrim, quer aceite todos os pontos de vista dos autores, quer não. Em sua interpretação profética, os autores procuram seguir uma regra muito cautelosa: ¨Toda linguagem escrituristica deve ser tomada literalmente, a menos que exista alguma boa razão para se supor que seja figurada; e tudo que é figurativo, deve ser interpretado por aquilo que é literal¨.Este é o pensamento do Dr. David L. Cooper, escritor moderno, em seu livro quando os exércitos de Gog se Defrontarem com o Todo-Poderoso na terra de Israel (publicado pela Bíblical Research Society, em Los Angeles, 1940): ¨Quando o sentido claro das Escrituras faz senso comum, não procure outro sentido; portanto, tome cada palavra no seu significado literal, comum, geral e primário, a não ser que os fatos do contexto imediato, estudados à luz de palavras relacionadas e verdades fundamentais e axiomática, claramente o indiquem de outra maneira ¨de outra maneira¨ Os autores deste livro ponderam que, quando esta regra é ignorada, chega-se a pontos de vista limitados e infelizes.
Desejaria dizer algumas palavras acerca do trabalho destes homens. Eles despenderam muito tempo pesquisando o assunto em grande profundidade. Qualquer pessoa que aprecia a leitura de um trabalho cuidadosamente elaborado e um livro bem preparado, também apreciará a
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leitura deste. Eles se mantêm fiéis às palavras verdadeiras das Escrituras e reproduziriam declarações confirmativas da história fidedigna, assim como das obras de escritores, tanto antigos como modernos. Todos os estudiosos e especialistas cautelosos darão grande valor a esta obra.
Ao lerem este livro, algumas pessoas naturalmente perguntarão: ¨Que me dizem do futuro?¨ O Israel natural tem, na verdade, um espaço no plano do Eterno? Uma coisa é certa: Israel está aí. Muito embora alguns teólogos gostassem de que a nação não existisse ou que fosse embora de lá, em virtude de seus pontos de vista, Israel, porém, não irá embora, a menos que seja levado à força. Não podemos saber todos os detalhes que o futuro nos reserva. Não nos cabe saber senão aquilo que foi falado por Elorrim e, nas páginas deste livro, a Palavra de Elorrim é exposta de maneira clara. Mesmo quando trata do controvertido assunto do Armagedom, percebe-se que existe isenção de dogmatismo e é feito um apelo constante à Palavra de nosso Criador(Elorrim) como autoridade suprema. Aí está uma abordagem sem igual, com excelentes sugestões.
As últimas quarenta páginas emocionarão e desafiarão o leitor, pois, aqui, o quadro escriturístico de Israel é descrito em linguagem inconfundível,, de acordo com os pontos de vista destes dois talentosos escritores. Está iminente o grande dia do poder do Elorrim de Israel, quando o Espírito de Elorrim será derramado sobre toda carne e isso agitará o mundo, inclusive Israel.
Quaisquer que sejam os seus pontos de vista no que diz respeito a certos detalhes da profecia, quando o leitor começar a ler este livro ou quando tiver terminado de lê-lo, sem dúvida saberá muito mais sobre o assunto do que antes da leitura. Os autores insistem, portanto, que estes fascinantes capítulos, especialmente O Israel Espiritual Definido por um Rabino Ilustre, recebam um estudo cuidadoso e este seja acompanhado de muita oração. O manejo deste delicado assunto pelos autores é o melhor que já vi. É verdade sadia e maravilhosa.
A descrição do quadro d Israel, na eternidade, pelos profetas bíblicos sempre emocionou e inspirou o povo de Elorrim. E, quando os lemos e relemos à luz dos fatos expostos neste livro, percebemos que os autores têm a convicção de que seremos inspirados mais do que nunca e seremos
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levados a dizer: ¨O que operou Elorrim?¨ Quanto a mim, apreciei imensamente a excelente abordagem exegética feita pelos autores.
Pelo que sei, cada um dos capítulos deste livro traz interessantes informações e conhecimentos incidentais que não são encontrados em qualquer outro livro. Observe estes títulos: Capítulo XII – Cada Judeu, um milagre; Capítulo III – A Extraordinária Riqueza Mineral de Israel; Capítulo IV – Mais Desenvolvimento na Terra de Israel; Capítulo V- O Desenvolvimento Agrícola de Israel à Luz das Escrituras, Israel e o Armagedom, Gog e Magog em Comfronto com o Elorrim de Israel. Neste livro, encontrará o leitor novas idéias e novos pontos de vista de grande interesse que o conduzirão a mais estudos, mais interesse, mais bênçãos.
Ao ler os diversos capítulos deste livro, se você encontrar coisas nas quais nunca pensou antes, não as rejeite por constituírem novidade. Ou, caso você encontre coisas diretamente opostas aos seus pontos de vista pessoais, não se recuse a lê-las. Antes, estude-as e, em especial, ore, pedindo luz para compreende-las. Seja como for, a leitura do livro só nos fará bem. Não deixemos de ler a Declaração da Independência de Israel, que é encontrada na parte do apêndice. Trata-se de um documento histórico e inspirador e ajudará o leitor a saber mais sobre a situação de Israel. Sugiro que o leitor se aplique à leitura. Isso tornará as coisas claras.
Apreciei imensamente ter feito a leitura e revisão do manuscrito. Trouxe-me uma grande benção e fez com que me sentisse compelido a pesquisar mais profundamente toda esta questão. Foi uma alegria para mim ter tomado parte neste trabalho.
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Dr. Kenneth L. Vine, PhD.
Há milênios que o Oriente Médio é o centro de grande parte das atividades e atenções do mundo. Foi aqui que Noé e sua família, logo após o dilúvio, começaram a repovoar a Terra. Foi aqui, portanto, que os vestígios das mais antigas cidades e civilizações seriam encontrados. E foi aqui que o Elorrim do céu escolheu um homem, Abraão, por causa da sua fé, obediência e confiança, e disse: ¨Em ti serão benditas todas as famílias da Terra¨(Gênesis 12:3).
E foi neste fascinante lugar que as grandes nações como a Assíria, Egito, Babilônia, Medo-pérsia, Grécia e Roma desempenharam o seu papel no palco do deslumbrante, mas sórdido panorama da história da terra. Porém, mais especialmente, foi aqui que Elorrim estabeleceu um povo que Ele chamaria ¨meu povo¨ (Êxodo19:5,6, Deuteronômio 7:6 e 14:2, etc.), ao qual deu uma desafiante comissão (Gênesis 18:17-19, etc.) e, através do qual, o Messias haveria de vir.
Foi um Privilégio, para mim trabalhar durante dezessete anos nesta região, que é repleta de desafios e coisas interessantes; sondar o passado por meio de cuidados e pormenorizada pesquisa através de suas relíquias, monumentos e costumes e estudar a atual e trágica situação que prevalece entre os dois povos-irmãos.
Como arqueólogo, posso testificar da enorme quantidade de material que veio aclarar e confirmar a validade das Escrituras. Foi para mim um privilégio promover escavações em diversos locais citados pela Bíblia no Oriente Médio. Um deles é a antiga cidade de Ai (sob a direção do Dr. Joseph Callaway do Seminário Teológico de Dallas), onde os antigos israelitas tiveram sua primeira derrota por ocasião da conquista de Canaã, depois de cruzar o rio Jordão (Josué 7) e Cesaréia, a principal cidade de Herodes, o Grande, (sobre a direção do Dr. Robert Bull da Drew University). Foi nesta última cidade onde a animosidade entre os pagãos e a
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população judaica atingiu seu ponto culminante em 66 D.C., quando os sírios trucidaram a maioria dos judeus da cidade. Este fato acendeu o estopim daquela que foi realmente a Primeira Revolta Judaica contra o dominador romano e que, virtualmente, terminou em 70 D.C. com queda e destruição de Jerusalém pelas forças romanas, sob o comando de Tito
Desde aqueles dias até 1967 de nossa era, Jerusalém esteve fora de controle judaico, exceto durante o curto período de rebelião de Bar Kochba de 132 a 135 D.C. Surgiu, então, a pergunta se tudo isto tem ou não o seu lugar na profecia bíblica. Está nos planos de Elorrim o estabelecimento do moderno Estado de Israel? Em que parte há – se é que existe alguma – a presente contenda e os distúrbios do Oriente Médio que possam levar o mundo à batalha final do Armagedom?
Em minhas aulas sobre bíblia e arqueologia na Universidade, procuro dar ênfase à importância do Oriente Médio e os significados dos acontecimentos dos dias atuais. Inúmeras pessoas não compreenderam inteiramente o estreito relacionamento que existe entre Israel e muitos escritos bíblicos, como a Epístola aos Romanosl.
Em minha concepção, o escritor (Paulo) assevera que, todos aqueles que esperam ter um lugar no Reino eterno de Elorrim, devem fazer parte do Israel Espiritual. No contexto em que se dará o clímax final da história humana, quando vieram os juízos de Elorrim, devemos lembrar que a nossa preocupação não deve estar no fato de determinados povos ou nações estarem em conflito, mas no fato de que tudo terminará num clímax de um mundo em revolta contra um Elorrim de amor, com os justos de um lado e os ímpios do outro.
Que este livro, de autoria de dois excelentes especialistas e professores das Escrituras Sagradas, possa servir de desafio ao leitor para que pesquise, em maior profundidade, a verdade das Escrituras e, para que se decida, pela graça de Elorrim, a estar do lado direito durante o conflito final.
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O surgimento do Estado judeu em 1948 pegou o mundo de surpresa, porque, durante séculos, os judeus haviam sido abandonados, ao longo da História, como parias e desterrados, levados incessantemente pelos caminhos da aflição, sem a esperança de, um dia, voltarem ao seu período de grandeza. Então, eis que subitamente este povo desprezado, após o aperfeiçoamento de sua organização, proclamou sua Independência Nacional em Tel Aviv. Embora muitas pessoas, durante anos, tenham insistido em que os judeus nunca retornariam à terra de seus pais e, muito menos, que haveriam de tornar-se uma nação poderosa, tendo Jerusalém como capital . Por quê?
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A história desta antiga cidade mostra-a resistindo às tempestades trazidas pelos vendavais dos milênios, com devastações neste pequeno país cujos muros e edificações colocaram abaixo, reerguendo-se, repetidas vezes, das cinzas da derrota, para, novamente, proclamar sua mensagem ao mundo. Até mesmo os inimigos dos judeus observam, com surpresa e admiração, sua tenacidade e perseverança em existir como um povo. Durante sua longa história de cerca de 4.000 anos de existência, os Judeus nunca perderam o ânimo, nem jamais foi sua fé despedaçada. A despeito dos milhões de mortos por mãos de assassinos e queimados pelos massacres do ódio, os judeus ainda estão entre nós.
A história de Jerusalém e a pátria que ela simboliza, é a terra não somente de um povo, mas de toda a área do Mediterrâneo. E, ainda mais, essa história faz a previsão do futuro do mundo. Este é o tema central deste livro e, como autores, nós procuramos apresentar um quadro exato da história e do destino de Israel. Os fatos expostos neste livro são o resultado de décadas de pesquisas e observações pessoais in loco.
Muito embora estruturas políticas e econômicas divergentes pratiquem hoje uma segregação contra Israel, ainda assim Israel mantém relações diplomáticas e consulares com mais de cem países em todos os continentes, alguns dos quais pertencentes a blocos inteiramente diferentes. Como membro das Nações Unidas que tem por objetivo uma solução amigável de todas as divergências internacionais, garantindo um desenvolvimento justo e proveitoso a todos os povos do mundo. Muito embora o assunto central deste livro se relacione primordialmente com Israel, os autores igualmente fazem referência aos seus vizinhos – os Árabes – pois eles, também, são uma parte da posteridade de Abraão, a quem Elorrim, também, fez promessas bem definidas.
A grande pergunta hoje é: Como pode o relacionamento nestas áreas resistir à tensão destes tempos tumultuosos? Como será o futuro para judeus e árabes, território e povos? Somente os anos futuros a isso poderão responder; entretanto, os profetas da antiguidade deixaram claro o propósito de Elorrim para com Israel e para o mundo inteiro. Declarações bíblicas inequívocas, vistas à luz da história antiga e de atual, são expostas na presente obra.
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Um importante objetivo nesta obra é auxiliar, tanto aos nossos amigos judeus como aos cristãos, a compreenderem o significado daquilo que está acontecendo na Terra de Israel. Um dos próprios autores é judeu. Naturalmente que ele tem um profundo interesse por seu próprio povo. Consequentemente, as páginas deste livro podem ser lidas com absoluta e real segurança por qualquer membro da comunidade judaica, como também por qualquer cristão.
Mesmo havendo divergentes pontos de vista em relação à situação de nosso mundo, todos compreendem que a humanidade hoje encontra-se na encruzilhada da História. No peito de cada ser humano existem idéias de prosperidade e mesmo de redenção eterna; todavia o homem atual tem em suas mãos ferramentas por meio das quais pode aniquilar toda a civilização. E, enquanto a História avança rumo ao seu desfecho final, muitos judeus perguntam-se vacilantes se, como nação, foram vítimas de uma grande ilusão ou, perguntamos nós: são eles atores desempenhando seu papel no palco de uma missão divina?
Desde sua origem, o Movimento Nacional Judaico procurou conseguir um território que fosse publicamente reconhecido por todos, garantido e protegido por lei para ser o domicílio da nação que deveria tornar-se um centro para o futuro desenvolvimento cultural, tanto de árabes como de judeus. Os líderes destes dois povos-irmãos, no principio, aguardaram ansiosos por esse convívio lado a lado, para que pudessem compartilhar e usufruir das mesmas oportunidades e dos mesmos direitos fundamentais. Mas, muitos frequentemente, a fumaça das hostilidades tem obscurecido os reais objetivos deste convívio, dando ao mundo uma idéia distorcida da realidade.
Que os líderes árabes compartilharam destes objetivos nos primeiros anos que se seguiram à 1ª Guerra Mundial, podemos entender claramente através da declaração feita pelo Rei Hussein, de Hejaz. Em 3 de janeiro de 1919 declarava ele: ¨Nós vimos os Judeus chegando à Palestina em grande número, provenientes da Rússia, Alemanha, Áustria, América. . .A causa ou as causas não poderiam escapar àqueles àqueles que tiveram a dádiva de um discernimento mais profundo; eles viram que o pais era, para os seus filhos verdadeiros, apesar de todas as suas diferenças, uma pátria sagrada e
querida¨.
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Uma declaração do acordo foi concluída nos termos da Declaração de Balfour na Conferencia de paz de paris entre o seu filho, o Emir Feisal, chefe da Delegação Árabe e o Dr. Chain weizmann, representando o povo judeu. Nos termos desse acordo, ficava destinado um território separado para a entidade judaica que o então eminente Estado Árabe reconheceria. A tragédia é que esses termos foram tantas vezes violados, que o mundo já quase não se lembra de que um dia eles existiram.
O anti-semitismo de qualquer parte do mundo, ou sob judeu sua fidelidade à visão que possui de um destino planejado pelo Elorrim de Israel. A despeito do fato de que racionalista judeu do século XX perdera, em grande parte sua fé no tipo de Messias por quem seus antepassados esperaram e oraram, mesmo assim, dentro do coração de cada judeu, ainda pulsa o conceito messiânico. Nem a lógica, nem a ciência e nem filosofia alguma conseguiram roubar-lhe a crença de que estavam sob uma firme direção divina. Arthur Herzberg cita as impressionantes palavras de Bem Gurion: ¨Creio em nossa superioridade moral e intelectual, em nossa capacidade para servir de modelo para a redenção da raça humana. . . A glória da presença divina está dentro de nós, em nossos corações e não em nosso exterior¨ (The Zionist Ideal pág. 94).
Em sua fascinante obra – Meu Povo – Abba Eban, Ministro do Exterior de Israel, comentado por um crítico da imprensa e considerado como ¨uma mistura de Shakespeare e Churchill¨, encerrou suas reflexões sobre a situação atual com estas palavras:
¨Ao fim de uma geração, marcados pela guerra e alimentados por muito triunfo, alguns dos valores genuínos de Israel estão sendo questionados...Será que a tentação do bairrismo e da indifirença serão vencidos por meio de apelo a um legado judaico, que é universal no espaço e eterno tempo? Esta tensão entre a peculiaridade nacional e uma ampla visão universal, constitui uma característica ao longo de toda uma História Judaica de Israel, não a de assegurar o eclipsamento total de um pelo outro, mas, sim aproxima-los em aliança criativa¨. (My Country: The Story of Modern Israel, New York: Random House 1972, page. 298 ).
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O centro da geografia Bíblica é jerusalém; a chave para toda a nossa compreensão dos antigos profetas é Israel. A História mostra os judeus sendo arremessados, como que por uma catapulta, de um civilização para outra, em seguida, sendo varridos para longe de sua Pátria, até os confins da Terra, e agora ela nos mostra o seu retorno novamente à terra de seus pais. Mas, o que lhes reserva o futuro? ¨Enquanto os judeus permanecerem fiéis aos princípios éticos da Torah (Lei) e a ideologia dos profetas¨, diz Max Dimont, ¨eles permanecerão indestrutíveis¨.
Num grande esforço para auxiliar o leitor a compreender a história deste povo, apresentamos agora os capítulos que seguem, orando para que o Espírito do Elorrim Vivo, o qual sentimos ter sido nosso guia, não só em nossas pesquisas como também em nossos escritos, possa conduzir o leitor a uma compreensão mais clara do Seu eterno propósito.
Considerando que muitas regiões do Oriente Médio citadas na profecia, bem como a geografia daquela parte do mundo receberam espaço nas páginas deste livro, nós, como autores, reconhecemos perfeitamente que este assunto é muito mais amplo e vasto, que um único volume não esgotaria integralmente a amplitude do tema. Rogamos, pois, aos nossos leitores que examinem com muita oração, aquilo que passamos a apresentar nesta obra.
Estendemos nosso reconhecimento e a nossa gratidão aos muitos autores de cujas publicações nós nos servimos para citações e a todos aqueles que nos auxiliaram, estimulando-nos a produzir esta obra com alegria.
Roy Allan Anderson
Jay Milton Hoffman
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CAPITULO I
O PAPEL DE ISRAEL NA HISTÓRIA
Desde que os exércitos romanos destruíram Jerusalém no ano 70 D.C., a terra de Israel passou a se constituir num problema. É estranho que uma pequena faixa de terra, pouca coisa maior que o Estado de New Jersey, pudesse assumir tal importância. Mais estranho, ainda, é o fato de que um povo numericamente insignificante, exerça tamanha influência no mundo. Isso tudo é deveras estranho, mas estas dúvidas todas desaparecem, quando passamos a estudar os profetas hebreus.
Ninguém pode entender bem os judeus sem antes compreender a Bíblia. Alguém disse muito acertadamente: ¨Israel é tanto um Estado, como também, um estado de espírito¨. O nome Israel teve sua origem naquela noite, que do Jacó lutou com o anjo do Senhor, como se encontra registrado em Gênesis 32:24-28. Depois dessa experiência, o patriarca já não deveria chamar-se Jacó, mas Israel, que significa ¨aquele que é governado por Elorrim¨, isso nos leva a concluir que o nome Israel é realmente um nome espiritual.
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Por 2.000 anos os judeus encontraram-se numa tremenda luta por sua sobrevivência como um povo. Forças terríveis tem-se atirado contra este povo. Tiranos e impiedosos, ao longo dos séculos, tomaram a decisão de extermina-los. Muitas destas nações do passado que desejavam o extermínio dos judeus ou desapareceram da face da terra, ou foram absorvidas; sua identidade foi perdida. Mas os judeus ainda estão entre nós (nem foram absorvidos, nem perderam sua identidade).
Em função do importante papel que foram destinados a desempenhar no mundo, Elorrim os colocou numa posição geograficamente muito estratégica. Na época em que seus antepassados foram libertos da escravidão do Egito e se tornaram uma nação, Moisés, o seu grande profeta-libertador, afirmou uma grande verdade por meio destas palavras:
¨Quando o Altíssimo distribuía as heranças às nações, quando separava os filhos dos homens uns dos outros, fixou os termos dos povos conforme o número dos filhos de Israel¨(Deut. 32:8).
O mundo deve muito aos hebreus. Eles já possuíam uma literatura antes mesmo que alguns outros povos possuíssem cultura literária. Quando Elorrim chamou a Abraão prometeu-lhe o Senhor que faria de seus descendentes uma grande nação e que, através dele seriam abençoadas todas as nações da Terra (Gênesis 12:1-3). Seus descendentes, mais tarde, foram forçados pela seca a emigrar para o vale do Nilo e sua posteridade, eventualmente, tornou-se uma nação de escravos dos egípcios.
Associando a condição de estadista com sua visão profética, Moisés, hebreu de nascimento e também treinado e educado como príncipe egípcio, conduziu seu povo para a liberdade. Quando chegaram à base do Monte Sinai, eles receberam sua divina comissão. Mas antes que pudessem ser usados como instrumentos de Elorrim para levara ao mundo as novas de salvação eles tinham que ser modelados e testados. Assim, do metal bruto que era, este povo semita foi inicialmente cadeado em união pelo calor das chamas da guerra, colocados na bigorna dos tiranos e amoldados pelos seus golpes e, mais tarde, mergulhados, para esfriamento, nas águas do exílio. E
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agora, então,como o aço temperado, aparecem eles em cena para executar um trabalho especial para Elorrim e para a humanidade.
O famoso e livre-pensador, H. G. Wells que, certamente, não era judeu, nem membro de qualquer outro grupo religioso, declarou positivamente que, em todos estes últimos séculos, ¨um povo que se manteve unido por causa da Bíblia... e isto poriam fazer, porque haviam coligido e guardado esta sua literatura. Não foi tanto os judeus que fizeram a Bíblia, mas a Bíblia é quem fez os judeus.
Os judeus foram uma coisa nova, um povo... mantidos unidos e consolidados dos elementos heterogêneos por nada mais que o poder da Palavra Escrita.
Não somente uma nova espécie de comunidade, mas um novo tipo de homem entra na história com o desenvolvimento dos judeus...
Os profetas hebreus... marcam a aparição de um novo poder no mundo, o poder do apelo moral do indivíduo¨ (A Short History of the World, págs. 123-126).
Dentre aqueles profetas, nenhem foi mais importante do que Isaias. Através dele o Senhor disse: ¨Tu és o meu servo, és Israel por quem Hei de ser glorificado...Também te coloquei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da Terra¨ (Isaias 49:3-6). Lemos outra vez ¨Pus o meu espírito sobre ele; juízo produzirá entre os gentios¨, ou, como traduz Moffatt, Isaías 42:1: ¨Para levar a religião verdadeira a todas as nações¨.
Tal era o divino propósito que Elorrim estabelecera para este povo. A salvação nunca ficou restrita a uma única nação, mas foi estendida a todas as nações Novamente lemos:
¨Assim diz o Senhor Elorrim que ajunta os dispersos do seu povo Israel; ainda ajuntarei outros aos que se lhe ajuntarem¨(Isaias 56:8).
Sim, os hebreus fora comissionados para serem os depositários da mensagem de salvação de Elorrim até os mais distantes confins da Terra.
Privilégios, entretanto, sempre implicam em responsabilidades. Moisés estabeleceu esta situação mui claramente em Deuteronômio, capítulo 28, onde ele apresenta a lei das Bênçãos e dos castigos. Se eles
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fossem obedientes a Elorrim e guardassem seus estatutos, seriam uma benção para todos os povos. Mas, se desobedecessem, eles seriam expulsos e espalhados entre todas as nações.
Quando o exército romano, liderado por Tito, invadiu a Palestina no ano 70 D.C., sua conquista impôs o jugo completo de seu domínio a toda a nação. O templo e partes da cidade foram destruídos. Então, sessenta e cinco anos mais tarde, o que restava de Jerusalém havia sido posto por terra e os judeus muitos foram mortos ou vendidos como escravos. Assim, cumpriu-se a profecia de Moisés em deuteronômio 28. Ele profetizou:
¨E o Senhor vos espalhará entre todos os povos, desde uma extremidade da terra até à outra extremidade¨ (verso 64). ¨O Senhor levantará contra ti uma nação de longe... que voa como águia, nação cuja língua na entenderás¨(verso 49).
Esforços foram feitos, alguns anos mais tarde, por alguns líderes judaicos para assegurar a independência dos judeus e retomar o controle de Jerusalém. Bar Kochba, que foi aclamado como um falso Messias, por exemplo, liderou um esforço desesperado que durou todo o período de 132 a 135 D. C., na rebelião contra as forças de ocupação romanas. Quase conseguiu êxito. Foi necessária uma guerra longa para abafar a rebelião. O Imperador Adriano, finalmente, sufocou o levante e destruiu totalmente a cidade. O Dr. E. W. Bullinger disse: ¨Tão grande foi o alívio que Roma experimentou com a supressão de Jerusalém e dos judeus que, nas festas de Roma, tornou-se comum, entre os soldados que retornavam da luta, o brindar com o seu ¨slogan¨ de vitória Hierosolyma est perdita! ¨Jerusalém está destruída¨. Também assinala ele que os romanos tomaram a primeira letra de cada palavra e formaram uma outra palavra. E exaltados gritavam: Hep! Hep! Hurrah! Expressão ainda usada entre nós, embora sua origem há muito tempo haja sido esquecida.
Para comemorar a vitória, a área onde se situava o templo dói arada e um outro templo, em homenagem a júpiter foi construído exatamente no mesmo local. Depois, quando os Maometanos ocuparam a Palestina, eles erigiram, no ano 691 D. C., a Cúpula da Rocha, às vezes chamada de Mês quita de Omar, por engano, e também a Mesquita Al-Aksa no ano de 693 D.C., essas Mesquitas são dois dos seus mais importantes centros
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espirituais do mundo Islâmico. Elas aninda ocupam o local sagrado onde ficava o Templo de Salomão.
Durante a sucessão dos séculos, os judeus foram considerados por alquns como bodes expiatórios das nações. Foram culpados de qualquer tragédia que acontecia. Eram considerados como a escória da Terra. Forçados a circunscreverem-se nos guetos, levavam, em penúrias uma patética existência.
O quadro que Lord Byron pinta deste povo oprimido nos dá esta descrição:
Tribos que vagavam sem destino, a passo errante e peito cansado. Como haveremos de fugir e conseguir descanso? A pomba tem seu ninho, a raposa, o seu covil.
Da humanidade cada povo tem sua pátria – mas Israel, só a sepultura.
Não obstante tudo isso, eles estavam cumprindo as palavras de um outro profeta hebreu que disse: ¨O povo habitará sozinho e não será reconhecido entre as nações¨(Números 23:9).
Povos que formam grupos minoritários, quando espalhados entre grupos maiores, geralmente são assimilados; mas o povo judeu nunca foi completamente absorvido por qualquer nação. Semelhante ao Gulf Strem, eles se misturaram entre as pessoas, mas nunca perdem sua identidade. Mesmo nos Estados Unidos ¨o melting pot nas nações¨, os judeus ainda são um povo distinto - eles não entram nesta fusão das raças. O deão Inge da Catedral de S. Paulo, em Londres, disse uma grande verdade durante a perseguição de Hitler aos judeus, quando afirmou: ¨Os judeus sempre sobreviveram para assistir ao sepultamento dos seus inimigos¨. Tal qual uma ilha no no mar, este povo tem resistido a todas as tempestades e a todas as marés. Mas as tempestades passaram e eles, entretanto, aí estão. Durante os trágicos dias da II Guerra Mundial parecia haver pouca esperança de que pudessem sobreviver, pois a perseguição havia atingido as gigantescas proporções de um maremoto. Hitler subiu ao poder num momento de avidez insaciável e em meio a uma onda torrencial de oratória
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demente. Ele passou à história como sádico e assassino. Mas os judeus ainda estão entre nós.
Um dos próprios escritores judeus, Michael Beers, em eloqüentes palavras, faz vigorosa exposição do seu pensamento sobre tudo isso:
¨Desafiando todos os tipos de tormentos – a angústia da morte, e a mais terrível angústia da vida – termos resistido à fúria das tempestades do tempo que na sua passagem, varre, sem distinção, povos, religiões, países ... Somente nós fomos poupados das mãos insensíveis do tempo, tais quais uma coluna abandonada em meio aos escombros de mundos e as ruínas da natureza. A história do nosso povo liga os dias atuais com as primeiras eras do mundo... Ela começa no berço da humanidade; e, muito provavelmente, deverá ser preservada até ao próprio dia da destruição universal¨
Ora, porque tudo isso? Que têm eles de singular com tamanha capacidade de adaptação e tanta versatilidade? Espezinhados e oprimidos como foram e continuam a sê-lo, parecem sempre ajustar-se ao meio ambiente para onde são conduzidos, seja qual for. A razão disso poderia residir no fato de que, em seus corações, sempre houve a esperança de que regressariam à sua pátria outra vez. O destino desse povo foi claramente delineado pelos seus profetas. O historiador H. G. Wells, já citado anteriormente, afirma com clareza:
¨Não foram os judeus que fizeram a Bíblia, mas a Bíblia quem fez os
judeus¨.
A capacidade de Israel para sobreviver e adaptar-se às mais diferentes situações, é um cumprimento cabal das profecias bíblicas. Mas, qual é o plano de Elorrim para este povo? Qual será seu destino final? Responder a essas e muitas outras perguntas é o propósito deste livro.
Atualmente estão surgindo muitos escritos sobre os judeus e, muito daquilo que sobre eles se escreve, não poderia nunca passar pelo teste de ¨repartir corretamente a palavra da Verdade¨. Tome-se como exemplo de fundamental importância, o grande sermão do Monte das Oliveiras. Os
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detalhes concernentes à futura destruição de Jerusalém pelos romanos e a dispersão do povo judeu, foram claramente preditos. Isto aconteceu nos anos 70 D.C. e 135 D.C. A predição proferida pelo profeta Daniel de que um dia ¨a abominação da desolação¨ ¨estaria no lugar santo¨, foi cumprida.
Nas mentes daqueles ouvintes não ficou nenhuma dúvida quando ao significado daquelas palavras, pois suas atenções voltaram-se para as profecias de Daniel. Observe a clareza destas palavras:
¨Quando pois, virdes a abominação da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda). Então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes; quem estiver no eirado não desça para tirar da casa alguma coisa; ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias! Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno e nem no sábado (Mateus 24:15-20).
Esta profecia a respeito de ¨a abominação da desolação¨, estar ¨no lugar Santo¨ foi inteiramente cumprida, quando as tropas romanas, comandadas por Céstio, conseguiram enfraquecer as bases e puseram abaixo os muros de Jerusalém e, penetrando na cidade levaram os estandartes romanos para dentro do templo, colocando-os bem no interior do recinto sagrado.
Descrevendo o acontecido, disse Phillip H Gosse:
¨Exatamente no auge daquela crise (o general romano) retirou-se sem qualquer razão plausível, quando, em uma ou duas horas, poderiam fazê-lo senhor incontestável da cidade. Céstio subitamente reagrupou todo seu exército e retirou-se para fora dos muros da cidade. O ato do general romano foi tão inexplicável que o historiador judeu que o registra, perde-se em admiração por esse fato e é forçado a reconhecer a interferência imediata de Elorrim¨(history of the Jews, Phillip Henry Gosse, 1851).
Mais adiante ele enfatiza que foi a retirada de Céstio que ¨abriu uma súbita e breve de fuga¨ para aqueles que acreditaram na advertência.
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¨Muitos fugiram para as montanhas da Peréia, dalém do Jordão e outros para as vastidões do Líbano¨. Isto ocorreu em 70 D.C.
Durante cerca de 40 anos o povo de Elorrim, que vivia na Judéia, havia orado para que sua fuga ¨não se desse no inverno, nem no sábado¨ (Mateus24:20). E como foram maravilhosamente respondidas suas orações, pois o ataque feito pelos romanos não veio no inverno, mas durante o mês de outubro*. E foi numa sexta-feira, dia 30 do mês de Tisri** que Céstio ¨tomou a cidade baixa e sitiou o palácio¨. A história revela que o cerco durou cinco dias, e o quinto dia, conforme assinala Gosse, seria terça-feira. No dia seguinte, uma quarta-feira, ele fez sua incursão no templo, colocando seus estandartes reais nos sagrados recintos do templo - ¨o lugar santo¨.
Mas então, de repente, reuniu seu exército e retirou-se. Desde aquela quarta-feira até o sábado seguinte ¨os judeus promoveram uma feroz perseguição ao inimigo em retirada até Antipatris¨(Ibidem, ver também Josefus, Guerras dos Judeus, Vol. II, págs. 640 e 641). Todos os detalhes que foram preditos, bem como certas profecias do livro de Daniel, tiveram seu cumprimento literal, dando maravilhosa confirmação à ¨firme palavra dos profetas¨(II Pedro 1:19). Nós gostaríamos de saber por que certos expositores da Palavra de Elorrim, aparentemente não fazendo caso dos fatos históricos, declaram que esta profecia ainda deverá cumprir-se em algum tempo no futuro. Alguns alegam que as profecias, às vezes, têm dupla aplicação. Com satisfação, nós admitimos isso. Mas qualquer que seja a interpretação secundária que possa ser possível, é essencial que reconheçamos sua aplicação primária. Efetivamente, a maior parte da profecia de Mateus 24 já se cumprira, item por item, durante a Guerra Judaica de 66-70 D.C. Mas alguns, negligenciando estes fatos históricos, têm-se aventurado em áreas de profecias ainda não cumpridas e, usando como fonte de explicação sua própria imaginação, invocam pretensões fantásticas para cumprimentos futuros que vão muito além das claras revelações das Escrituras Sagradas. Outros, durante muitos anos, declararam que os judeus jamais retornariam à sua pátria de origem e que Israel jamais haveria de tornar-se uma nação outra vez. Mas eles voltaram;
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Israel é hoje uma poderosa nação. Por quê? E qual é, se é que existe, o significado disso?
* N. do T.: Durante este mês a Palestina está em pleno outono.
**N. do T.: Primeiro mês do calendário judaico e que começa em fins de setembro ou inicio de outubro.
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Os fatos históricos apresentados nos capítulos que seguem, apontam para a necessidade de um cuidado muito especial no trato deste assunto. Já se publicaram, a respeito de Israel e seu futuro, coisas que, para dizer pouco, são lamentáveis e trazem em seu bojo pouca semelhança com o quadro verdadeiro que Elorrim apresenta tão explicitamente em Sua Palavra. Fatos realmente importantes deverão ainda ocorrer na terra de Israel, cuja evidência se pode inferir do estudo da profecia bíblica, mas é necessário que tenhamos a certeza de estarmos ¨repartindo corretamente a palavra da Verdade¨, tanto doutrinária como profeticamente. A Bíblia diz: ¨Quando Ele, o Espírito da Verdade, vier Ele vos guiará em toda a Verdade¨(João 16:13). Quão grande é a necessidade que temos hoje de sermos guiados pelo Espírito de Elorrim.
Tão verdadeiramente como os muitos eventos importantes que ocorreram dentro e ao redor de Jerusalém, deviam ser reconhecidos como sinais da destruição iminente pelos romanos em 70 D.C., da mesma forma os acontecimentos no Israel de hoje, pleno de progresso e do avanço tecnológico, são a chave para uma correta compreensão da tremenda profecia de que ¨Jerusalém será pisada pelos gentios até que os tempos destes se completem¨(Lucas 21:24). Quão relevantes são essas palavras de advertência: ¨Portanto, vigiai e orai sempre¨(verso 36).
E quantas coisas não há para vigiarmos nestes nossos dias! Aquela espantosa missão – Operação Thunderbolt – no Aeroporto de Entebe, Uganda, em 4 de julho de 1976, não somente salvou a vida de mais de 100 reféns condenados à morte, mas ganhou não só o respeito, mas também a admiração de todo o mundo civilizado. Todos nós fomos inteirados da coragem e da perícia dos israelenses, como diz Entebe¨: ¨Israel compreende, de uma certa maneira que nós outros não compreendemos, as dimensões e o futuro pavoroso do terrorismo internacional¨. O Rei Salomão expressou tal fato muito bem em Provérbios 24:5 e 6, quando disse: ¨Mais poder tem o sábio do que o forte, e o homem de conhecimento mais do que o robusto¨.
Passemos, agora, para a História do Israel de hoje.
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CAPITULO II
ISRAEL E A CRISE DE ENERGIA
O editorial do The Jerusalém Post - quarta-feira, dia 26 de setembro de 1973 – trouxe algumas reflexões sábias e realistas. Era véspera de Rosh Hashanah*5734(ano novo judaico, 5734=1973 de nosso calendário). Pouco sabia Israel que, antes de findar aquele dia, a nação estaria em guerra. ¨Existem graves problemas sobre os quais temos que refletir¨, escreveu o editor ( e nós acrescentaríamos, mais graves do que tinha conhecimento o próprio editor). Continuando, disse ele: ¨Para a maioria dos israelenses os próximos três dias, sem jornais, com relativamente poucas oportunidades de entrarmos para as ¨ultimas noticias¨, deveriam proporcionar-nos uma boa oportunidade para meditarmos em nosso passado, nosso presente e nosso futuro¨. Quanta verdade! Mas antes que muitos daqueles jornais chegassem ao seu destino, a Guerra do Yom Kippur estava no seu auge. Este é o mais sagrado dia do ano judaico. Por volta do meio dia, a nação estava lutando por sua existência em três frentes. ¨Violamos um único sábado a fim de podermos observar muitos outros sábados¨, foi assim que se expressou um escritor judeu.
O mundo inteiro sabe do resultado daquele amargo conflito. Embora a Guerra do Yom Kippur de 1973, tenha durado mais tempo que a Guerra dos Seis Dias, de 1967, os resultados foram igualmente funestos. Uma das mais importantes conseqüências desta última guerra foi a unificação das nações árabes no controle do grosso das reservas petrolíferas mundiais. Pela primeira vez na sua história, este povo descobrira o tremendo poder de barganha desse cobiçado produto. Foi de causar desapontamento, mas não surpresas, o fato de que, em novembro daquele ano, estas nações tenham reduzido sua produção de petróleo a níveis significativamente inferiores
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aos dos anos anteriores. Isto tinha a finalidade de colocar um embargo de petróleo às nações que apoiavam e davam assistência ao Estado de Israel, especialmente os Estados Unidos e Holanda. Alguns observadores estão já declarando que começou uma nova guerra, uma guerra econômica. E esta trará mudanças efetivas, afetando quase todas as nações industrializadas. Desta maneira, o Oriente Médio, nas últimas décadas, tornou-se o foco da atenção mundial.
A falta de gasolina ou a crise do petróleo está afetando tanto o estilo de vida como a prosperidade econômica, não somente dos Estados Unidos, mas num grau, ainda maior, da Europa e do Japão. Estes países dependem quase totalmente do petróleo importado. Sendo que as nações árabes são detentoras de aproximadamente 2/3 das reservas petrolíferas mundiais conhecidas, é fácil de se prever que haverá uma tremenda concentração de poder nestes países.
Em 1974, o petróleo russo totalizou 42 bilhões de barris, enquanto que o total americano foi de 36 bilhões de barris. Entretanto, a produção potencial de petróleo árabe é de 390 bilhões de barris! O Kuwait, um dos menores países, produz 74 bilhões de barris, enquanto que o Irã e o Iraque, juntos, totalizam 95 bilhões de barris. Mas, imagine a produção de Arábia Saudita – 137 bilhões de barris!
É verdade que os Estados Unidos possuem uma das maiores reservas petrolíferas e ainda não exploradas, de que se tem conhecimento; contudo, a utilização destas reservas envolve gastos tremendamente grandes e cria muitos problemas, como vemos no caso do Oleoduto do Alasca. É muito menos oneroso e muito mais fácil depender de petróleo importado, especialmente do Árabe, do que se proceder à extração de petróleo de áreas que oferecem maior dificuldade. O tempo também, é um fator importante. Sabendo disto e num esforço para frustrar a ajuda dada a Israel por nações amigas, os paises Árabes produtores de petróleo, subitamente diminuíram seus fornecimentos e, ao
*N. do T.: Os dados estatísticos são de 1973 à 1976, aproximadamente.
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mesmo tempo, exigiram que Israel se retirasse completamente de Jerusalém e de todos os territórios por eles ocupados e que caíram em seu poder em conseqüência de guerras recentes.
Para reforçar estas exigências e para impressionar o mundo sobre a importância de suas reivindicações, os paises árabes não somente reduziram os seus fornecimentos, mas também aumentaram tremendamente o preço do petróleo que, de repente, deu um salto de US$ 1 ou US$ 3 o barril para cerca de US$ 17 o barril! O custo do volume anual de petróleo exportado pelo Oriente Médio saltou de 15 bilhões de dólares para 89 bilhões de dólares. O “déficit” de suprimento associado ao descomunal aumento dos preços do barril de petróleo, naturalmente focaliza as atenções sobre Israel, fazendo com que alguns se interroguem sobre a possibilidade de uma nova onda de anti-semitismo. Uma coisa é certa, o Oriente Médio passou, de repente, de um salto, a uma posição dominante no mundo da indústria e do comércio. Possuindo, como de fato possuem, 2/3 das reservas petrolíferas mundiais de que se tem conhecimento, os vizinhos de Israel estão agora numa posição de fazer exigências desproporcionais quanto ao seu tamanho territorial e sua população.
Ao fazer-mos um retrospecto sobre os anos de um passado recente, podemos divisar coisas estranhas que resultaram dos quatro conflitos árabe-israelenses.Crescendo após cada uma das guerras – 1948, 1956,1967,1973 – Israel aumentou a extensão de suas fronteiras. Por exemplo, antes de 1967, Israel possuía cerca de 20.720 km². Mas depois daquela guerra, seu território estendera-se para 88.060km² e sua população havia duplicado. Mais importante ainda é o fato de que, após séculos, a cidade de Jerusalém voltou a ser novamente sua capital.
Comparativamente, Israel é ainda uma pequena nação com menos de 3 milhões de habitantes, enquanto que seus vizinhos árabes totalizam mais de ll0 milhões. Ainda que numericamente pequena, Israel, não obstante, é uma nação a ser respeitada, como bem o demonstrou em cada uma das guerras em que se viu forçada a lutar. A Guerra do Yom Kippur, de l973, teria, indubitavelmente, terminado de forma muito diferente caso as Nações Unidas não lhe houvessem feito pressão. O “cessar-fogo” exigido pelas Nações Unidas, sob especial pressão da Rússia e dos Estados Unidos, foi, na verdade, uma grande decepção para os líderes militares Israelenses, pois
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haviam planejado a defesa e pressentiam invasões, tanto do Cairo, como de Damasco e ficaram muito indignados com os líderes de seu governo por terem atendido à exigência de cessação das hostilidades.
Durante todos os séculos de andanças e vagueações, sem destino, os Judeus sempre acariciaram a esperança de um dia poderem retornar à terra de seus pais. Significativamente, durante as guerras de l956 e l967, a Rádio Jerusalém transmitiu continuadamente estas palavras do profeta Amós: “Mudarei a sorte do meu povo Israel. Reedificarão as cidades assoladas e nelas habitarão; plantarão vinhas e beberão o seu vinho, farão pomares e lhes comerão o fruto. Plantá-los-ei na sua na sua terra e, dessa terra que lhes dei, já não serão arrancados, diz o Senhor teu Elorrim”.
O mais casual dos observadores reconhecerá que esta promessa não poderia, possivelmente, aplicar-se ao retorno dos Judeus após o cativeiro babilônico, pois cinco séculos mais tarde foram eles desarraigados com violência da sua terra pelos romanos e espalhados entre todas as nações. Somente até o ano 70 D. C., quando os exércitos romanos forçaram os Judeus a sair de sua pátria, é que eles tiveram posse da Palestina. Mas, nos dias atuais, o quadro é diferente. Os Israelitas estão de volta à terra que o Senhor Elorrim dera em possessão a seus pais. A despeito de serem considerados os parias do mundo e apesar de serem expulsos, escorraçados, despojados e atormentados, este povo alimentou a esperança de que um dia haveria de retornar à terra de onde haviam sido expulsos. A grande pergunta agora, é: “podem eles manter e sustentar a posse da terra? Algumas pessoas estão querendo saber se as nações árabes vizinhas poderiam usar a crise do petróleo ou alguma outra futura crise para provocar e excitar o sentimento público de animosidade contra eles, de tal modo que sua permanência ali seja impossível.
O maior de todos os problemas, em qualquer acordo definitivo entre Judeus e Árabes, está, naturalmente, vinculado aos problemas dentro da própria Palestina. Sem entrar no mérito dos prós e dos contras desta enigmática situação, as nações do mundo deviam, não somente inteirar-se dos impasses que tal situação envolve, mas deveriam buscar uma solução justa que satisfizesse tanto aos Árabes quanto aos Judeus. No momento, é como uma ferida purulenta que parece desafiar todas as tentativas de se encontrar um remédio.
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Já mencionamos que, bem no fundo do coração de cada fiel judeu, tem existido a esperança de possuir, outra vez, a Terra Santa. Mas também, no fundo do coração de alguns Árabes, especialmente nas últimas décadas, tem havido a esperança, e mesmo a determinação, de que os israelenses serão expulsos pelo mar adentro e assim toda a Palestina pertencerá aos Árabes.
Pouco antes da Guerra dos Seis Dias, em l967, o Egito e a Síria armaram-se com os mais sofisticados implementos de guerra. A Rússia investira mais de 3 bilhões de dólares em equipamentos militares, dotando aqueles dois paises para uma finalidade – a invasão de Israel. “Israel deve ser destruído”, era o “slogan”. E, aparentemente, parecia que aquilo era o que iria acontecer. Mas, como resultados destes conflitos Israel ficou mais fortalecido do que nunca e o deserto, por centenas de quilômetros, ficou recoberto com restos e destroços da guerra – tanques arrasados, aviões de combate destruídos e, o mais aterrador ainda, os corpos de milhares de homens que haviam tombado na luta desesperada.
Durante os anos seguintes, os vizinhos de Israel estavam novamente mais armados que nunca. Com mais de 20.000 assessores militares russos residentes no Egito em l972, uma invasão para ocupação militar parecia iminente. Mas o inesperado aconteceu. Antes de irromperem-se as hostilidades, o Presidente Anwar Sadat decidiu que todos os assessores militares deveriam deixar o país. Essa estranha mudança dos fatos expressou a determinação do Egito em procurar cooperação junto a outro país.
Em virtude dessas decisões relativamente recentes, não é difícil de se compreender a visita do então Presidente Nixon ao Egito e a outros países do Oriente Médio, sem deixar de citar, também, os incansáveis esforços do Dr. Henry Kiessinger, para se conseguir um acordo de paz naquela conturbada região do mundo.
A História pode muito bem provar que, por trás de todos estes trabalhos, encontram-se ocultos, fatores especiais mais profundos. E, com certeza, é de grande significação o fato de que o homem que mais trabalhou para promover a paz, não somente no Oriente Médio, mas também em outras áreas assoladas pela guerra é, ele próprio, um judeu! A habilidade
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deste homem em conseguir aproximar e irmanar todas as partes em litígio, sem levar em consideração as barreiras de nacionalidades, foi fantástica.
Qualquer que possa ser o resultado final, a nacionalização da indústria petrolífera nos países Árabes, parece ter sido levada a efeito, visando a um propósito único: pressionar os Estados Unidos e outras nações amigas a retirarem seu apoio a Israel. Em conseqüência, surgiu uma nova diplomacia no Oriente Médio, transformando completamente o equilíbrio de forças no mundo. Ecatamente o que isto significará para o futuro, só o tempo dirá. Mas, alinhadas como estão as duas superpotências, o fato de apoiarem grupos antagônicos, exige um dramático realinhamento da força efetiva de cada nação, o que alguns estudiosos da Bíblia entendem que bem poderia levar ao conflito final do poderio mundial, como os quadros apresentados nos livros de Ezequiel e Apocalipse. Os capítulos l8 e l9 deste livro desvendam a grande profecia de Ezequiel, mostrando-nos as cenas finais da história trágica e belicista deste mundo.
Há muito tempo que o controle do Oriente Médio constitui a ambição da Rússia, cujo apoio aos povos Árabes certamente não é apenas humanitário; é parte vital de sua política externa. Para ela, o controle das maiores reservas de petróleo do mundo é um imperativo. Quando o inimigo final de Israel invadir o país, pouco antes do dim dos tempos, não será, apenas, uma nação, mas uma Confederação de Nações vindas “para tomar o despojo...arrebatar a presa...”(Ezequiel 38:12).
Riquezas imensas estão concentradas neste pequeno pais a respeito do que escreveram os profetas hebreus, há cerca de 25 ou 30 séculos. Naquela época, todavia, eles, possivelmente, não poderia ter conhecido a verdadeira riqueza de Israel como o mundo a conhece hoje. Nossa era industrial e cientifica fez estimativas aproximadas, as quais revelam que as riquezas são realmente incalculáveis.
Um renomado escritor declarou, anos atrás, que “a Palestina será a mais cobiçada presa internacional de todos os tempos”. Alguns números impressionantes são apresentados em nosso próximo capítulo.
Somando-se as riquezas de Israel, tanto minerais como agrícolas, às imensas reservas do petróleo do Oriente Médio, torna-se fácil
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compreendermos que esta região será de suma importância como o grande centro de atenções mundiais. Muitas pessoas, hoje, estão preocupadas se a crise do petróleo poderá, eventualmente, levar a uma crise mundial. Recentemente o petróleo tornou-se uma arma. As pessoas se referem à “arma do petróleo Árabe” com naturalidade e frieza. E, realmente, é, mas que tipo de arma? Poderia vir a ser uma arma contra pobreza, nós nos indagamos por que certos países vizinhos que exportam milhões de galões de petróleo diariamente, parecem estar fazendo muito pouco para aliviar os sofrimentos dos refugiados. O dinheiro que arrecadam com a venda do petróleo tornou-se, indubitavelmente, uma arma militar contra Israel. Muitos estão cônscios de que esse dinheiro poderia e deveria ser uma arma contra a pobreza extrema que se observa em tantas regiões dos territórios Árabes.
Os recentes encontros entre Egito e Israel, num esforço para trazer a paz a esta conturbada região do mundo, são, na verdade, um dos mais encorajadores eventos em mais de um século.
Enquanto este livro vai para o prelo, pessoas tementes a Elorrim, de todas as crenças religiosas, estão orando para que venha a existir um melhor entendimento entre as nações do Oriente Médio. Tanto o Egito como Israel desempenharam papel de suma importância no desenvolvimento de nossa civilização. Esperemos que suas futuras contribuições também sejam de grande poder de influência.
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CAPITULO III
AS MARAVILHOSAS RIQUEZAS MINERAIS DE ISRAEL
Muito embora seja um país geograficamente pequeno, os profetas hebreus declararam ser Israel uma terra de grandes riquezas minerais em seu subsolo. O senhor, através de Ezequiel, chamou-a de “glória de todas as terras”.
“Filho do homem, fala aos anciãos de Israel e dize-lhes: Assim diz o Senhor Elorrim:... Eu levantei a minha mão para eles, para os tirar da terra do Egito para uma terra que tinha previsto para eles, a qual mana leite e mel, e é a glória de todas as terras”(Ezequiel 20: 3 e 6).
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Esta expressão “leite e mel”, pela primeira vez usada por Moisés, é considerada por alguns como uma figura de retórica, referindo-se às grandes riquezas tanto minerais quanto agrícolas da região. Em Deuteronômio 8: 7-9 a promessa de Elorrim era bem real e verdadeira:
“Porque o Senhor teu Elorrim te introduz numa terra, terra de ribeiros, de águas, de fontes e de abismos que saem dos vales das montanhas. Terra de trigo e cevada e de vides e figueiras e romeiras; terra de oliveiras, abundante de azeite e mel; terra em que comerás o pão sem escassez e nada te faltará nela; terra cujas pedras são ferro, e de cujos montes cavarás o cobre” (Deuteronômio 8: 7-9).
Há alguns anos, Dana Adams Schmidt, correspondente do New York Times em Tel Aviv, tomou a si a iniciativa de fazer um acurado estudo sobre este “País da Bíblia” para conseguir compreender os fatos que relacionam com suas riquezas minerais. Eis uma síntese do seu relatório:
“Raramente um povo tem sido tão conhecedor e cônscio de um passado tão expressivo e revelador como é o caso dos Israelenses. A história bíblica e as profecias explicam e dão significado à sua existência como nação independente. Dos relatos bíblicos, dos anais da História e das pesquisas arqueológicas, os Israelenses retiram não somente a inspiração espiritual, mas também orientação física para traçar o futuro de sua jovem nação, qual uma ave já emplumada, pronta para seu altaneiro vôo.
Um dos grandes problemas do atual Israel é como alcançar auto-suficiência numa Terra Prometida, conforme as palavras de Moisés, registradas em Deuteronômio, destinada a ser ¨uma terra cujas pedras são ferro e de cujos montes cavarás o cobre¨”.
David Bem Gurion, o Primeiro Ministro do moderno Estado de Israel, constantemente recordava a seu povo que a bíblia é, de fato, o guia que conduz à compreensão do destino de Israel. Ele disse:
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“Este Livro Inspirado contém os segredos do passado ocultos nos montes e rochas e nas cavernas do deserto, no território do atual Estado Judeu e a absoluta necessidade da própria existência exige que os recursos naturais escondidos no subsolo e nas águas dos lagos e mares, sejam plenamente descobertos e explorados”.
Durante milênios, o povo de Bem Gurion leu em Deuteronômio a respeito das riquezas naturais de sua pátria, mas só depois que o exército tomou posse desta região é que a convicção do Primeiro Ministro se confirmou acerca de quantas informações existem na Bíblia sobre Israel as quais permanecem absolutamente exatas. Ele disse:
“Eu sabia que aquilo que estava escrito na Bíblia, acerca desta área no Neguev, era verdade e o escritor foi inspirado a descrever corretamente cada detalhe. Os escritores da Bíblia não se referiram ao cobre e ao ferro como uma mera figura de retórica. Mas só depois que o exército de Israel conquistou o Neguev é que o cobre e o ferro foram realmente “descobertos”... Mas, acrescenta ele, “nós ainda estamos, apenas, no início de nossas explorações” New York Magazine.
Expedições de cientistas mandadas após a guerra, justificaram a crença de Bem Gurion no Neguev. Ele também declarou que “além de ferro e cobre, ricas jazidas de outros minerais não mencionadas na Bíblia, pelo que sabemos, foram também encontrados”. Culminando suas observações, ele disse “O melhor de todos os guias para a terra, com exceção da própria terra, é a Bíblia”.
Dana Schmidt recorda-nos que, no reinado de Salomão, filho de Davi, de 97l a93l A.C.,o abrasador Wadi el Arabah* estava sempre animado com a presença de inúmeros operários. Mas, com a subseqüente derrota do reino de Judá, estas minas foram abandonadas. Entretanto, durante os últimos anos, toda aquela área apresenta novamente muitas atividades com mineiros e caravanas. A sabedoria de Salomão ficou
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revelada pelo fato de ter ele concentrado suas energias sobre estes recursos e desenvolvido seu comércio com o Leste, em vez de tentar competir com as grandes potências representadas pelo Egito e Fenícia no Mediterrâneo. Isto trouxe grande riqueza ao país.
Em I Reis l0:23, lemos:
“Assim, Salomão excedeu a todos os reis da terra em riqueza e sabedoria”.
Verso 21:
“Também todos os vasos de beber do rei Salomão eram de ouro e todos os vasos da casa do bosque do Líbano eram de ouro puro”.
O verso l4 diz:
“E era o peso do ouro que se trazia a Salomão, cada ano, seiscentos e sessenta e seis talentos de ouro”.
Verso l6:
“Também o rei Salomão fez duzentos paveses de ouro batido; seiscentos siclos de ouro mandou pesar para cada pavês.
Verso l8:
“Fez mais o rei um grande trono de marfim e o cobriu de ouro puríssimo”
* N. do T.: Wadi el Arabah é o vale que se estende para o Sul, indo desde o Mar orto até o Golfo de Aqaba. Um Wádi é um vale resultante da erosão de águas pluviais e que é geralmente seco.
Em concordância com estas afirmações, concluímos que a riqueza de Salomão era impressionante. Sua renda anual era de 666 talentos de ouro. Se cada talento pesava 60 libras. Cada ano recebia então cerca de 20.l79kg de ouro sólido. Imagine o que isso significaria a preço do mercado mundial de ouro, hoje – mais de 25 milhões de dólares! Não é de admirar que as
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Escrituras Sagradas afirmem que o rei tinha tanto ouro que “a prata não tinha valor nos dias de Salomão”. Quanto ao cobre e ao bronze “Salomão deixou de pesar todos os vasos de cobre, porque eram numerosíssimos; nem tampouco fez a conta do peso de bronze”.
Indubitavelmente, grande parte dessa riqueza foi acumulada por meio de tributos da Síria e de outros paises, bem como através do comércio internacional. É, realmente, difícil à nossa compreensão o acúmulo anual de tanta riqueza.
Em seu livro, O Outro Lado do Jordão, o prof. Nelson Gleuck informou-nos: “Existem evidências de atividades de mineração e de fundição pelo rei Salomão, pelos seus predecessores e seus sucessores em, pelo menos, quarenta diferentes locais do vale do Arabah. Algumas foram localizadas ao redor da bíblica Punon, no meio norte e outras bem ao sul. As localizadas na parte bem ao sul, tornaram-se o maior e o mais rico centro de mineração e fundição de cobre de todo o vale do Arabah é de igual importância até hoje.
Aqui, no meio do leito seco de um vale de xisto vermelho, amarelo e branco, um explorador rigoroso pode subir até a fortaleza de Salomão, uma espécie de acrópole, situado no alto de uma colina de topo achatado que se projeta de maneira imponente do fundo do vale. Esse foi o ponto estatégico de onde os soldados protegiam as operações de mineração e fundição dos ataques de guerrilhas conduzidas por Hadade, o edomita, que fugira de Davi para o Egito (I Reis ll:l4-25).
Nesse aspecto, como em muitos outros, pouca coisa mudou. Através do Neguev, podem ser vistos modernos israelitas, viajando em comboios armados à espreita de infiltradores.
Glueck informa-nos, também, que a companhia de mineração Israelense, assistida por peritos belgas, fez uma perfuração de 78 pés (cerca de 26m) de profundidade na encosta da colina, há algum tempo, porque haviam notado promissores veios de minérios de cobre. Quando equipamentos especiais de ventilação chegaram da América, os mineiros puderam fazer perfurações mais profundas, a cerca de 200 jardas (mais ou menos l82m) da entrada da perfuração; a companhia começou em outro ponto. Essa era uma mineração do rei Salomão. Além disso, esses prospectadores descobriram veios numerosos e até mais ricos em grande
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número de locais anteriormente desconhecidos, onde o rei Salomão havia feito extração e fundição de minérios.
Um mineral do qual, provavelmente, não tinham conhecimento – o manganês – também foi encontrado a poucos quilômetros das minas de cobre. Os testes de perfuração provaram ser, realmente, promissores. Embora esse minério esteja em estado bruto e volumoso, poderia ser transportado em caminhões para o porto de Eilat e, dali, exportado para o mercado mundial. Aqui com certeza é viável a exploração comercial.
Uma outra promessa para o futuro ocorreu recentemente num diferente local, cerca de 60 km ao norte dos trabalhos de extração de cobre, onde jazidas de minérios de ferro de alto teor foram descobertas. A desordenada formação da crosta terrestre no Neguev revela veios de minério de ferro formados a grande profundidade da terra; embora poucos destes veios estejam sendo explorados agora, eles são claramente perceptíveis. Tudo isso é parte de uma grandiosa visão que vem tomando forma nas mentes de milhares de israelenses – desde o Primeiro Ministro até o estudante do 2º grau. Guiados pelas afirmações da Palavra de Elorrim e encorajados por aquilo que eles vêem com os olhos de suas mentes, eles estão todos ansiosos por desenterrar as glórias de um passado distante. Eles já estão a par e utilizam os complicados sistemas de irrigação para melhorar sua colheitas e fazendas de gado. O fosfato, enxofre, feldspato, caolin, cobre, manganês e minas de minério de ferro estão mudando todo o aspecto do país. Prósperas cidades e novas indústrias estão surgindo por todo o pequeno país de Israel.
Moisés declarou que a terra seria “uma terra que mana leite e mel” e uma terra “ onde as pedras são de ferro e de cujos montes tu cavarás o cobre”. Isto tem um significado muito maior para os israelitas modernos do que poderia, possivelmente, significar para o povo no templo de Moisés. Nossa era industrial atribui novos valores a esses ricos recursos minerais, mais ricos até do que a mente humana possa imaginar. Uma sucinta visão das riquezas minerais, que foi extraída do Economic Bulletin de Israel, Volume V, números 3 e 4, convencer-nos-á de ser, sem dúvida, uma terra de ricas jazidas minerais, Eis aqui algumas das classificações:
FOSFATOS: “Uma das maiores reservas descobertas até o momento presente é a do fosfato. As quantidades de cuja existência se tem
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conhecimento na Grande Cratera são suficientes para suprir as necessidades que o país tem desta matéria-prima durante anos”. Produção extraída das rochas de fosfato tem sido suficiente para o processamento de 30.000 toneladas de superfosfatos por um ano. A produção antecipada, anual, é de l20.000 toneladas, as quais cobrirão todas as necessidades do país.
SÍLICA E ARGILA: “Dois outros minerais que foram descobertos em quantidade grande, o suficiente para fazer frente às necessidades nacionais para os anos futuros, são a sílica e argila...Existem mais de um milhão de toneladas de reservas conhecidas de sílica na Grande Cratera. O consumo atual é de l2.000 toneladas anuais e a expectativa é que aumente para 30 ou 40.000 toneladas eventualmente.
Com relação à argila, que é usada na manufatura de utensílios de barro cozido, as reservas conhecidas são da ordem de 300.000 toneladas, ao passo que as necessidades atuais são de 6.000 toneladas e para o futuro próximo, estima-se que seja de l5 a 20.000 toneladas”
COBRE E MANGANÊS: “ Estes esforços revelaram a presença de jazidas de cobre as quais foram estimadas em 200.000 toneladas e que, possivelmente, vão alcançar a casa das 450.000 toneladas”.
FERRO: “Testes realizados indicaram uma reserva estimada de l5 a 20 milhões de toneladas”.
FELDSPATO: “Muito embora a demanda de feldspato no país seja comparativamente pequena, cerca de l.000 a 2.000 toneladas anuais, a presença deste mineral, nas proximidades do porto de Eilat, proporciona ao país mais uma matéria-prima.
ESTIMATIVAS DE OUTROS MINERAIS EM ISRAEL
1.300 - milhões de toneladas de potassa avaliadas em ...............US$ 17.940.000.000;
853 - milhões de toneladas de brometo de potássio em ............ US$ 460.620.000.000;
ll.900 - milhões de toneladas de sal avaliadas em ......................US$ 23.324.000.000;
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81 - milhões de toneladas avaliadas em .........................................US$ l.863.000.000;
22 - milhões de toneladas de cloreto de magnésio em.................US$ 170.000.000.000;
400.000 - toneladas de cobre puro (apenas 2 minas) em ............... US$ 240.000.000;
TOTAL.................................................................US$ 5.673.987.000.000;
No jornal New York Times de 12 de abril de l949, apareceu este comentário de Gene Currivan, escrevendo de Tel Aviv, “Sodoma, local bíblico situado na parte sul do Mar Morto, a massa de água de nível mais baixo da terra, está-se preparando, mais uma vez, para servir ao mundo com seus produtos químicos”. Em seguida, acrescenta: “de lá... era esperado mais amplo suprimento de potassa do mundo, usada na fabricação de explosivos, em tempo de guerra e fertilizantes, em tempos de paz”.
As estimativas de outros minerais em Israel foram fornecidas por “Estimated Price Per Ton de William E. Tufts da Schnell Publishing Company, 30, Church street, New York, New York”
Foi descoberto minério de ferro, também, na Galiléia, além de petróleo em muitos lugares. Assim, as riquezas de Israel excedem em muito os 6 trilhões de dólares (US$ 6.000.000.000.000). As riquezas minerais dos Estados Unidos têm um valor estimado de cerca de 2 a 3 trilhões de dólares. Isto nos permite concluir e compreender a razão por que algumas nações hoje estão a cobiçar este pequenino país do Oriente Médio.
Em seu impressionante livro Da Desordem para a Paz, A. W. Anderson, após despender muito tempo, fazendo observações pessoais, descreveu essa área, alguns anos atrás e as mudanças que já estavam em evidência. Ele citou o American Watchman:
“Durante muito tempo, a Palestina foi uma terra assolada pela pobreza, um deserto estéril e desolado, com cidades em ruínas e pouca coisa a mais, anão ser memórias históricas...Mas, em virtude do zelo e do fervor religioso dos colonizadores Judeus,
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unidos com o auxílio financeiro de seus irmãos de fé, de todas as partes do mundo, para restaurar sua terra à antiga glória... uma poderosa transformação está-se processando”.
Os cientistas Judeus estão descobrindo riquezas inéditas não relacionadas no Mar Morto e, se as estimativas estiverem corretas a Palestina está destinada a tornar-se fabulosamente rica.
“A riqueza potencial do Mar Morto é mais que 2 4/5 vezes, maior do que toda a fabulosa riqueza da afortunada América. Isto significa que a Palestina está destinada a ver o mais estupendo desenvolvimento do que se tem notícia... Isso fará desta terra a base do maior empreendimento empresarial já visto por qualquer nação. Tal desenvolvimento está destinado a tornar a Palestina a mais cobiçada presa do que qualquer outro país do mundo”(Da Desordem Para a Paz págs. 311-312).
Quantas coisas têm acontecido desde que estas palavras foram escritas! Já não se chama Palestina esta terra, nome que lhe foi dado pelos romanos, mas Israel, o nome dado por Elorrim a Jacó. Colocada como está no “meio da Terra”, usando a expressão do profeta Ezequiel, percebem algumas pessoas estar este pequeno país destinado a ver um desenvolvimento que poderia torna-lo a “inveja das nações” – uma cobiçada presa internacional”! Quem poderia ter imaginado que este pequeno país, o qual tem sido, desde os primórdios da história humana, uma ponte entre o Oriente e o Ocidente, o berço das religiões do mundo, nestes tumultuosos dias haveria de tornar-se tão importante. Não foram tanto os eventos judaicos mas, antes, o pensamento judaico que causou um tal impacto na civilização.
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Um número recente de U. S. Geological Survey alega ter encontrado as legendárias minas de ouro o rei Salomão na parte oeste da Arábia Saudita, conforme cita World Coin News de 22 de junho de l976:
“Muito embora muitas minas espalhadas por toda a região possam ter contribuído com ouro para o tesouro do rei Salomão, o principal produtor e mais provável candidato a ser a famosa Ofir bíblica é a mina de Madh adh Dhahab (berço de ouro), localizada a meio caminho entre Meca e Medina”.
Entre l972 e l975, os geólogos encontraram milhares de ferramentas grosseiras e vastas quantidades de depósitos minerais. Esse novo sítio não é, ainda, a prova definitiva, mas, ou aqui ou na regi~~ao no Neguev, em Israel, deverá estar localizado o segredo da fantástica riqueza de Salomão.
Como será mostrado nos últimos capítulos, aquilo que os profetas hebreus predisseram a respeito do tempo do fim, dos “últimos dias”, está tendo seu cumprimento. Com efeito, o mais espetacular evento está justamente à nossa frente.
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CAPITULO IV
NOVAS DESCOBERTAS NA
TERRA DE ISRAEL
Embora esta pequena nação frequentemente seja notícia de primeira página nos jornais, poucas pessoas entendem o porquê disto. É impressionante observar o que os editores jornalistas, cientistas e educadores têm para dizer a este respeito.
Blake Clark no Readers Digest de 28 de março de l954 alega que, para os israelitas, a Bíblia não é somente uma fonte de inspiração, mas um guia que os pode levar às riquezas esquecidas de seu país. Ele citou as palavras de seu Primeiro Ministro Bem Gurion, o mais preeminente edificador do Israel moderno: “Este livro vive nos corações dos Judeus há séculos e, sem dúvida, a Bíblia é agora, mais do que nunca, importante para esta nação – mas num sentido um tanto diferente. Confiando em sua
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exatidão histórica, nós a estamos usando hoje para descobrir riquezas há longo tempo esquecidas”. Blake continua; “Antigamente, supunha-se que o novo Estado de dIsrael não possuía metais. Mas o prof. Nelson Glueck, arqueólogo bíblico e presidente do Hebreu Union Clollege of Cincinati, pensava diferentemente. Ele ficou, realmente, fascinado com o relado da oficina de fundição do rei Salomão conforme I Reis 7, versos 45 e 46:
“E todos estes vasos, que Hierão fez de conformidade com determinação do rei Salomão para a casa do Senhor, eram de latão brilhante (cobre). E, na planície do rio Jordão, foram eles fundidos, em terrenos de argila”.
A palavra “latão”, Glueck sabia ter sido uma tradução incorreta da palavra “cobre”. Se as minas das quais o rei Salomão obteve esse cobre tivessem algum dia existido, elas teriam desaparecido da memória dos homens há quase 3.000 anos. Mas Glueck acreditava que elas tinham existido ali. Para encontrá-las, este especialista passou mais de vinte anos na Palestina, seguindo as orientações bíblicas. Ora subindo, ora descendo, percorreu ele o quentíssimo vale do rio Jordão e cruzou o ardente Neguev.
Em certo dia de calor insurportável, fazendo explorações a alguns quilômetros ao sul do Mar Morto, o Rabino Glueck descobriu ruínas num lugar que os árabes locais disseram que seus antepassados chamavam-no de “Ruínas de Cobre”. Cheio de esperança, deu início às escavações. Logo, desmoronaram-se paredes e fornalhas negras, com o acúmulo de escória de cobre; deram provas de que aquele lugar fora, outrora, uma grande fundição de cobre. Um pouco mais ao sul, Glueck encontrou sete centros semelhantes a esse. A cerâmica, em todos eles, do tempo de Salomão. Aqui, enfim, estavam as famosas minas do rei Salomão.
Mas, Glueck, este persistente investigador, não se deu por satisfeito com aquilo. Escavou outras áreas e acabou encontrando um fenomenal sítio de processamento perto do Golfo de Ákaba. Este localizava-se no centro de uma falha (fenda) geológica e sua localização tinha uma finalidade bem definida. O vento, soprando por este corredor natural abaixo, funcionava como um potente ventilador a soprar as chamas das fornalhas. Os fortes ventos que ali sopravam, evidentemente, tinham um papel importante no
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refino do minério. O Ezion-Geber das Escrituras Sagradas, a outrora “Pittsburg” de Israel, havia sido localizada. “Para encontra-la segui literalmente a descrição bíblica”, disse Glueck. “Ezion-Geber está situada ao lado de Eilat, às margens do Mar vermelho, na terra de Edom”, declaram as Escrituras (Ireis 9:26).
Mais tarde, o Dr. Bem Tor, um dos principais geólogos de Israel, com um grupo de técnicos, estudaram e avaliaram essas antigas minas de cobre. Já, em l949, eles provaram a existência de minério suficiente para produzir l00.000 toneladas de cobre metálico e estimavam que outras 200.000 toneladas, ou mais, deste valioso metal poderiam ser encontradas na mesma área.
Então, não é de se admirar que, nos acampamentos dos mineiros, jipes e caminhões fervilhem, formando nuvens de poeira amarela, enquanto barbudos mineiros, crestados pelo sol, trabalham, brandindo suas picaretas e pás. O engenheiro-chefe da mineração, Abraham Dor, diz: “Sempre que achamos os mais ricos afloramentos, nós descobrimos as escórias e as fornalhas dos mineiros de Salomão”. “Nós, frequentemente, temos a sensação de que alguém acabou de sair”. É significativo que, na parede do escritório do acampamento, que está instalado numa cabana de madeira, encontremos, colocada num quadro, esta passagem de Deuteronômio 8:7-9:
“Porque o Senhor teu Elorrim te faz entrar numa boa terra – cujas pedras são ferro e de cujos montes cavarás cobre”.
Então Blake pergunta, “Que outra promessa existe nesta passagem, além da promessa do ferro? Então ele continua contando como, a poucos quilômetros de Berseba, o Dr. Bem Tor descobriu imensos penhascos salpicados de minério vermelho e preto em toda a sua extensão. Os técnicos, depois da análise de centenas de amostras, estimaram que existem, pelo menos, l5 milhões de toneladas de minério de ferro, de baixo teor, nessa área, grande parte das quais, em caso de alta nos preços mundiais, poderia ser extraída e comercializada com muito lucru. Não somente isso, mas os engenheiros também encontraram um afloramento de l.600m de comprimento de um excelente minério com 60 a 65% de minério puro.
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Recentemente tem havido muitas prospecções de petróleo em Israel. Novamente eles tomaram como guia as palavras da Bíblia. Em Gênesis, capítulo l9: 24 e 28, eles leram:
“Então fez o Senhor chover enxofre e fogo do Senhor desde os céus sobre Sodoma e Gomorra....e eis que o fumo da terra subia como fumo duma fornalha”.
Obstinados homens de negócios, como Ziel Federman e outros, acreditam que essas chamas que subiam significam gás natural e, evidentemente, gases naturais são indicativos da existência de petróleo. Uma companhia foi organizada e enviada com geólogos para pesquisar essa região. Sem dúvida, as evidências provaram que havia petróleo naquela região. Em 3 de novembro de l953, foi perfurado o primeiro poço de petróleo de Israel. Embora a produção não seja expressiva, tem havido grandes avanços para tornar praticável o que existe.
Durante muitos séculos essa região da parte meridional da Palestina, foi tida como uma terra árida e imprestável para a agricultura. Mas as coisas hoje são diferentes. Quando viajamos recentemente, através dessa região, quase não pudemos acreditar no que nossos olhos viam, pois o que era apenas um deserto estéril há alguns anos, é hoje uma terra cheia de vida com muitos colonos a cultivá-la . De fato, os arqueólogos estabeleceram a presença de mais de setenta antigos locais de colonização espalhados numa extensão de l04 km, somente do vale do rio Jordão. Cada um deles tinha seu próprio poço para suprimento. Não era nenhum exagero, portanto, quando Ló “levantou os seus olhos e viu as campinas verdejantes do Jordão, que estavam bem irrigadas em todas as partes, mesmo como o jardim do Senhor”. Este era o quadro nos tempos antigos.
Poderíamos perguntar: por que Israel não é tão fértil como era nos tempos antigos? Se nós recordarmos de quantas vezes esta terra foi, por séculos, invadida e devastada por exércitos estrangeiros, nós compreenderemos. Invasões, seguindo-se a invasões, destruíram não somente cidades, mas também as matas, as terras agricultáveis e dispersaram os colonos permanentes que ali viviam. Quando a superfície da
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terra é destruída e o capim ou grama arrancados, os eirados logo se desintegram e a areia vai tomando conta e estope as cisternas. Podemos também recordar-nos de que Elorrim retirou suas bênçãos em virtude da desobediência de Israel (Deuteronômio 28:1-42). Hoje, entretanto, os novos colonos raciocinam que, desde que a atual devastação foi largamente feita pelo próprio homem, o homem, pela sua engenhosidade e trabalho duro, pode reverter a ordem das coisas. Disse um fazendeiro da vila de Sde Boker: “Se os antigos Israelitas puderam prosperar aqui, nós também podemos”.
Em toda a extensão da estada de Dan até Berseba, os antigos locais foram redescobertos por arqueólogos bíblicos. As palavras do jornalista Blake Clark são pertinentes. Descrevendo essas áreas, ele disse: “Em quase todas elas você pode ver uma pequena estação de bombeamento em forma de cubo, situada sobre uma antiga nascente ou sobre uma cisterna, bombeando água”. O poço de Hagar, onde a esposa abandonada de Abraão parou com seu filho Ismael, é hoje o suprimento de água para um grupo de famílias pioneiras de Judeus Romenos, estabelecidas na estação de uma pequena colina, aproximadamente a l.600m de distância. Nós estamos animados pelo informe de que “as autoridades governamentais, no momento, estão unindo esses poços bíblicos, para formar um sistema maior”.
As antigas riquezas da terra de Israel estão sendo redescobertas e, embora, como dissemos, muitos Judeus tenham voltado para a terra de seus pais com pouca ou nenhuma fé nas Escrituras Sagradas, entretanto os próprios fatos que estão acontecendo nesta terra, estão compelindo muitos a terem uma nova visão das grandes afirmações de seus antigos profetas. Um dos professores da Universidade Hebraica de Jerusalém, num Encontro sobre Profecia Bíblica naquela cidade, disse-nos: “Os profetas mostraram-nos onde estão nossas raízes, mas não devemos nunca nos esquecer de que “não pelo poder nem pela força, mas por Meu Espírito, disse o Senhor”.(Zacarias 4:6). Sua afirmação reflete o pensamento de muitos dos educadores e líderes nacionais hoje.
Sde Boker, no Neguev, é conhecida como uma “área de lavoura seca”. Mas, pela conservação de suas reservas de água, os fazendeiros experimentais deram provas de êxito em seus esforços para conseguir dessa
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região estéril uma excelente colheita de milho, girassóis enormes e até melancias.
Aí está o povo de antigamente, cuja habilidade em armazenar e distribuir a água possibilitou que construíssem uma civilização pastoril nessas colinas no Neguev, há mais de 2.000 anos. Essa é uma região de colinas de um amarelo berrante e vales ondulados e cobertos de pó, muito quente e sob um céu azul e sem nuvens. Mas, perciorrer de automóvel esta área e ver as plantações de milho e girassol, agitando-se como bandeiras verdes e douradas sobre as áridas serranias, é uma visão de um espetáculo emocionante!
Esta terra que, há séculos, havia sido destruída por exércitos invasores, onde descuidados fazendeiros e as onipresentes cabras haviam desnudado as matas, está, agora, plena de vida e de beleza! Suas paisagens marítimas claramente perceptíveis, crivadas de intensa concentração de pontos verdejantes, rivaliza-se até mesmo com o North-Shore de Sydney ou a Table Mountain. Mas é uma luta conservar o atrativo ecológico de Israel nas mentes de uma “sociedade composta de imigrantes”. De modo geral, poucas pessoas sabem que, ao lado dos trabalhadores Israelenses, encontram-se muitos árabes que, em l969 atingiram a cifra de 9.000. No ano seguinte, l970, o número subiu para 24.000. Até l972 eles eram 35.000. Hoje* mais de 40.000 trabalhadores árabes entram em Israel provenientes de Samaria, Gaza e Jordânia, em todos os dias da semana.
Abba Eban em seu excelente livro MY COUNTRY, relata bem esta situação:
“Quando Israel estabeleceu-se novamente como nação, em l948, cerca de l65.000 Árabes e Drusos recusaram-se ou simplesmente não se juntaram ao êxodo... mas conseguiram superar as hostilidades (de seus patrícios Árabes), dando prioridade aos seus negócios privados ou ao bem estar de suas famílias.
Os Árabes de Israel têm vivido com uma alta taxa de crescimento. Eles, agora, são cerca de 450.000* *. Associaram a tradição árabe de famílias numerosas com os serviços de previdência social e saúde Israelenses que mantem em baixos
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níveis, a taxa de mortalidade. Desse modo, tornaram-se a comunidade de maior taxa de crescimento do mundo. Gozam de plena cidadania em Israel, inclusive com representantes na Knesset (parlamento) e o Governo de Israel e seu parlamento assumem, em seu benefício, cuidadosa responsabilidade por sua segurança e bem estar. Os Árabe-Israelenses não são obrigados a prestar nenhum serviço militar, uma vez que isso implicaria em pegar em armas contra seus companheiros Árabes do outro lado das fronteiras. Os Drusos entram para o exército com devoção ilimitada e estão entre os mais apaixonados defensores de Israel...Não faz parte da política israelense a assimilação; não existe nenhum objetivo por parte do governo de “desarabizar” os árabes ou força-los a uma identificação com os objetivos sionistas...”
“O fato de ter alcançado, em l970, uma média de consumo “per capita” de 3.920 libras israelenses, o que é mais alto do que as correspondentes cifras no Japão, em muitos países da Europa ou em qualquer país da América Latina, confirma o ritmo de progresso e desenvolvimento de Israel”. Alguém que soubesse como seria Israel em seu primeiro ano de vida, teria dificuldades em reconhecer o país em seu 25º aniversário. “O espírito de paz e progresso que reina em todas as partes e por todo o país é uma das mais felizes descobertas que um visitante pode fazer”.
Com estas impressionantes afirmações, aqueles dentre nós que conhecemos esta maravilhosa terra, concordaremos sincera e entusiasticamente com os conceitos emitidos.
* N. do T.: Estes são dados de l977. por certo eles devem ser bem superiores em nossos dias.
* * N. do T.: Estes dados são de l977.
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CAPÍTULO V
O DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA DE ISRAEL
À LUZ DA BÍBLIA
O desenvolvimento agrícola do atual Estado Judeu é simplesmente fantástico! Muito devem os Israelenses a homens como o Dr. Walter Clay Lowdermilk, preeminente autoridade americana sobre colheitas e conservação de solos. Há anos que ele vem assessorando e aconselhando os Israelenses ao estudo do que está registrado em suas Escrituras. “Afortunadamente”, diz ele, “ a Bíblia nos diz quais as colheitas que podem florescer nas diversas partes do país. Nós sabemos que os filisteus cultivaram o trigo, porque Sansão, amarrando as caudas de algumas raposas, unindo-as através de suas caudas, atou nelas algumas tochas e soltou-as nos campos de trigo. Elas também correram passando pelas plantações de oliveiras. E, quando Sansão visitava sua namorada, ele passava através dos vinhedos”. “Então,” acrescenta o Dr. Lowdermilk, “todas estas culturas estão dando bom resultado lá, agora”.
O livro de Gênesis conta como Isaque semeou trigo entre Gaza e Berseba e sua colheita foi centuplicada. “Aquele deve ter sido um ano muito favorável”, comentou secamente um fazendeiro judeu a pouco tempo”. Mas, diz o Dr. Lowdermilk, “nós, realmente, obtemos melhores colheitas aqui do que em outras partes”.
O arqueólogo R. A. MacAlister, entre l902 e l909, removeu a cobertura das ruínas de Gezer, a cidade que Faraó deu como dote ao rei Salomão (I Reis 9:l5 e l6). Uma pedra-calendário para agricultura, ali encontrada, dava os vários meses durante os quais se fazia a colheita de determinadas safras. Entre as safras mencionadas no referido calendário, estava o linho que não tinha sido cultivado nessa região por muitas gerações. Nos dias atuais, esta é uma das mais favorecidas colheitas entre os prósperos fazendeiros das cooperativas.
No pouco atraente e quase inóspito vale do Neguev, ao sul de Berseba, não existiu nenhuma colonização por mais de l.300 anos. Mas os especialistas leram em Gênesis que Abraão levou grandes rebanhos de ovelhas e bois para essa região. De onde provinha a água para as pastagens
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do gado? O índice pluviométrico da região e minos de l00mm anuais de chuva.
Conveniados de que a Bíblia não os enganava, os arqueólogos fizeram uma rigorosa vistoria nas colinas. Ali, mesmo nas valas de menor tamanho, eles encontraram restos de diques de rocha, muitos deles de apenas 66 cm de altura. Todos ficavam interligados após meandros e zigue-zagues, formando um complicado sistema de drenagem que captava e armazenava cada gota de chuva.
Conduzidos por robustos ex-batedores do Exército que patrulhavam o Neguev em tempo de guerra, dezoito jovens entre rapazes e moças, em maio de l952, armaram ali um acampamento de barracas. Eles reproduziram o sistema bíblico de conservação de água da chuva com a maior habilidade possível, construindo 40 pequenos diques numa área de l6,25 há. Na primavera seguinte foram gratificados com um luxuriante campo de grama verde que havia florescido, para alimentar o rebanho de cerca de 300 ovelhas.
Lendo que Isaque cavara cisternas ali, os batedores prosseguiram caminhando pelas elevações e colinas rochosas, muito parecidas com a paisagem de um deserto e descobriram cisternas lavradas em pedra calcárea. Situadas no leito de uma barragem feita num escoadouro natural, por onde desce todo o escoamento de águas de chuva, 37 cisternas, cada uma com capacidade de 75.000 litros, estão hoje armazenando água num raio de cerca de l0km.
Viajando por essa região, um guia israelense contou-nos, orgulhosamente, como o General Yigael Yadin, o então Chefe de Operações, se valera da Bíblia para defender seu país. Foi no mês de maio de l948, quando as forças sírias tentaram invadir Israel. O General Yadin lembrou-se do relato bíblico de uma invasão semelhante que havia ocorrido 2.800 anos atrás, quando os arameus-sírios tentaram tal feito, partindo de Damasco.
Estudando cuidadosamente o terreno, o General Yadin concluiu que os sírios, em l948, seriam focados a tomar uma rota semelhante à daquela tentativa de invasão ocorrida há quase três milênios. Dispondo seus homens como os antigos reis de Israel tinham feito, há tantos anos, preparou-se para o encontro com o exército invasor. Os oficiais israelenses, agora já
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familiarizados com os detalhes da antiga batalha, prepararam-se, colocando seus capacetes de aço e empunhando suas metraladoras portáteis Thompsom. Eles avançaram com confiança. O fato de saberem que seus antepassados haviam outrora derrotado e posto em retirada um inimigo nesse mesmo lugar, deu às tropas, em l948, uma grande força moral. O resultado foi uma nova vitória de Israel.
Em dezembro de l948, Yadin usou novamente a Bíblia para suas sortidas estratégicas. Naqueles dias, os israelenses estavam sendo fustigados pelos inimigos no Neguev. A Bíblia menciona uma antiga estrada, esquecida durante séculos, a qual tinha um percurso quase reto até Mushrafa. Uma estrada foi desobstruída por tratores de esteira que empurraram os pesados matacões para o lado. Então, os soldados, em veículos blindados, jipes e caminhões de suprimentos, puseram-se a caminho, ocultos pela escuridão da noite, seguindo essa antiga estrada. Tomando a guarnição inimiga pela surpresa, os israelenses destruíram o sistema de defesa do inimigo e, l4 dias mais tarde, em l948, a guerra havia terminado.
A Bíblia, indubitavelmente, provou ser de valor inestimável na construção do Estado de Israel. Desde que os judeus iniciaram o seu retorno, eles estão empenhados num formidável programa de reflorestamento. Muitas das grandes florestas receberam nomes em homenagem a líderes como chaim Weizmann, Lord Balfour, da Inglaterra, que estabeleceram as bases para a construção da Universidade Hebraica de Jerusalém, bem como o Rei George, monarca inglês, em cujo tempo começou o programa de reflorestamento.
Não somente foram plantadas dezenas de milhões de árvores, como também a Bíblia ajudou a decidir que espécies de árvores seriam plantadas e em que lugares do país elas teriam melhor desenvolvimento. Será que algumas dessas áridas encostas seria adequada para formar a imensa “Floresta dos Mártires”? A resposta foi encontrada no livro de Josué. Ficaram então sabendo que existira ali uma floresta nos dias em que Israel, pela primeira vez, conquistava o país e, sabendo que as árvores crescem mais facilmente onde vingaram e floresceram antes, o prof. Zohary, da Universidade Hebraica de Jerusalém, insistiu que fizessem a experiência. O
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resultado foi um maravilhoso sucesso. “Nós aqui, em Israel confiamos na Bíblia”, disse o professor.
O Dr. Joseph Weitz, proeminente autoridade israelense em reflorestamento, recorda que a tamargueira era uma das árvores que Abraão plantou no solo de Berseba. Seguindo a sugestão de Abraão, eles introduziram naquela mesma região mais de dois milhões de árvores e descobriram que a tamargueira vicejou muito bem no sul do país, apesar da baixa pluviosidade a qual é de apenas l50mm anuais. Pode causar surpresa aos nossos leitores saber que mais de 70 milhões de árvores foram plantadas na terra de Israel durante os últimos 45 anos. Eles lêem com muito interesse passagens das Escrituras como a que está em Ezequiel 36:35 “Dir-se-á: Esta terra desolada ficou como o Jardim do Édem”.
Embora alguns pudessem questionar a profecia de Ezequiel, afirmando que ela não tem ualquer relação com o Israel de hoje, não obstante os fatos já apresentados, sem dúvida, são desafiadores e dignos de um estudo sério. Nada comove mais os corações de tantos israelenses do que a crença de que o que está acontecendo em sua terra é o cumprimento de um propósito divino bem definido. Citemos um exemplo. Em l949, representantes da Agência Judaica elaboraram um programa com a Arábia para libertar 40.000 judeus, mas, quando chegaram lá, encontraram uma nítida indecisão por parte de seus próprios compatriotas. Recordando sua história, os judeus da Arábia sabiam que uma porção de falsos Messias haviam surgido entre os yemenitas, assim estavam com receio de seguir este programa de repatriação. Então, um dos representantes da Agência Judaica informou-lhes que o meio de transporte seria via aérea. Com isso, um deles gritou com entusiasmo: “As asas das águias” Sentindo que este era um sinal do Eterno Elorrim, ansiosamente aceitaram entrar para programa. No passado, naquilo que diz respeito aos meios de transporte, aquela pobre gente jamais teria concordado em dar um passeio de carroça por aquele país, mas lotaram logo os DC-4 e se regozijaram de, por assim dizer, estarem sendo transportados por Israel sobre “as asas das águias”*. Muitos incidentes como esse produziram mudanças na maneira de pensar de muitos judeus de muitas partes do mundo. Certas passagens das Escrituras estão hoje sendo lidas com um novo entusiasmo.
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Embora como já dissemos, seja lamentável que muitos judeus tenham retornado à terra de seus pais com incredulidade, sem convicção, não obstante um vasto número deles têm-se sentido “impelido” a retornar por causa das promessas que Elorrim fez através dos antigos profetas hebreus. As promessas das Escrituras Sagradas, referindo-se às condições no futuro reino de glória, sem dúvida, estão sendo aplicadas ao Moderno Estado de Israel, porque, durante tantos séculos, a Terra Santa foi pouco mais do que um desolado deserto, ao passo que hoje, em certas regiões, é como um Jardim do Éden. As palavras do profeta Isaías são lidas com um interesse renovado. “Em lugar do espinheiro, crescerá o cipreste” (Isaías 55:l3). Embora a fé de muitos esteja obscurecida, não obstante, forçados pelas circunstâncias, eles começam a reconhecer quanta confiança se pode depositar na Palavra do Criador.
Em l9l7 havia em todo Israel, menos de l5.000 árvores e destas a maioria era o terebinto, o carvalho e espinheiros. Mas, hoje, as escarpadas montanhas de Israel estão encobertas com um manto de mais de 60 milhões de árvores em sua maioria coníferas. A meta suprema do Estado de Israel é possuir 500 milhões de árvores.
Uma outra declaração que encontramos no livro de Isaías, diz:
“Estranhos se apresentarão e apascentarão os vossos rebanhos; estrangeiros serão os vossos lavradores e os vossos vinhateiros”(Isaías 6l:5).
“Estrangeiros” e “estranhos” iriam tornar-se seus lavradores e vinhateiros e isto, também, está-se cumprindo. Já nos referimos ao trabalho do Dr. W. G. Lowdermilk, eminente conservacionista. Ele é um gentio criado no Estado de Carolina do Norte, mas este homem teve uma destacada participação, ao ensinar fazendeiros israelenses como lavrar a terra em curvas de nível. Um outro, que não é judeu e, portanto, um “estrangeiro”, é o prof. Dupain. Ele supervisionou o pantio de vinhedos e foi o responsável pelo início de mais uma das grandes indústrias de Israel.
Assim registra Ezequiel, o profeta, as palavras do Senhor;
“Eu multiplicarei os frutos das árvores e o aumento de novidade do campo”(Ezequiel 36:30).
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*N. do T.: Eles associaram esta viagem às palavras do profeta em Isaías 40:31 – “Os que esperam no Senhor...subirão com as asas como as de águias...”
Alguns números serão suficientes para ilustrar aquilo que muitos consideram como cumprimento desta antiga profecia. As plantações de árvores frutíferas aumentaram, num período de cinco anos de 22.062ha em l949 para 29.700ha, em l954. Outros incrementos continuaram de modo que o cultivo de legumes, batatas e amendoim multiplicou-se em mais de 400%, de 4.300ha em l949 para mais de 20.000ha hoje. Israel, agora, é, não somente auto-suficiente em legumes e frutas, mas também exporta grandes quantidades deles.
É amplamente sabido que o deserto do Neguev é o “habitat” natural da acácia marrom-amarelada ou acácia do deserto. E o “grande aqueduto do Neguev” que alimenta milhares de aspersores, torneiras e canos de irrigação, é uma inspiradora vista! Esta terra que foi, outrora, um deserto está agora, sendo regado em abundância desde a Galiléia, ao norte.
As familiares palavras de Deuteronômio 32:l3 de que o Altíssimo achou jacó num deserto e levou-o a uma terra onde ele poderia “chupar...o azeite da dura pederneira”, tem um significado real para esta geração. Nos dias de Moisés ou até mesmo nos dias dos apóstolos, o petróleo tinha pouco ou nenhum valor como artigo industrial. Mas, hoje, a indústria movimenta-se em grande parte com o petróleo. Os Estados Unidos necessitam de três galões de petróleo para cada homem, mulher e criança, diariamente, para o seu conforto à indústria e necessidades domésticas.
Quando o petróleo foi descoberto pela primeira vez, em Israel, o anúncio foi feito pelo rádio. Então, depois de uma transmissão, anunciando o novo achado, foram lidas estas palavras de Moisés: “...e óleo da dura pederneira”. Embora muitos dos israelitas, impregnados na tradição do Velho Testamento(Primeira Aliança) considerem o progresso da sua nação como cumprimento destas antigas profecias, não obstante alguns negligenciam em ver qualquer significado escriturístico nos acontecimentos em sua terra; eles perderam a confiança na Bíblia. Não deveríamos nós orar por eles?
Ainda que a aplicação de algumas destas passagens da Escritura Sagrada, quanto aos acontecimentos no moderno Estado de Israel, possa ser
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questionada por alguns leitores, não obstante é significativo o fato de que os movimentos, dentro do Estado de Israel, hoje, são orientados pela Bíblia, pelo menos na mente dos seus líderes e requer nossa cuidadosa consideração. Ninguém pode negar que o que, outrora, foi um deserto, é hoje uma terra, desabrochando como uma rosa e regiões atravessadas, apenas, por beduínos com seus rebanhos e manadas, procurando pastagem bastante para mantê-los vivos, são hoje ondulantes trigais. Será que os contrastes da terra de Israel hoje com a Palestina do passado tem algum significado para nós? Acreditamos que os capítulos seguintes poderão dar-nos a resposta.
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CAPÍTULO VI
ISRAEL DECLARA SUA INDEPENDÊNCIA
Nem todas as campanhas militares, envolvendo Israel, ficaram no passado. O maior conflito de todos os tempos, quando toda a humanidade estará envolvida, está mais perto do que a maioria das pessoas imaginam. Nos capítulos precedentes, nós apresentamos um quadro impressivo e feliz da restauração de Israel conforme está delineado nas profecias bíblicas. Os mesmos profetas que predisseram sua dispersão, também prognosticaram seu retorno, quando haveria de tornar-se, outra vez, uma força nacional na Terra de Israel. Esta poderia, muito bem, ser a ocasião para que ocorra aquele trágico conflito que alguns dos profetas hebreus descreveram, durante o qual uma grande confederação de nações invadiria esta terra, ameaçando destruir, não somente Israel, mas todo o conhecimento acerca do Elorrim de Israel.
Há muitos anos, um arguto observador de fatos in loco daquela região e conceituado escritor, notou o modo como as coisas foram se desenrolando e reconheceu nisso um cumprimento de algumas das profecias que se encontram na Palavra de Elorrim. Ele publicou suas convicções num grande volume ao qual já nos referimos. Tratando sobre o passado, o presente e o futuro de Israel, ele fez as seguintes declarações.
Há vinte e cinco séculos, um cativo e desconhecido judeu da cidade de Babilônia, escreveu um livro no qual ele apresentou um quadro em linguagem inconfundível e de descrição vívida e realista, exatamente sobre os eventos que estão agora acontecendo na Palestina. Ele falou de um tempo então muito distante, que estava ainda no futuro desconhecido, em que a terra da Palestina, sua antiga pátria, haveria de voltar à sua antiga fertilidade depois de um longo período de desolação Ele falou também que eles seriam “recolhidos dentre muitos povos” para serem levados `sua própria terra onde eles habitariam em segurança...sem muros, sem ferrolhos nem portas (sem dúvida uma observação muito singular naquela época em que todas as cidades eram construídas dentro de maciços muros, para proteção contra os inimigos); ele, também, falou de uma grande amálgama de nações orientais... as quais lançariam seus olhos cobiçosos sobre a
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Palestina, ao mesmo tempo em que os judeus estariam vivendo pacificamente na Palestina outra vez, depois de serem “congregados de entre as nações”.
Como foi que este humilde judeu, um cativo que vivia em exílio, na Babilônia, soube tudo isto?
Ninguém pode questionar a fidelidade e a exatidão destas afirmações proféticas. A história que está, agora, sendo feita, testifica todos os dias da maravilhosa exatidão da profecia de Ezequiel. Podemos buscar os registros históricos do passado e consulta-los de ponta a ponta, mas nenhum cumprimento desta profecia está registrado neles. Costuma-se dizer que esta profecia, especificamente, pertence aos “últimos anos”, isto é, ao tempo no qual estamos agora vivendo...E elas foram escritas para “advertência nossa sobre quem os fins dos séculos tem chegado”(I Cor. 10:11).Through Turmoil to Peace, A.W. Anderson, págs. 323,324.
Já, em l854 D.C., Walter Chamberlain, perspicaz especialista e teólogo britânico, em seu livro intitulado The National Resources and Conversion of Israel ( Os Recursos Nacionais e a Conversão de Israel) afirmou mui claramente suas convicções. Comentando sobre as profecias de Ezequiel ele disse:
“De tudo aquilo que eu poderia inferir, a futura restauração de Israel será inicialmente gradual e pacífica; uma restauração permitida, se não assistida e encorajada ou protegida. Eles retornarão para ocupar integralmente a terra, tanto cidades como aldeias; ali ficarão estabelecidos, tornar-se-ão prósperos e sua riqueza aumentará, antes que a grande confederação de povos no Norte seja formada contra eles”.
A profecia à qual ele estava referindo-se era, evidentemente, a de Ezequiel 38, a qual, de maneira tão clara, indica o tempo em que estas coisas haveriam de ocorrer. “Será nos últimos dias”, diz o profeta no verso 16. Antes de tratarmos destas profecias, convêm enfatizarmos, novamente, a solidez e firmeza deste inspirado conselho: “Nenhuma profecia da Escritura provém de particular interpretação”(II Pedro 1:20). A edição revisada traduz “de alguma auto-interpretação”. Qualquer interpretação das
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palavras proféticas deve estar em harmonia com todas as outras “palavras da verdade”. Havendo já enfatizado num capítulo anterior o significado da expressão “últimos dias”, reconhecemos que Ezequiel não poderia estar referindo-se ao tempo em que estava vivendo, pois as Escrituras falam desse tempo como “os dias antigos”. Nem poderiam “os últimos dias” ter qualquer referência aos eventos depois do milênio, porque, então,o tempo não terá absolutamente nenhum significado; nós estaremos na eternidade. A expressão “últimos dias” aplica-se especificamente ao tempo pouco antes do fim dos tempos.
Durante 200 anos estudiosos das profecias andaram antecipando o cumprimento das predições de Ezequiel e alguns foram precisos em suas interpretações, dizendo, com exatidão misteriosamente fantástica, os passos que levariam até o retorno de Israel e também a futura invasão que será por uma grande confederação de povos do Norte. O Dr. John Thomas, um outro especialista Inglês, comentando Ezequiel 38, versos 8-11, disse em seu livro Elpis Israel:
“Eu creio que haverá uma colonização pré-advento e limitada colonização do país dos judeus....e que a prosperidade dessa colônia....será a causa da invasã deste país por “Gog”.
O poder a quem se faz referência como sendo “Gog” e apresentado em Ezequiel 38:2 e 3 desempenha um importante papel na luta de Satanás contra o Elorrim Todo-Poderoso. É por isso que foi dito ao profeta para volver o seu rosto contra “Gog”. A razão pela qual o Senhor fala assim tão explicitamente contra esse poder, está claramente revelada no verso 7, onde Ele diz: “prepara-te tu e todos os teus companheiros que estão associados a ti e sê tu uma guarda para eles”. A tradução de Fenton, diz: “Sê tu o comandante deles”. A New English Bíble fala “de uma grande concorrência de povos contigo” e na nota explicativa diz, “vós sereis o seu principal ponto de reunião e reorganização”, isto é, “seu comandante, seu chefe, seu marechal de campo”.
É bem possível que alguém pergunte, qual é a razão para existir essa grande confederação? Uma porção de coisas poderiam ser sugeridas. A prosperidade desta terra e sua inédita riqueza mineral e agrícola está já fazendo com que olhos invejosos e ciumentos se concentrem na terra de
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Israel. O autor de Elpis Israel, de maneira notável, fez prognóstico de certas etapas que ele acreditava que levariam ao retorno de Israel à sua pátria. Este estudioso da profecia também predisse, com base na profecia de Ezequiel, que os lucros financeiros de Israel seriam a causa de uma grande invasão da terra de Israel. Até mesmo predisse do retorno de Israel com incredulidade. Note estas palavras:
A colonização precursora da Palestina será um evento baseado sobre princípios puramente políticos e os colonizadores judeus retornarão com ceticismo. Eles emigrarão para lá como agricultores e comerciantes na esperança de, finalmente, estabelecerem sua nação....”
A precisão desta afirmação teológica desafia o nosso pensamento. “Os colonos judeus”, disse ele, “retornarão com ceticismo”. Entretanto, a despeito de sua incredulidade, este povo disperso tem, dentro de si, um inato anseio para retornar à terra de seus pais.
Algumas coisas, entretanto, têm que acontecer para fazer com que seu retorno seja possível. Eles nunca poderiam ter emigrado para lá sobre o reinado do sultão. O colapso do Império Otomano com o término da 1ª Guerra viu seu debilitado território ser dividido nos países que hoje se chamam Iraque, Irã, Kuwait, Jordânia, Síria, Israel, etc.
Antes da 1ª Guerra Mundial, a Grã Bretanha, em muitas ocasiões, havia protegido o Império Otomano contra implacáveis inimigos. Mas, em l9l4, quando os turcos uniram-se às potências da Europa contra o Império Britânico, isso mudou, por completo, sua situação. O Império Otomano, com esta decisão, assinou seu atestado de óbito como potência.
Durante os duros combates daquela guerra, o então Presidente da Organização Sionista Mundial, Dr. Chaim Weizmann, iniciou conversações com o governo da Grã Bretanha ao qual fez uma proposição. Ele era um dos mais renomados químicos do mundo e havia descoberto um meio de produzir álcool a partir da madeira e aperfeiçoar valiosos explosivos de cuja disponibilidade tinham tanta urgência para a manufatura de armamentos. Oferecendo aos ingleses os direitos exclusivos deste segredo industrial, ele estabeleceu seu preço – “a criação de um território que servisse de um lar nacional para os judeus na Palestina”. A troca foi “feita
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sem demora” e os ingleses, fechando o acordo, começaram, imediatamente, a estudar os meios que pudessem torna-lo realidade.
Quando a guerra chegou ao seu fim, os representantes das nações sentaram-se à mesa de conversações em Versailles, para discutir o futuro do mundo, especialmente do Oriente Médio; insistiu-se para que a Grã Bretanha aceitasse a responsabilidade de exercer autoridade e governar o pequeno território da Palestina sob as condições de um mandato. Ao cabo de muito debate e considerações, os Ingleses aceitaram relutantes, já que eram grandes conhecedores dos complexos problemas da Palestina.
“Sob a eficiente proteção da influência britânica, as coisas começaram a mudar rapidamente na Terra Santa”, diz um escritor. Quando a 1ª Guerra Mundial começou em l9l4, havia menos de 90.000 judeus vivendo em toda a Palestina. Por volta de l935, esse número aumentou para 300.000. Quando o Estado de Israel foi estabelecido em l948, em virtude do sucesso do programa de imigração durante o mandato britânico, o número de judeus havia sido mais do que duplicado para 650.000. Hoje existem mais de 2.500.000 israelenses* morando ali com mais de 400.000 árabes e outros, vivendo em relativa harmonia. A proteção britânica e o encorajamento trazido pelo forte programa de imigração, aumentou grandemente o prestígio judaico. Mas isso também, trouxe muita aflição às nações vizinhas.
Cem anos antes de o moderno Israel haver declarado sua Independência, o Dr. Thomas, a quem já nos referimos, previu o que aconteceria na Terra Santa, dando disso um claro perfil. Há mais de um século, ele disse:
“Uma outra potência amiga de Israel deverá então ter-se tornado num supremo poder sobre o país, que poderá garantir-lhes proteção e atemorizar as tribos circunvizinhas....
Mas, que parte do mundo deveremos considerar, para acharmos uma potência cujos interesses farão com que se sinta inclinada, como o pode, a implantar nas montanhas de Israel a bandeira da civilização?...
Eu não sei se os homens que, atualmente, dirigem os destinos da política externa da Inglaterra acolhem a idéia de incentivar esta colonização, concordando que seja feito por judeus; suas intenções atuais, entretanto, não têm nenhuma importância, de uma maneira ou de outra,
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porque eles serão compelidos pelos eventos que logo haverão de acontecer, para fazer aquilo que, em circunstâncias reais, céus e terra combinados não poderão persuadi-los a fazer...
O dedo de Elorrim indicou um caminho a ser seguido pelos britânicos do qual não podem fugir e o qual seus conselheiros não somente estarão inclinados mas ansiosos para adotar, quando a crise se abater sobre eles”(Elpis Israel, págs. 441 e 442).
Este homem de larga visão, estudioso das profecias, não viveu para testemunhar o cumprimento da profecia de Ezequiel, pois partiu para o seu descanso em l87l. O que diria ele, se estivesse vivo hoje? E o que é que fez este especialista ser tão confiante? Foi sua crença de que “a Palavra de Elorrim permanece confirmada”. As Escrituras declaram:
“Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso”(II Pedro 1:19).
A proposta de que os ingleses usariam sua força e prestígio para estabelecer um lar nacional para os Judeus. Era inimaginável antes da 1ª Guerra Mundial, mas nós vivemos para assistir a esse acontecimento assombroso para o mundo. Outros estudiosos da Palavra de Elorrim enfatizaram sobre a importância das profecias concernente à Israel.
Um ilustre estudioso americano, Increase Mather que, durante l5 anos, foi Presidente do Harvard College (hoje Universidade de Harvard) e incidentalmente o primeiro teólogo em Divindade, formado numa universidade, no tempo dos Estados Unidos Colônia, publicou seu livro oito anos após haver retornado da Inglaterra para Boston. Este livro – The Mistery of Israel‟s Salvation (O Mistério da Salvação de Israel) – explorou as críticas profecias concernentes à restauração de Israel, assinalando que os judeus retornariam à Palestina e voltariam a ser uma nação, fato que bem poderia conduzir a uma regeneração espiritual. Ele era ministro da igreja Congregacional e foi uma influência poderosa na América Colonial. Veremos mais adiante que seu livro precedeu o Elpis Israel de Thomas em cerca de oito anos.
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Depois, um outro estudioso, Dr. John Cumming, contemporâneo do Dr. Thomas, escreveu The Destinity of Nations (O Destino das Nações), publicado em l864. Todos estes homens concordavam a respeito daquilo que acreditaram que iria acontecer a Israel. Concernente aos judeus, ele disse:
“Como aconteceu no passado que, como nação eles tenham sido dispersos por todas as terras e, além disso, insultados, segregados e sozinhos entre as nações, as predições de sua restauração, estão em palavras tão claras, apenas que ainda não se cumpriram (lembrem-se de que escreveu isso em l864). Como uma nação eles foram cortados e dispersados e é como uma nação que eles serão recolhidos e restaurados”.
Um último ato, Entretanto, desta história grandiosa e dramática deste povo extraordinário está ainda faltando para que fique completa. Embora sua restauração pareça claramente predita e reclamada, quem, entretanto, estenderia a mão para mudar o cenário e fazer com que apareçam os atores? O tempo, naturalmente, tem cuidado disto.
Nós nos referimos a apenas alguns dos muitos intérpretes das profecias que, apesar de não terem vivido para ver o desenrolar dos fatos, estavam convictos do futuro da nação judaica.
Muito embora seja interessante notar o que os estudiosos disseram acerca dos judeus, há décadas e, até mesmo em séculos passados, é também de vital importância que nos inteiremos daquilo que está acontecendo agora. Para fazer isso nós, agora, entramos numa das áreas mais delicadas do cenário que se descortina.
Tendo já nos referido ao papel dos ingleses no restabelecimento de Israel e sua influência nos últimos anos da 1ª Guerra Mundial, nós não devemos deixar passar despercebido o fato de que, além de ter patrocinado o programa da criação de um território para a repatriação dos judeus na Palestina, a Grã Bretanha também empenhou-se em proteger os árabes. Conseguir satisfazer a ambos os grupos era tarefa que exigia cautelosa diplomacia.
Durante centenas de anos, os árabes haviam sido os defensores de seus lugares santos na Palestina. Estes lugares são altamente venerados por eles. Os britânicos estavam, naturalmente, bem a par disso e uma das
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primeiras coisas que o General Allenby fez, quando ele e seu exército entraram em Jerusalém, em 7 de dezembro de l9l7, foi colocar um cordão de isolamento formado por tropas de muçulmanos-hindus ao redor dos lugares tão sagrados para os maometanos. Desde então tudo foi feito para resguardar as convicções religiosas de tantas religiões diferentes que são parte integrante da população da Palestina. E deve-se dizer, para crédito dos judeus que, a despeito da tragédia das guerras que se têm abatido neste pequeno território desde l948, aqueles lugares sagrados estão ainda intactos, como o pode atestar qualquer pessoa que visite a Terra Santa. Os judeus têm demonstrado e continuam demonstrando admirável respeito para com os lugares sagrados dos maometanos.
Quando a Grã Bretanha aceitou o mandato que lhe foi designado pela antiga Liga das Nações, ela o fez com muita apreensão e receio, sabendo quão difícil seria a situação. E, durante os primeiros vinte anos, pelo menos, ela conseguiu manter sua promessa inviolada e íntegra. Mas as pretensões começaram a formar-se e é triste e lamentável que um programa que começou de maneira tão prestativa e profícua e tanto fez para apaziguar os temores dos povos do Oriente Médio, deteriorasse tristemente até, finalmente, a situação tornar-se insuportável. Finalmente, os Ingleses retiraram-se, entregando-o à responsabilidade das Nações Unidas, pois a antiga Liga das Nações, não suportando o peso das pressões políticas, desaparecera alguns anos antes. As Nações Unidas já haviam feito a partilha da Palestina na esperança de estabilizar a situação. Mas isto também constitui-se num grande desapontamento, na verdade, um desastre.
Percebendo que os judeus estavam para declarar sua independência, os árabes palestinos mostraram sua determinação de resistir ao intento dos judeus. No Palestine post de 27 de fevereiro de l948, apareceu este pronunciamento direto e franco:
“Os árabes da Palestina consideram que, qualquer tentativa por parte dos judeus ou qualquer potência ou grupo de potências, para estabelecer um Estado Judeu em território árabe, é um ato de agressão que será resistido em defesa própria pela força.
Os árabes da Palestina fizeram uma solene declaração perante as Nações Unidas, perante Elorrim e a História, que nunca se submeterão ou
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se renderão a qualquer potência que for à Palestina para forçar a partilha”.
Alguns dias mais tarde, o mesmo jornal trazia esta opinião contrária por parte dos judeus.
Nós respeitamos inteiramente a autoridade das Nações Unidas, mas, se ela não puder levar a cabo sua própria decisão e, em conseqüência disso, a comunidade judaica da Palestina se defrontar com a ameaça da aniquilação, esta última será compelida pelas considerações de pura sobrevivência a mudar de rumo para sobreviver, sem falar da preservação de seus direitos, de tomar todas as medidas necessárias que a situação exigir...
Nós esperamos que não haja necessidade de conflito prolongado e sério na Palestina. Nós não desejamos a guerra com nossos vizinhos, somente paz e cooperação. Dentro da estrutura do plano que exige dois Estados Independentes, ligados numa união econômica, existe uma possibilidade para esta paz e cooperação”(palestine post, 8 de março de l948).
Enquanto judeus e árabes aguardavam a palavra final do Conselho de Segurança das Nações Unidas, os acontecimentos na Palestina, caminhavam rapidamente, rumo a um sério conflito. A violência estava constantemente em erupção e, como diz William L. Hull:
“Uma luta, tipo Davi e Golias, estava começando a tomar forma e nela os judeus foram excedidos em muitas vezes em seu número e Davi foi encolhido para menos da altura do joelho de Golias”(The Fall ando f Israel, pág. 307).
Mas desigual como foi a luta, os judeus foram rapidamente movendo-se para as fortalezas do país. Muito brevemente a cidade de Tiberíades se tornou palco de lutas. Mas os israelenses capturaram toda a cidade e depois continuaram sua marcha para se estabelecerem na Galiléia oriental. Primeiro foi o vale de Basã e depois o Vale de Jezreel tornaram-se possessão de Israel. Lutas constantes tinham acontecido durante meses, dentro e ao redor de Haifa. Ali, a população foi quase uniformemente
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dividida e ainda está. No fragor da luta, os ingleses planejaram retirar-se de cena:
“O General Stockwell, comandante britânico daquela área, informou aos líderes árabes e judeus na manhã de 21 de abril que ia evacuar a cidade, exceto a área do porto e que ele já não seria o responsável pela própria cidade. Ele, escrupulosamente, manteve a palavra... Mostrou o que um comandante justo e honesto pode fazer, se o desejar”(Ibdem, pág. 312).
Tornou-se, logo, evidente que os israelenses assumiram o controle da cidade. E, Então, veio a público um dos mais infelizes acontecimentos de todo o conflito. Muitos árabes fugiram de barco para o Líbano e outros fugiram para Acre. Eles haviam recebido instruções do Superior Comitê Nacional Árabe, cujos dirigentes estavam eles próprios fugindo, para que escapassem, através da fuga. Quando viram seus líderes partirem, eles, apressadamente, apanharam o que puderam de seus pertences e se foram. Pode não ser do conhecimento de todos, mas a História registra que os judeus instaram com eles para que permanecessem e até mandaram sair seus caminhões com alto-falantes, dizendo aos árabes que eles não sofreriam nenhum dano, mas receberiam todos os cuidados. Mas, lamentavelmente, tudo isso de nada adiantou. William Hull, testemunha ocular, observou como foi espantoso o fato de tantos conseguirem fugir tão depressa:
“mais tarde, quando os judeus atacaram e capturaram Acre, os fugitivos de Haifa que haviam procurado refúgio ali, tornaram-se novamente fugitivos, desta vez juntando-se a eles os cidadãos de Acre. Ninguém ficou mais surpreso do que os próprios judeus com o seu êxito em conseguir capturar Haifa completamente em, aproximadamente, 30 horas de luta”(Ib. pág. 312).
Mais de um repórter fez comentários sobre a fuga. Nas palavras de um deles, foi, “um tanto misterioso e até mesmo miraculoso!” Cerca de 800.000 árabes vindos tanto do norte como do sul da Palestina, achavam-se mais tarde, nos campos de refugiados. Os Israelenses sustentam que, se aqueles árabes tivessem permanecido onde estavam, eles teriam sido
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igualmente beneficiados como os atuais 450.000 dos seus compatriotas que têm estado sob a proteção do Governo de Israel.
Em 12 de abril de l948, o Conselho Provisório que, mais tarde veio a se tornar o Governo do Estado Judaico, anunciou ao mundo a intenção dos judeus de declarar sua independência. A conclusão da resolução do Conselho Principal não deixou espaço para equívocos ou mal-entendidos. Assim rezava:
“Nós resolvemos, neste dia, que o término do mandato para o governo de administração da Palestina marcará, de fato, o fim de toda dominação estrangeira neste país. Com o término deste governo, sob regime de mandato, o Governo do Estado Judeu começará a existir.
Nesta hora, voltamo-nos para os cidadãos árabes do Estado Árabe e nossos vizinhos árabes. Nós lhes oferecemos paz e amizade. Nós desejamos construir nosso Estado em comum com os árabes como cidadãos em igualdade de direitos.
Nossa liberdade e a deles, seu futuro e o nosso fundamentam-se no esforço comum. Confiantes na justiça de nossa causa, estamos dispostos a dar tudo de nós para sua realização e conclamamos aos judeus de todas as terras e especialmente os da Palestina, a cerrar fileiras para levarmos a cabo esta sublime tarefa.
Fortificados pela fé, nós apelamos a todas as nações que nos concedem este direito à nossa própria salvação e depositamos nossa confiança em Elorrim, o Senhor de Israel”(The Palestine Post, 13 de abril de l948).
Como todo mundo sabe, o Mandato findou um minuto depois da meia-noite do dia l4 de maio de l948. Naquele mesmo dia, uma sexta-feira, às 4 horas da tarde, um homem gordo e de pequena estatura, semblante firme e enérgico, uma auréola de cabelos brancos e espessos, permanecia de pé no Museu de Tel Aviv e depois de cantar o Hino Nacional Judaico, iniciou o discurso que culminou com os rápidos acontecimentos dos últimos poucos dias. O discurso de David Bem Gurion e os atos daquele dia foram chamados de “o mais importante acontecimento na vida de todo o povo de Israel desde o ano 33 D.C.” O leitor encontrará o texto completo
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da Declaração da Independência no apêndice, o qual deverá ser lido com muito interesse.
Depois de declarar que a nação judaica estava estendendo a mão da paz a todos os vizinhos, para o bem comum, ele disse:
“Com confiança no Elorrim Todo-Poderoso, nós colocamos nossa mão sobre esta Declaração, nesta sessão do Conselho Provisório do Estado, sobre o solo da terra natal, na cidade de Tel Aviv, nesta véspera do Sábado, no 5º dia de Iyar, 5708, dia l4 de maio de l948”.
Trinta e sete assinaturas aparecem no fim desta Declaração. Foi, sem dúvida, um momento histórico – de certo modo, o mais singular na História judaica. Nunca, desde o dia em que Elorrim chamou a Abrão de Ur dos Caldeus e prometeu que, através dele, todas as nações da terra seriam benditas, houve um evento político de maior significado naquele pequeno país.
O editorial do Palestine Poste, de 8 de março naquele ano, dizia:
“Ninguém lamentará mais do que os judeus o modo como os ingleses partiram deste país. As grandes esperanças que o mundo tinha e não menos importantes, como as de estadistas árabes de visão tão ampla, como o falecido rei Faisal e amigos tão compreensivos dos árabes, como Lawrence, desvaneceram-se em desapontamento, amargura e rancor.
O sangue derramado trinta anos atrás, na gloriosa aventura de libertar a Terra Santa dos Grilhões da nação, tornou-se mudado e se enlameou na sordidez da atual luta, a qual nunca poderia ter acontecido, se os ideais das primeiras gerações não tivessem sido abandonados.
Apesar de tudo, quando a angústia e o ódio de hoje estiverem esquecidos, o primeiro serviço prestado pela Grã Bretanha à Palestina e, através da Palestina, ao mundo, será lembrado. E, na História judaica, que é longa e ciosamente preservada, os nomes de Balfour e Lloyd George serão repetidos e abençoados como o neme de Ciro da antiguidade e neles a Inglaterra que eles representavam, será também abençoada”
Estas palavras de William L. Hull, que viveu a experiência daqueles turbulentos meses, são significativas:
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“Deste modo, o novo Estado teve seu início num dia de Sábado. Parecia ser um símbolo da esperança que vive no coração de cada judeu de que o descanso de um Sábado poderia vir através deste novo estado para este povo cuja vida tinha sido unicamente uma vida de jornadas sem destino, lutas e sofrimentos. A sua semana de labores teria perdurado tanto de penetrado pelo futuro adentro – tivessem eles realmente considerado o seu descanso?”(Fall and Rise Of Israel, pág. 324).
Multidões de judeus em todas as grandes cidades do mundo entraram num período de grande regozijo. O Palace Theater, de Londres, foi lotado até a última poltrona da galeria mais alta pelos líderes da Comunidade Judaica da Inglaterra.
“Havia uma grande multidão de líderes judeus e convidados especiais no palco, mas uma cadeira da primeira fila permaneceu vazia. Ela devia ter sido ocupada pela Sr. Blanche Dugdale, que era cristã e sobrinha da Lord Balfour. Ela pertencia à estirp dos mais destemidos advogados e defensores do povo judeu. Os judeus não possuíam uma amiga mais leal. Seguindo os passos de seu ilustre tio, ela trabalhou, sem cessar e, provavelmente, até foi impopular entre os britânicos em favor do Estado Judeu. Mas sua cadeira permaneceu vazia: ela havia morrido um dia antes”(Ibid.,pág. 325).
Após ter sido devidamente estabelecido o Estado Judeu, começaram a considerar sobre a necessidde de um programa de imigração com entusiasmo renovado. Em Ezequiel 38, o capítulo que estamos considerando, lemos sobre “uma terra de cidades sem muros”, e um povo “que está em descanso, que habita em segurança, todos habitantes sem muros e, não tendo trancas nem portas”. O versículo 12 declara que:
“eles são um povo que foi trazido de todas as nações, o qual tem gado e bens e habita no meio da terra”.
A New English Bible, diz assim:
“Povo que adquiriu gado e bens e fez seu lugar de morada naquele que é o verdadeiro centro do mundo”.
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Falando sobre Jerusalém o Senhor diz:
“Esta é Jerusalém. Eu a tenho estabelecida no meio das nações”(Ezequiel 5:5).
Jehan de Mandevelle (Sir John Mandeville), em seu famoso livro TRAVELS, escrito há 600 anos disse:
“Terra Santa, que os homens chamam Terra da Promessa ou do mandado, excedendo a todas as outras terras, amais digna terra, a mais excelente... a rainha de todas as outras terras,... coração e parte central, como que o meio do mundo”.
Esta estreita faixa de terra é o traço de união de três importantes continentes – Ásia, Europa e África. Ela marca a trilha das grandes rotas comerciais, conforme nos indicam os mais antigos registros da raça humana, e é o ponto de encontro de três grandes religiões. Ezequiel 38:8 fala sobre “a terra que se recuperou da espada, ao povo que se congregou dentre muitos povos sobre os montes de Israel que sempre estavam desolados; este povo foi tirado de entre as nações e todos eles habitarão em segurança”. E isto será “nos últimos anos” ou “nos últimos dias” (versos 8 e 16).
Não pode haver nenhuma dúvida de que é a terra a que o profeta Ezequiel se referiu em sua profecia. Ele foi, não somente específico quanto ao lugar, mas também com relação ao tempo. De acordo com o que já foi mencionado, este capítulo 38 de Ezequiel tem sido e ainda é aplicado aos eventos imediatamente anteriores ao fim dos tempos por muitos especialistas bíblicos em nossos dias, tanto judeus quanto cristãos. O mundo todo sabe que, tão logo Israel declarou sua independência, já seus vizinhos empreenderam a guerra. Apesar de, em l948, não ter existido um único refugiado sequer, ainda assim o país foi invadido por seis vizinhos de Israel. Os refugiados não são a causa real das guerras árabe-israelenses. Está claro que algumas nações estão determinadas a verem-se livres de Israel.
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No capítulo XVIII “Israel e o Armagedom”, nós desenvolvemos certas áreas de estudo, que apresentam algumas revelações aterradoras que dizem respeito, não somente ao futuro imediato de Israel, mas, também, ao do mundo. A reivindicação peremptória de Israel pela sua independência bem poderia ser um evento de toda uma cadeira de acontecimentos que poderiam levar ao clímax da história da Terra.
O fato de Israel estar no centro da crise internacional de nossos dias é tremendamente evidente para todos. Apesar de não se poder afirmar com certeza, mesmo assim todos os observadores bem informados compreendem a tremenda responsabilidade de um ataque, sem precedentes, que partirá de uma gigantesca confederação de nações, inspirada e guiada pelas forças satânicas do ateísmo. E isto será pouco antes do fim dos tempos. Tudo aponta para o fato de que isso está muito próximo.
A guerra é sempre trágica, mas a causa da guerra é, muitas vezes, passada por alto. As Escrituras Sagradas afirmam que a causa básica é o pecado. “Donde vêm as guerras e pelejas entre vós?”, diz Tiago. “Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?”(Tiago 4:1 e 2). O homem, por natureza, é egoísta e egocêntrico. A determinação de satisfazer metas e objetivos egoístas, leva os indivíduos, assim como as nações, à guerra. Para termos um mundo sem guerras, nós temos que ter primeiro um mundo sem pecado. E graças a Elorrim, está vindo o dia em que já não mais existirá o pecado. Mas, por enquanto, vivemos em um mundo de violências, luxúria e ganância. Assassinatos políticos e rebeliões parecem ser a ordem do dia. Temendo ataques militares terroristas, Israel esforça-se para estar preparado.
Como prova do seu preparo, Israel o demonstrou naquele brilhante resgate, quando mais de l00 reféns foram arrebatados das garras da morte e trazidos da África para seus lares em Israel. O mundo não esquecerá, tão cedo, aquele grande e humanitário resgate de Entebe.
Uma recente nota divulgada pela Associated Press de Tel Aviv diz que “Israel tornou-se um dos principais exportadores de armas, equiparando-se à Suíça, Itália e Suécia na venda de armas para governos estrangeiros...”
“A indústria de armamentos é uma das maiores fontes de emprego em Israel, com dezenas de milhares de trabalhadores, fabricando de tudo,
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desde munição miúda até aviões de combate a jato. A metralhadora portátil Uzi, de fabricação israelense, por exemplo, é vendida para mais de sessenta países”.
A divulgação da notícia descrevia alguns itens como as ogivas “Gabriel Millile” – “com poder explosivo de l40kg” e “um alcance de 32km”, e o “shafir” o sistema de míssil ar-ar o qual, alegam, “pode ser usado contra aviões em altitude de quase 22.000 metros”.
O maior problema de Israel, no presente, não é de produção nem de comércio, mas de sobrevivência. Há algum tempo, atribuiu-se ao Primeiro Ministro de Israel a frase “nossa luta não é sobre em que terra haveremos de viver, mas, sim, se, pelo menos, viveremos”. Desde outubro de l973, Israel vem reformulando sua força militar e tem gasto 35% de seu orçamento nacional com seu sistema de defesa, comparados com, digamos, 8% nos Estados Unidos. E, além disso, o serviço militar obrigatório foi aumentado de dois anos e meio para três anos para os homens; e, de vinte meses para vinte e quatro meses, para as mulheres. Quase todos os homens, fisicamente aptos, são obrigados a passar cerca de cinco semanas por ano, servindo com reservistas. “A Guerra do Yom Kippur foi e ainda constitui um choque para nós”. “O número de nossas baixas (2.569 mortos e 7.500 feridos) e o tremendo custo da guerra (nove bilhões de dólares, o quê significa, por alto, o produto nacional de um ano)...nós vamos continuar a sentir...durante diversos anos pela frente”(George Michaelson, Parade Magazine, outubro de l976).
Quando Israel declarou sua independência, fé-lo com segurança e grande esperança de estar em paz com seus vizinhos. Mas a história recente tem mostrado quão fúteis são os planos humanos. A grande pergunta é: Onde terminará tudo isso?
O capítulo XVIII transporta-nos até o clímax da história humana – “a batalha do grande dia do Elorrim Todo-Poderoso” ou o Armagedom – quando o mundo todo, liderado pela trindade satânica de “o dragão, a besta e o falso profeta” desafiar o Elorrim de Israel.
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CAPÍTULO VII
É PERMANENTE A INDEPENDÊNCIA
DE ISRAEL
Nenhum povo, ao longo da História, revelou maior capacidade de adaptação e versatilidade do que os judeus. Apesar de oprimidos, desprezado e rejeitado, este povo ajustou-se aos mais variados ambientes para onde foi espalhado. Mesmo golpeados e ultrajados, os judeus sempre acariciaram em seus corações a esperança de que, algum dia, a nação retornaria à sua terra natal. Esta esperança cristalizou-se no programa político conhecido como o Movimento Sionista.
Diz-se que o Dr. Theodor Hertzl, fundador daquele Movimento, visitando certa vez o Kaiser Wilhelm da Alemanha, solicitou que ele negociasse a compra da Palestina para os Sionistas. Eles possuíam dinheiro e pagariam por isso. O Kaiser fez uma visita à Terra Santa em l912, mas retornou à Alemanha, ele recusou-se até mesmo a conceder uma entrevista ao Dr. Hertzl. O fato é que se unira numa aliança com o chefe do decadente Império Otomano. Dois anos mais tarde, em l9l4, o mundo viu-se mergulhado numa guerra global. Esta pôs um fim, não somente ao império Otomano, como também ao Império Germânico. O General Allenby da Grã Bretanha, sendo ele próprio de descendência judaica e também um gênio na arte militar, quebrou a resistência Turca e libertou a Palestina da cominação Otomana. Por este fato, foi-lhe concedido um título da nobreza britânica – “Conde do Meggido”. Não somente se transformou a totalidade do Oriente Médio, como também foram intensificados os anseios do disperso povo de Israel.
Na época em que teve inicio a 1ª Guerra Mundial, o barão Edmond de Rothschild, juntamente com vários outros judeus ricos, estiveram negociando a compra de cerca de 8.750ha do mais rico solo da Palestina. A 1ª Guerra Mundial fez cessar aquelas negociações e, quando a Turquia se uniu aos alemães, isso colocou a Terra Santa no palco da Guerra. Os fatos desenrolaram-se rapidamente naquela região, desde o colapso do Império Turco em l922. Hoje, Israel está firmemente estabelecido na terra de seus pais. Enquanto este fato é visto com grande apreensão pelos seus vizinhos árabes é, por outro lado, considerado por muitos cristãos como um dos
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mais claros sinais da iminente vinda do Messias. No presente capítulo nós comparamos certas promessas que Elorrim fez a Seu antigo povo.
Uma importante pergunta frequentemente levantada é: “Pode o restabelecimento desta nação, hoje enquadrar-se na profecia de Jeremias l9:11? Que diz:
“Deste modo quebrarei Eu a este povo e a esta cidade, como se quebra o vaso do oleiro, que não pode mais refazer-se”.
Jeremias proclamou essas palavras do Senhor na presença dos líderes do povo de judá e dos antigos sacerdotes. Durante anos ele havia levado uma mensagem de advertência, implorando e rogando ao povo que obedecesse a Elorrim e declarava que, se continuasse em sua insolente desobediência, Elorrim iria permitir que Jerusalém fosse destruída. O Senhor mandou que ele descesse à casa do oleiro. Ali observou ele o homem que fazia um vaso de barro. Ele viu que o vaso se “estragou na mão do oleiro”. Em vez de lança-lo fora, ele “tornou a faze-lo”(Jeremias l8:4). Elorriim assemelhou-Se a Si mesmo com o oleiro que foi capaz de fazer com barro o que Lhe aproveitasse. Assim, Elorrim poderia tomar este povo e, pela Sua graça, tornar a faze-lo. Mas o povo não deu atenção ao mensageiro de Elorrim. Sua trágica resposta foi:
“Nós andaremos após as nossas imagens e cada um fará segundo o propósito do seu malvado coração”(Jeremias l8:12).
Suas práticas malignas foram quase que além de qualquer descrição, porque eles haviam-se rebaixado à prática da feitiçaria e degradante imoralidade, que tanto prevalecia entre as nações ao seu redor.
Para tornar sua mensagem ainda mais impressionante, Jeremias, cumprindo a ordem de Elorrim, tomou o vaso de barro que o oleiro havia feito e, reunindo os líderes da nação fez um último apelo, dizendo:
“Ouvi a palavra do Senhor, ó reis de Judá, e moradores de Jerusalém; assim diz o Senhor dos Exércitos, o Elorrim de Israel: Eis que trarei tão grande mal sobre este lugar, que quem quer que dele ouvir, retinir-lhe-ão os ouvidos.
Porquanto Me deixaram e profanaram este lugar, e nele queimaram incenso a outros deuses.
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Porque edificaram os altos a Baal, para queimarem seus filhos no fogo em holocausto a Baal (Jeremias l9:3-5).
Assim, Elorrim disse:
“Porei esta cidade por espanto e objeto de assobio; todo aquele que passar por ela se espantará e assobiará, por causa de todas as suas pragas”(Jeremias l9:8).
Seguindo as instruções do Senhor, o profeta então quebrou o vaso à vista do povo, dizendo:
“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Deste modo quebrarei Eu a este povo e a esta cidade de Jerusalém, como se quebra o vaso do oleiro que não pode mais refazer-se (Jeremias l9:11).
Esta foi uma profecia que dizia respeito à destruição do reino de Judá pelos babilônicos. Jeremias predisse a vinda de Nabucodonosor, rei da Babilônia, e falou que Judá seria totalmente destruída como reino. Mas ele foi ainda mais claro, afirmando exatamente quanto tempo permaneceriam em cativeiro:
“E toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto; e estas nações servirão ao rei da babilônia setenta anos”(Jeremias 25:11).
Não resta dúvida a quem esta mensagem foi dirigida. Ela foi dirigida ao reino de Judá e ao reino de Israel que havia sido levado cativo pelos assírios um século e meio antes. E, agora, tendo Judá sido levado à prática dos mesmos pecados diabólicos os quais foram praticados com arrogância, o Senhor disse:
“Deste modo quebrarei Eu este povo e a esta cidade de Jerusalém como se quebra o vaso do oleiro, que não pode mais refazer-se...Eu entregarei a todo Judá na mão do rei de Babilônia; ele os levará presos a Babilônia (Jeremias l9:11 e 20:4).
Mas isso não foi tudo o que o Senhor disse, pois lemos:
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“Por isso, disse o Senhor, depois dos setenta anos consumados em Babilônia, eu vos visitarei (Judá) e cumprida a minha palavra, tomar-vos-ei e vos farei retornar ao vosso lugar” (Jerusalém) – (Jeremias 29:10).
Durante aqueles setenta anos, Judá seria um vaso quebrado, o qual não poderia refazer-se. Mas, depois dos setenta anos, o Senhor declarou que eles seriam trazidos de volta à terra de seus pais. E a História prova que Elorrim fez exatamente isto. Uma vez que o povo não podia refazer o vaso do oleiro, o Elorrim dos céus o fez, pois “para Adonay todas as coisas são possíveis”. (Mat. 19:26) Agora, observe esta promessa:
“Acontecerá, porém que, quando se cumprirem os setenta anos, castigarei a iniqüidade do rei da Babilônia e a esta nação, diz o Senhor, como também a terra dos Caldeus, farei deles ruínas perpétuas”(Jeremias 25:12).
Elorrim tornou isso até mais enfático ainda, como já vimos:
“Logo que se cumprirem para Babilônia os setenta anos, atentarei para vós outros e cumprirei para convosco a minha boa palavra, tornando a trazer-vos para este lugar”(Jeremias 29:10).
Qualquer pessoa, com uma mente aberta, pode ver que o Senhor estava falando para o reino de Judá, que compreendia as duas tribos Judá e Benjamim. Durante os setenta anos de seu cativeiro, Jerusalém e a terra de Judá se tornaram uma desolação. Esta foi a significação da figura do vaso de barro quebrado. E, então, dois anos após a destruição de Babilônia, Ciro, o Grande, o rei persa, baixou um decreto, permitindo aos judeus retornar e reconstruir o templo. E, até mesmo, forneceu o dinheiro para cobrir os gastos com o programa de reconstrução. Lemos esse importante decreto em Esdras 1:1-4.
Em virtude dos atrasos no projeto, um outro decreto real foi expedido por Dario em 519 A.C.(Veja Esdras 6:8 e 14). O templo foi reconstruído e completamente acabado quatro anos mais tarde, em 515 A.C. Mas a cidade não foi reconstruída naquela época. Foi necessário um outro decreto real para que isso acontecesse. Esse terceiro e último decreto foi editado em 456 A.C. pelo rei Artaxerxes. Lemos esse decreto em Esdras 7:12-26.
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Embora tivesse sido concedida aos judeus completa autonomia na época do reinado persa e, mais tarde também, sob o domínio grego, mesmo assim Judá nunca passou de um Estado vassalo ou um protetorado da Pérsia, depois da Grécia e, em seguida, de Roma. Em 161 A.C. os judeus formaram uma aliança com o crescente Império Romano. Pensavam eles que, em assim fazendo, estariam protegendo-se, mas o que realmente aconteceu foi o fato de terem-se tornado parte do Império Romano. Embora tenham reconstruído o Templo e a cidade de Jerusalém, a Arca do Concerto que Jeremias havia escondido numa caverna, nunca mais foi achada. Desde então não mais tiveram os judeus um rei ou um trono. Sempre estiveram sob o domínio de outras nações até o ano de l948 de nossa era, data em que Israel se tornou, novamente, uma nação independente. Desde então, esta nação vem crescendo em poderio militar e em força industrial.
Desde Zedequias, o último rei que governou Judá e que foi levado cativo por Nabucodonosor em 586 A.C., nunca mais Judá tornou-se um reino verdadeiro com um rei ou presidente. Quando a nossa era comum teve início, eles estavam ainda sob a dominação romana. Então em 66 D.C., a guerra judaico-romana teve início. Quatro anos mais tarde, em 70 D.C., Jerusalém foi completamente destruída e a nação dispersa para os quatro ventos.
Durante l900 anos o povo Judeu não teve nenhuma pátria e a cidade de Jerusalém foi pisada por povos gentios. A 1ª Guerra Mundial trouxe grandes mudanças para esta parte do mundo, pois o Império Otomano, que havia ocupado o território da Palestina durante séculos, foi destruído. Não existe mais o Império Otomano hoje.
O Oriente Médio viu algumas mudanças drásticas durante as últimas seis décadas, mas, em nenhuma região, as mudanças foram mais dramáticas do que na terra de Israel. Não somente Israel voltou a ser uma nação e reconhecida como membro do Conselho Mundial das Nações Unidas, como também a cidade de Jerusalém é novamente a capital dessa nação restabelecida. O mesmo Elorrim que profetizou a Dispersão dos judeus, profetizou, também, sua restauração. Não somente foram reunidos os remanescentes do reino de Judá, como também foi restaurado o antigo nome de Israel.
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O que era impossível de se realizar ao longo dos séculos por meio de guerras e intrigas é, nestes “últimos dias”, um fato consumado. O retorno de Israel à sua terra natal é, realmente, um dos maiores sinais de que já estamos chegando quase ao fim dos tempos. Até mesmo Samaria, a cidade onde o rival Reino do Norte tinha seu quartel general, é hoje uma parte do território do Novo Israel.
Enquanto o povo hebreu estava ainda no deserto, Moisés, seu grande líder, fez-lhe uma exposição muito clara sobre o propósito de Elorrim para com eles como nação.Falou-lhes Moisés que, se obedecessem a Elorrim e guardassem a si mesmos da idolatria, eles seriam abençoados e colocados acima de todos os povos da Terra. Mas, se eles desobedecessem, disse-lhes Moisés:
“O SENHOR te fará cair diante de teus inimigos”(Deuteronômio 28:25).
E pintou aos hebreus um negro quadro dos cursos que se seguiram à sua desobediência. E todos nós conhecemos a trágica história desta nação. Ela foi escrita com sangue, angústia e dor, século após século. Moisés disse:
“E sereis por pasmo, por ditado e por fábula entre todos os povos a que o Senhor vos conduzirá...
E ficareis poucos homens, em lugar de haverdes sido como as estrelas do céu em multidão. Porquanto não destes ouvidos à voz do Senhor teu Elorrim...
E o Senhor vos espalhará entre todas as nações, desde uma extremidade da terra até à outra extremidade...
E nem ainda entre as mesmas gentes descansareis, nem a planta do vosso pé terá repouso: porquanto ali o Senhor vos dará coração tremente, e desfalecimento dos olhos e desmaio da alma.
E a vossa vida como suspensa estará diante de vós; e estremecereis de noite e de dia, e não crereis na vossa própria vida.
Pela manhã direis: Ah! Quem me dera ver a noite! E à tarde, direis: Ah! Quem me dera ver a manhã! Pelo pasmo do vosso coração, com que pasmareis, e pelo que vereis com os vossos olhos”(Deut. 38:37,62-67).
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Pode uma linhagem ser mais clara que esta? Não era da vontade de Elorrim ver seu povo espalhado pelos seus inimigos, pois foi o próprio Criador que o fixou na Terra da Promessa. Mas sua permanência ali como nação, estava na dependência de sua lealdade a Ele e eua obediência aos Seus Mandamentos. Infortunadamente, ele se desviou para as práticas dos seus vizinhos pagãos até chegar ao estágio de as Escrituras declararem “mais nenhum remédio houve” (II Crônicas 36:14-16). Elorrim teve que permitir a seus inimigos que viessem e o desterrasse. Os judeus foram levados cativos para a Babilônia. Mas, de acordo com os propósitos de Elorrim, eles retornaram e durante cerca de 500 anos os judeus permaneceram na Terra da Promessa.
Havia aprendido sua lição muito bem; com efeito, eles vieram a se tornar fanáticos seguidores da letra da Lei. Mas, em seu zelo, eles deixaram de compreender o propósito completo que Elorrim tinha para eles. Tivessem eles seguido os conselhos do seu maior Mestre e orado por seus inimigos, tivessem eles iniciado a fazer o bem àqueles que maldosa e odiosamente os usaram e os perseguiram, como teria sido diferente a história! Ao invés de revelarem os princípios da bondade e da graça, eles opuseram resistência aos romanos. Eles estavam mais preocupados com interesses políticos do que com o espírito da verdadeira religião.
No ano 66 D.C., um movimento revolucionário surgiu no seio de um grupo que a se próprio se denominava de Zelotes. Eles fizeram um esforço obstinado para expulsar os romanos. Foram esses Zelotes que iniciaram, de fato, a guerra entre os judeus e os romanos. Com que resultado? Eles mesmos foram expulsos, a nação foi totalmente subjugada, o Templo foi destruído e centenas de milhares foram vendidos como escravos. As palavras de Moisés foram verdadeiramente cumpridas;
“E serás por pasmo, por ditado, e por fábulas entre os povos...”(Deut. 28:37).
Lord Byron, um dos maiores poetas da Inglaterra, retratou a tragédia deste povo oprimido nestas linhas já citadas anteriormente:
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“Tribos que vagam a passo errante e peito cansado, como poderemos ver-nos livres e conseguir descanso?
A pomba selvagem tem seu ninho, a raposa seu covil, Os povos cada um tem seu país – Israel por torrão, apenas a sepultura”.
Moisés dissera: “E ficareis poucos em número” (Deut. 28:62) e a História confirma isso. O povo judeu, um dos mais antigos povos do mundo, deveria hoje ser contado em centenas de milhões, mas, em lugar disso, eles são, comparativamente, poucos em número. Havia aproximadamente 20 milhões de judeus no mundo, antes da investida de Hitler aos judeus na Europa. Atualmente, em virtude do incremento da taxa de natalidade, eles somam cerca de 16 milhões e podem ser encontrados em quase todos os países. Ao longo desses trágicos séculos, os judeus, em sua maioria, viveram sob o signo do terror. Seus lares eram os guetos.
Quando Elorrim chamou a Abraão, Ele prometeu ao patriarca que faria dele uma grande nação e que, através dele, seriam benditas todas as famílias da Terra. Este era o propósito de Elorrim: que a posteridade de Abraão levasse as boas novas de Salvação aos mais longínquos lugares da Terra. Eles deveriam ser “luz para os gentios”.
Quando o rei Davi começou a reinar sobre Israel, o Senhor tornou a promessa muito mais clara. Foi através dele e de sua posteridade que a nação ascendeu à sua efetiva grandeza. Quando Davi morreu, Salomão subiu ao trono e foi, não somente o mais rico dos reis, mas tornou-se também, durante algum tempo, os mais sábio rei que já vivera. O senhor encheu-lhe de maravilhosos dons, mas ele tragicamente esqueceu-se de seu Criador e deliberadamente se introduziu nas práticas pagãs das nações ao seu redor.
Seu maior erro foi sua paixão desvairada por mulheres. Seu harém consistia de cerca de 300 esposas e 700 concubinas, as quais, em sua maioria, eram pagãs. Depois de sua morte, esta poderosa e varonil nação separou-se em duas. Com reis rivais, cada um com ciúmes do outro. Suas apostasias espirituais provocaram severa repreensão de Elorrim. Ao invés de serem a grande nação que O Eterno pretendia que fossem, estes reinos,
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conhecidos como Israel e Judá, foram invadidos e o povo em sua maior parte morto em luta ou levado e vendido como escravo. A idolatria deliberada e todo mal a ela associado, finalmente, trouxe sobre eles os juízos de Elorrim. Jeremias, o profeta do Senhor, declarou:
“E disse o Senhor: Porque deixaram a minha lei, que publicarei perante a sua face, e não deram ouvidos à minha voz nem andaram nela, antes andaram após o propósito do seu coração, e após os baalins, que lhes ensinaram seus pais.
PORTANTO, ASSIM DIZ O SENHOR DOS EXÉRCITOS, o Elorrim de Israel: Eis que darei de comer losna a esse povo e lhes darei a beber água e fel.
E os espalharei entre as nações, que não conheceram nem ele nem seus pais, e mandarei a espada após eles, até que venha a consumi-los”(Jeremias 9:13-16).
“Disse-me mais o Senhor: Uma conjuração se achou entre os homens de Judá, entre os habitantes de Jerusalém.
Tornaram as maldades dos seus pais que não quiseram ouvir as minhas palavras; e eles andaram após deuses estranhos para os servir: a casa de Israel e a casa de Judá quebrantaram o meu concerto, que tinha feito com seus pais.
Portanto, diz o Senhor: Eis que trarei mal sobre eles, de que não poderão escapar e clamarão a Mim e Eu não os ouvirei.
Então irão as cidades de Judá e os habitantes de Jerusalém e clamarão aos deuses a quem eles queimaram incenso; eles porém de nenhuma sorte os livrarão no tempo do seu mal. Porque, segundo o número das tuas cidades, foram os teus deuses, ó Judá! E, segundo o número das ruas de Jerusalém, levantaste altares à imprudência, altares para queimares incenso a Baal”(Jeremias 11:9-13).
Um século antes, Elorrim, através de Isaias, disse:
“Ah! Se tiveses dado ouvidos aos meus mandamentos! Então seria tua paz como o rio e a tua justiça como as ondas do mar”(Isaias 48:18).
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O profeta Isaias preveniu o terrível cumprimento da palavra de Elorrim. Mas, não obstante sua apostasia espiritual, a promessa de Elorrim foi, igualmente, clara. Como já vimos, 70 anos depois que o primeiro cativo chegou a Babilônia, um decreto real baixado por Ciro, o rei da Persa, permitiu aos cativos retornarem, em cumprimento às profecias de Isaias e Jeremias.
Líderes espirituais maravilhosos foram surgindo e cada um deles desempenhou o seu papel no restabelecimento do povo de Judá nos dias de Esdras e Neemias. Mas aqueles que retornaram não eram mais do que um pequeno remanescente da nação. E, além disso, eles não eram das doze tribos, pois nós lemos: “Estes são os filhos da província que subiram do cativeiro”, eram aqueles, “que Nabucodonosor, rei de Babilônia, tinha levado cativo para Babilônia e tornaram a Jerusalém e a Judá, cada um para sua casa”(Esdras 2:1).
Moisés predisse uma maior dispersão e também uma reunião ou reencontro muito maior ainda. Ele disse:
“E o Senhor vos espalhará entre todos os povos, desde uma extremidade da terra até à outra...(Deut. 28:64).
“E, demais disto também, estando eles na terra dos seus inimigos, não os rejeitarei nem me enfadarei deles, para consumi-los...
Antes, por amor deles, me lembrarei do concerto com seus antepassados”(Levíticos 26:44 e 45).
Elorrim estava determinado a manter o concerto que fizera com os antepassados do Seu povo – Abraão, Isaque e Jacó e mais tarde repetido a Davi e Salomão. Um concerto ou aliança é um acordo entre duas partes. Esta é a grande pergunta: Israel cumpriria sua parte neste concerto? Deplorável é dizer, não o fizeram.
Centenas de anos antes dos dias do profeta Jeremias, Moisés, que liderou a nação do cativeiro egípcio, fez-lhes esta solene advertência:
“Guardai-vos de que vos esqueçais do concerto que o Senhor Vosso Elorrim tem feito convosco”(Deut. 4:23).
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A História revela que eles se esqueceram da Aliança com Elorrim. Em conseqüência disso, eles foram espalhados entre todas as nações. Mas depois de ter declarado aquilo, Moisés continuou com esta promessa:
Então dali buscarás ao Senhor teu Elorrim, e o acharás quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma”(Deut.4:29).
Este grande líder também declarou;
“Quando estiveres em angústia e todas estas coisas te acontecerem, então, nos últimos dias, voltarás para o Senhor teu Elorrim e ouvirás a sua voz...
Ele não te desamparará, nem te destruirá, nem se esquecerá do concerto que jurou a teus pais”(Deut.4:30 e 31).
Moisés escreveu essas proféticas palavras antes mesmo que a nação tivesse entrado na terra de Canaã. Quão explícito foi ele! Mas observe esta maravilhosa promessa: “Ele não se esquecerá do concerto que fez com teus pais, o qual Ele jurou cumprir”. As promessas de nosso Elorrim são mais certas e confiáveis do que o nascer do sol. E esta promessa, sem dúvida, se aplica aos dias em que vivemos – “os últimos dias”. Aquela expressão, “nos últimos dias”, é profundamente significativa. Não resta dúvida de que ela não poderia referir-se à época de Davi, Daniel, Esdras ou a qualquer tempo anterior à Era comum, pois os distantes séculos que ficaram na antiguidade foram chamados de “os dias antigos”. Mas Moisés, como muitos dos outros grandes profetas, contemplava a época em que estamos vivendo e, falando a respeito destes eventos, disse que eles deveriam ocorrer “nos últimos dias”. E, como enfatizamos anteriormente, um desses acontecimentos seria o retorno dos judeus e o restabelecimento da nação de Israel na terra de seus pais. Recordando o passado, num retrospecto de 40 anos, até aos dias da libertação do cativeiro egípcio, Moisés reconheceu que esta libertação foi o maior evento desde a criação até àquele tempo. Apelando à nação para que fossem cheios de fé, ele disse:
“Pergunta, agora, aos tempos passados, que te precederam, desde o dia em que Elorrim criou o homem sobre a terra, desde uma extremidade
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do céu ate à outra, se sucedeu jamais coisa tão grande como esta ou se ouviu-se coisa como esta?
“Ou, se algum povo ouviu a voz de Elorrim falando no meio do fogo, como tu a ouviste, ficando vivo?
Ou um Elorrim intentou ir tomar para si um povo do meio de outro povo com provas, com sinais, e com milagres, e com peleja, e com mão forte, e com braço estendido e com grandes espantos, conforme tudo quanto o Senhor vosso Elorrim vos fez no Egito aos vossos olhos?
A ti te foi mostrado, para que soubesses que o Senhor é Elorrim: não há nenhum outro senão Ele”(Deut. 4:32-35).
Mas este grande profeta olhou através do futuro. Viu ele que os judeus, uma vez tão miraculosamente libertados, abandonariam os caminhos do Senhor, Seu Elorrim, e, em virtude de sua desobediência, seriam, por fim, dispersos entre as nações. Ele viu que eles haveriam de sofrer uma grande tribulação. Mas, também, previu que muitos se voltariam outra vez para Elorrim, não somente nos dias de Ciro, mas também nos “últimos dias”. Assim enfatizou que o Senhor seria misericordioso para com eles e haveria de lembrar-se da Aliança que fizera com seus pais.
Em Israel, nos dias de hoje, podemos encontrar judeus reunidos de, praticamente, todas as nações da Terra. Embora tenham sido grandemente influenciados pelo meio ambiente e pela cultura das nações para as quais foram dispersos, ainda assim alegraram-se, porque voltaram para aquela que eles chamam de sua “terra natal”, pois não importa conde tenham sido criados; este pequeno país sempre foi considerado “o seu lar”. Embora existam mais judeus em Nova York do que em qualquer outro lugar de igual tamanho no mundo e estes são, logicamente, cidadãos americanos, eles, assim como o restante dos judeus ao redor do mundo, consideram Israel, pelo menos sentimentalmente, como sua terra natal. É doloroso que, em alguns países, quando o povo judeu deseja emigrar para a Terra Santa, é impedido de sair de seu país de origem. Mas, apesar de todos os obstáculos, esta nação dispersa está reunindo-se, novamente, em sua própria terra. De novo surge a pergunta: Pode existir algum significado escrituristico para isto? Em Jeremias 31:10, lemos:
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“Ouvi a palavra do Senhor, ó nações, e anunciai-a nas ilhas de longe e dizei: Aquele que espalhou a Israel o congregará e o guardará, como o pastor ao seu rebanho”.
Ainda que estivessem “muito longe”, nas “longínquas terras do mar”, eles
seriam reunidos. Então, no verso 7, nós lemos:
“cantai sobre Jacó com alegria e exultai por causa do chefe das gentes. Proclamai, cantai louvores e dizei: salva, senhor, o teu povo, o resto de Israel.
Eis que os trairei da terra do norte e os congregarei das extremidades da terra”
Destas passagens da Bíblia parece claro que haverá, por providencia de Elohim, uma reunião deste povo, retirando de todas as partes do mundo. Muito embora está bem conhecida promessa do livro de jeremias tenha uma aplicação espiritual bem definida, nós não podemos passar por alto que ela se refere, primeiramente,ao retorno da nação outrora dispersa:
“Portanto eis que dias, diz o Senhor, em que nunca mais se dirá: Vive o Senhor que fez subir os filhos de Israel do Egito.
Mas: Vive o Senhor, que fez subir os filhos de Israel da terra do norte, e de todas as terras para onde os tinha lançado; porque eu os farei voltar à sua terra, que dei a seus pais” (Jeremias 16:14-16).
O Reino de Judá, como já vimos, foi destruído pelos babilônicos e um pequeno número deles retornou sob o decreto da Pérsia, 70 anos depois, mas esta profecia e muitas outras Escrituras Sagradas, falam de uma reunião formada com o seu retorno, vindos de cada nação debaixo do céu, não somente de Babilônia. No verso 13, o profeta está relatando as palavras do Senhor:
“Portanto, lançar-vos-ei fora desta terra para uma terra que não conhecestes, nem vós nem vossos pais, onde servireis a outros deuses de dia e de noite, porque não usarei de misericórdia para convosco”.
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Quão verdadeiro foi aquilo! Expulsos de sua pátria pelos romanos e dirigidos aos quatro cantos da Terra, este povo veio a ser alvo de zombaria e escárnio por todas as pessoas. Essa condição, entretanto, não iria durar para sempre. O mesmo Senhor que permitiu fossem eles espalhados e dispersos, declarou: “Eu os ajuntarei novamente”.
Embora a libertação dos filhos de Israel do jugo egípcio, até aquela época, tenha sido o maisor acontecimento da história humana, desde a Criação, ainda, assim, a reunião do povo judeu, em nossos dias, dá-nos uma visão igualmente grande e reivindica a atenção do mundo todo.Quando este povo disperso e perseguido encontrar o seu caminho de volta para a terra de seus pais e se estabelecer como nação, isso para a terra de seus pais e se estabelecer como não, isso também é algo miraculoso. Muitos estudiosos da Palavra de Elorrim declaram que os antigos profetas predisseram este acontecimento e, em conseqüência disso, nós somos compelidos a examinar estas passagens, orando constantemente para que sejamos dotados da habilidade de “retamente partilhar a Palavra da Verdade”. Em Jeremias 30, verso 3, lemos:
“Porque eis que vêm dias, diz o Senhor, em que mudarei a sorte do meu povo Israel e Judá, diz o Senhor: fá-los-ei voltar para a terra que dei a seus pais e a possuirão”.
Tanto Israel como Judá são mensionados na passagem acima. Somente Judá e um punhado de levitas é que retornaram de Babilônia (Esdras 2:1). Agora comparemos esta passagem com as seguintes palavras do profeta amós:
“Mudarei a sorte do meu povo Israel: reedificarão as cidades assoladas e nelas habitarão, plantarão vinhas e beberão o seu vinho, farão pomares e lhes comerão os frutos.
Plantá-los-ei na sua terra e, dessa terra que lhes dei, já não serão arrancados, diz o Senhor”(Amós 9:14 e 15).
A passagem aqui diz: “Eles não serão mais arrancados de sua terra”. Poderia o Senhor Elorrim estar estabelecendo inequivocamente que este povo permanecerá ali até o fim dos tempos? Se assim for, então, sem dúvida é algo sobre que se deve meditar, pois, em recentes anos, temos
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ouvido ditadores ambiciosos declarando que “Israel será varrido para o mar”. Expressões semelhantes têm sido ditas com freqüência, através dos séculos. Mesmo quando existia somente um punhado de judeus no pais, algumas nações estiveram determinadas a promover sua extinção. Mas eles estão ali hoje, mais fortemente seguros e protegidos pelo seu sistema de defesa e melhor organizados que em qualquer outra época, desde os dias do rei Salomão. Michael Bers, renomado escritor judeu, em seu livro Appeal to the justice of the kings, exprime a história de seu povo com estas palavras que já citamos parcialmente em nosso capítulo de abertura:
“Resistindo a todos os tipos de tormentas – as angústias de morte e ainda mais terrível, angústia de viver – nós temos resistido às mais impetuosas tempestades do tempo que, em seu curso, vem varrendo, sem distinção, povos, religiões e países. O que foi feito daqueles célebres impérios, cujos próprios nomes ainda avivam a nossa admiração pela idéia da esplêndida grandeza a eles ligada, e cujo poder abarca toda a superfície conhecida do globo terrestre? Eles somente são lembrados como monumentos à vaidade da grandeza humana. Roma e Babilônia não existem mais; seus descendentes misturados com outras nações, perderam até mesmo os traços fisionômicos de suas origens; apesar de constituírem uma população de apenas alguns milhões de homens, tão frequentemente subjugada, resiste ao teste de sucessão periódica dos tempos e à prova de fogo imposta por 18 séculos de perseguição. Nós ainda preservamos leis que nos foram dadas nos primórdios do mundo, na infância da natureza. Os últimos seguidores da religião que havia abarcado o Universo, desapareceram nestes 18 séculos e nossos templos ainda continuam de pé.
Somente nós fomos poupados da mão fria e indiferente do tempo, como uma coluna que ficou de pé em meio a destroços de mundos e as ruínas da natureza. A historia de nosso povo liga a época atual com os primórdios do mundo pelo testemunho que ela traz da existência da humanidade: E, inevitavelmente, deverá ser preservada até o exato dia da destruição universal”.
sim, parece que esta nação continuará a existir enquanto perdurar o tempo. Esta profecia, feita pelo maior mestre de Israel, é profundamente significativa. Ele disse:
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“esta geração não passará, até que todas estas coisas sejam cumpridas”(Mateus 24:340).
A palavra “geração” vem da palavra grega genera e é geralmente, considerada como um período de tempo. Mas a palavra “geração” também pode significar uma descendência ou uma única sucessão de homens de pai para filho, uma raça de homens, como John Parkhust enfatiza em seu Lexicon. A tradução Alemã de martinho Lutero diz:
“Esta raça não passará, etc.”.
O Dr. Adam Clark, o mais notável comentarista bíblico Metodista, em seu comentário sobre Mateus 24:34 chama especial atenção para um ponto mais interessante. Em seu Comentário Bíblico, ele diz:
“os judeus não deixarão de ser um povo distinto até que os todos desígnios de Elohim, relativos a eles e aos gentios, sejam cumpridos. Alguns traduzem “esta geração” , significando as pessoas que estavam vivendo e que não deveriam morrer: mas, embora isto haja sido verdade com relação às calamidades que abateram sobre os judeus, à destruição do seu governo , do seu templo, etc., ainda, assim, nosso Senhor menciona que Jerusalém continuará sob a dominação dos gentios até que haja entrado a plenitude dos “ tempos dos gentios”. ... penso ser mais acertado e correto restringir seu significado aos poucos anos que precederam a destruição de Jerusalém; mas compreendê-lo, sob o prisma dos cuidados que a providência divina tomou para preserva-los como um povo distinto e, ainda, consevá-los fora da sua própria terra, dos cultos e serviços religiosos do seu templo”.
De acordo com as predições dos antigos profetas hebreus, este povo foi destinado a ser preservado e, no fim dos tempos, recolhido outra vez à terra de seus pais. Para os judeus que, realmente amam a palavra de Elohim esta poderia ser uma oportunidade especial, um chamado divino para estudar mais profundamente as maravilhosas promessas concernentes àquele, há muito esperado e aguardado, o Messias. Esta desafiante afirmação a respeito da vinda de nosso rei messias Yeshua, feita pelo autor do livro Desire of Ages, é profundamente significativa. Falando a respeito do Monte das Oliveiras, lemos:
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“Sobre o seu cume, seus pés repousarão, quando vier outra vez. Não como um Homen de dores, mas como um glorioso e triunfante rei. Ele ficará de pé sobre o Olivete enquanto os Aleluias dos hebreus combinados com os hosanas dos gentios e as vozes dos remidos, como um imenso exército, prorromperão bem alto a aclamação: „Coroai-o, o SENHOR DE TODOS!” (Desire of Ages, pág. 830).
Alguns, provavelmente, alegarão que o escritor estava referindo-se aos eventos por ocasião do fim do milênio. Mas, depois de reinar com nosso Salvador por mil anos , será difícil imaginar uma divisão entre hebreus e gentios. Todos serão um único povo- “a nação dos remidos”. O salmo 50: 3-6 é um majestoso hino:
“Vem o nosso Elohim e não guarda silêncio:perante Ele arde um fogo devorador; ao seu redor esbraveja grande tormenta.
Intima os céus lá em cima, e a terra para julgar seu povo.
Congregai os meus santos, os que comigo fizeram aliança por meio de sacrifício. Os Céus anunciam a sua justiça, porque é o próprio Elohim que julga”.
É, então, que o Messias aparece como “um glorioso e triunfante Rei”, coroado com muitas coroas e acompanhado por todos os santos anjos. É neste cenário que, “Aleluias hebraicas, combinadas aos Hosanas dos Gentios” e às vozes dos redimidos prorromperão em aclamações: “coroai-O, O Senhor de todos!”
Este quadro do Rei da Glória, descendo com glória e majestade sobre as nuvens, sendo visto por todos os olhos, liderando os exércitos do céu numa gigantesca missão de resgate, vai além de qualquer descrição. Foi isto que o autor, sem dúvida, tinha em mente, quando as palavras acima foram escritas, em, Atos 1:9, parte do quadro, o qual fala dos discípulos com os olhos fitos para o alto, quando sua meditação foi interrompida por dois anjos que disseram: “Varões galileus, por que estais com os olhos fixos nos céus?” Então eles lhe deram a fascinante promessa: Ele “virá do mesmo modo, como o viram subir”. Quando Ele dói, “uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos”, versos 11 e 9. Ele mesmo disse que voltaria “nas nuvens dos céus com poder e grande glória(Mateus 24:30). O profeta de Patmos, arrebatado, exclamou: “Eis que vem como as nuvens e
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todo o olho O verá!” (Apocalipse 1:7). Nada se pode comparar com aquela revelação da glória, quando os justos que o esperavam, Seus santos de todas as raças, cor e língua, forem libertos de seus inimigos e também o poder da morte tiver sido destruído. Não é de admirar que se unam eles em Aleluias e Hosanas.
Então, ao fim dos mil anos, quando estes remidos com os santos de todas as eras retornarem com o Messias o Rei, eles serão acompanhados pela Cidade Santa – a Nova Jerusalém – que o profeta viu “descendo do céu da parte de Elorrim” (Apocalipse 21:2). Não foi dessa maneira que ele subiu ao céu. Ele não subiu à Cidade Santa, a despeito do fato de ter sido envolvido numa nuvem de glória. Mas quando Ele vier como o Messias, o Rei, será em nuvens de glória e com “os carros de Elorrim e milhares de milhares de anjos” como no Sinai (Salmos 68:17). O profeta Isaias disse:
“Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor Elorrim as lágrimas de todos os rostos...E naquele dia se dirá: Eis que este é o nosso Elorrim, em quem esperávamos e ele nos salvará; este é o Senhor a quem aguardávamos: na sua salvação exultaremos e nos alegraremos” (Isaias 25:8 e 9).
Que dia de júbilo será aquele!
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CAPÍTULO VIII
O VALE DE OSSOS SECOS
Uma das mais singulares e estranhas profecias a respeito de Israel é a de Ezequiel 37 – O vale de ossos secos. Ezequiel, um jovem sacerdote, tinha sido capturado pelo exército babilônico. Como prisioneiro de guerra, ao sair de sua terra natal e ser levado cativo para Babilônia, ele, evidentemente, deve ter passado, sem dar muita importância, por um antigo campo de batalha coberto com os repulsivos e macabros restos de uma guerra – ossos humanos espalhados por toda parte.
Chegando ao seu destino, ele ficou conhecendo muitos outros prisioneiros. Eles também estavam desalentados como geralmente ficam os prisioneiros de guerra. Na babilônia, ele ficou comovido e intrigado; procurou descobrir alguma coisa que pudesse ser feita para inspirar e fazer reagir este patético povo por meio da esperança. Tendo ponderado e meditado sobre o problema, ele recorreu ao Senhor que fez aflorar, em sua mente, uma vívida lembrança daquilo que ele testemunhara naquele Vale de Ossos Secos. Elorrim usou isso como cenário para que Sua mensagem atingisse, não somente o coração do próprio profeta, mas também os corações dos outros cativos. Observe estas palavras:
“Veio sobre mim a mão do Senhor e o Senhor me levou em espírito e me pôs no meio de um vale que estava cheio de ossos...Então me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel; eis que eles dizem: Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; nós estamos cortados”.
A tarefa de interpretar o significado desta visão não precisou de ser deixada para nós. Ela representa “toda a casa de Israel”, verso 11. Nos versos 2-5, continuamos com relato do profeta. Conta-nos como o Senhor.
“Me fez andar ao redor deles; e eis que eram mui numerosos sobre a face do vale, e estavam sequíssimos.
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E me disse: Filho do homem, poderão viver estes ossos? Eu disse: Senhor Elorrim, tu o sabes.
Então me disse: Profetiza sobre estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor.
Assim diz o Senhor Elorrim a estes ossos: Eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis”.
Este vale, todo coberto de ossos secos, era um símbolo de Israel em sua Dispersão. Era um quadro que inspirava a tristeza e quase desesperança. Mas o Senhor continuou a dizer:
“Eu porei tendões sobre vós, e porei carne sobre vós e vos cobrirei com pele e colocarei em vós o meu espírito e vivereis; e então sabereis que eu sou o Senhor”.
Enquanto esta profecia, dada a Ezequiel há, aproximadamente, 2.500 anos, tinha um significado vital para o povo de Elorrim naqueles dias, ela tem um significado maior para nós hoje. O povo de Israel, sem uma pátria, por quase 2.000 anos, esteve morto. Os ossos secos no vale eram um quadro perfeito dessa multidão dispersa e sem pátria. Mas Elorrim disse “e vivereis”, de novo. Mas como? A engenhosidade humana não poderia realizar isto, mas Elorrim pôde. Nos versos 7 a 12, o Senhor deu instruções ao Seu profeta. Ezequiel continua, quando diz:
“Então profetizei, segundo me fora ordenado; enquanto eu profetizava, houve um ruído, um barulho de ossos que batiam contra ossos e ajuntavam, cada osso ao seu osso”.
“Olhei, e eis que havia tendões sobre eles, e cresceram as carnes e se estendeu a pele sobre eles; mas não havia neles o espírito”.
Não somente se juntaram os ossos mas os tendões e as carnes começaram a aparecer sobre eles. Mas ainda eram somente cadáveres. Não havia neles vida alguma. Assim, o profeta continua:
“Então ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize-lhe: Assim diz o Senhor Elorrim: Vem dos quatro ventos, ó espírito, assopra sobre estes mortos, para que vivam.
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Profetizei como ele me ordenara e o espírito entrou neles e viveram e se puseram em pé, um exército sobremodo numeroso”.
A despeito do fato de Israel ter sido cortado e espalhado, essa mesma Dispersão tornou possível a sua futura restauração como sinal do poder de Elorrim. Foi dito mais ao profeta:
“Eis que abrirei as vossas sepulturas...e vos trarei à terra de Israel”(Ezequiel 37:12).
Isto foi parcialmente cumprido por ocasião do seu retorno de Babilônia. Mas pense no que está acontecendo em nossos dias.
“Sabereis eu sou o SENHOR, quando eu abrir as vossas sepulturas, e vos fizer sair delas, ó povo meu.
Porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos estabelecerei na vossa própria terra. Então sabereis que eu o SENHOR, disse isto e o fiz, diz o SENHOR”.(versos 13 e 14).
Alguns estudiosos da Bíblia associam estes versos com a ressurreição dos crentes no dia da vinda do Messias. Mas o verso 11 diz:
“Estes ossos são toda a casa de Israel: Eis que dizem: Os nossos ossos se secaram e pereceu a nossa esperança; estamos de todo exterminados”.
Aqueles que crêem na Bíblia jamais disseram: “Nossos ossos se secaram e nós fomos exterminados”. Mesmo quando morre um crente, ele sabe que não está cortado ou exterminado; ele ainda pertence ao Senhor. Seu corpo repousa no sono da morte, mas somente até a ressurreição, no fim dos tempos. Mas a dramática experiência de Israel é inteiramente diferente. Através destes longos séculos, Israel tem-se sentido “cortado”. Mas não obstante a terrível perseguição, eles sempre consideraram a terra de seus pais justamente da mesma maneira que um inglês considera a Inglaterra, um alemão considera a Alemanha ou um americano considera os Estados Unidos.
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Em muitas passagens esse mesmo pensamento é claro e explicito: “Eu vos estabelecerei em vossa própria terra”(verso 14) a qual, para o judeu, é a terra que o Senhor Elorrim deu a Abraão, a terra que ele prometeu a Isaac e Jacó – a Terra de Israel.
Quando os caminhos foram abertos para que este disperso povo pudesse retornar, milhares compreenderam que Elorrim não havia esquecido Sua promessa. E para aqueles que acreditam firmemente e confiam na Bíblia, a parábola que lemos em Ezequiel, está repleta de significado. Ao profeta veio a ordem:
“Portanto profetiza, e dize-lhes: Assim diz o Senhor Elorrim: Eis que eu abrirei as vossas sepulturas, sim, das vossas sepulturas vos farei sair, ó povo meu, e vos trarei à terra de Israel”.
Antes que estes ossos espalhados ou dispersos, símbolos de uma nação dispersa, pudessem ser trazidos para a sua própria terra, teria que haver “uma agitação” para que os ossos se ajuntassem. Durante quase dezoito séculos nada tinha sido feito por Israel. Eles eram um povo espalhado, disperso e poucos deles parecia interessar-se pelos problemas que afetavam a nação dispersa. Mas, há cerca de um século, as coisas começaram a acontecer e isso despertou e sacudiu o povo para que agisse. Uma agitação começou e nunca mais parou. O resultado deste despertar foi o surgimento do Movimento Sionista*. Ninguém naturalmente, reivindicou que a Organização Sionista era um movimento espiritual. Mr. Henry Morgenthau, Embaixador dos Estados Unidos, na Turquia, quando foi deflagrada a 1ª Guerra Mundial, falou muito francamente acerca deste movimento. Sendo ele mesmo um judeu, sentia-se bastante à vontade para falar a respeito. Em sua autobiografia All in A lifetime, ele expôs a situação como ele a viu. Disse ele:
“O Sionismo é o mais estupendo logro da História Judaica. Eu assevero que ele é errôneo em principio e de impossível realização; que ele é irreal em sua parte econômica, fantástico em seus princípios políticos e estéril em suas idéias espirituais.
Onde ele não é pateticamente visionário, é um cruel, brincando com a esperança do povo que vem procurando, cegamente, sua saída do seu
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longo período de sofrimentos, pobreza e infortúnios”(Extraído de Through Turmoil to Peace, pág. 308).
Alguns, sem dúvida, estariam solidários com esta avaliação. Mas ninguém contestaria que o Sionismo era mais político do que espiritual. Seu objetivo claro e evidente era o de promover o retorno do povo à Terra Santa. Poderíamos, então, fazer a seguinte pergunta: “Estaria a mão de Elorrim conduzindo esses homens? Ele o fez no passado, como nos dias da Pérsia e o tem feito muitas vezes até os dias de hoje. Mas a restauração de Israel, depois de quase 2.000 anos de separação e desolação, necessitava mais do que uma simples organização. Isso Ezequiel viu claramente, quando, numa visão, ele observou os tendões e a carne aparecendo sobre os ossos. Em seguida, a pele os cobriu.
Aqueles que eram, apenas, ossos secos e espalhados, como começaram a tomar forma corpórea; foram-se tornando mais atrativos. Mas não havia fôlego neles, nenhuma centelha de vida. Embora fossem claros os objetivos do Sionismo, ainda assim os líderes do movimento reconheciam que não possuíam nem governo nem voz como nação. Era apenas uma organização e nada mais.
Mas, acompanhemos a parábola. Então foi dito ao profeta:
“Profetiza para o vento, profetiza, filho do homem, e dize ao vento: Assim diz o Senhor Elorrim: Vem dos quatro ventos, ó fôlego de vida, e assopra sobre estes mortos, para que eles vivam”.
Nas profecias bíblicas, “vento” representa guerra, contenda ou comoção. O que devemos nós compreender da expressão “os quatro ventos”? Poderiam eles representar uma guerra mundial? Já fizemos referência à tentativa do Dr. Hertzl, junto ao Kaiser Wilhelm, da Alemanha, oferecendo adquirir a terra da Palestina do Império Otomano. Os judeus da América e da Europa estavam financeiramente aptos para faze-lo. O Kaiser prometeu fazer o possível para que tal negócio pudesse efetivar-se.
Pouco tempo depois daquele encontro fez uma visita pessoal à Terra Santa. Isto se passou em l912. Ele propôs negociar com o Império Otomano representando os interesses dos judeus. Quando retornou à
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Alemanha, recusou-se até mesmo, conceder uma entrevista ao Dr. Hertzl. A razão era óbvia: ele havia celebrado um tipo diferente de contrato com o Império Otomano. Assumira o compromisso de que a Alemanha construiria uma estrada de ferro que se estenderia de Berlim até o país que conhecemos hoje como Iraque. Deveria ser conhecida como “a ferrovia B.B.B. – “The Berlin, Byzantium, Bagdad Railway”(A Estrada de Ferro Berlim, Bizânciol, Bagdad)”.
O projeto, entretanto, nunca chegou a ser concluído, porque, em menos de dois anos, quase todo o mundo estava nas garras da grande guerra – a 1ª Guerra Mundial. Antes que a terrível guerra tivesse terminado, o próprio Kaiser abdicara, tendo fugido, em seguida, para a Holanda, onde se auto-qualificou de prisioneiro e permaneceu ali até o resto de sua vida.
A 1ª Guerra Mundial terminou em l918. Um ano antes, o sultão fugira de Constantinopla ou Istambul, como nós a chamamos hoje, refugiando-se numa cachoeira britânica. Conseguiu chegar até Alexandria, no Egito, deixando oficiais alemães no comando das tropas turcas por toda a Palestina. O exército britânico foi comandado pelo General Allenby, um dos maiores generais da 1ª Guerra Mundial. Ele foi avançando desde o Egito, passando também pela faixa de Gaza, até entrar na Terra Santa. Comentando sobre este acontecimento, W. K. Ising, um ministro que residia naquela área, há muitos anos, disse:
“Uma característica sempre presente nas operações militares contra o exército turco na Palestina, foi a interpretação mística dada ao general no comando das forças britânicas, que foi aclamado pela população de Jerusalém e das regiões mais entranhadas do país, como o libertador enviado por Elorrim, visto não haver erro na providencial sugestão que seu nome trazia, Allenby. Lido em caracteres da língua árabe – com os quis comumente as vogais não aparecem, a menos que estejam no começo ou no fim de uma palavra – o nome, para este povo, revestia-se de um grande significado.
Lido da esquerda para a direita, no estilo ocidental, tem-se Allá Nabi, “o profeta de deus” lido da direita para a esquerda, no estilo árabe, passa a ser Ibn Allah, “o filho de deus”. Isto sem dúvida, é uma coincidência curiosíssima que iria invocar a mente mística dos orientais,
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fato este comentado pelos jornais árabes”(Among the Arabs in Bible Lands, pág. 42).
Outro observador e historiador disse com muita propriedade:
“As superstições naturais do povo muçulmano, com respeito a nomes e seu significado, tiveram sua participação na queda de Jerusalém.
Quando os soldados turcos ficaram sabendo que um exército estava aproximando-se de Jerusalém, sob o comando de um general, cujo nome era Allenby, sua coragem fugiu-lhes, pois esse nome, escrito na língua turca, significa “o Flagelo de deus”(Through Turmoil to Peace, 277, A.W.Anderson).
Acrescentamos a isto, uma lenda relacionada a um enorme terebinto que outrora fora usado pelos turcos como cadafalso. Com o lento passar dos anos, esta árvore começou a definhar e apodrecer. Já não era possível que fosse utilizada para um fim tão horroroso. Mas, em Jerusalém, era voz corrente que, quando esta árvore sucumbisse, ela marcaria a queda do Império Turco. Assim, grandes cuidados foram tomados para manter a árvore de pé, por meio de escoras e esteios. Uma resistente e reforçada escora foi colocada por baixo do pesado galho no lado que ameaçava romper-se e cair. Mas o terebinto, na verdade, já tinha começado a rachar-se, assim puseram uma cinta de ferro ao redor do seu tronco. Contudo, uma forte tempestade fez com que esta árvore se quebrasse, trazendo uma grande consternação às muitas pessoas que acreditavam no destino fatídico.
Como se todas essas coisas não fossem o bastante, existia também uma antiga lenda na Palestina relacionada com as águas do Nilo a qual afirmava que, quando as águas do Nilo corressem até entrar na cidade de Jerusalém, ele seria ocupada pelo inimigo. Naturalmente que eles nunca puderam imaginar as águas do Nilo correndo até entrar em Jerusalém. Isto virtualmente equivalia a dizer que jerusalém jamais cairia, pois a cidade está a 790m acima do nível do mar. Estas lendas populares reforçaram a idéia de que Jerusalém permaneceria sempre nas mãos do Império Otomano.
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Mas o general Allenby, depois de partir do Egito, rumo ao norte, precisando de água para o seu exército que ia avançando, já bombeava água do Nilo através do deserto. Enquanto marchava, subindo em direção a Jerusalém, aquelas bombas faziam a água subir, chegando a mais de 762m de altitude, até a velha cidade. Quando ficaram sabendo disso, os supersticiosos exércitos Otomanos perderam a coragem. Agora reunamos estas idéias e deixemos que a mente imagine o efeito que elas teriam sobre as pessoas fatalistas.
Cinco anos antes da vitoriosa entrada de Allenby em Jerusalém, o Kaiser Wilhelm visitou a cidade. Naquela ocasião fez-se uma abertura especial no muro da cidade através da qual o imperador germânica entrou acompanhado pelo coro da marinha, cantando “Eis que Teu Rei Vem a Ti”.
Quando Allenby entrou em Jerusalém, entretanto, foi diferente. Desmontou de seu cavalo, inclinou sua cabeça em reverência, e caminhou entrando na cidade pelo portão de Jafa, conhecido pelos nativos como “Nab-el khalil” ou “o amigo”. Não houve revista de tropas, nada de pompas, nem estrondosas salvas de canhão e nem qualquer resistência, porque os oficiais do exército alemão tinham fugido para o norte na noite anterior. Ficaram somente alguns soldados extraviados. Allemby entrou sem disparar um único tiro. Foi aclamado pelas massas como “grande libertador” e seu primeiro ato foi proclamar a paz para a cidade em nove línguas diferentes. Era o dia 11 de dezembro de l917.
Seus problemas, entretanto, ainda não tinham acabado, pois estava destinado a encontrar-se com os exércitos Otomanos mais ao norte, onde ele comandou uma brilhante campanha no verdadeiro campo de Megido e aniquilou completamente o que restara do exército Otomano. E foi, depois daquela batalha, que a Inglaterra o honrou com o título de “Conde de Megido”. Aquela última batalha foi travada e ganha no dia 31 de outubro de l9l8, exatamente onze meses após a queda de Jerusalém. Apenas onze dias mais tarde da Grande Guerra chegou ao seu fim com a assinatura do Armistício, o qual foi assinado na 11ª hora do 11º mês, exatamente 11 dias após a vitoriosa batalha do Megido, exatamente 11 meses depois da entrada de Allenby em Jerusalém! Poderia ser que o Elorrim dos céus estivesse dizendo ao mundo que havíamos chegado à undécima hora da História, que o momento da meia-noite está próximo?
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Daquela época em diante, os eventos começaram a suceder-se rapidamente, não somente na terra de Israel, mas por todo o Oriente Médio. Pouco antes, a Declaração Balfour tinha sido submetida à Liga das Nações, a qual permitiu o retorno dos judeus à sua pátria e restabelecer sua nação na terra de seus pais. Aquela declaração foi rapidamente ratificada. Mas naquela época os judeus não tinham força, nem voz e nem governo. Na verdade estavam nas mãos do governo Britânico, o qual detinha um mandato da antiga Liga das Nações para governar a Palestina.
Isto, entretanto, foi somente o começo, mas era um começo e os judeus receberam permissão para que retornassem à sua pátria. E lá se foram, aos milhares, dezenas de milhares. Em outras palavras, a nação começou a voltar à vida. Agora ponderemos sobre a parábola dos ossos que se encontra em Ezequiel 37. Diz o profeta:
“Eles...se puseram em pé, um exército sobremodo numeroso”.
Isto, na verdade, aconteceu? Se é verdade, quando foi? Logo em seguida à 1ª Guerra Mundial, mesmo ao tempo em que a Inglaterra governava a terra sob a forma de mandato, houve muitos conflitos entre os diferentes povos da Palestina. Assim, depois de 27 anos de difícil administração, a Grã Bretanha, em l948, abriu mão de seu mandato e se eximiu da responsabilidade de continuar governando. O mandato foi devolvido às Nações Unidas com muita satisfação. Era o dia 14 de maio de l948, data a que já nos referimos. No dia seguinte, Israel proclamou-se uma nação independente.
O Presidente Truman, rapidamente, reconheceu o novo Estado de Israel, seguido pela União Soviética. Outras nações do mundo rapidamente seguiram o caminho dos Estados Unidos e Israel tornou-se uma nação independente.
Como parte do programa para a colonização da Palestina, as Nações Unidas haviam redigido o plano para sua partilha, ao qual faremos alusão mais adiante. Os árabes, no entanto, estavam profundamente preocupados com a independência de Israel e podemos muito bem compreender o seu raciocínio. Não haviam os muçulmanos ocupado a Palestina nos últimos 13 séculos? Que direitos tinham os judeus ali? Os árabes rapidamente
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mostraram sua desaprovação não respeitando as linhas de separação traçadas pelas Nações Unidas. O espectro da guerra já se avistava no horizonte e até mesmo o próprio peso das nações do mundo combinadas, parecia impotente para discutir e encontrar a solução do problema. A lição da parábola é de crucial importância. “O exército sobremodo numeroso” não era grande em número, pois todos os israelitas do país, contando-se homens, mulheres e crianças, não passavam de 500.000 pessoas. E eles estavam rodeados pelas nações opositoras de Israel, cujo número ia além de 100 milhões. Mas o exército israelense foi grande em bravura, verdadeiramente um exército sobremodo grande.
A guerra eclodiu em l948. Esta foi a primeira de quatro importantes guerras entre árabes e judeus. Aconteceu que um dos autores deste livro desembarcou em Israel exatamente durante a guerra de l948. Por algum tempo não se podia ter plena certeza de escapar das linhas de batalha.
Qual foi o resultado dessa guerra? Israel emergiu como vencedor e um terço a mais de terra foi acrescentado à nação, além daquilo que as Nações Unidas haviam, originalmente, planejado. Para aqueles que vêem nisto uma providencia, podemos dizer com o poeta que escreveu a letra deste hino:
“Elorrim age de maneira misteriosa suas maravilhas a fim de a executar, colocando suas pegadas no mar e passeia sobre a tempestade”.
Ainda, prosseguindo com a parábola, observemos o verso 12:
“Assim diz o Senhor Elorrim: Eis que eu abrirei as vossas sepulturas e vos farei sair das vossas sepulturas, ó povo meu e vos trarei à terra de Israel”.
E foi exatamente isso o que aconteceu. Durante séculos os Judeus levaram uma vida de penúrias e sacrifícios em muitos países, sofrendo perseguições terríveis e, não raro, com o constante temor da morte. Em silêncio liam as Escrituras e vinha-lhes a ardente vontade de saber como Elorrim haveria de cumprir Sua promessa. Mas Elorrim sempre mantém Suas promessas. Muito do que vem acontecendo em Israel não meramente
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por causa da atual geração de judeus, mas por causa de seus ancestrais. Elorrim disse, através de Moisés:
“Então, eu me lembrarei do concerto com Jacó e... com Isaac e...com Abraão.
Antes, por amor deles, me lembrarei do concerto que fiz com vossos pais...Eu sou o SENHOR”(Lev. 26:42 e 45).
As Escrituras dizem:
“Eles são amados por causa de seus pais”(Romanos 11:28). “Por causa dos patriarcas” (New English Bible).
Os ossos se ajuntaram patriótica e politicamente. Não deveríamos nós estar orando pelo grande reavivamento espiritual que a profecia declara acontecerá naquela terra? Esse reavivamento bem poderia ser o começo da “última chuva” antes da grande colheita.
Na terra de Israel, nos tempos antigos, eles podiam depender das chuvas quase que até ao dia da colheita. A chuva que regava a terra, no início, chamada “a primeira chuva”, caía pouco depois que a semente tinha sido lançada na terra, fazendo com que germinasse. Depois vinha “a última chuva” pouco antes da colheita.
Os profetas usaram este fenômeno natural para ilustrar o crescimento e a maturidade espirituais.
Todos aqueles que acreditam que o fim da história humana está próximo, deveriam estar seriamente buscando o Elorrim da nossa salvação em favor daqueles que não o conhecem como seu Redentor, porque estamos vivendo dos dias da “última chuva”, os quais precederão a era Messiânica, anunciando-a.
Aqueles que têm olhos para ver, compreenderão que os atuais eventos que ocorrem no Oriente Médio, especialmente entre o Egito e Israel, são indicações claras de que o Messias está próximo a aparecer. Quando Ele vier, destruirá o mal, raiz e ramo, e iniciará seu reinado de justiça.
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CAPÍTULO IX
AS MONTANHAS DE ISRAEL
Entre todos os escritores da Bíblia, Ezequiel, como já temos observado, destaca-se como um dos mais singulares. Muitos dos antigos profetas eram poetas, frequentemente trazendo suas mensagens em estilo poético. Um autêntico exemplo disto é encontrado em Ezequiel, capítulos 6 e 36, nos quais a mensagem de Elorrim é dirigida, não somente ao povo, mas de modo especial para “as montanhas de Israel”. Observe estas palavras ditas pelo profeta:
“Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, vira o teu rosto para os montes de Israel, e profetiza contra eles dizendo: Montes de Israel, ouvi a palavra do Elorrim. Assim diz o Senhor Elorrim aos montes, aos outeiros, aos ribeiros e aos vales: Eis que eu, eu mesmo, trarei a espada sobre vós e destruirei os vossos altos” (Ezequiel 6:1-3).
“Altos” ou “lugares altos” eram geralmente escolhidos como lugares de adoração, não somente pelos adoradores de Baal, mas também pelos adoradores de Jeová. Exemplos destes são o Monte Moriá, Monte Carmelo e o Monte Sião.
Por causa da apostasia de Israel, disse o Senhor:
“E porei os cadáveres dos filhos de Israel diante dos seus ídolos e espalharei os vossos ossos em redor dos vossos altares.
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Em todos os vossos lugares habitáveis as cidades serão destruídas, e os altos assolados; para que os vossos altares sejam destruídos e assolados, e os vossos ídolos se quebrem e sejam destruídos, e os altares de incenso sejam cortados, e desfeitas as vossas obras”
“E os traspassados cairão no meio de vós, e sabereis que eu sou o SENHOR” (Ezequiel 6:5-7).
Aquilo certamente aconteceu no tempo do profeta Ezequiel, quando os babilônicos invadiram o país, destruíram o Templo e a cidade de Jerusalém. Mas 600 anos mais tarde, os judeus sofreram uma destruição muito maior, quando a grande profecia de Mateus 24, cuja primeira parte falava da destruição de Jerusalém, a qual foi cumprida e, depois, da decadência e ruína do mundo para acontecer destro em breve. A profecia de Ezequiel tanto tinha uma aplicação primaria como uma secundária ou mais completa; primeiro uma aplicação para a sua própria época e, depois, outra para uma época ainda muito mais distante, no futuro.
Quando o profeta escreveu, era ele contemporâneo de Daniel e boa parte do que está registrado nesta profecia já estava sendo cumprida. Jerusalém já havia sido invadida e milhares de judeus foram ou mortos ou levados em cativeiro. Mas os cativos levados por Nabucodonosor permaneceriam sob o jugo babilônico apenas 70 anos; os últimos cativos por um período mais curto ainda, pois um decreto expedido por Ciro, rei da Pérsia, e que permitia aos judeus retornarem à sua pátria, como fora predito por Jeremias, deveria logo ser cumprido. Mas Ezequiel estava olhando para muito além da sua época. Ele estivera vendo, em visão, uma destruição de maiores proporções que seria feita pelos romanos.
Não somente foi destruído o suntuoso Templo de Jerusalém, mas também, no mesmo lugar, os romanos erigiram um templo a Júpiter, o principal dos seus deuses. Este, mais tarde, foi destruído. Depois, quando o país inteiro foi conquistado pelos seguidores do Islamismo, eles erigiram, no local daquele templo, duas mesquitas – a Mesquita de Omar, mais corretamente conhecida como Cúpula da Rocha e a Mesquita de El-Aksa, já mencionada num capítulo anterior.
Durante os três primeiros séculos, a sociedade dos crentes cresceu a passos largos e logo o número de seus membros começou a contar-se às
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centenas de milhares. Isso causou grande agitação entre os certos judeus. Quando um dos grandes mensageiros da graça de Elorrim foi para Antioquia da Pisídia, ele naturalmente foi à sinagoga para o culto religioso no dia de Sábado. Quando convidado pelo rabino a falar, ele revelou o propósito de Elorrim para aqueles que estavam ali presentes. Eles ouviram atentamente sua mensagem. Evidentemente havia alguns gentios na congregação e eles insistiram para que pregasse novamente no sábado seguinte. O registro daquele segundo encontro é interessante:
“Quase toda a cidade se ajuntou para ouvir a Palavra de Elorrim”(Atos 13:44).
Ao invés de os judeus se rejubilarem que os gentios estivessem aprendendo as verdades da Palavra de Elorrim, o registro diz:
“Mas os judeus, vendo as multidões, encheram-se de inveja e, blasfemando, contradiziam o que Paulo falava”.
Então disseram os mensageiros:
“Cumpria que a vós outros, em primeiro lugar, fosse pregada a palavra de Elorrim; mas, posto que os rejeitais e a vós mesmos vos julgais indignos da vida eterna, eis aí que vos volvemos para os gentios”.
Este homem que falou naquele dia era, mais do que apenas um rabino, ele fora, no passado, membro do Sinédrio, o mais alto conselho do governo da nação. Ele carregava em seu coração um tremendo peso por seu próprio povo. Elorrim ainda os amava e ainda que os líderes tivessem deixado de aceitar seu Messias, enviado dos céus, Elorrim não os rejeitou. Mas, é triste dizer, muitos deles viraram as costas aos mais claros ensinamentos da Palavra de Elorrim. Esta é a razão pela qual foi permitido aos seus inimigos leva-los para longe de sua terra. Pela palavra de seu profeta Ezequiel, o Senhor disse:
“E saberão que eu sou o Senhor, não debalde que lhes faria este mal”.
“Assim diz o Senhor Elorrim: Bate com a tua mão, e bate com o teu pé, e dize: Ah! Por causa de todas as péssimas abominações da casa de
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Israel; pois eles cairão à espada, e de fome, e de peste”(Ezequiel 6:10 e 11).
Nenhuma descrição do propósito de Elorrim que seja mais impressiva do que estas palavras, poderá ser achada nas Escritas. Em virtude de suas terríveis abominações, Elorrim disse que seriam destruídos:
“...cairão à espada, e de fome e de peste”.
Quão verdadeiro foi isto! Quando os romanos sitiaram Jerusalém no ano 70 da nossa era, a falta de alimentos por vezes foi tão crítica que, de acordo com os historiadores, o povo comia a carne daqueles que morriam, às vezes, até a carne de seus próprios filhos, “no cerco e na angústia”, cumprindo a profecia de Jeremias l9:9. A terrível fome que se seguiu à destruição de Jerusalém pelos romanos, foi seguida de pestilência e morte.
Ezequiel, no capítulo 6, predisse que aquela destruição e desolação aconteceria por causa dos pecados de toda a nação. Mas, no capítulo 36, Elorrim nos transmite um quadro sobre a restauração de Israel. A mensagem, como o leitor perceberá, é dirigida às “montanhas de Israel”. Faremos a leitura desta mensagem na New English Bible de Ezequiel 36:14. Elorrim disse ao profeta.
“Profetiza às montanhas de Israel e dize: Montanhas de Israel, ouvi as palavras do Senhor. Estas são as palavras do Senhor Elorrim: O inimigo disse, Ah! As eternas terras altas serão nossas. Portanto, profetiza e dize: Estas são as palavras do Senhor Elorrim. Vós montanhas de Israel, ao vosso redor todos os homens vos olharam com maligna satisfação e vos insultaram quando fostes capturados e ocupadas pelo resto das nações; vosso nome passou de boca em boca, na fala comum dos homens. Portanto, ouvi as palavras do Senhor Elorrim,quando ele fala às montanhas e outeiros, às correntes de água e aos vales, aos palácios desolados e cidades desertas, todos saqueados e desprezados pelo resto das nações ao redor de vós”.
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Quando os judeus foram forçados a sair de sua pátria, as nações gentias entraram e a tomaram em possessão, alguns dos quais começaram a dizer:
“Bem feito! Também os antigos lugares altos são nossa herança”(Ezequiel 36:2).
Aqueles “antigos lugares altos” incluíam o Monte Moriá, onde se erguia o magnificente Templo Judaico e que foi totalmente queimado pelos romanos e, conforme observamos anteriormente no seu exato local, foi erigido um templo idólatra ao deus Júpiter. Também foram incluídos, entre aqueles “lugares altos”, o Monte Sião e o Monte das Oliveiras.
Ainda dirigindo-se às montanhas de Israel, o Senhor disse:
“Ao vosso redor os homens vos olharam com maligna satisfação e vos insultaram, quando fostes capturados e ocupadas pelo resto das nações; vosso nome passou de boca em boca, na fala comum dos homens”.
A versão king James diz assim:
“Vós sois objeto de chacota nos lábios dos tagarelas e sois a infâmia do povo”.
Os “tagarelas” mexericavam – mexerico de maldade. Por todo o mundo as pessoas fizeram chacotas concernentes ao povo Judeu. Eles foram amaldiçoados, perseguidos e mortos. As palavras de Elorrim, neste capítulo, são muito impressivas:
“No fogo do meu ciúme falei claramente contra o resto das nações, e contra Edom acima de todos. Pois Edom, ensoberbecido de triunfante desprezo, apoderou-se de minha terra para fazer dela objeto de desprezo público. Portanto, profetiza sobre o solo de Israel e dize aos montes e outeiros, às correntes de água e aos vales. Estas são as palavras do Senhor Elorrim: Eis que falei, no meu zelo e furor, porque tivestes que suportar os insultos de todas as nações. Portanto, diz o Senhor Elorrim, eu jurei com mão levantada que as nações ao redor de vós serão punidas por seus escárnios”(Ezequiel 36: 5-7).
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É interessante ver como o Senhor está dizendo às montanhas que certas nações escarnecedoras serão punidas por se apossarem de Sua terra e destruírem o Seu povo.
Agora, o tom muda por completo, começando com verso 8:
“Mas vós, montes de Israel, produzireis os vossos ramos e dareis os vossos frutos para o meu povo Israel, porque sua volta ao lar está próxima. Vede agora, Eu sou a vosso favor, Eu me voltarei para vós e sereis lavrados e semeados. Eu fixarei muitos homens sobre vós – toda a casa de Israel. As cidades serão outra vez habitadas e os palácios reconstruídos. Fixarei muitos homens e animais sobre vós; eles se multiplicarão e serão fecundos. Eu vos farei populosos como nos dias antigos e mais prósperos do que éreis no principio. Assim vós conhecereis que Eu sou o Senhor. Eu farei os homens – meu povo Israel – andarem por vossas veredas outra vez. Eles se estabelecerão em vós e vós estareis em sua possessão; mas vós nunca mais os desfilhareis”(Ezequiel 36:8-12).
Quão belo quadro constitui a passagem acima acerca do que está, de fato, acontecendo na Terra de Israel, hoje. “Eu fixarei muitos homens e animais sobre vós”, e, “eles se multiplicarão e serão fecundos”, diz o Senhor. E Ele promete que as montanhas serão mais populosas e mais prósperas do que foram outrora. Embora alguns se esforcem para encontrar o cumprimento destas profecias no retorno dos judeus da Babilônia em 457 A.C., a profecia nos dá um quadro muito mais amplo do que foi ou poderia ter sido cumprido naquela época. Mesmo tendo o remanescente que retornou de Babilônia recebido sua autonomia, podendo até mesmo aplicar a pena de morte (Esdras 7:11-26). Eles, sem dúvida, não foram “mais prósperos” do que fora a nação nos dias de Davi e Salomão. Muitos acreditam que estas profecias são aplicáveis aos nossos dias e a nenhum outro tempo.
Nenhuma profecia das Escrituras está mais relacionada com a nossa geração do que estes versos de Ezequiel 36. A expressão “montanhas de Israel” não é apenas poesia; ela é geografia e representa o reflorestamento que inclui dezenas e dezenas de milhões de árvores plantadas por Israel
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nestes últimos anos. Ela inclui, também, as multidões de laboriosos israelenses que, com a ajuda de árabes amigos, estão trabalhando a terra e transformando-a de estéril e desolado deserto, numa das mais férteis regiões de todo o mundo.
Mas, por mais lindo que este pequeno país se esteja tornando, ele não é e nunca pode ser o lar Eternal do Povo de Elorrim. A Abraão foi prometido que ele seria “herdeiro do mundo”, não de um mundo de guerras e de amargas hostilidades, não de um mundo onde ciclones, tornados e terremotos devastam a terra, mas de um mundo onde a tristeza e o pranto nunca serão conhecidos, onde a cruel mão da morte nunca nos roubará os nossos queridos; um mundo sem necessidades, onde não existirá a miséria, nem secas nem favelas, nem a fumaça poluidora das fábricas e veículos, nem acidentes de trânsito, nem crimes, nem exército, nem mesmo uma força policial. Esse foi o mundo que apareceu a Abraão em visão, na antiguidade:
“Porque ele olhava para a cidade que tem fundamentos, cujo artífice e construtor é Elorrim”(Hebreus 11:10).
Sua posteridade deveria ser mensageira de Elorrim para levar as boas novas do Seu propósito para com a raça humana a todas as partes da Terra. Eles falharam e esse fracasso se deteriorou de tal forma que nem mesmo reconheceram o Messias.
Quando Israel fracassou, Elorrim ainda realizou seu propósito através dos crentes no Messias e, doloroso como o foram tantos outros capítulos da história daqueles que professaram Seu nome, Elorrim, não obstante, está usando os crentes constituídos por pessoas de todas as nações, inclusive todos os judeus crentes. Estes estão levando Sua mensagem das boas novas eternas a todos os cantos do globo. Nada é mais inspirador do que o feitos destas testemunhas das boas novas:
“E este evangelho (boa nova) do Reino será pregado em todo o mundo, para testemunho a todas as nações; e então vira o fim” (Mateus 24:14).
Brevemente a grande obra estará terminada. Ao mesmo tempo em que vemos com interesse o retorno de Israel, também observamos, com
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alegria, a pregação das boas novas da salvação ao mundo inteiro. E isto constitui mais um dos grandes sinais do iminente final dos tempos. A Bíblia diz:
“Quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima”(Lucas 21:28). Ou, como diz a New English Bíble: “vossa libertação está perto”.
Eis algumas das promessas de Elorrim com respeito ao futuro:
“Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém alegria e para o seu povo, gozo.
E folgarei em Jerusalém e exultarei no meu povo; e nunca mais se ouvirá nela voz de choro, nem voz de clamor”(Isaias 65:18 e 19).
Um dos maiores profetas hebreus, disse:
“E eu, João, vi a Cidade Santa, a Nova Jerusalém que Elorrim descia do céu, como uma noiva, preparada e adornada para seu noivo...”
“E lhes enxugará dos olhos toda a lágrima, e não haverá mais morte, não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas”(Apocalipse 21:2 e 4).
Este é o propósito final de Elorrim para com o Seu povo. Não uma só nação, mas todos aqueles que, pela graça, se tornam filhos do fiel Abraão, são “herdeiros conforme a promessa” (Gálatas 3:28 e 29). Mas, antes da vinda desse Reino de Glória, haverá para Israel e para o mundo “um tempo de angústia, qual nunca houve desde que houve nação”(Daniel 12:1)., durante o qual será travada a última grande guerra - a Batalha do Armagedom (Apocalipse 16:14). Dois capítulos, próximo ao fim deste livro, estampam um quadro dos eventos que levarão àquele conflito final, quando as forças combinadas do ateísmo e do demonismo desafiarão o poder do Eterno Criador.
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CAPÍTULO X
IMPORTANTES PREVISÕES
A
RESPEITO DE ISRAEL
Quando Frederico, o Grande, da Prússia voltou-se para o seu capelão e lhe pediu que desse uma razão porque acreditava que a Bíblia continha a verdade, o capelão pensou por um momento e então disse: “Majestade, os judeus”.
Nada, em toda a História, revela tão claramente a veracidade das Escrituras como as predições a respeito de Israel. Desde a época em que este povo tornou-se livre do cativeiro egípcio sob a liderança de Moisés, ao longo de todos os séculos de constantes mudanças até o presente, eles foram um povo que deve ser levado em alta consideração. Nós já falamos de como foram preservados como um povo distinto e vimos que isto foi garantido na mais simples mas, também na mais clara linguagem. Observe estas palavras:
“Assim diz o Senhor, que dá o sol para luz do dia, e as ordenanças da lua e das estrelas para a luz da noite, que fende o mar e faz bramir as suas ondas; o Senhor dos Exércitos é o seu nome”.
“Se desviarem-se estas ordenanças de diante de mim, diz o Senhor, deixará também a semente de Israel de ser uma nação diante de mim para sempre”.
“Assim diz o Senhor: Se puderem ser medidos os céus para cima, e sondados os fundamentos da terra para baixo, também eu rejeitarei toda a semente de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o Senhor”.(Jer. 31:35-37).
Observe esta importante verdade: A eleição de Israel foi confirmada por um “concerto perpétuo”. Elorrim deu a Abraão e a sua posteridade a dádiva da terra por “possessão perpétua”. Ao profeta Ezequiel, o Senhor disse:
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“Dize, portanto, à casa de Israel: Assim diz o Senhor Elorrim: Não é por amor de vós que eu faço isto, ó casa de Israel, mas pelo meu Santo Nome, que profanaste entre as nações para onde fostes.
Não é por amor de vós que eu faço isto, diz o Senhor; seja isto conhecido por vós: envergonhai-vos e confundi-vos por causa de vossos caminhos, ó casa de Israel” (Ezequiel 36:22 e 32).
A terra foi dada por Elorrim para ser a herança do povo e o povo foi tomado por Elorrim para ser Sua herança. Disse Moisés:
Mas o Senhor vos tomou...para que Lhe sejais por herança...”
Então ele fala da terra, chamando-a de :
“Essa boa terra, que o Senhor teu Elorrim te dá por herança”(Deuteronômio 4:20 e 21).
E mais adiante, a Bíblia declara:
“Porque os dons e a vocação de Elorrim são irrevogáveis”(Romanos 11:29).
Agora, acrescentemos mais alguma passagem a esta – as palavras do rei Davi, como ele canta a bondade e a grandeza de Elorrim. Ele diz:
“E quem há como o teu povo, como Israel, gente única na terra? A quem Elorrim foi resgatar para seu povo; e a fazer-se um nome, e a fazer-vos estas grandes e terríveis coisas, para a tua terra, diante do teu povo, que tu resgataste do Egito desterrando as nações e a seus deuses”(II Samuel 7:23 e 24).
À luz destas Escrituras, como podemos falar superficialmente de Israel ou da terra de Israel? Através do seu procedimento com esta nação, Elorrim ilustrou princípios de um governo moral verdadeiro. Disse alguém: “Israel é uma magnífica lição objetiva para todas as nações e para qualquer época”. O pecado da nação judaica interrompeu a comunhão nacional da mesma forma que o pecado interrompe a comunhão espiritual do indivíduo.
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Muitos consagrados escritores, durante os últimos três séculos, externaram a esperança de que Israel, não somente voltaria a existir como nação, mas que se tornaria “um símbolo da paz” e “um santuário do ideal profético”. Autores mais recentes têm manifestado, não somente esta mesma esperança, como também vêem nos acontecimentos destas últimas décadas, uma cristalização de suas idéias.
Arnold Toynbee, historiador inglês, em seu discurso perante o Congresso Mundial Judaico, em l959, lembrou à sua platéia de que, há muitos anos, “os judeus p0ermitiram que estranhos levassem consigo a religião deles e a difundissem por todo o mundo”. Max L. Dimont, comentando o discurso, recorda-nos que “embora o mundo pareça não ter conhecimento desse fato ou relute em admitílo, o judaísmo já é uma das forças espirituais de maior sucesso a influenciar e a amoldar a mente do homem hoje...a história julga,não pela quantidade, mas pela qualidade...Yeshua (O Salvador) foi igualmente pendurado pelos romanos, mas Suas idéias viveram para moldar a mais magnificente civilização do mundo” The Indestructible jew, págs. 434 e 435).
O Dr. Charles F. Pfeiffer, um dos mais respeitados teólogos da autualidade, em seu livro The Arab Israeli Struggle (O conflito Árabe-Israelense), diz: “Não pode haver dúvidas de que o interesse pela Bíblia entre os ingleses muito teve a ver como o sentimento pró-Israel na Inglaterra... Provavelmente os mais sólidos e calorosos amigos de Israel... são aqueles que crêem que o estabelecimento do Estado de Israel é o cumprimento das profecias bíblicas. Eles vêem nos eventos contemporâneos o cumprimento de Lucas 21:24. “E Jerusalém será pisada pelos gentios até que os tempos destes se completem”. A volta à Palestina é considerada uma preparação para os eventos “do fim dos tempos”, págs. 109,110.
Um outro autor moderno, Salomon Grayzel, escrevendo como judeu, declara: “Nunca houve um tempo, nestes últimos 1.500 anos, em que diferenças de opinião com relação ao judaísmo, fossem tão profundas... Com a derrota do nazismo, uma época trágica para os judeus chegou ao fim nos países ocidentais. Mas a tragédia abateu-se sobre os judeus dos países Muçulmanos, quando um reavivamento do nacionalismo e a solidariedade
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para com seus colegas Muçulmanos, derrotados por Israel, levantou as populações contra os judeus que, por séculos, tinham vivido em seu meio”.
Ele chega ao ponto alto do seu excelente livro de 769 páginas, afirmando que o sonho de um mundo pacífico foi “sonhado pela primeira vez nas colinas da judéia por um profeta e sábio hebreu... Se aceitamos o desafio com visão, sabedoria e determinação, o Povo de Israel continuará a ser uma bênção entre os povos do mundo” – Págs. 723 e 726.
Todavia, algumas das afirmações francas e desafiadoras, concernentes ao futuro imediato de Israel, encontraram-se no livro The acts of the Apostles (Atos dos Apóstolos),do qual passamos a citar um trecho.
Observe estas palavras: “Israel havia tropeçado e caído, mas isso não impossibilitou que se levantassem outra vez”. Continuando, o autor diz:
“Entre os judeus existem alguns que, como Saulo de Tarso, são poderosos no conhecimento das Escrituras e estes, com maravilhoso poder, proclamarão a imutabilidade da Lei de Elorrim. O Elorrim de Israel fará com que isso ocorra em nossos dias”(Pág. 381, o grifo é nosso).
“Tem havido, de século em século, muitos judeus nobres, homens e mulheres, tementes a Elorrim, os quais têm sofrido em silêncio. Elorrim tem confortado seus corações em aflição e tem contemplado, com piedade, sua terrível situação. Tem ouvido as agonizantes orações dos que, de todo o coração, O têm buscado para uma justa compreensão da Sua Palavra”(Ibid. págs. 379 e 380).
Através de todos esses trágicos séculos, muitos do seio deste querido povo buscaram a Elorrim com seriedade, visando a “uma correta compreensão da Sua Palavra”, e Elorrim tem ouvido suas angustiantes orações. E podemos dar graças a Elorrim, porque, nesta hora final, nestes tempos decisivos e culminantes, muitos serão guiados pelo Seu Espírito à alegria da plena salvação.
Embora nossa época seja caracterizada por dias de licenciosidade e de promiscuidade, quando os padrões morais têm sido “levados com o vento”, fazendo com que muitos percam sua confiança nas Escrituras, chegando alguns até mesmo a declarar que “Elorrim está morto”, a despeito de tudo o que está acontecendo, o grande poder de Elorrim está trabalhando
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de um modo especial, chamando e convocando um povo para Si mesmo. Não somente entre os gentios, mas também entre os judeus, o Espírito de Elorrim está sendo derramado. E deste povo oprimido, alguns se levantarão para proclamar “ a imutabilidade da Lei Eterna de Elorrim”, chamando a atenção para o que os profetas escreveram. Agora ponderemos sobre estas palavras daquele mesmo autor:
“As profecias de juízo, proferidas por Amós e Oséias, foram acompanhadas por predições de glória futura. Às dez tribos, em longa rebelião e impenitência, não foram feitas promessas de completa restauração de seu antigo poder na Palestina. Até o fim dos tempos eles estariam espalhados entre as nações. Mas, através de Oséias, foi dada uma profecia que põe diante deles o privilégio de terem uma parte na restauração final a ser feita pelo Povo de Elorrim, no vim da história da terra, quando o Messias aparecerá como Rei dos Reis e Senhor dos senhores”.
“Por muitos dias”, diz o profeta, as dez tribos ficariam “sem rei, sem príncipe, sem sacrifícios, sem coluna, sem éfode e sem terafins”. Depois, continua o profeta, “os filhos de Israel retornarão e buscarão ao Senhor seu Elorrim, e a Davi seu rei; e temerão ao Senhor e à Sua bondade nos últimos dias”(Profets end Kings, pág. 298).
As Escrituras Sagradas relatam isso em Oséias 3:4 e 5. Este autor enfatiza que estas passagens foram “acompanhadas por predições de glória futura e a relaciona com “a restauração final... no fim da história da Terra”.
Embora pudéssimos, naturalmente, aplicar a expressão “a restauração final num sentido espiritual, no contexto implica que o escritor tinha em mente o restabelecimento de Israel como nação, o que é considerado por muitos especialistas bíblicos famosos, como um sinal inequívoco de que o Messias está prestes a vir como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Assim sendo, então o que deve ser feito tem que ser feito rapidamente, pois o tempo está esgotando-se. Estas palavras “depois os filhos de Israel voltarão e buscarão ao Senhor seu Elorrim (verso 5) tem um significado todo especial. Nada poderia ser mais enfático nem de mais fácil compreensão. Além disso, o autor diz que isso “ocorrerá nos últimos dias”.
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Seria difícil para “os filhos de Israel” voltarem sem uma pátria, para que o retorno se concretizasse.
Esse é um assunto conhecido, pois a História nô-lo diz que as Nações Unidas endossaram o restabelecimento de Israel como um Estado Livre e Independente. Pouco compreendia aquela augusta assembléia, quando o ato estava sendo oficializado que aquilo era, na verdade, um cumprimento das antigas profecias a respeito de Israel. Estas palavras do Senhor ao profeta Jeremias são de fundamental importância:
“A palavra que o Senhor veio a Jeremias, dizendo: “Assim diz o Senhor Elorrim de Israel, dizendo: Escreve num livro todas as palavras que te tenho dito: “Porque eis que vêm dias, diz o Senhor, em que farei retornar do cativeiro o meu povo-Israel e Judá, diz o Senhor; torná-los-ei a trazer à terra que dei a seus pais, e a possuirão.
Estas são as palavras que disse o Senhor acerca de Israel e Judá”(Jeremias 30:1-4).
Observemos em especial o verso 24:
“Não voltará atrás o furor da ira do Senhor, até que tenha executado e até que tenha cumprido os desígnios do seu coração; nos últimos dias entendereis isto”(Jeremias 30:24).
Algumas coisas na programação divina não poderiam ser compreendidas ao tempo em que foram escritas. Não poderiam ser totalmente compreendidas até o seu cumprimento. Quando o profeta Daniel estava recebendo instruções do Senhor, ele disse:
“Eu, pois, ouvi, mas não entendi; por isso eu disse: Senhor meu, qual será o fim destas coisas?”
“E ele disse: Vai, Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até ao fim dos tempos”(Daniel 12:8 e 9).
Ou, como traduz Moffatt: “Até a crise do dim”.
Quando o anjo Gabriel veio até Daniel, ele disse:
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“Agora vim para fazer-te entender o que há de acontecer ao teu povo nos últimos dias; porque a visão se refere a dias ainda muito distantes”(Daniel 10:14).
Importantes acontecimentos deveriam ocorrer ao povo de Daniel – os judeus – “nos últimos dias”, um tempo muito distante da época de Daniel. A maioria dos estudiosos evangélicos crê que isso é uma referência aos dias do encerramento da história da Terra, quando, de acordo com esta passagem bíblica, podemos confiantemente esperar que ocorram grandes coisas. As seguintes palavras do livro Evangelismo, pág. 579, dão ênfase à mesma verdade:
“Haverá muitos...entre os judeus (que)...ajudarão a preparar o caminho do Senhor e fazer no deserto um caminho direto para nosso Elorrim. Os judeus deverão ter um importante papel a desempenhar neste ato”.
O profeta Isaías disse muito bem:
“ouvi a palavra do Senhor, vós os que a temeis... Quem jamais ouviu tal coisa? Pode, acaso, nascer uma terra num só dia? Nasceria uma nação de uma só vez? Mas Sião, antes que lhe viessem as dores, deu à luz a seus filhos”(Isaías 66:5 e 8).
Muitos estudiosos da Bíblia viram um cumprimento desta profecia, quando Israel proclamou-se uma nação no dia 14 de maio de l948. Trinta anos antes, ao término da 1ª Guerra Mundial, a antiga Liga das Nações, quando tentava solucionar alguns dos problemas criados pela guerra, insistiu em que a França ocupasse a Síria e a Inglaterra assumisse os problemas da Palestina. Tanto a Síria como a Palestina tornaram-se “territórios governados por mandato” sob a supervisão geral da antiga Liga das Nações.
Embora aquele arranjo fosse bom durante um período limitado de tempo, ele podia, no máximo, ser apenas temporário e chegou o dia em que a Inglaterra, incapaz de promover a paz entre árabes e judeus, finalmente,
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abriu mão do mandato declarando que já não podia cumprir seu compromisso. O dia l4 de maio foi o dia em que a Inglaterra deixou Israel. E, naquele mesmo dia, Israel proclamou-se uma nação independente. Esta foi reconhecida imediatamente pelos Estados Unidos da América. E a segunda nação a dar o seu reconhecimento foi a Rússia Soviética. Todos os outros países logo os seguiram e Israel obteve assento como membro das Nações Unidas. Nesse sentido, pelo menos, poder-se-ia dizer que a nação Israel “nasceu num dia”. Desde então, eles tem feito grandes progressos, quer material, quer culturalmente. Nós desejaríamos que o mesmo pudesse ser dito do desenvolvimento espiritual da nação.
Note estas declarações a respeito dos judeus, do autor de Prophets and Kings:
“Tem que haver um trabalho...verdadeiro e sincero em prol dos judeus. Um pouco está sendo feito, mas é como nada, comparado com o que poderia ser feito. Há evidente falta de lançarmos mãos à obra como deveríamos. Que o povo do Senhor medite e ore sobre esta questão”(Carta 21, l912).
“Porque assim diz o Senhor dos Exércitos: Como pensei fazer-vos mal, quando vossos pais Me provocaram à ira, diz o Senhor dos Exércitos, e não me arrependi, assim pensei de novo fazer bem a Jerusalém e à casa de Judá nestes dias; não temais”(Zac. 8:14 e 15).
“A obra sobre a qual o profeta Zacarias escreve, é um tipo de restauração a ser operada em prol de Israel antes do fim do tempo.
E há de acontecer, ó casa de Judá, e ó casa de Israel que, assim como fostes maldição entre as nações, assim vos salvarei e sereis benção; não temais, sejam fortes as vossas mãos. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis que salvarei o meu povo, tirando-o da terra do Oriente e da terra do Ocidente; e os trarei e habitarão em Jerusalém; eles serão o Meu Povo e eu serei o seu Elorrim em verdade e em justiça”(Zacarias 8:11, 7 e 8).
Este escritor declarou com seriedade que “o povo do Senhor deveria meditar e orar sobre este assunto”. Quanto tempo de meditação e oração está o povo de Elorrim dando a este assunto? Quantos períodos de oração estão reservados pelos crentes em favor dos judeus hoje?
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O autor declara que a obra da qual o profeta Zacarias escreve “é um tipo de restauração espiritual a ser realizada por Israel antes do fim dos tempos”(Ibdem).
Embora esta profecia tivesse uma aplicação limitada ao retorno da Babilônia nos dias de Esdras e Neemias, sua maior aplicação não parece estar “nos primeiros dias”, mas nos “últimos dias” – o tempo em que estamos vivendo. Eis a promessa de Elorrim:
“Assim diz o Senhor dos Exércitos... Não serei para com o restante deste povo como nos primeiros dias, diz o Senhor dos Exércitos.
Porque haverá sementeira de paz; e a vide dará o seu fruto, a terra a sua novidade e os céus o seu orvalho; e farei com que o resto deste povo herde tudo isto”(Zacarias 8:11 e 12).
Zacarias dá a entender que, após a restauração da nação, haverá um grande incremento de frutos e grãos e que “os céus darão o seu orvalho”. E aqueles que possuírem estas coisas serão “um remanescente” ou “um resto” do povo. Não poderia isto se referir à geração que está vivendo hoje, justamente no tempo da vinda do Messias?
Sob os reinados de Davi e Salomão, a nação toda foi um reino. Mas, após a morte de Salomão, seu filho Roboão, subiu ao trono e fez um discurso muito tolo aos representantes do reino que lhe vieram pedir aliviar os impostos. Ele declarou que, ao invés de diminuir os impostos, ele os aumentaria grandemente. Aquele discurso dividiu o reino. As dez tribos juntaram-se, formando a Casa de Israel ao Norte, e as duas tribos ao Sul, a Casa de Judá.
Cerca de 200 anos mais tarde, os assírios invadiram o Reino Setentrional de Israel. Eles destruíram suas cidades e espalharam o povo entre os Medos. A casa de Israel nunca foi restaurada. 150 anos após o cativeiro assírio, os babilônicos derrotaram a casa de Judá e destruíram Jerusalém. Nabucodonosor levou o povo cativo, cumprindo a profecia de Jeremias, e eles serviram ao rei da Babilônia 70 anos (Jeremias).
Quando se deu colapso do Império Babilônico, Ciro, o Persa, libertou os judeus, proporcionando até recursos financeiros para reestabelecimento de sua pátria. Mas, desde que Nabucodonosor subjugou
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o reino de Judá, jamais tiveram os judeus um rei que os governasse. Um pequeno remanescente do povo voltou para a sua pátria, mas nunca passaram de uma província do império reinante – primeiro da Pérsia, depois da Grécia e, por último, de Roma. Os Herodes foram apenas fantoches do Império Romano.
O profeta Zacarias foi grandemente usado pelo Senhor para sacudir o espírito dos judeus e auxiliar no seu restabelecimento como nação. Mas não houve mais trono, nem rei e as Escrituras são muito claras no que diz respeito à identidade do povo que retornou amparado pelo decreto de Ciro. Aqueles que voltaram eram, em grande parte, a posteridade dos capturados pelos exércitos babilônicos 70 anos antes. A Escritura deixa isso bem claro:
“Estes são os filhos da província que subiram do cativeiro, dos transportados que nabucodonosor, rei da Babilônia, tinha levado para Babilônia e tornaram a Jerusalém e a Judá”(Esdras 2:1, grifos acrescentados).
Estes não eram dez tribos nem doze tribos. Eram duas tribos, Judá e Benjamim, com alguns levitas dispersos que atuavam como sacerdotes para o povo. E eles vieram do Leste, de Babilônia, mas, através do Profeta Zacarias, Elorrim diz:
“E eu salvarei meu povo, tirando-o da terra do Oriente e da terra do Ocidente”(Zacarias 8:7).
No retorno de Babilônia, nenhum deles veio do Ocidente; eles vieram somente do Oriente.
“E os trarei e habitarão em Jerusalém; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Elorrim em verdade e em justiça”(Zacarias 8:8).
O profeta divisou um verdadeiro reavivamento espiritual, semelhante àquele despertamento ocorrido nos dias do rei Josias. Isaías é ainda mais claro; diz ele:
“Porque há de acontecer, naquele dia, que o Senhor tornará a estender a sua mão para resgatar o remanescente do seu povo, que for
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deixado da Assíria, e do Egito, e de Patros, e da Etiópia*, e de Elão, e de Sinear, e de Hamate, e das ilhas do mar”.
“E levantará um pendão entre as nações e ajuntará os desterrados de Israel, e os dispersos de Judá congregará desde os quatro confins da Terra”(Isaías 11:11 e 12).
O primeiro resgate deu-se nos dias de Ciro e Artaxerxes, reis da Pérsia. O segundo resgate, parece claramente, acontecerá imediatamente antes da vinda em glória do Messias. O “Estandarte das Nações” de que fala o verso 10, como sendo “uma raiz de Jessé” é, sem qualquer dúvida, Yeshua, o Messias. Ele se torna o “Estandarte das Nações”.
O profeta Ezequiel, um dos cativos da Babilônia nos dias de Nabucodonosor, sabia que o Reino de Israel, que ficava ao Norte, tinha sido derrotado e subjugado pelos assírios e dispersos entre os medos. Ele sabia, também, que o Reino do Sul, Judá, havia sido destruído por Nabucodonosor e o povo levado cativo para a Babilônia. Mas, em visão, também lhe foi permitido testemunhar seu restabelecimento na Terra de Israel, seguindo-se um grande despertamento espiritual entre seu povo. Através deste profeta, o Senhor disse:
“E vos tomarei dentre as nações e vos congregarei de todos os países e vos trarei para a vossa terra”(Ezequiel 36:24).
“Todos os países” seguramente tem uma conotação mais ampla que simplesmente Babilônica, da qual o povo retornou nos dias do império Medo-persa em 536 A.C. e 457 A.C. Depois de haverem sido recolhidos de “todos os países”, o profeta continua a falar a mensagem de Elorrim:
“Então espalharei água pura sobre vós e ficareis purificados: de todas as vossas imundícies e de todos os vossos ídolos vos purificarei.
E vos darei um coração novo e porei dentro em vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne.
E porei dentro em vós o meu espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos e os observeis”.
Aqui é o Redentor falando ao povo redimido. Então Ele diz:
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“E habitareis na terra que dei a vossos pais e vós me sereis por povo e eu vos serei por Senhor.
E vos livrarei de todas as vossas imundícies...”(Ezequiel 36:25-29).
* N. do T.: A recente operação Moisés que transportou cerca de l6.000 judeus-etíopes, os falashas, para Israel em l984, são um cumprimento desta profecia.
Para finalizar Sua promessa, o Senhor disse:
“No dia em que eu vos purificar de todas as vossas maldades, então farei com que sejam habitadas as cidades e sejam edificados os lugares devastados.
E a terra assolada se lavrará em vez de estar assolada aos olhos de todos os que passavam.
E dirão: esta terra assolada ficou como jardim do Éden”.
E qual seria o resultado final? Notemos estas palavras:
“Então saberão as nações que ficarem de resto em redor de vós, que Eu, o SENHOR, tenho reedificado as cidades destruídas, e plantado o que estava devastado. Eu, o SENHOR, o disse e o farei”(Ezequiel 36:33-36).
Estes versos tiveram um cumprimento parcial nos dias de Esdras. Mas eles estão tendo um cumprimento muito maior nos dias de hoje. Entretanto, o seu maior e final cumprimento será no reinado de glória que está para vir.
Nenhum profeta falou de maneira mais clara sobre os eventos relacionados com Israel que Ezequiel. Sua mensagem para sua própria geração, foi inconfundível, mas sua mensagem, relacionada com o futuro do seu povo, é impressionante clara. Frequentemente nós procuramos espiritualizar estes capítulos ou pretendemos que estas profecias sejam todas “condicionais”, dependendo, para seu cumprimento, de certos atos do
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povo. Mas tais informações deixam muito a desejar. Ao longo dos anos, zelosos e sinceros professores da verdade seguiram essa prática. Mas estaremos nós sendo prudentes em fechar nossos olhos a promessas tão positivas apoiadas e sustentadas por um claro “Assim diz o Senhor”?
Neste capítulo nós nos empenhamos por colocar, não somente afirmações claras das Escrituras, como também declarações de outros escritores. Por exemplo, Prophets and Kings, publicado há anos, traça a história de Israel desde o tempo de Davi. O autor aponta, com muita clareza, as apostasias espirituais durante o reinado de alguns reis; depois, através dos trágicos tempos do cativeiro babilônico e daí em diante até o retorno de um remanescente nos dias de Esdras e Neemias sob a proteção de Ciro, o rei persa, quando, como já vimos, cerca de 42.000 foram restabelecidos na terra de seus antepassados.
Este livro, PROPHETS AND KINGS, foi, inicialmente, publicado com o título The Captivity and Restoration of Israel. Ele nos dá uma visão, não somente da primeira restauração que foi dirigida por Zorobabel, o governador, e por Esdras, o sacerdote, mas transporta o leitor até ao tempo em que a nação, espalhada até os quatro cantos da terra, seria trazida de volta “pela segunda vez” e, por um curto espaço de tempo, estabelecida no pequeno país de Israel, como um sinal do poder e propósito de Elorrim por esta nação outrora dispersa. Testemunhando a libertação divina, muitas das nações do mundo, de alguma forma, chegarão ao conhecimento do Elorrim vivo. Embora estas passagens das Escrituras possam aplicar-se espiritualmente ao povo de Elorrim, congregados de todas as nações, ainda assim era à nação Judaica, em especial, que Elorrim estava falando.
Sua promessa a Abraão incluía muito mais do que aquela estreita faixa de terra a leste do Mar Mediterrâneo, pois, em Romanos 4:13, nós lemos que Abraão seria “herdeiro do mundo”. Essa promessa era fantástica, grande demais para ele, ou mesmo para nós, para se ter dela uma compreensão plena. Mas nós podemos, ao menos, tentar compreende-la. Possivelmente alguns leitores terão que deixar de lado algumas idéias preconcebidas, como os autores de Israel – Foco das Atenções Mundiais - tiveram que fazer há muitos anos atrás. Mas o conceito maior do propósito de Elorrim para com Seu antigo povo, muito acrescenta à nossa compreensão sobre a revelação de Elorrim e, de modo algum, debilita a
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beleza da verdade; ao contrário, dá-lhe realce e relevo. Não é fácil alguém mudar o seu ponto de vista profético, mas, para conhecer o plano de Elorrim para o presente e para o futuro, tudo vale. O seguinte conselho dado, há anos, pelo autor de Prophets and Kings, tanto traz desafios como também é revelador:
“Muitos e muitos mestres estão contentes com uma suposição no que respeita à verdade. Eles têm idéias imperfeitas e estão contentes com um trabalho superficial em busca da verdade, presumindo como certo que eles têm tudo o que é essencial. Eles tomam como verdade o que outras pessoas afirmam, sendo demadiadamente indolentes para lançar-se a um trabalho sério e dedicado, representado na Palavra como cavar para achar um tesouro escondido. Mas, as invenções do homem não somente são inseguras, mas também, perigosas, pois colocam o homem onde Elorrim deveria estar...”
“As nítidas e claras percepções da verdade, nunca serão o prêmio da indolência. Uma investigação de cada ponto que tem sido recebido como verdade, gratificará, ricamente, o pesquisador; ele encontrará gemas preciosas. Ao fazer-mos uma apurada pesquisa, cada jota e cada til que pensamos ser uma verdade já estabelecida, ao compararmos passagem com passagem da Escritura, nós podemos descobrir erros em nossa interpretação bíblica. O Senhor fará com que o pesquisador de Sua Palavra mergulhe no poço mais profundamente, rumo às minas da verdade. Se a pesquisa for conduzida de maneira apropriada, serão encontradas jóias de inestimável valor”(Review and Herald, 12-7-l896 – Grifos acrescentados).
Não é lisonjeiro para uma pessoa pensar que podem existir erros em sua interpretação da Escritura e, consequentemente, de sua compreensão da verdade. Se for este o caso, o quanto mais rápido descobrir-mos tal coisa e reajustarmos nossa maneira de pensar, tanto melhor. Um exemplo de alguns erros infelizes nas interpretações das Escrituras, é a alegação feita por alguns estudiosos os quais afirmam que, por ocasião do retorno dos judeus do cativeiro babilônico, nos dias de Esdras, a posteridade daqueles
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que foram levados cativos pelos conquistadores assírios dois séculos antes, também foram incluídos entre os exilados que retornaram. Uma tal reivindicação é contrária, tanto à História, quanto à Bíblia. As Escrituras afirmam com muita clareza quais foram aqueles que retornaram, conforme vimos. Não existe, portanto, nenhuma necessidade de que fiquemos conjecturando ou imaginando quem eram os exilados.
Em Esdras 2:1, lemos:
“Estes são os filhos da província que subiram do cativeiro, dos transportados, que Nabucodonosor, rei da Babilônia, tinha levado para a Babilônia, e tornaram a Jerusalém e Judá”.
Então seguem-se nos nomes daqueles que retornaram.
Falando daqueles que foram levados pelos assírios nós lemos:
“O rei da Assíria tomou Samaria, e transportou Israel cativo para a Assíria; e faze-los habilitar em Hala e junto a Habor... e nas cidades dos medos”(II Reis 17:6).
Esses que foram levados cativos para a Assíria não retornaram a Jerusalém e a judá. Com efeito, 500 anos depois dos dias de Esdras, eles ainda estavam dispersos entre os gentios (Veja João 7:35 e Tiago 1:1).
Alguns sugerem que a oferta de 12 bodes, na dedicação do Templo reconstruído (Esdras 6:17), é prova de que todas as tribos haviam retornado. Aquelas eram oferendas em favor de todo o Israel, cuja maioria ainda estava vivendo entre os gentios. Um certo autor declara que “até o fim dos tempos, eles, (as 10 tribos) deveriam estar “errantes entre as nações”(Prophets and Kings, pág. 298). E a maioria dos judeus ainda permanece entre as nações.
Estas desafiadoras palavras, faladas há 19 séculos aos doutores da Lei em Jerusalém, bem poderiam ser repetidas ainda hoje:
“Errais não conhecendo as Escrituras nem o poder de Elorrim”(Mateus 22:29).
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A reunião de Israel, congregados de todas das nações da Terra, o seu restabelecimento em sua antiga pátria, fornecem, não somente evidências que nos compelem a um estudo mais profundo, cuja finalidade é chegar a uma compreensão mais clara das profecias divinas, como também nos proporcionam oportunidade sem par, para darmos ênfase, de uma nova maneira, às poderosas verdades da Palavra de Elorrim, para o povo cujos profetas escreveram as grandes mensagens de Elorrim para seus dias e para os nossos.
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CAPÍTULO XI
É ESCRITURÍSTICO O RETORNO DO
ISRAEL MODERNO?
Existe algum significado profético no retorno dos judeus à terra de seus pais? Por que deveria esta nação ser restaurada, quando outras nações, como Babilônia, passaram às páginas da História sem que nenhuma menção se faça delas hoje? Mas, por um estranho contraste, os judeus ainda estão entre nós. Existe algum real significado para isso?
Todo estudioso sabe que Elorrim usou certas nações no passado, tais como Babilônia, Medo-pérsia e Grécia para realizar Seus propósitos. Não estaria Elorrim, porventura, usando agora o Israel restaurado? É triste dizer, no entanto, mas muitos estão retornando com demonstrações de pouco interesse e consideração para com a religião de seus pais. Contudo, a despeito de seu desinteresse para com Elorrim e Sua Santa Palavra, promessas muito claras foram feitas aos seus antepassados - os patriarcas. Estaríamos nós vendo hoje o cumprimento daquelas promessas?
O propósito final de Elorrim para com Israel e com o mundo, está claramente predito nas Escrituras Sagradas. Ele não somente fará esta pequena terra desabrochar como uma rosa, mas, finalmente: “Ele criará novos céus e nova Terra”(Apocalipse 21:1-3).
As Escrituras dizem:
“Mas nós, conforme Sua promessa, aguardamos um novo céu e uma nova terra, onde habita a justiça”(II Pedro 3:13).
O propósito de Elorrim para com Seu Povo, no fim dos tempos, é tão maravilhoso que palavras não o podem descrever. Mas existem algumas outras promessas as quais, indubitavelmente, terão o seu cumprimento antes do fim de todas as coisas. Algumas destas promessas dizem respeito a Israel, como a que encontramos no livro do profeta Oséias:
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“Quem é sábio para que entenda estas coisas? Prudente, para que as saiba? Porque os caminhos do Senhor são retos, e os justos andarão neles, mas os transgressores neles cairão”(Oséias 14:9).
Este apelo aos sábios e aos prudentes é acompanhado de uma promessa: “Eles podem entender estas coisas” e “eles podem compreende-lo”. Para compreendermos os planos de Elorrim, existem princípios de fundamental importância na interpretação profética que não podemos deixar passar despercebidos. Um destes princípios tornou-se muito claro quando o Grande Mestre disse aos Seus seguidores:
“Eu vô-lo disse agora, antes que aconteça para que, quando acontecer, vós acrediteis”.(João 14:29).
Não podemos compreender totalmente uma profecia até que ela esteja sendo cumprida ou que já haja sido cumprida. Observe, Ele não disse: “Estas coisas Eu vos tenho falado, para que vos torneis peritos prognosticadores dizendo o que vai acontecer”. Mas, sim, para que pudessem ser hábeis interpretes dos acontecimentos quando de fato eles estivessem acontecendo. E este princípio foi repetido três vezes durante aquela importante conversão. O princípio é claro – somente quando o evento estiver realmente acontecendo é que podemos verdadeiramente compreende-lo”.
Agora, com respeito a Israel, nós nos defrontamos com um importante fato da História: Israel, sem uma pátria durante quase 2.000 anos, possui hoje uma pátria. Israel que foi, durante centenas de anos, alvo de ódio e perseguição, foi estranhamente preservado como um povo por mis de 19 séculos e durante todo esse tempo tem sobrevivido sem um lar e sem o Templo. A despeito da amargura da perseguição pela qual passaram, eles ainda estão conosco. Então, nestes “últimos dias”, justamente antes do fim da História Humana, nós encontramos, pelo menos, um quinto dos judeus do mundo, reunidos em sua própria terra. Podemos perguntar: Por quê?
Nas Escrituras lemos que é Elorrim quem “remove os reis e estabelece os reis” (Daniel 2:21). Ele usou alguns estranhos caracteres no passado para realizar Seus propósitos. Ele até se referiu a Nabucodonosor
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como “meu servo” e a Ciro, o Persa, de “meu ungido”. Agora, comecemos a ponderar sobre este pensamento: a nação de Israel, no seu primeiro estágio, nunca poderia ter sido uma nação nunca poderia ter sido preservada, não fosse pela providência divina. Será demasiadamente difícil para nós acreditar-mos que Ele dirigiu os acontecimentos para que o Moderno Estado de Israel fosse restabelecido como nação?
É desolador ouvir algumas pessoas declararem que a restauração de Israel, como nação, é resultado do trabalho de um plano satânico! Alegar que o diabo os estabeleceu como nação, onde Elorrim não desejava que estivessem, não traz nenhum mérito à consideração de pessoas esclarecidas e sérias. A Bíblia afirma claramente que é Elorrim somente que estabelece reinos (veja Daniel 2:20 e 21). Elorrim é o Criador, Todo-poderoso, dos céus e da Terra, Satanás não pode fazer nada, em tempo algum, exceto quando Elorrim o permite. Se temos confiança na Bíblia como a Palavra de Elorrim, então olhemos francamente para o que Elorrim tem a nos dizer sobre estas coisas. Através do profeta Oséias, Ele diz:
“Porque os filhos de Israel ficarão, por muitos dias, sem rei, sem príncipe, sem sacrifício, sem coluna, sem estola sacerdotal ou ídolos no lar.
Depois tornarão os filhos de Israel e buscarão ao Senhor seu Elorrim, e a Davi, seu rei; e, nos últimos dias, tremendo, se aproximarão do Senhor e da Sua bondade”(Oséias 3: 4 e 5).
Estas são, certamente, declarações poderosas. Estiveram os filhos de Israel “muitos dias sem rei” e “sem sacrifício”? Ao formular a pergunta, é necessário responde-la. Durante 25 séculos eles não tiveram nenhum rei, e durante 19 séculos, nenhum templo nem um centro de culto. Foi isto o que viu Oséias, por inspiração do Espírito Santo. E muitos outros profetas também tinham visto – que Israel seria espalhado entre as nações, mas que eles, no fim dos tempos, haveriam de retornar e “buscar ao Senhor seu Elorrim e a Davi, seu rei”.
O rei Davi, que vivera antes dele, estava morto há mais de 200 anos, quando Oséias escreveu estas palavras; assim, não havia
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possibilidade de se referir ao rei Davi que viveu e reinou entre 1011 A.C. e 971 A.C., isto é, 40 anos. Mas as Escrituras falam a respeito do Messias sentado no trono de Davi, seu pai. Como estas afirmações são claras e precisas! Algum tempo depois de seu retorno ao senhor, eles buscarão o seu Messias, ou, em outras palavras “Davi, seu rei”. Embora muitos judeus estejam agora retornando a Israel em total descrença, não obstante podemos divisar o tempo em que, sob a poderosa influência do Espírito Santo de Elorrim, milhares, talvez centenas de milhares, aceitarão Yeshua (O Salvador) como seu próprio Messias. A New English Bíble, diz assim:
“Eles novamente procurarão o Senhor seu Elorrim e a Davi seu rei, e se voltarão ansiosamente para o Senhor por Sua bondade nos dias que hão de vir”(Oséias 3:5).
Através de um outro profeta, o Senhor diz:
“Tomar-vos-ei de entre as nações e vos congregarei de todos os países e vos trarei para a vossa terra”.
Mas, para maior admiração ainda, Ele diz:
“Então espalharei água pura sobre vós e ficareis purificados: de todas as vossas imundícies e de todos os vossos ídolos vos purificarei.
E vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne”(Ezequiel 36:24-26).
Estes textos são, frequentemente, aplicados de modo geral àqueles que se voltam de sua incredulidade e ceticismo e aceitem a salvação de Elorrim. E isso não está errado, pois todos aqueles que se entregam às vindicações de Elorrim, terão uma mudança no seu coração, mas o profeta, aqui, está falando, em especial, de um povo que será recolhido e congregado de todas as nações, e, quando estiverem recolhidos, ele diz:
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“As nações (gentios) saberão que Eu Sou o SENHOR, diz o Senhor Elorrim, quando eu for santificado aos seus olhos”(Ezequiel 36:23).
A The New English Bible, reza:
“Quando eles virem que Eu revelo a minha santidade através de vós, as nações saberão que Eu Sou o Senhor. Porque Eu vos tomarei dentre os gentios(nações) e vos reunirei de todos os países e vos introduzirei na vossa própria terra”(Ezequiel 36:23 e 24 – grifo nosso).
A Bíblia de Jerusalém reza o seguinte:
“Quando Eu exibir minha santidade por vossa causa ante seus olhos”.
Estas promessas foram feitas enquanto os judeus eram cativos em Babilônia. Depois de 70 anos, cerca de 42.000 retornaram de Babilônia. Entretanto, esta passagem fala de um povo recolhido “de todos os países”, não somente de Babilônia e trazido para a “sua própria terra” e, quando isto acontecer, o Senhor disse: “Eu serei santificado em vós”.
A despeito do fato de que muitos têm retornado com pouca ou nenhuma fé, mesmo assim as Escrituras indicam que o Espírito Santo de Elorrim operará uma mudança nos corações de muitos. Porventura não pode o mesmo Elorrim, que abriu os olhos de Saul e o transformou num outro homem, fazer por um povo o que Ele fez por aquele homem e por milhares de outros daquela geração? O mesmo poder que prostrou Saulo de Tarso pode fazer uma nação dobrar os seus joelhos em arrependimento (Zacarias 12:10-12) e milhares se voltarão ao seu Elorrim em espírito de confissão.
Através do profeta Oséias, o Senhor disse:
“Ouvi a palavra do Senhor, ó filhos de Israel: porque o Senhor tem uma contenda com os habitantes da terra, porque não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento de Elorrim na Terra”(Oséias 4:1).
Quão trágico é isto! Por natureza, são filhos de Abraão, contudo eles estão sem o conhecimento do Elorrim de Abraão, sem o conhecimento de sua condição de perdidos. Mas, por algum misterioso
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caminho, o Espírito Santo trará um imenso número de pessoas desta nação sob a convicção do amor de Elorrim e eles dirão:
“Vinde e tornemos para o Senhor, porque Ele nos despedaçou e nos sarará; fez a ferida e ligará”(Oséias 6:1).
Muitos naquele tempo sentirão as afetuosas feridas do Seu amor e, reconhecendo sua condição de perdidos, estenderão suas mãos para ele que tem “cura em suas asas”.
Desejosos de uma compreensão mais profunda dos propósitos de Elorrim, eles se voltarão às Escrituras Sagradas que, durante muitas gerações foram negligenciadas. E aqui está a promessa do Senhor através do mesmo profeta:
“Semeai para vós em justiça, ceifai, segundo a misericórdia; lavrai o campo da lavoura; porque é tempo de buscar ao Senhor, até que venha e chova a justiça sobre vós”(Oséias 10:12).
Oséias parece falar mais positivamente do que muitos profetas da antiguidade. Através dele, o Senhor diz:
“Falei aos profetas e multipliquei as visões; e, pelo ministério dos profetas, propus símiles”.
“Mas o Senhor, por meio dum profeta, fez subir a Israel do Egito e, or um profeta, foi ele guardado”(Oséias 12:10 e 13).
O mesmo Elorrim que tirou Israel do Egito por meio do profeta Moisés, que preservou a nação durante quase 2.000 anos de vagueações sem destino e perseguições, guardando-os enquanto permaneciam nos trágicos guetos, ouvindo suas orações e percebendo sua busca sincera de Seus conselhos, quando lêem os profetas, é Aquele que prometeu restaura-los na terra de seus pais. Seria muito natural pensar que eles se regozijariam por poder seguir a Palavra de Elorrim sem medo. Mas com muitos, tal não é o caso.
Há algum tempo, falávamos a um senhor judeu que havia fugido da perseguição de Hitler na Alemanha. Nós éramos hóspedes convidados e estávamos recebendo sua atenção no Kibbutz no qual ele era o líder. Era
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um homem amável e culto e mostrava-nos esta interessante fazenda comunitária. Quando lhe perguntamos onde ficava a sinagoga, ele respondeu de maneira peremptória: “Oh! Nós não temos sinagoga aqui e não pretendemos ter uma. Serviços religiosos não fazem parte de nossa programação”. Surpresos e até desapontados, inquirimos dele a razão. Estas foram suas palavras: “Nós sofremos tanto por causa da religião de nossos pais e não queremos nada disso aqui. Não queremos que nossos filhos sofram como nós sofremos. Assim, nós os estamos criando sem religião. Se, depois que estiverem na idade adulta desejarem seguir a religião, bem, esta será sua própria opção e não nossa”.
Ficamos sabendo que este Kibbutz, em especial, não era um exemplo isolado. Muitos outros kibbutzim ou fazendas comunitárias não possuem nem sinagoga nem rabino. Mas Elorrimm decidiu preservar esta nação e ela continuará existindo, apesar da atitude de muitos para com a fé de seus pais.
A este povo o Senhor diz:
“Ó Israel, tu te destruíste a ti mesmo, mas em mim está o teu socorro.
Eu serei teu Rei. Onde se pode encontrar qualquer outro que possa salvar-te em todas as cidades? (Oséias 13:9 e 10).
Rogando, como um pai a seu filho, o Senhor diz:
“Ó Israel, tu te tens destruído a ti mesmo; torna-te para Mim e Eu serei teu socorro”.
Está chegando o tempo em que Israel necessitará de toda ajuda que puder obter. Mas a sua real força não está nas armas nem na estratégia política, mas no Elorrim vivo. Aquele que preservou esta nação ao longo de todos os trágicos séculos, em que ditadores determinaram-se a extingui-los, empenhou-se em ser o seu Libertador. Mas eles devem voltar-se para Ele. O profeta Isaías é citado em Romanos, dizendo:
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“De Sião vira o Libertador e desviará de Jacó as impiedades”(Romanos 11:26).
Esta promessa aplica-se, naturalmente, a todos aqueles que se desviaram do pecado, mas, de um modo especial, a esta nação. Nenhum outro pode salvar Israel, a não ser o Eterno Elorrim, o Elorrim de seus pais, o Criador e Mantenedor da vida. Somente Ele é seu Salvador, como disse o Senhor através do profeta Isaías:
“Certamente eles são meu povo, filhos que não mentirão; assim ele foi seu Salvador... pelo seu amor e pela sua compaixão Ele os remiu”(Isaías 63:8 e 9).
As palavras que seguem foram ditas a um dos líderes da nação judaica, “um legislador dos judeus”, Nicodemos, membro do Sinédrio. Ele estava ansioso para conhecer a verdade da Salvação. Naquela noite ele aprendeu muito. Sua mente foi dirigida até Israel no deserto:
“Assim como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o filho do homem seja levantado”.
“Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”(João 3:14 e 15).
Em breves dias, de acordo com as Escrituras Sagradas, multidões na terra de Israel se voltarão para Aquele a quem desprezaram e rejeitaram durante estes 19 séculos. Eles o aceitarão como o seu próprio Messias:
Pela boca do profeta Zacarias, Elorrim diz:
“E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para Mim a quem transpassaram; e o prantearão como quem pranteia por um unigênito; e chorarão amargamente, como se chora amargamente pelo primogênito.
Naquele dia será grande o pranto de Jerusalém... Naquele dia haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os habitantes de Jerusalém, contra o pecado e contra a impureza”(Zacarias 12:10 e 11 e 13:1).
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Muitos sermões maravilhosos foram pregados a partir destes versículos que falam da fonte de purificação, e não existe nada de errado a respeito disso, mas sua aplicação primária literal, é para os habitantes de Jerusalém.
Em antecipação àquele dia, o Senhor roga ao Seu povo, através do profeta Oséias, dizendo:
“Ó Israel, volta para o teu Elorrim; porque tu tens caído por causa de tua iniqüidade.
Tomais convosco palavras e convertei-vos ao Senhor; dizei-lhe: Expulsa toda iniqüidade e recebe o bem e daremos, como bezerros, os sacrifícios dos nossos lábios”(“os frutos dos nossos lábios” R.S.V. – Oséias 14:1 e 2).
E a promessa do Senhor é:
“Eu curarei sua incredulidade e os amarei liberalmente, porque minha ira será lançada para longe deles”(Oséias 14:4).
Embora essas passagens tenham tido, indubitavelmente, uma aplicação para os dias em que foram escritas, não obstante sua maior aplicação poderia muito bem estar no fim dos tempos. Poderá o Senhor estar esperando que Seu antigo povo Israel volte para Ele completamente? Ele deseja cura-lo de toda sua iniqüidade. Muitos dos profetas hebreus falaram deste grande despertamento espiritual.
Um proeminente escritor divisou o cumprimento desta profecia diz:
“O tempo é chegado... em que haverá tantos (judeus convictos) num dia, como foi no dia de Pentencostes... e nós veremos a salvação de Elorrim”(Review and Herald, 29 de junho de l905).
Nós poderíamos, muito bem, querer saber como Elorrim poderá romper a indiferença e a incredulidade do Povo de Israel. Mas Ele pode e fará isso “nos últimos dias”. Juntamente com os povos de muitas nações, um grande número de judeus também voltar-se-ão para Ele com sincero
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arrependimento. A palavra do Senhor não falhará. As profecias se cumprirão. Zacarias em visão, evidentemente, viu o cumprimento de algumas delas quando escreveu:
“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda sucederá que virão povos habitantes de muitas cidades; E os habitantes de uma cidade irão à outra, dizendo: Vamos depressa suplicar o favor do Senhor e buscar o Senhor dos Exércitos; eu também irei.
Assim, virão muitos povos e poderosas nações, buscar, em Jerusalém, o Senhor dos Exércitos e suplicar a bênção do Senhor.
Assim diz o Senhor dos Exércitos: Naquele dia sucederá que pegarão dez homens, de todas as nações, pegarão sim, na orla do vestido de um judeu, dizendo: Iremos convosco, porque temos ouvido que Elorrim está convosco”(Zacarias 8: 20-23).
Não sugere isto um impressionante e real trabalho do Espírito de Elorrim nas mentes de milhões de pessoas, até então indiferentes às coisas eternas? Isto poderia aplicar-se a milhões de outras pessoas que não sejam judeus, mas a linguagem usada pelo profeta indica claramente a quem, inicialmente, o Senhor está dirigindo-se: - ao povo de Israel. Nem todos os judeus se voltarão para o senhor, confessando-o como o seu Messias, mas, individualmente, grandes multidões o farão. E isto Elorrim usará para despertar e mover o mundo descrente.
Esta passagem da Escritura fala de um povo representando todas as línguas das nações, sendo chamado para adorar o Elorrim Vivo. Quando o Espírito de Elorrim for derramado, multidões buscarão ao Senhor em confissão e arrependimento e encontrarão a alegria da salvação. Queira o Eterno apressar aquele dia.
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CAPÍTULO XII
CADA JUDEU, UM MILAGRE
Não existe registro de uma história mais fascinante do que a dos judeus. Você já pensou acerca disso alguma vez? Qualquer povo ou nação que já foi conquistado e forçado a sair de sua pátria, desapareceu no espaço de dois ou três séculos, amalgamados e absorvidos ou pelos seus conquistadores ou, no mínimo, pelos povos circunvizinhos. Observe estes exemplos: os cananeus, os hititas, os amorreus, os moabitas, os heveus, os filisteus, os vândalos, os hérulos, os ostrogodos e até os babilônicos. Mesmo aqueles que, outrora, dominaram, tais como os babilônios e os romanos, desapareceram por completo.
Nem um único indivíduo, oriundo de qualquer dessas nações antigas, pode ser encontrado no mundo hoje. Mas, e os judeus? Eles foram conquistados e expulsos de sua pátria pelos romanos no ano 70 de nossa era. Foram eles absorvidos pelo povo que os conquistou? Não! Todas as outras nações que sofreram um destino semelhante, desapareceram; mas os judeus permaneceram. Eles ainda são judeus, não importa onde possam ser encontrados – na América do Norte, América do Sul, Europa, Ásia, África ou Austrália. Onde quer que eles estejam, eles ainda são judeus, falando as mesmas línguas das nações onde vivem, mas conservando-se um tanto separados e distintos de seus vizinhos.
Este fato é um verdadeiro desafio aos nossos sociólogos. Os Judeus ainda são uma nação – um milagre realmente impressionante. Nações têm-se levantado e nações têm desaparecido, mas Israel ainda continua vivo, ainda que, durante quase 2.000 anos este povo perseguido tenha permanecido sem um rei, sem uma pátria, sem mesmo o seu templo. Seu acariciado sonho, todavia, tinha sido o de que um dia, de acordo com afirmação dos seus profetas, eles haveriam de voltar. Isto conservou a chama da esperança ardendo em seus corações. E isto aconteceu: eles retornaram. Elorrim fez uma promessa ao povo hebreu, através de Abraão, quando disse:
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“E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem e em ti serão benditas todas as famílias da Terra (Gênesis 12:3 ).
Ponderemos sobre isto. Aqueles que abençoaram o povo judeu têm sido, eles próprios, abençoados. Mas o que aconteceu com aquelas nações que perseguiram os judeus? Tomemos Babilônia como exemplo. Quando Nabucodonosor derrotou o reino de Judá, destruiu o seu templo, sua cidade e levou os judeus em cativeiro para Babilônia, jamais foi sua intenção permitir que eles retornassem à sua pátria. Mas Elorrim declarou, através de Seus profetas, que eles voltariam e também que a própria Babilônia seria conquistada. A História registra como os medos e persas conquistaram Babilônia.O mesmo Elorrim que disse que os babilônios seriam conquistados, também disse que os Persas permitiram aos judeus retornar para reconstruir o Templo e, mais tarde, sua cidade, Jerusalém.Mais notável, ainda, foi o fato de os persas haverem feito todos os gastos com a construção!
Agora, pense: os babilônicos não existem mais em nossos dias. Como nação, eles ficaram no esquecimento. Misturaram-se com outros povos e simplesmente desapareceram; não há mais memória deles. Por outro lado, os persas, que protegeram e favoreceram os judeus, permitindo que voltassem à sua pátria, ainda existem como uma nação. Seu país é hoje conhecido como Irã.
Agora, meditemos sobre Roma: eles atacaram os judeus e espalharam a Nação. Três séculos mais tarde, povos bárbaros, vindos do norte e do leste, atacaram o coração do Império Romano. A “cidade eterna”, Roma, foi finalmente derrotada e o terrível Império, destruído. Tudo o que restou do outrora terrível e sanguinário Império Romano são as vastas ruínas e esculturas quebradas, mostrando a violência e a vingança das hostes bárbaras que se arremeteram sobre o Império com fúria devastadora. O mais poderoso reino da História afundou-se nas profundezas do esquecimento. Os seus outrora famosos governantes foram esquecidos, exceto quando a eles nos referimos ao estudar-mos a História Universal.
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Mais tarde, os lombardos, uma das dez nações bárbaras, marcharam, descendo do Norte e se apossaram dos fragmentos do Império Romano. Estes lombardos são hoje conhecidos como italianos, porque eles ocuparam a parte do Império conhecido como Itália. Mas os italianos de nossos dias, realmente não são os romanos do passado.
Quando Roma conquistou Israel e os expulsou de sua pátria, eles levaram multidões de escravos judeus para a capital do império. Estes escravos construíram, em grande parte, o Coliseu de Roma. Mas, onde estão os romanos hoje? Eles desapareceram, misturando-se entre outras nações. Não existem romanos verdadeiros, conhecidos como tais; eles desapareceram. Mas, e a Nação Judaica, cuja aniquilação e extermínio seus conquistadores sempre estiveram decididos a realizar? Ela ainda está em nosso meio.
Os governantes da Nação Judaica foram mortos; e cidade de Jerusalém foi destruída; o Templo foi queimado até virar cinzas; e mais de 1 milhão e 500 mil adultos foram mortos cruel e brutalmente. Praticamente todos os judeus da nação foram vendidos como escravos. Aproximadamente 1 milhão de homens e mulheres foram levados como escravos para Roma e outras cidades. Mas, novamente perguntamos: Onde está o Império Romano hoje? Por outro lado, a Nação Judaica, que os romanos tentaram destruir, contudo está viva, prospera e se multiplica. É verdade que eles foram espalhados por todas as nações da Terra, mas, neste momento, muitos de seus descendentes estão voltando à sua pátria outra vez. Sim, todas as nações que se tornaram inimigas de Israel, desapareceram. Mas a Nação Judaica que foi perseguida, oprimida, escravizada, banida, espoliada, com milhões de seus filhos tendo sido mortos cruelmente, esta sobreviveu.
Mais de 14 séculos antes da era comum(1.400 A.C.), Moisés deu à Nação a mensagem de Elorrim nestas palavras:
“E vos espalharei entre as nações(gentios) e desembainharei a espada atrás de vós; e a vossa terra será assolada, e as vossas cidades ficarão desertas...”
“E, quanto aos que de vós ficarem, eu meterei tal pavor nos seus corações, nas terras dos seus inimigos...
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E demais disso, também, estando eles na terra de seus inimigos, não os rejeitarei nem me enfadarei deles...”(Levítico 26:33, 36 e 44).
“O Senhor te fará cair diante dos teus inimigos; por um caminho sairás contra eles e por sete caminhos, fugirás diante deles e serás espalhado por todos os reinos da terra”(Deuteronômio 28:25).
Algumas vezes esta passagem é arranjada para aplicação ao cativeiro babilônico, na época de Nabucodonosor, mas é óbvio que ela se refira a uma dispersão muito mais do que aquela do cativeiro babilônico.
E estes são somente algumas das muitas passagens que tratam antecipadamente da previsão da história judaica. Foi dito à nação o que aconteceria à sua posteridade. Aconteceu? Sim, e ocorreu exatamente como Elorrim dissera que ocorreria.
Repetimos que, a despeito do fato de os judeus terem sido dispersos para os quatro cantos da terra e terem se tornado alvos das mais dolorosas perseguições, todavia eles permaneceram um povo separado e distinto entre as nações do mundo. Milhões de pessoas oriundas de diversas partes do mundo estabeleceram-se nos Estados Unidos da América e depois de algumas poucas gerações perderam sua identidade; foram absorvidos. Com o judeu isto é diferente. Mesmo depois que ele se torna cidadão americano, ele permanece algo separado e distinto.
O que tem conservado este povo separado e distinto ? Por que eles não se misturam? Estaria o Senhor Elorrim, em Sua providencia, desejando reserva-los, guardando-os para um propósito bem definido? Como já vimos, em praticamente todos os países para onde estes foram levados, ali foram alvos de perseguições. Se soubessem que, misturando-se e perdendo sua identidade, pudessem assim evitar as perseguições, eles o fariam? Geralmente o judeu não pensa deste modo. Apesar das perseguições e até mesmo diante da morte, este povo permanece separado e distinto.
Moisés repetiu as palavras do Senhor a Israel em Levítico 26:32:
“E assolarei a terra e se espantarão disso os vossos inimigos que nela morarem”.
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Sua pátria devia ficar em ruínas e seus inimigos deviam morar nela. Nenhuma profecia das Escrituras Sagradas foi cumprida de maneira mais exata do que esta. Em que parte da História podemos encontrar um registro tão terrível, tão horrendo, tão atroz, tão desorientador, como o registro da perseguição à Nação Judaica?
Durante o cerco e destruição de Jerusalém no ano 70 D.C., quase 2 milhões de judeus ou foram mortos brutalmente, ou morreram de fome ou foram vendidos como escravos – o que foi mais do que a morte, pois, em realidade, foi uma morte em vida. Sessenta anos mais tarde, outra leva de mais de meio milhão de judeus foram dizimados. A História registra a situação dos judeus durante a Idade Média, mas esses fatos são horrendos demais para serem mencionados. Um número estimado entre 1 e 2 milhões de judeus perderam a vida sob a vigência da Inquisição Espanhola. Mas o pior e o mais diabólico genocídio foi nos dias de Hitler, quando pereceram seis milhões de judeus, sendo os corpos de centenas de milhares dissolvidos e transformados em gordura para fazer sabão. Hitler não foi o primeiro a atacar os judeus em seu país. O historiador Millman, falando sobre a tortura e tragédia dos judeus, diz: “nenhum fanático colocou as massas em estado de comoção; nenhuma calamidade pública ocorreu; não foi divulgado nenhum relatório atroz ou extravagante, mas ele caiu sobre as cabeças desta pobre e infeliz casta. Na Alemanha, a peste negra explodiu com toda a sua fúria; e a superstição frenética acusou os judeus, como em outras partes, de terem causado e agravado a miséria, enquanto eles mesmos desfrutavam de uma relativa segurança em meio à desolação universal... (evidentemente que eles não foram afetados como os demais, em virtude de sua observância das leis sanitárias e alimentares de Moisés)”.
“As mesmas e negras estórias foram industriosamente propagadas, prontamente ganhando crédito e ferozmente atraindo vinganças; como por exemplo, a de envenenamento das fontes de águas, crucifixão de crianças...Quando ainda estavam sendo perseguidos numa cidade, fugiam para outra, o que os levou a se espalharem por todo o país. Oprimidos pela nobreza, anatematizados pelo clero, odiados como rivais no comércio pelos burgueses nas cidades comerciais, desprezados e detestados pelas massas, a sua existência é conhecida pela crônica...dos massacres por eles sofridos”(History of the jews, vol. 3, págs. 222 223).
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“Massacrados aos milhares, contudo surgindo de novo de sua imortal linhagem, os judeus aparecem em todos os tempos e em todos os lugares. Sua perplexidade, sua imortalidade nacional é, de imediato, o mais curioso problema para o analista político e, para o homem religioso, um assunto de profunda e espantosa admiração”(Ibid,vol. 2, págs. 298 e 299). O fato de que existem hoje cerca de 16 milhões de judeus no mundo, apesar do genocídio de Hitler, quando pereceu um terço da nação, demonstra que a afirmação de Elorrim a respeito da existência permanente deste povo, é verdadeira.
Para melhor compreendermos o propósito de Elorrim para com este povo, observemos a Palavra de Senhor assim como veio ela ao profeta Ezequiel. Para maior clareza, leiamos na Revised Standard Version:
“Filho do homem, quando a Casa de Israel morava na sua própria terra, eles a corromperam por causa dos seus próprios caminhos e dos seus próprios feitos...
“Assim, derramei a minha ira sobre eles pelo sangue que haviam derramado na terra para os seus ídolos com os quais a contaminaram.
E os espalhei entre as nações e foram espalhados pelas nações afora: conforme os seus feitos, eu os julguei”(Ezequiel 36:16-19).
Nós nos quedamos maravilhados, procurando a razão pela qual os judeus foram dispersos por todas as partes do mundo. O Senhor disse que, quando eles moravam em sua própria terra, eles “a corromperam”. Em conseqüência disso, Ele derramou a sua ira sobre eles pelo sangue que haviam eles derramado. Assim, o Senhor diz: “Eu os espalhei entre as nações e foram dispersos através de todos os países”.
Continuando, lemos:
“E, chegando às nações para onde foram profanaram o meu santo Nome, pois se dizia deles: São estes o povo do Senhor, porém tiveram que sair da terra.
Mas eu os poupei por amor do meu Santo Nome, que a casa de Israel profanou entre as nações para onde foi”(verso 20 e 21).
Quão patéticas são estas palavras! “E, chegando ás nações para onde foram, profanaram o meu santo Nome”. Existem muitos meios e caminhos
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através dos quais podiam estar profanando aquele santo Nome. Mas, a despeito de sua incredulidade, Elorrim tem realizado o seu propósito; Ele usou e continua usando outros indivíduos para levar Sua mensagem de salvação às nações. Apesar da falha de Seu antigo povo, nós lemos esta promessa:
“E este evangelho(boa nova) do reino será pregado a todo mundo para testemunho a todas as nações; e então, virá o fim”(Mateus 24:14).
Muitos e grandes sinais dizem-nos que estamos vivendo nos dias finais da História da Terra. Entre estes sinais, dois são impressionantemente importantes – a pregação do Evangelho(boa nova) a todo o mundo e o reajuntamento ou reunião dos dispersos de Israel de todas as partes da Terra.
Ora, perguntamos nós: por que está Elorrim trazendo este povo para a terra de seus pais? Ele estabelece isso claramente em sua palavra:
“Dize, portanto, à casa de Israel: Assim diz o Senhor Elorrim: Não é por vossovrespeito que Eu faço isto, ó casa de Israel, mas pelo meu Santo Nome, que profanaste entre as nações para onde fostes.
E eu santificarei o meu grande nome, que foi profanado entre as nações, o qual profanastes no meio delas; e as nações saberão que eu sou o Senhor, diz o Senhor Elorrim, quando eu for santificado aos seus olhos”(Ezequiel 36:22 e 23).
Observe, novamente, estas palavras:
“Não é por vosso respeito que faço isto, ó casa de Israel, mas pelo meu Santo Nome”.
O que o Senhor está fazendo e propondo para perfeiçoar Israel, não é feito por causa deles, mas antes pelo amor do Seu próprio e Santo Nome. No verso 24, lemos:
“E vos tomarei dentre as nações e vos congregarei de todos os países e vos trarei para a vossa própria terra”.
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Embora os judeus tenham sido desobedientes a Elorrim e hajam rejeitado os seus próprios profetas, assim também Ele os fez sair da sua pátria por causa da desobediência e por terem profanado o Seu Santo Nome, contudo o Senhor diz: “E os tomarei dentre as nações e vos congregarei de todos os países e vos trarei para a vossa própria terra”.
Depois de quase 2.000 anos de vagueações sem destino sobre a face da Terra e, sendo ridicularizados como “o judeu errante”, este povo, enfim, está sendo recolocado na terra de Israel. Nem todos os seus problemas estão ainda solucionados e Elorrim tem muito a realizar ainda, espiritualmente, por Israel. Mas Ele só trata conosco, espiritualmente, como indivíduos. Ele indicou claramente o Seu propósito. Promete purifica-los e fazer de cada pessoa que aceitar Sua Salvação um instrumento de Sua graça.
“Então espalharei água pura sobre vós, e ficareis purificados: de todas as vossas imundícies e de todos os vossos ídolos vos purificarei.
E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne.
E porei dentro de vós o meu Espírito e farei com que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis.
E habitareis na terra que dei a vossos pais, e vós me sereis por povo e eu vos sereis por Senhor”(Ezequiel 36:25-28).
As Escrituras Sagradas indicam que depois que a nação houver retornado, haverá um grande despertamento espiritual entre os judeus. Não seria isto, em parte, aquilo que os antigos profetas qualificaram como “a última chuva” ? Um grande refrigério espiritual está claramente predito para o fim dos tempos. Haverá um grande reavivamento espiritual no mundo inteiro.
A partir do estudo das profecias bíblicas, aprendemos que, quando os judeus retornarem à terra de seus pais, a maioria deles retornará sem crença alguma, totalmente incrédulos, com os corações semelhantes a pedras. E continuarão a ter corações de pedra, até que o próprio Elorrim intervenha com Seu Santo Espírito e lhes dê corações de carne. É isto exatamente o
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que aconteceu a Saulo de Tarso, que mais tarde tornou-se um tão grande mestre. O Senhor agiu sobre ele, removento-lhe o cokração de pedra, dando-lhe um coração de carne. O que Elorrim fez por aquele homem individualmente e o que Ele fez por milhares de outros judeus daquela geração, Ele, evidentemente por algum misterioso caminho, está disposto a fazer o mesmo por milhares de judeus antes do fim da História Humana. E isto já está começando. Os antigos profetas pintaram um quadro de um extraordinário retorno a Elorrim por parte do povo de Israel antes da vinda do Messias. Não seria maravilhoso que isto se iniciasse na Terra de Israel e dali se irradiasse para os judeus de todo o mundo? Não que todo judeu venha a aceitar a Yeshua como o seu Messias e seu Salvador pessoal, mas as Escrituras indicam que milhares ouvirão o chamado de Elorrim e voltarão ao Senhor como fizeram no dia do Pentencostes, quando três mil crentes, num só dia, foram imersos!(Atos 2:41).
Por que os judeus não aceitaram o Messias, quando Ele andou entre eles? De conformidade com a Bíblia, isso se deu porque Satanás cegou-os espiritualmente: eles não reconheceram. As Escrituras dizem:
“Israel ficará cego, em parte, até que haja entrado a plenitude dos gentios”(Romanos 11:25).
Ou como diz a tradução da New English Bible:
“Uma parcial cegueira virá sobre Israel somente até que os gentios tenham entrado em sua plenitude”.
Em seguida, lemos no versículo 27:
“E este será o meu conceito com eles (os judeus), quando Eu tirar os seus pecados”.
Aqui é significativa a semelhança de linguagem com a do profeta Ezequiel, quando esboçou o plano de Elorrim para Israel:
“E vos livrarei de todas as vossas imundícies e chamarei o trigo e o multiplicarei e não trarei fome sobre vós.
E multiplicarei o fruto das árvores e a novidade do campo, para que nunca mais recebais o opróbio da fome entre as nações.
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Então vos lembrareis dos vossos maus caminhos e dos vossos feitos que não foram bons e tereis nojo em vós mesmos das vossas maldades e das vossas abominações”(Ezequiel 36:29-31).
Temos a impressão de que isto acontecerá depois que o povo tiver sido restaurado à sua pátria e experimentado um despertamento espiritual. Observe estas palavras:
“Não é por vossa causa que Eu farei isto, diz o Senhor Elorrim, que isto fique conhecido de vós. Sede envergonhados e confundidos por vossos caminhos, ó casa de Israel”(Ezequiel 36:32).
Repetimos que, tudo o que Elorrim fez no passado e fará no futuro por Israel não é por causa deles mas, “por causa de Seu Santo Nome” e “por causa dos patriarcas”.
Então o profeta continua nos versos 33-36:
“Assim diz o Senhor Elorrim: No dia em que eu vos purificar das vossas maldades, então farei com que sejam habitadas as cidades e sejam edificados os lugares devastados.
E a terra assolada se lavrará em vez de estar assolada aos olhos de todos os que passavam.
E dirão: Esta terra assolada ficou como o jardim do Éden; e as cidades solitárias, e assoladas, e destruídas, estão fortalecidas e habitadas.
Então saberão as nações que ficarem de resto, em redor de vós, que eu, o Senhor, tenho reedificado as cidades destruídas e plantado o que estava devastado; Eu, o Senhor, o disse e o farei”.
No deserto do Neguev, que era um deserto estéril e desolado, existem hoje canos d´água, de grande diâmetro, conduzindo água do mar da Galiléia para ali. Esta terra, outrora deserta, está agora irrigada. Esta região que, durante 1.500 anos, foi apenas uma desolação, está agora recoberta por lindos pomares, vinhedos, grandes plantações de árvores frutíferas e viçosas e exuberantes campos de cereais. Assim se pode dizer que a terra está “semelhante ao Jardim do Éden”. E as cidades devastadas que não
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eram mais do que montões de ruínas, estão hoje sendo reconstruídas. Nos versos 37 e 38, lemos:
“Assim diz o Senhor Elorrim: Ainda por isso me pedirá a casa de Israel que lhe faça: multiplicar-lhes-ei os homens, como a um rebanho.
Como o rebanho santificado, como o rebanho de Jerusalém nas suas solenidades, assim as cidades desertas se encherão de famílias; e saberão que eu sou o Senhor”.
Os judeus não somente serão resgatados de muitas terras e chegarão ao conhecimento do Elorrim vivo, mas, através do seu relacionamento com Israel, as nações do mundo virão também a saber que Elorrim é realmente o Senhor da História. Seu trato para com este povo nos “últimos dias”, evidentemente exercerá uma tremenda influencia sobre o mundo descrente. As seguintes palavras do Senhor deveriam entrar em nós e manter-nos vigilantes:
“Quando eles virem que Eu revelarei minha santidade através de vós, as nações saberão que Eu Sou o Senhor, diz o Senhor Elorrim”(Verso 23, NEB).
Agnósticos, ateus, infiéis e muitos outros grupos que nada conhecem de Elorrim e de sua justiça, de alguma maneira serão levados face a face com o tocante poder do Elorrim Vivo. E, quando eles descobrirem que o que está realmente acontecendo a Israel é o cumprimento das profecias escritas há 2.500 anos, chegarão a ter uma nova convicção de que a Palavra de Elorrim é a Verdade.
Não existe uma nação no mundo aonde os judeus não tenham ido. Em todos os lugares eles foram oprimidos, exatamente como as Escrituras predisseram. Pode você citar uma nação, em qualquer parte que se considerou feliz por receber os judeus, que os haja recebido como bem vindos e de braços abertos ? Embora Moisés tenha profetizado que os judeus seriam literalmente “desarraigados” de sua pátria (Deut. 29:25 e 28), não obstante, através deste grande líder, Elorrim também disse:
“E assolarei a terra, e se espantarão disso os vossos inimigos que nela morarem”(Levitico 26:32).
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Muito tempo antes de Israel tornar-se novamente uma nação, Dean Stanley, em seu livro Syria and Palestine, pág.117, escreveu: “A palestina, acima de todos os outros países do mundo, é uma terra de ruínas”. Então relembra-nos ele o que Moisés disse: “O estrangeiro virá de uma terra distante”(Deut. 29:22). Embora em ruínas, desolada, despojada de seu próprio povo, a Palestina devia contudo, ser preeminentemente, uma terra de peregrinação. Existe, porventura, algum outro lugar na terra para onde se dirijam tantos peregrinos? Dezenas e dezenas de línguas diferentes são ouvidas e utilizadas diariamente em Jerusalém.
Há alguns anos, conforme declaramos, estávamos em Jerusalém por ocasião do Ano Novo Judaico (Rosh Hashaná). Ao correr daquela noite, assistimos a serviços religiosos em mais de 20 sinagogas e cada uma delas usava uma língua diferente. Tendo retornado de muitas diferentes nações, naturalmente trouxeram consigo as línguas e os costumes daqueles países.
Nos dias atuais, naturalmente, os israelenses estão todos estudando o Hebraico o que virá, por certo, trazer sua unificação como povo. Mas, se o poder de Elorrim, como nos tempos antigos, descer sobre aquela antiga cidade, seria um milagre tão espetacular que sua notícia correria ao redor do mundo com a velocidade de um relâmpago. Embora cada judeu seja, por si só, um milagre, tendo sido preservado a despeito das perseguições e das guerras, mesmo assim isto seria o maior de todos os milagres. O profeta Zacarias, evidentemente, teve visões de algo muito importante pela maneira como escreveu estas emocionantes promessas:
“E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim a quem transpassaram; e o prantearão como quem pranteia por um unigênito; e chorarão amargamente, como se chora amargamente pelo primogênito...
Naquele dia, haverá uma fonte aberta para a casa de Davi, e para os habitantes de Jerusalém, contra o pecado e contra a impureza”(Zacarias 12:10 e l3:1).
É tremendamente impressionante o fato de que, recentemente e em poucos anos, Israel tenha-se realizado como nação, quer material, cultural ou politicamente. Sua maior necessidade, entretanto, é a de um
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despertamento espiritual a nível nacional. E alguns dos maiores pensadores de nosso tempo estão profundamente preocupados com as possibilidades espirituais do programa de Israel. O Dr. Albert Einstein, a quem tanto deve nossa geração, em l935 expressou esta necessidade. Disse ele:
“A reconstrução da Palestina não é para nós judeus, uma mera questão de suprema importância para o povo de Israel. A Palestina é, antes de mais nada, não um refúgio para os judeus do Leste Europeu, mas a encarnação do sentimento de um redespertar da solidariedade nacional...A Palestina virá a ser um lar cultural para todos os judeus..um ideal de unificação e uma fonte de saúde espiritual para os judeus de todos os países” (About Zionism: Speeches and Letters, págs. 208, 212 e 213).
Na véspera de cada Dia da Independência, após o toque do clarim, esta oração é recitada: “Que seja a Tua vontade, o Senhor, nosso Criador e o Criador de nossos pais que, assim como temos sido confirmados para a manhã da redenção, também possamos ser confirmados para ouvir a trombeta do Messias”(citado no Rebirth of the State of Israel, pág. 88).
Judeus e gentios, igualmente, poderiam muito bem estar fazendo esta oração, não apenas uma vez por ano, mas todos os dias. Que o Elorrim de Israel nos ajude a estarmos todos preparados para aquele poderoso soar da trombeta que breve se fará ouvir. E parte da oração nos serviços religiosos da manhã de cada Dia da Independência, diz assim:
“Aquele que realizou milagres para nossos pais e para nós e que redimiu a Israel... prontamente nos redima com uma redenção completa e nós cantaremos diante dEle um cântico novo. Aleluia!(Yikum Yom há Atzmaut, págs. 28 e 47).
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CAPÍTULO XIII
CONFLITO ONDE DEVERIA
HAVER PAZ
Iniciamos este capítulo com um profundo senso de responsabilidade para com as nações do Oriente Médio. Em nossas viagens através destas terras, temos encontrado algumas das mais afáveis pessoas do mundo, pessoas que, verdadeiramente amam a Elorrim e também ao seu próximo. As amargas hostilidades, às vezes evidentes, entre árabes e judeus, devem ser profundamente lamentadas. Isto, naturalmente, não é novo; tem existido efetivamente ao longo dos séculos desde os dias de Abraão que, como devemos recordar, é o pai de ambas as nações. Ambos os filhos nasceram a Abraão, através de duas mães diferentes. O primogênito, Israel, era filho de Hagar, a serva do lar de Abraão; o filho mais jovem, Isaque, nasceu de Sara. As grandes nações árabes são, em sua maior parte, a posteridade de Ismael, ao passo que o povo hebreu é a posteridade de Isaque.
Tudo ia bem no lar de Abraão durante os primeiros poucos anos. Mas eis que surgiu, finalmente, algum desentendimento entre as duas mães, tornando-se necessária a separação de Hagar da família. O senhor já havia prometido que a posteridade de Isaque se tornaria uma grande nação. Mas o que seria da posteridade de Ismael, o filho de Hagar? Isto perturbou a Abraão e ele levou o assunto ao Senhor em oração. Elorrim respondeu sua súplica por Ismael dizendo:
“Eis que o tenho abençoado... e dele farei uma grande nação”(Gênesis 17:20).
A posteridade de Ismael, sem dúvida, tornou-se uma “grande nação”. Hoje os árabes são, na verdade, diversas nações e, conforme observamos num capítulo anterior, enriqueceram o mundo culturalmente de muitas maneiras.
Agora sigamos a história destas nações que se originaram destes dois homens – Ismael e Isaque. A História registra a inimizade que surgiu entre as duas nações e isso continuou ao longo dos séculos, desde então. Nós não tivemos a impressão de que existe sempre hostilidade entre estes dois
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grupos, pois, ao viajar, tanto através de Israel, como de outras partes do Oriente Médio, observamos, com grande interesse e alegria, muito sentimento de amizade entre árabes e judeus, especialmente dentro das fronteiras da terra de Israel. Os árabes, sujeitos ao controle do Governo de Israel, gozam de todos os privilégios da cidadania israelense; de fato, vários árabes são membros da Knesset, o Parlamento de Israel. Alguns são até membros do Gabinete.
Nos primeiros tempos, os evangelistas pioneiros pregaram tanto a árabes como a judeus, e, através do poder do evangelho, eles se tornaram uma só religião, cumprindo o propósito de Elorrim como está expresso em Gálatas 3:28:
“Não há judeu, nem grego; não há servo, nem livre; não há macho nem fêmea; vós todos sois um”.
Se o apóstolo estivesse escrevendo hoje, ele diria: “Não há nem árabe nem judeu”. O crente, embora conhecendo as características nacionais, não reconhece nem poderia reconhecer distinções de nacionalidade. Membros de todas as raças são membros do corpo verdadeiro e, portanto, parte da verdadeira “comunidade de Israel”, a comunidade dos governados por Elorrim, o verdadeiro Israel de Elorrim.
A palavra de Israel, como temos observado, significa “governado por Elorrim” ou “um príncipe com Elorrim”. Quando Jacó capitulou, ante Elorrim, naquela decisiva e significativa noite, quando ele lutou com o anjo perto do riacho Jaboque, seu nome foi mudado. Aquele anjo, declarou Jocó, era Elorrim. E viera para mudar Jacó – o enganador – para Israel, o príncipe, o homem governado por Elorrim. A história está em Gênesis 32:24-30. E o milagre é ainda hoje igualmente real, pois, quando o Espírito de Elorrim adentra os nossos corações, Ele assume o controle, e nossas emoções, com seu ódio e suspeitas, são lançadas fora.
Isto foi ilustrado enquanto participávamos, em Jerusalém, de um importante Congresso sobre Profecias Bíblica, em l971. Ouvimos, com real interesse, um maravilhoso testemunho dado pela Sr. John Van der Hoeven. Ela e seu marido eram zeladores do Túmulo do Jardim, em Jerusalém. Ela foi a única senhora que falou perante aquela multidão reunida no Nacional Convention Hall”. Entre outras coisas, ela disse:
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“Eu sou uma árabe. Nasci num lar onde o ódio para com os judeus fazia parte da vida. Eu nada mais sabia. Cresci com aquele ódio em meu coração. Mas, quando me tornei uma cristã e encontrei a graça salvadora de Yeshua, meu Salvador, também descobri que já não conseguia odiar os judeus. Eu era, apenas, uma adolescente naquela época, mas este sentimento continuou comigo desde então. Hoje amo a todos”.
Se todos os povos do Oriente Médio, não somente os árabes, mas todos os outros, inclusive os judeus, pudessem descobrir essa mesma alegria da salvação, quão diferente seria aquela conturbada região! E, ainda, se todos os povos do mundo se submetessem à direção do Espírito de Elorrim, estaríamos vivendo num mundo onde a guerra e a contenda ficariam no esquecimento. Mas a trágica realidade é que, não somente no Oriente Médio, mas em tantas outras partes do mundo, as nuvens da guerra acumularam-se, ameaçando mergulhar nossa geração numa outra Guerra Mundial.
Em nossos esforços para compreender a ameaça que paira sobre nossa civilização, voltemos-nos para os fatos que levaram à situação como encontramos hoje em Israel. Para aqueles que se interessassem por leituras sobre este enfoque, nós os indicaríamos a “U.S. News & World Report” de 11 de junho de l948, pág. 22. Este número da revista expõe, com muita clareza, os acontecimentos desde l9l7 até l948, que foi o ano da primeira guerra Árabe-Israelense (veja apêndice). Quando a Inglaterra desistiu da responsabilidade de governar a Palestina em l948, imediatamente os judeus proclamaram Israel um Estado Independente. E isto foi reconhecido pelos principais países do mundo Naquela época não existiam mais que 650.000 judeus, incluindo-se homens, mulheres e crianças, em Israel. Mas eles estavam cercados por mais de l00 milhões das nações árabes. Quando foi feita a partilha da Palestina entre árabes e judeus pelas Nações Unidas, os árabes não a aceitaram e externaram o seu descontentamento de uma maneira muito autêntica. As hostilidades iniciaram-se sob o título de “A Guerra da Libertação”, cujo propósito era exterminar os judeus. Mas, com o término daquela guerra, Israel, na verdade, ganhou cerca de 50% de terras mais do que as Nações Unidas, em seu plano original, lhe haviam
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destinado. Moshe Brilliant, jornalista do New York Times, em seu livro diz:
“É interessante notar que os judeus, naqueles dias, pleitearam, junto aos derrotados árabes, a que permanecessem em seus lugares. As pessoas se recusam a acreditar nisso hoje, mas é a verdade. Fazia cerca de dois milênios que os judeus, como um povo, estavam sem autogovernar-se. Eles foram condicionados a sentir que seu “status” político estava sempre em mãos alheias. Ficaram extremamente sensíveis com o que o mundo cristão pensava deles... Em abril de l948, os judeus sentiram que era importante mostrar ao mundo que o estabelecimento do Estado judeu não implicava em expulsar ou deslocar os árabes de seus lares.
Quando, em 22 de abril, os líderes árabes locais se encontraram com os judeus para discutir os termos da capitulação, eles receberam a promessa de completa igualdade com os judeus se entregassem suas armas e equipamentos militares...O major Shabbetai Levy e os judeus Orientais que tinham excelentes relações pessoais com os Árabes das classes médias e alta, pleitearam junto a eles para que permanecessem, e lhes prometeram total proteção.
Os árabes pediram algum tempo para considerar sua resposta. Eles se comunicaram com seus líderes em Jerusalém e receberam instruções para que fossem embora, por enquanto. Foram avisados de que poderiam voltar (dos campos de refugiados) depois que os exércitos árabes regulares, vindos dos países vizinhos, atacassem com força total, logo após a retirada dos ingleses”(Portait of Israel, págs. 191 e 192).
Aqueles campos de refugiados, os focos de sofrimentos e berço das guerrilhas palestinas, ainda estão lá depois de tantos anos! Muitas mudanças ocorreram na Palestina durante o último quarto de século, mas estes campos permaneceram um encargo para as Nações Unidas e, especialmente, para o mundo ocidental. Tivessem as nações árabes vizinhas não ido à guerra, os judeus teriam ficado com um território muitíssimo menor. Isto pode ser visto de relance, observando-se os três mapas nas páginas seguintes. O primeiro mostra como o país foi planejado pelas Nações Unidas, o Segundo, como o país ficou depois da “Guerra da
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Libertação”. O terceiro mostra como ficou o país depois da “Guerra dos Seis dias”. E o mundo conheceu muito bem quão efêmera foi a paz entre Israel e seus vizinhos, de l948 e l956. Isso levou à crise do canal de Suez. Observadores bem informados reconheceram que, em l956, era iminente uma campanha militar. A defesa de Israel estava sob o comando do General Moshe Dayan. Ele assombrou o mundo pelo fato de liderar uma marcha ininterrupta de cerca de l80 km, rumo ao Canal de Suez (que lido ao contrário é= Zeus). As agências noticiosas em New York contaram os fatos. George F. Sokolsky, em seu artigo no New York Journal American, de 2 de novembro de l956, dizia:
“É obvio que ela não podia ser adiada, por que Nasser estava organizando uma campanha militar contra Israel, a qual só poderia ser derrotada por Israel, tomando a ofensiva. O impasse da agressão, então, resolve-se quase que patologicamente dentro da questão, se o paciente é morto por uma arma letal ou se sangra até morrer lentamente. Isso é o que aconteceu a Israel que enfrentou a aniquilação total...”
Então o escritor conta como o General Dayan continuou sua marcha, preparando-se para aquilo que ele declarou que era “inevitável”. O autor continua dizendo:
“Se Nasser tivesse qualquer tipo de exército, ele poderia ter atrasdo ou impedido aquela marcha”(A Marha dos l80 km).
Em seguida Sokolsky pergunta:
“Onde estavam os aviões, os tanques e as armas que os russos lhe deram ?”
A história, agora, fornece os fatos de que, ao passo que as nações inimigas possuíam todos os armamentos necessários para esmagar seu pequeno vizinho, contudo eles falharam e os israelenses obtiveram uma outra vitória e capturaram uma imensa quantidade de armamentos. No acordo de paz, após a segunda guerra Árabe-israel, ficou estabelecido que as embarcações de Israel não seriam impedidas de passar pelo Golfo de
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Ákaba e pelo Estreito de Tiran. Mas, infelizmente, as violações do acordo foram quase contínuas até junho de l967.
Sentindo que uma outra guerra estava em andamento, os países vizinhos de Israel uniram-se para derrota-lo. Mesmo que relutemos em afirmar os fatos, é um acontecimento histórico, documentos revelam que um plano havia sido preparado, não meramente para subjugar os israelenses, fazendo-os prisioneiros de guerra, mas para sacrificar cada homem, mulher ou criança, aprisionados. É difícil imaginar tamanho genocídio em nossos dias.
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A crise chegou, como foi do conhecimento de todos, quando o Estreito de Tiran foi chegado e aos navios israelenses não foi permitido entrar ou sair, a despeito do fato de Israel ter afirmado que uma tal ação seria considerada por Israel como um ato de guerra. Observando as concentrações de tropas que pareciam afrontar Israel, tinha-se, realmente, a impressão de que Israel finalmente, seria, “varrido para dentro do mar”. Com apenas 2.500.000 judeus e 110.000.000 de árabes, a situação totalmente desigual, Israel encontrou-se diante do dilema: vitória ou aniquilação. Naquele momento crucial, o General Moshe Dayan, Ministro da Defesa, declarou estarem “preparados para qualquer eventualidade e recusava qualquer ajuda externa”. E assim se evidenciou ser o caso. Em exatamente seis dias a guerra havia terminado e Israel acrescentou o equivalente a quatro vezes mais o território que possuía no início(veja no mapa).
A cidade de Jerusalém, que havia sido claramente dividida por uma estreita faixa de terra de ninguém que passava diretamente pelo coração da cidade, veio a ficar sob o controle total de Israel. Hoje, Jerusalém é uma cidade unificada com liberdade para ir e vir, garantida pelo Governo Israelense. Que aconteceu com os aviões de guerra, tanques, armamentos e os modernos equipamentos das forças oponentes? Eles foram capturados ou destruídos. Veículos de guerra queimados ou armas apreendidas contam a história melhor do que palavras. As estatísticas do que, na verdade, aconteceu durante aqueles seis terríveis dias, serão encontradas no final deste livro.
Relembrando os acontecimentos desta guerra, alguns, naturalmente, se recordam de certas passagens do antigo testamento(1ª Aliança), quando ficou claro que Elorrim estava à frente de Israel em suas batalhas. Poderia ser que o Elorrim do antigo Israel ainda esteja interessado no Israel de hoje? Muitos crêem ser este o caso. Apesar de terem por opositores nações altamente equipadas com os últimos implementos de guerra e bilhões de dólares de valor dos armamentos, mesmo assim Israel emergiu vitorioso novamente. Aquela guerra relâmpago foi aclamada como uma das maiores campanhas militares de toda a História.
A guerra é sempre uma tragédia, mas, sob certas circunstâncias, isso parece inevitável neste mundo confuso em que vivemos. Dizer que Elorrim nada teve a ver com estes eventos de rápida sucessão na Terra de Israel, é
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estar cego para os fatos. Pondere sobre esta maravilhosa oração do profeta Daniel:
“Bendito seja o nome do Senhor para sempre e sempre: a sabedoria e poder são Seus; E ele muda os tempos e as estações; Ele remove reis e estabelece reis”(Daniel 4:17).
E ao rei Nabucodonosor, o grande ditador de sua época, Daniel disse:
“O Altíssimo tem, domínio sobre os reinos dos homens e os dá a quem quer”(Ibidem).
Elorrim não abdicou. De seu trono de Glória, Ele ainda está governando o mundo e o Universo todo. Apesar dos terríveis erros feitos pelos homens, Elorrim sempre pode acrescentar o último capítulo. A pequena nação de Israel poderia ter sido e teria sido riscada do mapa há muito tempo, não fossem forças sobrenaturais trabalhando por sua preservação. As promessas relacionadas com o reestabelecimento de Israel nos “últimos dias” parecem estar sendo rapidamente cumpridas. Será que, por povidência divina, o tempo chegou, quando devem ter inicio alguns importantes movimentos neste pequeno país? Em l9l4 havia somente 90.000 judeus vivendo na Palestina. Em l935 eram 300.000 e depois de l948, mais de 600.000. Hoje, cerca de três milhões de israelenses vivem na Terra de Israel! As palavras do profeta Jeremias são dignas de ponderação:
“Aquele que espalhou a Israel, Ele o trará de novo”(Jeremias 31:10).
A dispersão da nação foi um fato, tanto profético como histórico. Será que poderemos dizer que o retorno e a restauração desta nação não é também um fato profético e histórico? O profeta Isaías diz:
“Naquele dia o Senhor tornará a estender a mão para resgatar o restante do Seu povo”(Isaías 11:11).
Ou, como declara a Revised Standard Version:
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“Ainda uma segunda vez para resgatar o remanescente que ficou do Seu Povo”.
Esse resgate pela segunda vez não se poderia referir ao retorno do cativeiro babilônico, pois que este foi o seu primeiro resgate, mas hoje, um mundo atônito está testemunhando um segundo “resgate”. Esta passagem foi, muitas vezes, aplicada ao ajuntamento do Israel Espiritual ou corpo de crentes, e não nos opomos a isto, mas a linguagem completa dos versos 10 a 16, indica que Elorrim está falando do Israel natural e de Judá.
Theodoro H. White escreveu na revista Life, pouco depois da Guerra dos Seis Dias, quando os israelenses entraram para ocupar a cidade velha de Jerusalém, tendo agora acesso ao lugar sagrado, conhecido como o Muro de Lamentação:
“Este país ainda se encontra suspenso entre um pesadelo e um sonho. Surgiram as lendas. As profecias tornaram-se realidade. Uma bandeira de Sião flutua sobre Jerusalém pela primeira vez desde que os romanos arrasaram a Cidade Santa há l900 anos”.
Certamente este é um tempo para homens e mulheres zelosos sentarem-se e meditarem. Quando jornalistas obstinados começam a conversar sobre o cumprimento de profecias bíblicas, sem dúvida este é o tempo de o povo de Elorrim Vivo acordar.
Os resultados daquela campanha de l967 foram fantásticos. No espaço de uma única semana, o domínio de Israel foi aumentado de 27.435 km² para 116.443 km²! Em vez de esta nação ter sido varrida para dentro do mar as forças opositoras é que foram pulverizadas no deserto. Nós precisamos de estar com os nossos olhos abertos para ver o que está ocorrendo e nossas mentes abertas para compreender o significado dos eventos de nossos dias. Adolph Saphir recorda-nos que:
“Faraó tentou afogar Israel e eles não se afogaram; Nabucodonosor tentou queima-los, mas eles não se queimaram; Hamã tentou enforcá-los, mas eles não morreram na força.
A História de Israel é a história do milagre e, exatamente, o milagre da História”.
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Sobre uma placa de granito, na cidade do Cairo, estão estas palavras escritas por Ramsés II há 3.000 anos:
“Israel está animado. Israel não terá nenhuma posteridade”(Jews in the News, fevereiro de l949)
Uma enciclopédia alemã da época de Hitler, diz:
“Em menos de 100 anos, o problema judaico estará solucionado”.
“Hoje, Ramsés e Hitler estão no esquecimento imposto pela morte. Israel está nas manchetes da imprensa mundial”. (Ib. citado em The World Collision).
Diante de evidencias tão monumentais e fantásticas, quem ousaria dizer que estes acontecimentos não são importantes para o filho de Elorrim? E quem ousaria negar que a gloriosa vinda do Messias está “perto, mesmo às portas”? Quão triste é o fato de que, na terra que deveria ser a terra da paz, exista a amargura das hostilidades! Qual é o futuro do Oriente Médio? Estão estas terras preparando-se para o conflito final da Terra – a batalha do Armagedom? Pensemos sobre isso e meditemos sobre estes pensamentos. Nos capítulos finais deste livro, descortinam-se grandes visões proféticas que trarão respostas a inúmeras perguntas.
CAPÍTULO XIV
O TEMPO DOS GENTIOS
Nos livros da História Contemporânea existe, agora, uma nova data – 5 de junho de l967. Essa data é o marco do dia em que forças estrangeiras arremeteram-se contra Israel de todos os lados. Parecia como se todo o Oriente Médio estivesse determinado a desarraigar o que eles chamavam “o crescimento canceroso de Israel”. A guerra foi o resultado. A história da Guerra dos Seis Dias já a contamos em detalhes. Mas o acontecimento
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relacionado com estes fatos, todo ele repleto de grande significação, parece ser, à luz da profecia bíblica, o chamado “tempo dos gentios”.
Mateus, Marcos e Lucas, todos eles registram esta profecia. Isso foi dado em resposta a certas perguntas a respeito da Dispersão de Israel, a destruição do Templo e o fim do mundo. Devemos ter um cuidado todo especial ao estudar este capítulo, para que não sejamos encontrados repartindo, incorretamente, a Palavra da Verdade.
Próximo ao encerramento daquela maravilhosa provisão apocalíptica, certos sinais foram enumerados para que, por meio deles, pudéssimos saber quando estaria perto o fim dos tempos. Aqui está um deles:
“Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão.
Igualmente, quando virdes estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas”(Mateus 24:32 e 33).
Na terra de Israel, uma das poucas árvores que perdem suas folhas é a figueira. Mas, quando se aproxima o verão, os brotos das folhas aparecem em abundância. Isso pode ser chamado um barômetro sazonal. Quando a figueira está totalmente verde, então o verão está próximo.
Por milhares de anos, na Palestina, ela tem sido considerada tradicionalmente como “mensageira do verão”. Este fenômeno natural foi usado como parábola. Muitas outras coisas foram mencionadas como sinais do fim dos tempos. Uma, em especial, refere-se aos judeus “nos últimos dias”. Quando nós vemos a nação judaica começando a reviver, podemos estar certos de que o fim de todas as coisas está próximo. Em Joel 1:7 Elorrim chama Israel de “minha figueira”. E, em Mateus 21:18 e 19, nós temos a estória da maldição de uma determinada figueira, por não ter produzido frutos. Isso torna-se, portanto, um símbolo da desaprovação de Elorrim sobre Israel como nação frutífera. Aquele foi um triste dia, quando Sua Nação escolhida foi posta de lado.
Tem sido muito bem dito que a maldição da figueira foi “uma parábola simulada” pois aquela árvore, a despeito de sua linda folhagem, nada mais era do que uma figueira fictícia. Pouco depois a nação foi
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dispersa. Mas, hoje , a figueira está desabrochando-se em uma nova vida; em outras palavras, a Nação está mostrando um novo crescimento, assim nós sabemos que o “tempo dos gentios” está chegando ao fim.
O Dr. A. Skevinton Wood do Clift College, Inglaterra, um dos conferencistas famosos no importante congresso de Jerusalém sobre profecias bíblicas, observa, em seu livro Signs of the Times (Sinais dos Tempos), que a “raiz árabe da qual deriva a palavra hebraica para „figo‟ na verdade, significa “o tempo é chegado” ou “é tempo”. Muitas coisas estão acontecendo no mundo as quais são sinais muito claros do fim dos tempos. Mas, num sentido específico, os acontecimentos em Israel estão entre os mais importantes. Não existe erro de interpretação na clara profecia que se refere à Nação Judaica:
“E cairão ao fio da espada e serão levados cativos para todas as nações; e Jerusalém será pisada pelos gentios até que os tempos destes se completem”(Lucas 21:24).
Que significa a expressão “o tempo dos gentios”? A palavra gentio é a tradução da palavra hebraica “Goy” e simplesmente significa “nação”, qualquer nação. “Goyim”(plural) significa “nações” em geral. Quando Elorrim disse: “Em Abraão todas as nações da terra serão benditas”, Ele estava falando de nações, independente de raça ou cor. Assim, a expressão “o tempo dos gentios” poderia ser traduzido como “o tempo das nações”. Durante aquele “tempo”, Jerusalém estaria ocupada por outras nações que não Israel. Na verdade o “tempo dos gentios” cobre o conceito bíblico da história dos gentios, quando o princípio humano de governo seria a característica de distinção como contrastada com o princípio divino. Fazemos bem em examinar esta expressão – o tempo dos gentios – pois há hoje muita controvérsia em torno da mesma.
Antes da invasão da Primeira Comunidade Judaica por Babilônia, o Reino de Judá pode manter-se como um estado soberano. Mas, sua destruição por Nabucodonosor, marcou o início de uma mudança na situação política dos judeus no mundo. Para aquele povo da Palestina a destruição de seu templo e de sua pátria é, de maneira muito mais importante, seu desterro para Babilônia, marcou, de fato,o começo de uma
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nova história para os judeus, porque, a partir daquele tempo, eles deveriam ficar inferiorizados politicamente. Mesmo que um remanescente tenha retornado favorecido pelo decreto de Ciro, rei da Pérsia, a terra da Judéia, conforme dissemos, não era nada mais que um Protetorado dos Impérios reinantes – Pérsia, Grécia ou Roma, mais tarde, do Império Otomano.
As mensagens proféticas de Daniel, inter-reladionadas umas com as outras como são, traçam o esboço da história dos gentios dos dias de Daniel até a conclusão do “tempo dos gentios”, no fim dos tempos. O último sistema do mundo dos gentios encontrará o seu julgamento, quando Elorrim dos céus estabelecer o Seu Reino, o qual nunca será destruído.
Através dos séculos e, especialmente durante os últimos, muitos se escreveu sobre estas verdades. Alguns dos mais bem informados e mais impressivos escritores que trataram do assunto, publicaram seus livros durante os séculos XVIII E XIX e cuja leitura, ainda hoje, é fascinante. Antes de haver, ainda que fosse a mais leve indicação de eu as coisas aconteceriam como aconteceram, mesmo enquanto ainda os judeus estavam espalhados entre as nações, especialistas famosos e estudiosos da Palavra de Elorrim, em sua opinião oficial, declararam, de público, que os judeus haveriam de, algum dia, retornar à terra de seus pais e ocupariam, de fato, a Cidade de Davi.
O bem conhecido Dr. Joseph Wolff, afetuosamente chamado de “Missionário do Mundo”, foi um dos principais destes escritores e pregadores. Com grande autoridade proclamava ele a aproximação do fim dos tempos. Constantemente insistia ele num estudo mais aprofundado das profecias que se relacionam com o fim do mundo. Judeu de nascimento e filho de um Rabino Judeu, tinha uma inclinação toda especial pelo estudo. Era muito jovem, quando se convenceu da verdade acerca do Messias. Ele aprendeu muito, escutando atentamente as conversações que se realizavam na casa de seu pai. Muitas vezes, hebreus piedosos reuniam-se na sala de estar de seu pai para falar das esperanças e aspirações de sua nação dispersa. Estavam sempre procurando e orando pela vinda do Messias e, naturalmente, pela restauração de Israel.
Certo dia, ele ouviu o nome de Yeshua de Nazaré e perguntou quem era este homem. A resposta de seu pai foi muito significativa: “Ele foi um judeu do maior talento, mas, como Ele alegava ser o Messias, o tribunal
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judaico sentenciou-o à morte”. “Mas, por que Jerusalém está destruída e por que nós estamos sem pátria? Perguntou o jovem Joseph. Novamente a resposta foi significativa: “Ai de nós! Porque os judeus, nossos antepassados, assassinaram os profetas”. Então o jovem Joseph começou a ponderar: “Talvez o próprio Yeshua fosse também um profeta. Talvez nossos líderes tenham entendido mal Sua missão”. Este sentimento calou profundo em seu espírito e, embora proibido de entrar, ele várias vezes se postava fora de uma das igrejas e ouvia a pregação das Sagradas Escrituras.
Joseph Wolff, naquela ocasião, tinha apenas sete anos de idade, mas procurou informar-se com um idoso vizinho acerca do Messias que haveria de vir. O velho cavalheiro replicou-lhe calmamente: “Meu prezado jovem, dir-lhes-ei quem foi o Messias verdadeiro: Ele foi Yeshua de Nazaré. Vá para casa e leia o capítulo 53 de Isaías e você se convencerá...”(Travels and Adventures of the Reverend Joseph Wollf, Vol. I págs. 6 e 7).
O jovem foi para casa, leu as Escrituras e o Espírito de Elorrim abriu-lhe a mente para esta insondável riqueza. Com a tenra idade de 11 anos deixou a casa de seu pai, o Rabino Wollf, saindo para o mundo, a fim de ganhar sua educação e preparar-se para sua vida profissional. Não somente foi ele sacudido pela grande verdade acerca dAquele que Isaías escrevera como “um homem de dores e acostumado com a tristeza e o sofrimento”, mas ele viu, também as grandes profecias que diziam respeito à volta do Messias em poder e majestade. Ele procurou, constantemente, conduzir seu próprio povo para que soubesse da vinda deste prometido. Falava das profecias relacionadas com a vida do Messias em nuvens de Glória.
Acreditando firmemente que a vinda do messias estava próximo, pregava frequentemente sobre o capítulo 24 de Mateus. Entre os anos de l821 e l845 ele viajou muito, pregando em 14 diferentes países. Estas grandes profecias vieram a ser o seu tema predileto em suas pregações. Mais tarde, visitou Filadélfia e Baltimore, pregando vigorosamente a grande mensagem do Advento do Messias. John Quincy Adams, Ex-presidente dos Estados Unidos, apresentou-o à assembléia conjunta do Congresso Americano. A estes líderes nacionais ele abriu-lhes a Palavra de Elorrim, apresentando-lhes, com convicção, as grandes verdades do retorno
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iminente do Messias. Ele deu ênfase, também, à importante parte que Israel desempenharia nos eventos finais da história da Terra.
O tremendo trabalho realizado por este dedicado especialista e pregador hebreu, levou outros autores a enfatizarem aquilo que Wollf relatou como um “Sintoma Popular de Interpretação Correta ou Errônea das Escrituras Sagradas”. Parece que esta era uma prática muito em voga naqueles dias, assim como o é, efetivamente, nos dias atuais. Observe estas desafiadoras palavras:
“A maior parte da igreja cristã desviou-se do sentido simples das Escrituras Sagradas e voltou-se para o sistema dos budistas que acreditam que a felicidade futura da humanidade consistirá em estar movendo-se no ar, e supõem eles que, quando estão lendo judeus, devem entender como sendo gentios; quando lêem Jerusalém, devam entender como igreja; se diz-se terra, significa céu; quando se refere à vinda do Senhor, eles devem compreender isso como o progresso das Sociedades Missionárias; e „subir o monte para ir à casa do Senhor‟, significa uma grande convenção de Metodistas!”(Journal of the Rev. Joseph Wollf, pág. 96). (veja Great Controversy, pág. 360).
Wollf levou a mensagem da próxima vinda do Messias a muitas nacionalidades. A Bíblia era seu guia constante.
Não é suficiente, apenas, estudar a Palavra de Elorrim; devemos guarda-nos contra qualquer tendência que poderia levar-nos a interpreta-la erroneamente. Muitos estudiosos da Bíblia, pessoas sinceras e bem intencionadas, quando tratam das grandes profecias concernentes a Israel, muitas vezes inconscientemente, erram, ao interpretar tais profecias. Há muitos anos, o popular autor do livro Captivity and Restoration of Israel (Cativeiro e Restauração de Israel), Atualmente com o título Prophets and Kings. (Profetas e Reis), declarou estas verdades concernentes a Israel:
“A História do chamado de Israel, de seus sucessos e fracassos, de sua restauração ao favor divino, de sua rejeição ao Mestre da vinha e a realização do plano dos tempos por um remanescente piedoso a quem caberá o cumprimento de todas as promessas do concerto – este foi o tema dos mensageiros de Elorrim, de Sua congregação (seu povo) através
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dos séculos que passaram; e é a mensagem de Elorrim para sua congregação (seu povo) hoje”.
Observe que esta afirmativa se refere ao futuro. Sempre existiu um “remanescente piedoso” por meio de quem o Todo-poderoso tem executado Seus desígnios.
No apocalíptico relato do sermão profético em Mateus 24, ao qual já nos referimos, a figueira era um símbolo da Nação Judaica. No registro de Lucas, do mesmo sermão, ele menciona “todas as árvores” (Lucas 21:29). Isto significa que não somente entre os judeus, mas entre todas as nações do mundo, existem indicações claras de que o fim está próximo, “mesmo às portas”.
O “tempo dos gentios”, ao qual nos referimos anteriormente, é um período concedido às nações gentílicas, exatamente como aquele que antecedeu a destruição de Jerusalém pelos romanos, poderia ser chamado de “o tempo dos judeus”. Para entender o significado pleno daquela declaração, ela deve ser estudada à luz do capítulo 9 do profeta Daniel. Esta é uma das mais maravilhosas profecias de toda a Palavra de Elorrim. Fazemos bem em observar cuidadosamente os detalhes desta profecia, pois ela nos transporta desde os dias do jugo babilônico até o tempo em que o Messias, não somente apareceria, mas seria “tirado” de Seu povo. Depois de sua morte e ressurreição, Ele subiu para o Seu Pai para começar Seu ministério como nosso intercessor, no trono da graça. Então “anjo disse a Daniel:
“Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade para extinguir a transgressão, dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos Santos”(Daniel 9:24).
(Os estudiosos da Bíblia reconhecem que um dia, em profecia, é equivalente a um ano: 70 semanas seriam, portanto, 490 anos). Ora, aqui estão seis especificações muito importantes. O versículo 25 fala da vinda do “Messias, o Príncipe”. Observe estas palavras:
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“Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas...”Daniel 9:25.
Se os líderes religiosos no tempo do Messias tivessem estado estudando, realmente, estas profecias, teriam sabido quando o Messias deveria aparecer. Mais ainda, eles teriam compreendido que, em vez de um líder dominador que apareceria para expulsar os romanos da Palestina, Ele mesmo seria “tirado, mas não por si mesmo”. Ao invés de estar reinando sobre Seus inimigos, Ele deveria tornar-se um sacrifício, não somente pelos pecados de Israel, mas pelos pecados do mundo todo.
Cada detalhe importante de Sua vida, desde Seu nascimento em Belém, até Sua crucifixão em Jerusalém, tinha sido predito pelos profetas hebreus. Quando os sábios do Oriente, guiados pela estrela, vieram a Jerusalém para formar-se onde nascera o Rei dos Judeus, Herodes reuniu os líderes religiosos e inquiriu-los acerca do lugar do nascimento do Rei. E aqueles líderes disseram-se mui claramente, que seria “em Belém da Judéia”. Eles citaram as escrituras (Miquéias 5:2). E, sem dúvida, ali nasceu a Criança a quem procuravam. Então, diz o relato sagrado, “eles o adoraram”.
Ora, por que os líderes religiosos daqueles dias não seguiram os sábios orientais e prestaram suas honras ao Rei de Israel? Nós poderíamos fazer muitas outras perguntas igualmente embaraçosas, pois, ao longo de Sua vida, o Messias esteve, constantemente, cumprindo profecias que haviam sido escritas centenas de anos antes.
Uma das mais importantes de cerca de 300 profecias é a que se encontra em Daniel 9, pois ela assinalou o tempo efetivo em que o Messias haveria de aparecer. Ela foi exposta em termos bem conhecidos e perfeitamente compreendida pelos estudiosos da profecia daquele tempo, um dos quais foi João, o Batista.
Como já dissemos, o tempo profético deve ser calculado de acordo com as medições proféticas que estão claramente enunciadas nas Escrituras. Em Ezequiel 4:6 e Números 14:34 um princípio muito importante está estabelecido numa afirmação clara de “um dia por um ano”. Um dia profético, então, não é um dia comum do sistema de medição
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de tempo, mas verdadeiramente, um ano. Este principio foi bem compreendido naqueles dias e tem sido e tem sido compreendido por estudiosos da Bíblia, através de todos os séculos, até hoje. Uma semana profética, por conseguinte, não seria 7 dias, mas 7 anos. E 70 semanas proféticas seriam, portanto, 70 vezes 7, ou 490 anos. Ora, este foi o período explicitamente destinado à Nação Judaica, não somente para marcar os eventos importantes referentes aos próprios judeus, mas para, especialmente, delimitar o tempo e a obra do Messias.
A grande pergunta é: quando teve início o período das setenta semanas proféticas ou quatrocentos e noventa anos? O verso 25 no-lo afirma claramente. O anjo disse a Daniel que ele se iniciaria com um decreto real:
“Desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém...”(Daniel 9:25).
Na época em que esta profecia foi dada, Jerusalém estava em ruínas por ter sido destruída pelos exércitos babilônicos. Mas foi dito a Daniel que o templo e a cidade seriam reconstruídos. E a História confirma isso, fato que já observamos em linhas anteriores. O primeiro decreto para a reconstrução do templo foi editado por Ciro, rei da Pérsia, em 536 A.C. Um decreto posterior foi ordenado pelo rei Dario em 519 A.C. para que se completasse a obra de reconstrução do templo, pois a obra havia sido retardada por interferência dos inimigos. Quatro anos mais tarde o templo estava concluído. (Observe que as datas Antes da Era Comum ou Antes de Messias, devem ser subtraídas. As Escrituras testificam, então que o templo foi concluído em 515 A.C.).
Embora o templo estivesse reconstruído, a cidade de Jerusalém continuava em ruínas. Cinqüenta e oito anos mais tarde, o rei Artaxerxes expediu um outro decreto, determinando a reconstrução da cidade. O decreto de Ciro encontra-se em Esdras, capítulo 1º e o segundo decreto, do rei Dario, no capítulo 6. O terceiro e último decreto de Artaxerxes, no capítulo 7 dos versos 11 a 26, foi preservado na Bíblia Hebraica (O Tanach) em sua língua original, o Aramaico. Ele começa assim:
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“Artaxerxes, rei dos reis, a Esdras, o sacerdote, escriba da Lei do Elorrim dos Céus, paz perfeita e em todo o tempo...”
E, então, segue-se o decreto por meio do qual o rei encarregava o sacerdote Esdras de subir a Jerusalém e levar o seu povo com ele para iniciar a reconstrução da cidade. No verso 26, podemos ver quão completo foi este decreto, pois conferia a Esdras autoridade, não somente para reconstruir, mas para realizar julgamento, incluindo-se até a aplicação da pena capital. Esse decreto concedia aos judeus que voltaram do cativeiro babilônico, não somente liberdade, mas, também, autonomia nacional.
Doze anos mais tarde, em 445 A.C., Neemias recebeu uma permissão do mesmo rei para subir a Jerusalém e assistir na construção da cidade. É importante notar que não se tratava de um decreto. Foi uma concessão real, beneficiando um único homem. O decreto já havia sido editado doze anos antes, em 457 A.C. E gostaríamos de enfatizar novamente como é importante que façamos distinção entre o decreto de Artaxerxes de 457 A.C. e sua permissão pessoal concedida a Neemias mais tarde, em 445 A.C. Foi dito a Daniel que esse período seria dividido em três partes “sete semanas”, “sessenta e duas semanas” e “uma semana”.
O período de “sete semanas” proféticas seria, na verdade, um período de 49 anos e durante este tempo o anjo Gabriel disse a profeta:
“As ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos”(Daniel 9:25).
Isto teve cumprimento literal. Em 408 A.C., 49 anos mais tarde, de acordo com Prideux, o programa da construção da cidade chegou ao seu final. O período seguinte, as sessenta e duas semanas ou 434 anos, conduzir-nos-ia até “o Messias, o Príncipe”. Quatrocentos e trinta e quatro anos a partir de 408 A.C. nos trariam até o ano 26 D.C. ou, em realidade, já entrando no ano 27 D.C. Em Mateus 3:13-17 temos o registro de Sua Imersão (batismo), lemos:
“Então foi Yeshua da Galiléia para o Jordão até João, para ser por ele batizado”.
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As referências de margem em muitas Bíblicas dão claramente a data como tendo ocorrido em 27 D.C. Em Atos 10:38, temos o registro de Sua unção e subseqüente ministério:
“Como Elorrim ungiu a Yeshua de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo”.
Ele foi ungido com o Espírito Santo de Elorrim, assim que saiu da água (Mateus 3:16), logo após o batismo. A palavra Messias(palavra Hebraica) significa “ungido”. Em João 1:41, lemos que André acha primeiro seu próprio irmão, Simão, e diz-lhe: “Achamos o Messias”. E a referência à margem diz, “o ungido”.
Somente após ser ungido com o Espírito Santo é que Ele iniciou Seu ministério, o qual devia durar exatamente três anos e meio. E os estudiosos da Bíblia concordam que Seu grande ministério foi de, apenas, três anos e meio, ou seja, a metade da última semana restante, das 70 semanas proféticas de Daniel 9. Lembre-se de que essas 70 semanas proféticas foram divididas em três períodos – “sete semanas” ou 49 anos, “sessenta e duas semanas” ou 434 anos(num total de 483 anos ou 69 semanas proféticas) e “uma semana” ou 7 anos. E foi “no meio” daquela semana profética, ou seja, três anos e meio depois de ter começado Seu ministério que Ele foi conduzido por soldados romanos para ser pendurado. Isto se deu em 31 D.C. Todas estas são confirmadas pela fidelidade da História.
Quão maravilhosamente exata é esta profecia! Todos os seus aspectos foram cumpridos exatamente como o anjo Gabriel afirmara.
Quando Ele começou Seu ministério, logo após Seu batismo, ou imersão, as Escrituras dizem:
“Ele veio para a Galiléia, pregando o evangelho do reino de Elorrim e dizendo: O tempo está cumprido e oi reino de Elorrim está próximo”(Marcos 1:14).
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Ora, a que “tempo” Ele estava se referindo? E como foi cumprido? As 69 proféticas semanas ou 483 anos, a partir da saída da ordem para reconstruir Jerusalém, até “o Messias, o Príncipe”, foram cumpridas ao pé da letra. E a última semana profética ou o período de 7 anos, começou no tempo exato em que o Messias Se manifestou. Já vimos como Ele foi ungido pelo Espírito Santo de Elorrim e recebeu poder como Pregador, Mestre e Médico. Nenhuma re-interpretação da profecia pode mudar aqueles tremendos fatos. E confirmando a autenticidade daquela profecia, Ele morreu no meio daquela profética semana. E eis aqui um fato muito mais impressionante ainda – Ele morreu n oi dia da Pessach (conhecida no português como Páscoa), cumprindo o tipo, exatamente. As Escrituras dizem:
“Porque o Messias nossa Páscoa, foi sacrificado por nós”(I Corintios 5:7).
“Porque, estando nós ainda fracos, o Messias, a seu tempo, morreu por nossa incredulidade”(Romanos 5:6). Uma outra tradução, reza o seguinte: “No exato momento”, Aquele “momento” era a hora do sacrifício vespertino quando o cordeiro estava sendo oferecido na véspera da Páscoa. Naquele dia o Cordeiro de Elorrim deu Sua vida por judeus, gentios e pagãos igualmente. Muito embora os homens estivessem cegos ao que estava acontecendo, Elorrim estava reconciliando consigo o mundo. E, além disso, naquela véspera da Páscoa, até os próprios elementos da natureza reagiram, conforme lemos:
“E houve trevas em toda a terra até a hora nona. E o sol escureceu-se; e o véu do templo rasgou-se ao meio”(Lucas 23:44,45).
Em Daniel 9:27, a profecia declara:
“Ele firmará o concerto com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares”(Daniel 9:27).
Alguns intérpretes aplicam este versículo a um anti-messias futuro! Isto nos parece o mais infeliz raciocínio, porque o pronome pessoal “ELE”,
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do verso 27, não se refere ao príncipe do mal que deveria destruir a cidade e o santuário com a guerra e a desolação ocorrida no ano 70 D.C. mas, “ao Messias, o Príncipe” que, por três anos e meio confirmou o Concerto Perpétuo de Elorrim. Ele confirmou este Concerto com Seu povo, primeiro por ensinar e pregar o bem a todos os semelhantes e, finalmente, ratificou este mesmo Concerto com Sua morte, com a qual pôs um fim, ou tornou sem efeito, todo o sistema sacrifical do Velho Testamento. Por sua morte vicária ou seja, em nosso lugar, Ele apagou.
“A cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual, de alguma maneira, nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a no madeiro”(colossenses 2:14).
Como as Escrituras revelam claramente, o sistema sacrifical elaborado para Israel, com a morte de animais para pagamento da culpa do homem que cometesse pecados, foi meramente “sombras das coisas que haveriam de vir”(colossenses 2:17). E a sombra tinha agora encontrado sua substância. O tipo encontrou o anti-tipo; tudo foi cumprido. A morte do Messias, na metade daquela profética semana, mudou, mudou drásticamente todo o conceito de serviço religioso, todo o sistema de culto. Além do mais, confirmou, na íntegra, a profecia de Daniel. Esse foi o principal impulso da mensagem daqueles primeiros pregadores que os líderes judaicos ddaqueles dias disseram terem “transtornado o mundo”(Atos 17:6).
Tão poderosos eram proclamar a mensagem que cidades inteiras voltavam-se para Elorrrim. Milhares eram imersos pelo batismo, num só dia. Concernentes ao Ungido que Se fez sacrifício por todos, judeus ou gentios, as Escrituras dizem:
“Aquele que é o Ungido será tirado sem ninguém para tomar Sua parte”(Daniel 9:26, N.E.B).
Quão tragicamente verdadeiro foi isso! Ninguém tomou Sua parte. Nem mesmo Seus discípulos estiveram com Ele na sala do Seu julgamento. Ele foi condenado como um proscrito e levantado no madeiro entre
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malfeitores. Ele morreu, entretanto, não somente pelos pecados de Israel, mas pelos pecados do mundo todo.
Enquanto que Yeshua era judeu por nascimento, era também o Filho de Elorrim. Quando Pilatos, o governador romano, perguntou aos líderes judaicos; “quereis vós que eu crucifique o vosso Rei?”, eles lhes responderam: “não temos nenhum rei, exceto César”. Pouco ou quase nada compreenderam eles do significado pleno daquelas palavras. Poucos anos mais tarde eles próprios foram destruídos pelo César que haviam escolhido.
Veja, agora, com que exatidão se cumpria esta profecia que predisse a vinda do príncipe romano Tito:
Predita a destruição de jerusalém
A clareza desta profecia é espantosa:
O príncipe (Tito) do povo (Roma) que viria e destruiria a cidade (Jerusalém) e o santuário (o templo); o seu fim será com uma inundação e até o fim da guerra (como resultado)...estão determinadas desolações...e com a difusão de abominações, ele (Tito) a tornará desolada (70 D.C) e isso até a consumação, e o que está determinado (a profecia) será derramado sobre a desolada (Jerusalém).
“No tempo crítico... o príncipe invasor fará grande destruição e devastação sobre a cidade e o santuário. Seu fim será um dilúvio, a guerra inevitável com todos os seus horrores”(Daniel 9:26, N.E.B).
RESUMO DA PROFECIA
Setenta semanas ou 490 anos destinados à Nação Judaica. Daniel 9:24.
490 anos (de outubro de 457 A.C. a outubro de 34 D.C.)
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Desde a saída do decreto (457 A.C. conforme Esdras 7:12, 13 e 27) para restaurar e reconstruir Jerusalém até o Messias haveria 69 semanas ou 483 anos (de outubro de 457 A.C. até outubro de 27 D.C).
Ele (o Messias) confirma o concerto por uma semana: 7 anos (outubro de 27 D.C. a outubro de 34 D.C.).
O Messias seria tirado (morto) no meio da septuagésima semana e assim cessariam os sacrifícios de animais porque o cordeiro de Elorrim fora sacrificado (Daniel 9:26 e 27)= 3 ½ anos (outubro de 27 D.C. a abril de 31 D.C.)
OUTUBRO
457 A.C. OUT. ABRIL OUT.
23 31 34
D.C D.C.
483 ANOS ATÉ AO MESSIAS 7 - ANOS
(69 SEMANAS) (UMA SEMANA)
A PROFECIA DO TEMPO DA VINDA DO MESSIAS
490 ANOS DESTINADOS À NAÇÃO JUDAICA
(70 SEMANAS).
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Quando aqueles desviaram-se do “Príncipe da Vida” e prometem lealdade ao “príncipe deste mundo”, eles jamais poderiam ter imaginado a imensa tragédia que se abateria sobre a nação como resultado de sua escolha. A história de ambos os povos, tanto de romanos quanto de judeus, tem-se cumprido nos mínimos e mais terríveis detalhes. Trinta e nove anos depois que o Messias, o Príncipe, foi crucificado, o príncipe invasor de Roma, promoveu a destruição e a devastação de Jerusalém e do templo.
Como já dissemos, o Messias foi “cortado” no meio da semana”, a septuagésima semana profética. Mas ainda ficaram sobrando os três anos e meio daquela última semana profética. Era o ano 31 D.C quando Ele morreu, mas a profecia deveria chegar até o ano 34 D.C durante aqueles anos de 31 D.C até 34 D.C. os discípulos do Mestre, todos os judeus incluindo-se muitos sacerdotes (Atos 6:7), pregaram as boas novas da graça em Jerusalém. E tão poderosa era sua mensagem que muitos milhares se convertiam ao Senhor e eram batizados. Isto alarmou os líderes da primitiva comunidade, foi convocado para responder pela sua fé.
Levado perante aquela augusta assembléia, sua defesa foi tão maravilhosa, com argumentos tão convincentes, mostrando que ali se cumpriam as profecias, historiando-se desde Abraão até o Messias, que esta defesa se tornou num dos pontos mais altos da história do Novo Testamento. Mas, ao concluir sua comovente apresentação, aqueles líderes mostravam-se ainda mais desafiadoramente inflexíveis. Isto levou Estevão a acusa-los de estarem resistindo ao Espírito Santo de Elorrim e de rejeitarem o único Redentor que poderia trazer salvação, não somente a eles, mas a toda a sua nação.
Então aqueles dirigentes, dominados pela fúria do ódio, “rangendo os dentes, expulsaram-no para fora da cidade” (Atos 7:54-60). Estevão foi apedrejado e se tornou o primeiro de uma multidão de mártires. Esse fato
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ocorreu no ano 34 D.C., exatamente três anos e meio após a morte do Messias. Com esse acontecimento, chegando ao final dos 490 anos, tempo destinado à Nação Judaica e, portanto, o “tempo dos judeus”. Phillip Mauro declara que, “com esse ato, não restava mais nem um só, daqueles seis itens da profecia de Daniel, que não tivesse sido cumprido” Naquele mesmo ano, Saulo de Tarso, membro do Sinédrio e encarregado da execução de Estevão, foi desafiado pela presença viva dAquele que ele honestamente acreditava estar morto, quando se dirigia a Damasco. Aterrorizado e tremendamente espantado, perguntou: “Quem és tu, Senhor? A resposta foi mais aterrorizante ainda – “Eu sou Yeshua a quem tu persegues!” Naquele instante, ele foi transformado, vindo a tornar-se de perseguidor em campeão do ministério das Boas Novas da Salvação pela Graça. Semelhantemente aos seus companheiros de ministério da pregação do evangelho da graça, ele compreendeu que a profecia das 70 semanas (ou 490 anos) destinados ao Povo de Israel, tinham se cumprido com precisão.
A exatidão desta profecia teve, indubitavelmente, uma influencia tremenda sobre o povo judeu daquela geração. Entretanto, nos últimos séculos, os judeus se viram desencorajados de estudar esta porção das profecias de Daniel, como indicam as seguintes palavras:
“Em 1656 ocorreu uma disputa na Polônia entre alguns rabinos famosos e os católicos romanos a respeito das 70 semanas de Daniel. Os rabinos foram tão fortemente pressionados pelos argumentos que provaram ser Yeshua o Messias e o tempo do Seu sofrimento estando situado no fim das 70 semanas que estes resolveram colocar um fim à discussão. Os rabinos então realizaram uma reunião e proferiram uma maldição sobre qualquer judeu que tentasse indagar ou esclarecer-se sobre a cronologia daquele período profético. Seu anátema foi este: „Que se apodreçam os ossos e a memória de todo aquele que atentar para as 70 semanas‟”(Unfolding the Revelation, págs. 101 e 102 – Desvendado o Apocalipse).
Mais de 1.000 anos antes, os escritores do Talmud – o mais abalizado código de Leis e Tradições Judaicas, o qual só ficou completo no fim do século V – D.C., usaram linguagem semelhante. No Talmud Sanhedrin 97b, lemos, “Malditos sejam os lares daqueles que calculam o
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fim”. A anotação número 6 mostra que “o fim” significa “o advento do Messias”.
Outra referência significativa é encontrada no Talmud Megillah 3ª. “O Targum dos profetas foi composto por Jon Bem Uzziel...Ele procurou revelar o significado do Hagiógrafo (escritos sagrados), mas um certo Bath Kol prosseguiu e disse: Basta! Por que razão? – Porque a data da vinda do Messias está nela predita” (Extraído de Israel‟s Heritage).
É evidente que os rabinos que escreveram o Talmud conheciam a profecia de Daniel concernente ao Messias.
No ano 70 D.C., trinta e seis anos após o martírio de Estevão, as profecias acerca da terra de Judá foram tragicamente cumpridas. A guerra Judaico-Romana resultou na destruição da Nação Judaica, o povo expulso de sua pátria e disperso para todas as partes da Terra. Quão verdadeiras foram as palavras de tão grandes profetas como Moisés, Isaías, Jeremias e Yeshua (Yeshua não foi só um profeta mas, também profetizou acerca de muitas coisas)! A terra de Israel foi totalmente ocupada pelos seus inimigos. Desde aqueles dias até 1967 – a Guerra dos Seis Dias – Jerusalém esteve realmente “pisada pelos gentios”.
Alguns anos antes da destruição de Jerusalém, dois judeus, Paulo e Barnabé, iniciaram um maravilhoso programa de testemunho entre os pagãos. Estes dois homens sendo judeus, naturalmente assistiam aos ofícios religiosos na Sinagoga Judaica no dia do Sábado. Quando chegaram a Antioquia, da Pisídia, foram convidados a pregar. Conforme observamos anteriormente, Paulo era um Rabino experiente. O povo ficou tão extasiado com suas mensagens que instou com Paulo e Barnabé que lhes pregassem, novamente, no Sábado seguinte. O convite veio, provavelmente, mais enfático da parte dos crentes que dos gentios. Elorrim estava impressionando o povo com as verdades da mensagem trazida por eles. As escrituras dizem:
“E, no sábado seguinte, ajuntou-se quase a cidade inteira para ouvir a Palavra de Elorrim”(Atos 13:44).
Alguns poderiam pensar, naturalmente, que os judeus deveriam estar emocionados por ver gentios virem para ouvir a palavra de Elorrim. Mas em vez disso:
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“Então os judeus, vendo a multidão, tomaram-se de inveja; e, blasfemando, contradiziam o que Paulo falava.
Então Paulo e Barnabé, usando de ousadia, disseram: era mister que a vós outros se vos pregasse primeiro a Palavra de Elorrim; mas, visto que a rejeitais e vos não julgais dignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os gentios”(Atos 13:45 e 46).
Acabrunhados, Paulo e Barnabé repreenderam aqueles judeus invejosos. Eles tinham autoridade para faze-lo com linguagem tão pesada, porque, também, eram judeus. A contínua resistência de sua Nação à mensagem das Boas Novas, forçou aqueles pregadores pioneiros a se voltarem para os gentios. Ao faze-lo, eles citaram uma passagem do profeta Isaías, o qual declarou as promessas de Elorrim de que suscitaria a Nação de Israel para que fosse mensageira da salvação para o mundo. O Senhor disse:
“Também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra”(Isaías 49:6).
Em certa ocasião, quando Paulo estava pregando e testificando aos judeus a respeito de ser Yeshua, o Messias, ele se defrontou com o mesmo desprezo. As Escrituras declaram que:
“Mas, resistindo e blasfemando eles, sacudiu os vestidos e disse-lhes: O vosso sangue seja sobre a vossa cabeça; eu estou limpo e desde agora parto para os gentios”(Atos 18:6).
Os olhos de tantos judeus foram cegados pelo inimigo de toda a retidão que, como uma nação, eles deixaram de reconhecer a aplicação da própria Escritura na qual eles professavam crer. Mas aqueles que, de fato, aceitaram a mensagem de salvação, tornaram-se testemunhas maravilhosas da Verdade e do poder salvador de Elorrim. Novamente com o coração pesado, ele disse aos judeus:
“Seja-vos notório que esta salvação de Elorrim é enviada aos gentios, e eles a ouvirão” (Atos 28:28).
Não era desejo de Paulo que, somente os gentios ouvissem a mensagem, pois, quando escreveu a epístola aos Romanos, ele disse que
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desejaria ser anátema por amor dos seus irmãos (Romanos 9:3). Ele almejava que os judeus aceitassem o evangelho da salvação. Mas, quando os judeus, o povo escolhido de Elorrim, recusaram a mensagem da Redenção por meio da graça de Elorrim, Ele, Então, usou crentes gentios como mensageiros para o mundo.
Apesar de sublevações políticas e da tragédia da guerra, entretanto, judeus nazarenos(que aceitam Yeshua como Messias) e gentios nazarenos igualmente, tem ido a toda parte, pregando a mensagem de Elorrim (veja Atos 8:4).
Três vezes lemos que, por causa da atitude dos judeus com respeito ao Messias, o Evangelho dói levado aos gentios. Isso foi há mais de dezenove séculos. Desde então Jerusalém, o orgulho da Nação, foi ocupada por nações e governantes gentios. A profecia, indubitavelmente, cumpriu-se: “Jerusalém será pisada pelos gentios” (Lucas 21:24). E a História confirma isso ao longo de 19 séculos. Mas hoje, Jerusalém está novamente sob o controle do Governo do Estado de Israel*. Podemos nós dizer então que é chegada a plenitude do “tempo dos gentios?” Esta pergunta, sem dúvida, merece um estudo mais aprofundado. As Escrituras dizem que “um endurecimento parcial aconteceu a Israel”. Mas, em seguida, lemos: “até que haja entrado a plenitude dos gentios” (Romanos 11:25) ou “somente até que os gentios sejam considerados em efetiva plenitude”(N.E.B). Será que atingimos o tempo em que Elorrim vai começar a remover esta cegueira dos olhos do Seu Povo Escolhido? Será que chegou o tempo, como profetizou Ezequiel, para que os corações de pedra sejam transformados em corações de carne? Será que estamos por assistir ao cumprimento da afirmação de que “antes da volta do Messias em glória, haverá um grande reavivamento espiritual entre os judeus? O pentencostes será repetido e até com resultados maiores do que aquele de há dezenove séculos atrás.
*N. do T.: Em 30 de julho de l980, o então Primeiro Ministro Menachen Begin, perante a Knesset (parlamento de Israel), declarou Jerusalém a Capital Unificada de Israel. Esta, pensamos,deva ser a data que marca o cumprimento da profecia de Lucas 21:24.
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O Bispo Arthur Coxe, no seu grande “Hino para os Tempos”, há mais de cem anos, escreveu inspirado:
“Estamos vivendo num tempo grandioso e terrível, sublime é viver numa época que consome o tempo.
Ouça: Gog e Magog, em luta, é o despertar das nações.
Ouça: O que é que soa? É a criação, suspirando por seus últimos dias?”
Se o Bispo pudesse contemplar os sinais maravilhosos nos céus e na Terra, hoje, o que escreveria ele? Nenhum povo, desde os dias de Noé, teve maior oportunidade de testemunhar o cumprimento das profecias do que nós que vivemos “nestes últimos dias”. Um dos hinos hebreus diz assim:
“Oh! Se de Sião tivera já vindo a redenção de Israel! Quando o Senhor fizer voltar os cativos do Seu povo, Se regozijará Jacó e se alegrará Israel”(Salmo 14:7).
Isto naturalmente, foi aplicado ao estado do Povo de Elorrim no passado, mas quem ousaria dizer que não tem, também, uma aplicação em nossos dias? Poucas coisas, em toda a História, mexeram assim com os corações, tanto de judeus quanto de gentios, como o que aconteceu precisamente sete dias após a ocupação da Velha Jerusalém, depois da Guerra dos Seis Dias, pelos judeus. Era a ocasião da Festa do Shavuot ou Festa das Semanas. Uma peregrinação monstruosa teve lugar com uma procissão de israelitas que passava pelas ruas da cidade do rei Davi, carregando a bandeira nacional. Estavam marchando para o Muro Sagrado. O Dr. Dwight L. Baker, Presidente da Convenção Batista em Israel, como testemunha ocular, relata:
“A procissão, com cerca de 200 mil pessoas, teve início às 4 horas da madrugada. A caminhada de 15 kilômetros foi feita a pé, ao longo de uma estrada que havia sido, recentemente, asfaltada desde a ocupação. A peregrinação, propriamente dita, começou no Monte Sião,
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entrou pela Porta do Lixo indo parar no Muro das Lamentações. Aqui oraram e recitaram Salmos de Ascenção”(Salmos 120 e 134).
O primeiro versículo do Salmo 126 diz assim:
“Quando o Senhor restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha”.
Há quinze “Cânticos Graduais” ou “Salmos de Ascenção”. Estes eram sempre cantados, quando os antigos peregrinos, dirigindo-se para Jerusalém três vezes ao ano, avistavam a Cidade Santa. Mas, durante quase dois mil anos estes salmos não puderam ser cantados, porque a nação estava dispersa e os peregrinos não podiam retornar à cidade, ano após ano. Mas, após a Guerra dos Seis Dias, judeus, em grande número, vieram de todas as partes, ansiosos por estarem presentes no Muro das Lamentações. Este foi deveras um dia inesquecível. O cronista diz:
“Todos os seguidores da população estavam representados. Membros dos Kibbutzim (fazendas coletivas) e soldados, usando xales cerimoniais de oração (Taliths), misturavam-se junto com religiosos ortodoxos. Muitas pessoas importantes estavam presentes, inclusive Leonard Bernstein (dirigente da orquestra sinfônica de Nova York) e Danny Kaye, o comediante. Jovens mães empurravam carrinhos com seus bebês ao lado de anciãos que tinham de ser ajuntados enquanto realizavam um sonho alimentado durante toda a sua vida, de orar no Muro, antes do fim de seus dias. Somente em questão de horas antes que começasse o cântico(dos salmos de ascenção) tratores de esteira tinham demolido uma pequena favela que quase encostava no Muro e abriam uma enorme praça para acomodar os milhares de peregrinos. A multidão continuava no seu caminho numa direção definida de maneira ordenada e saia pelo Portão de Jafé rumo à Cidade Nova” (Signs of the Times, A. Skevington Wood, pág. 22).
Nunca, desde a queda de Jerusalém em 70 D.C., o Ano Novo Judaico (Rosh Hashaná) havia sido iniciado véspera de Tishri, com cerimônias religiosas na Sinagoga da Cidade Velha. Muitas passagens importantes da
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Escritura foram lidas através dos séculos, em conexão com estes grandes acontecimentos, uma das quais é Isaías 52:10:
“O Senhor desnudou o Seu Santo braço à vista de todas as nações; e todos os confins da terra verão a salvação de nosso Elorrim”.
Estas passagens da Escritura tiveram novo significado agora.
Em face de tais promessas, é natural que um novo interesse esteja sendo despertado nos corações deste povo para quem foram especialmente escritas. A cegueira de Israel não foi removida inteiramente desta Nação, mas podemos agradecer a Elorrim pelo que está sendo realizado. Os judeus, em muitas partes do mundo, parecem estar sendo despertados pelo Espírito de Elorrim para um novo sentido do seu destino. E, enquanto na Terra de Israel receamos, há, atualmente, muito mais interesse por posses materiais do que necessidades espirituais, contudo, podemos discernir a orientação de Elorrim em muitas vidas, inculcando, em nós, que o tempo se aproxima rapidamente, quando veremos uma grande agitação no seio deste povo querido, e judeus famosos serão testemunhas no meio do seu próprio povo. Os judeus serão uma força poderosa em favor de seus compatriotas e maravilhoso será o resultado do seu trabalho. Na virada do século, a Palestina não passava de uma terra desolada e salpicada de pedras, uma pequenina parte do alastrante Império Otomano. Mas, no fim da 1ª Guerra Mundial, o Império Otomano já não existia e quase todo o Oriente Médio dividiu-se em estados independentes.
A 1ª Guerra Mundial foi o começo de mudanças tremendas, não somente naquela área, mas em todo o mundo. E mudanças maiores ainda aconteceram depois da 2ª Guerra Mundial, muitas das quais decisivamente afetam a Israel. A derrota do Império Otomano, em l9l8, criou uma oportunidade favorável para a realização das esperanças de Israel. Quando a Grã-Bretanha se empenhou em providenciar uma pátria para os judeus na Palestina, isso deu grande esperança a este povo espalhado por toda a face da terra.
Quando a Guerra Total começou, não parecia haver chance possível de que, qualquer potência, a não ser o Império Otomano, pudesse,
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possivelmente, assumir o governo da Palestina ou mesmo estivesse interessado nela. Mas mudanças nem mesmo sonhadas ou imaginadas tiveram lugar, afetando não somente Israel, mas também todas as suas nações vizinhas.
Morando nesse pequeno país com os judeus, estão muitos árabes, e estes são, ainda, uma parte muito importante da população. Tanto israelitas como árabes sabem que devem encontrar um acordo, se quiserem que a paz reine ali.
Jerusalém, que, por quase dois milênios, “foi pisada pelos gentios”, tornou-se um importante centro Islâmico. Mas, hoje, ela é capital da Nova Nação de Israel. A descrição da Palestina, na década de l880, por Mark Twain nos ajuda a compreender as mudanças nessa terra desde aqueles dias (em que viveu). Disse ele:
“A palestina está vestida em pano de saco e cinzas. Sobre ela espalha-se o encanto da maldição que secou seus campos e agrilhoou sua energia...O mar da Galiléia, há muito, foi abandonado pelos entusiastas da guerra e do comércio, e suas fronteiras são uma vastidão silenciosa, sem viva alma; Cafarnaum é uma ruína amorfa; Magdala é o refúgio de árabes de pobreza extrema; Bethsaida e Corazim desapareceram da Terra e os locais desertos ao seu redor...dormem no silêncio de um ermo, que é habitado somente por aves de rapina e raposas ariscas. A Palestina é desolada e pouco atraente. E por que deveria ser diferente?”(Innocents Abroad, Inocentes em Terra Estranha,pág. 100).
Se Mark Twain e os homens de sua geração pudessem viajar através dessa terra hoje, eles, simplesmente, não a reconheceriam. Com “o tempo dos gentios” chegando ao seu fim, vemos um programa verdadeiro de restauração e expansão da velha cidade de Jerusalém. Aquele que negligencia ver que estamos no fim dos tempos, é cego.
Quando alguns líderes religiosos se aproximaram do Messias, pedindo que Ele lhes mostrasse um sinal vindo dos céus para provar sua messianidade, Ele disse:
“Quando é chegada a tardinha, vós dizeis: „Vai fazer tempo bom, porque o céu está avermelhado. E, pela manhã, hoje haverá tempestade,
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porque o céu está escuro e ameaçador‟. Vós sabeis interpretar o aspecto do céu, mas não podeis interpretar os sinais dos tempos”(Mateus 16:2 e 3).
Os “sinais dos tempos” eram abundantes naquele tempo, identificando-O como o Messias. Ele cumpriu muitas e muitas profecias, mas as pessoas de Sua época não deram importância alguma à interpretação daquelas profecias. Sua primeira vinda foi claramente descrita em cada detalhe mas, infelizmente, a maioria das pessoas não aceitou reconhece-lo. A mesma situação existe nos dias de hoje. Grandes sinais estão acontecendo por toda a parte; um dos maiores é Israel, o próprio Estado de Israel. Todavia, são tão poucos os que parecem reconhecer estes sinais dos tempos! Embora “não saibamos nem o dia nem a hora”, nem mesmo o ano, reconhecemos, pelos sinais, que será em breve muito em breve.
Há dez vezes mais sinais, apontados para a Sua segunda vinda, do que aqueles que foram vistos em sua primeira vinda. A pergunta é: O que acontecerá quando Ele voltar? Alguns o procuram para começar o Seu reinado de mil anos na Velha Jerusalém. Eles aguardam um tempo de paz universal e prosperidades. Em antecipação a isso, estão esperando que o Templo Judaico seja reconstruído no antigo local, agora, ocupado por um dos santuários mais sagrados para os Muçulmanos – a Cúpula da Rocha. E muitos ensinam que as antigas cerimônias com sacrifícios serão restabelecidas.
Perguntamos nós: qual seria o propósito desse templo, chamado por alguns de “Templo da Tribulação”, mesmo que fosse reconstruído e os sacrifícios restabelecidos? Todo o sistema mosaico de tipos, maravilhosos como eram, foi somente uma “sombra dos bens vindouros” (Hebreus 10:1). AQUELES SACRIFÍCIOS APONTAVAM PARA A VINDA DO MESSIAS. Quando o tipo encontrou o anti-tipo, naturalmente aquele deixou de existir, não tendo mais qualquer finalidade.
Em nenhuma parte do Novo Testamento somos dirigidos para o templo terreno, nem para um sacerdócio terreno. Nosso grande Sumo Sacerdote, tendo sofrido por nós, agora realiza Seu ministério de intercessão no Santuário celestial, do qual o santuário terreno foi o tipo. A
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Moisés, o Senhor disse: “Vê, pois, que tudo faças conforme o modelo que te foi mostrado no monte”(Êxodo 25:40; Hebreus 8:5).
“O verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu e não o homem”, é onde dirigimos agora nossa adoração. Assim, perguntamos de novo: mesmo que alguns entusiastas tivessem sucesso em reconstruir o Templo e as cerimônias fossem restabelecidas, qual seria sua finalidade, visto que tudo já foi cumprido? Não expressaria isso, com mais razão, descrença do que fé?
A idéia de reconstruir o Templo não é nova. Sessenta e cinco anos após sua destruição pelos Romanos em 70 D.C. e a Dispersão da Nação Judaica para diversas partes do império, Bar Kochba, no ano 135 D.C. organizou um movimento para restabelecer o cerimonialismo judaico. Ele começou a reconstruir o templo. Mas o Exercito Romano malogrou o plano e sufocou a insurreição. Mais tarde, em 380 D.C. o Imperador Juliano, que se voltou contra o os Seguidores de “Yeshua o Nazareno”, decidiu reconstruir o Templo para provar que não era verdadeira a afirmação a respeito dele de que “não ficaria pedra sobre pedra”(Mateus 24:3). Até mesmo prometeu aos judeus proteção e riquezas se ajudassem na execução do projeto. Mas, uma série de fatos, que eles consideravam como eventos sobrenaturais, levaram ao abandono da obra. “Juliano, o apóstata”, como passou a ser conhecido, foi mais tarde mortalmente ferido no campo de batalha.” Sentindo que a morte se aproximava, ele clamou: “Ó Galileu, Tu venceste!” Mais tarde, o Império Otomano se apossou da área toda, na qual erigiram duas mesquitas. Estas ainda estão de pé.
Homens ambiciosos hoje parecem muito interessados em mandar reconstruir o Templo. É talvez muito natural que os judeus acolham bem a idéia, mas para os NAZARENOS (seguidores de Yeshua) bem informados que acreditam no sacrifício definitivo sobre o madeiro, a idéia é, no mínimo, esquisita. Na verdade é uma Contra-Reforma do século XVI. Mudemos um pouco o nosso assunto e reflitamos sobre a grande reforma protestante que tanto abalou a Europa.
Líderes notáveis como Lutero, Knox, Cranmer, Zwinglio e outros, estavam trazendo a luz da Palavra de Elorrim para o povo. Dos Seus Estudos, tanto das profecias do Antigo como do Novo Testamento, acreditavam que haveria uma apostasia trágica, resultando no
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estabelecimento do Anti-semita (o que se opõe ao Nome do Salvador) profetizado. Isso, naturalmente, balançou o mundo dos que crêem em Yeshua. Assim para enfrentar o desafio, foi lançada a Contra-Reforma. A partir daí, desenvolveu-se um novo sistema de interpretação profética, devido grandemente à obra do escolástico Jesuíta espanhol, Francisco Ribeira de Salamanca. Ele publicou seu livro por volta de l585 D.C.
Através de interpretações errôneas, inteligentes, mas sutis, das profecias que se referem ao Anti-semita (chamado erradamente no português de Anti-cristo), forçavam as mentes a concentrar sua atenção num certo personagem futuro, o qual, diziam, apareceria no fim dos tempos. Alguns seguidores, mais tarde, declararam que ele seria um judeu da tribo de Dan, talvez até mesmo uma reencarnação de Judas Iscariotes! Também diziam que esse futuro Anti-semita (o que se opõe ao nome do Salvador) ,fará uma aliança com os judeus, mas, mais tarde voltará atrás com a sua palavra e se tornará o seu grande perseguidor. Então, depois de três anos e meio literais, alegam que ele será destruído pela gloriosa aparição do “Juiz de toda a Terra”.
Estas interpretações fantásticas parecem manipular as Escrituras, mais como um malabarista do que um estudioso sério da Palavra de Elorrim. Todo o Sistema foi negado categoricamente por cada um dos reformadores e, durante quase 300 anos foi enterrado. Mas, por volta de l830, começou a ser desenterrado. Edward Irving da Inglaterra e outros, acrescentaram a esse falso ensinamento a idéia de que a segunda vinda será um acontecimento secreto e ninguém saberá nada a respeito, até que os santos todos tenham partido! Referem-se a isto como o “arrebatamento secreto”. As Escrituras, naturalmente, revelam, com clareza, que a segunda vinda, em vez de secreta, será um acontecimento glorioso e espetacular, como nunca antes visto. Observe as palavras das Escrituras: “Ele virá em sua própria glória e na glória do Pai, e todos os santos anjos”(Lucas 9:26). Também lemos que “todas as tribos da terra o verão, vindo nas nuvens do céu”(Mateus 24:30). As Escrituras dizem em linguagem clara e evidente: “Todo olho verá”(Apocalipse 1:7). E de novo: “O Senhor, mesmo dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do Arcanjo e ressoada a trombeta de Elorrim, descerá dos céus, e os mortos em Yeshua, ressuscitarão primeiro” (I Tess. 4:16). Nada de secreto sobre isso! “Depois nós, os vivos, os que
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ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor”(verso 17).
É importante notar que este é o único lugar nas Escrituras que fala dos santos sendo “apanhados” ou “arrebatados”. Mas a trombeta de Elorrim e a voz do Arcanjo são tudo parte do quadro. Em vez de ensinarem sobre um arrebatamento secreto, as Escrituras falam de um arrebatamento Glorioso.
É o próprio Messias que vem, mas somente quando terminar Seu maravilhoso ministério de mediador no Santuário Celestial.
Há dois livros inteiros na Bíblia que tratam do culto com oferta de sacrifícios. Um é o livro de Levítico, no Velho Testamento; o outro é a Epístola aos Hebreus, no Novo Testamento. O Levítico apresenta os ofícios típicos do culto de adoração no santuário terrestre com os sacrifícios de animais, mas a Epístola aos Hebreus dá ênfase ao antítipo, mostrando que hoje o nosso culto é dirigido para o Santuário Celestial, onde nosso Sumo Sacerdote oficia junto ao trono da graça. Sua obra concluída na Terra, Sua morte no madeiro, puseram um fim a todos os cultos com oferendas sacrificais. Assim, perguntamos: Que virtude poderia, possivelmente, haver no restabelecimento dos cultos antigos no templo terrestre?
Não foi sem propósito que o Messias disse aos líderes religiosos de sua época: “Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Elorrim”(Mateus 22:29). “Não sabeis discernir os sinais dos tempos? (Mateus 16:3). E Ele poderia dizer o mesmo a muitas pessoas profundamente religiosas de nossos dias, muitas das quais são líderes.
O que está acontecendo em Israel é um dos maiores sinais da vinda iminente do Messias, em glória e majestade. De maneira alguma prevê o restabelecimento do sistema de oferendas sacrificais em Jerusalém, algo que foi completamente cumprido e, desde então, desapareceu. Os cultos do Antigo Testamento, impressionantes como eram, agora apareceram no ministério do Sumo Sacerdote da Nova Aliança no céu. Lá, o cordeiro de Elorrim que tira o pecado do mundo, é nosso Intercessor. Ele tira, não somente os pecados de Israel, mas os pecados de todos aqueles que vêm a ele com fé. E Ele está para concluir o Seu ministério intercessório como nosso Sumo Sacerdote e virá buscar seu Povo como Rei da Glória. Ele é o
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Salvador, não apenas de uma nação, mas “o Salvador do mundo”, de todos os homens e em todas as partes. Quando Ele concluir Seu ministério, Ele virá com todos os santos anjos, descendo em glória para receber todos os israelitas verdadeiros e leva-los para a casa do Seu Pai. Quando os anjos tiverem ceifado a “Colheita da Terra”. “então os justos resplandecerão como o sol, no reino de Seu Pai”(Mateus 13:43).
Pense em estar com o povo remido de Elorrim na Casa do Pai! E as boas novas são que, sinais inconfundíveis daquele acontecimento glorioso, estão espalhados por toda a parte hoje.
No capítulo II desta obra, nós tratamos da angustiante crise do petróleo, a respeito da qual alguns comentam como sendo um “conto do vigário”, alegando que isto foi deliberadamente planejado e posto em prática. “A América não está ficando sem petróleo, longe disso”, declaram certas fontes bem informadas. Don Oakley, do Copely News Service, por exemplo, diz que para cada um dos bilhões de barris de petróleo extraído do solo dos Estados Unidos desde l859, quando começou a ser usado pela primeira vez, um outro barril permanece no solo. E John Knight, do knight Newspapers, declara que uma estimativa moderada dos recursos petrolíferos dos Estados Unidos seria de 100 bilhões de barris. Alguns declaram que a estimativa é muito maior e tudo isso sem levar em conta o petróleo derivado do xisto betuminoso.
A revista U.S. News and World Report, em sua edição de 22 de novembro de l971, continha uma afirmação concernente ao total das nossas reservas petrolíferas da plataforma submarina, alegando que chegaria a 780 bilhões de barris. É isso sem se considerar a estimativa de 20 bilhões de barris do petróleo do Alasca. Uma coisa parece certa – ainda não gastamos nosso último galão de petróleo da Exxon! A perfuração na plataforma submarina sempre leva consigo, naturalmente, o risco de um vazamento de óleo, tal como aconteceu em Santa Bárbara em l969. Isso foi muito explorado pelos meios de comunicação; alguns dizem que foi grandemente exagerado. O que não foi dito ao público é que, dos quase 14 mil poços da plataforma submarina que foram perfurados, somente três tiveram vazamentos sérios; sim, isso mesmo, somente três! De fato, três até que era muito. Mas uma ordem executiva infeliz foi dada e qualquer outra solicitação de perfuração foi recusada. Isto resultou numa lamentável
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diminuição da produção do petróleo Americano, tornando necessárias maiores importações de petróleo árabe. Então, a inevitável demora de cinco anos na construção do oleoduto do Alasca, impediu o fluxo de um milhão de barris de óleo por dia, que é a quantia que os Estados Unidos têm importado do Oriente Médio.
A crise de energia, todavia, inclui mais do que petróleo, pois, de repente, começamos a ouvir falar de crescentes faltas de gás natural. É estranho que restrições sobre petróleo sejam acompanhadas tão rapidamente por um alarme sobre falta de gás. Isso tudo pode parecer estranho, muito estranho, até que se compreenda que estes alarmes podem muito bem ser partes de um programa completo que vise a gerar um clima propício à criação de um Governo Mundial cuja tentativa de criação, segundo a profecia bíblica indica, se dará antes do fim da história da humanidade.
No Los Angeles Times de 27 de agosto de l975, lemos: “Americanos terão que comer menos, deixar os carros e permuta-los por bicicletas e adotar outras medidas, na próxima década e apertar o cinto, porque a falta de energia veio para ficar, de acordo com o Aspen Institute for Humanistic Studies”. Nas agências noticiosas, divulgou-se que o ex-presidente Ford, em seu discurso no Congresso Mundial sobre Energia, em Detroit, em setembro de l975, teria exortado todos os cidadãos a ajudar a construir uma “estratégia global sobre Energia” que terminaria em “Interdependência”. Ele insistiu nisso como coisa essencial. Mas note a palavra “Interdependência” em vez de “Independência” – nossa palavra costumeira.
Um recente editorial da revista Fortune Magazine afirmou que, em novembro de l975 “o Japão escolheu abster-se de voto na Assembléia da O.N.U., declarando ser o Sionismo uma forma de racismo em vez de risco, ofendendo os árabes... Se os árabes permanecessem inflexíveis com sua arma do petróleo contra os países que apóiam Israel, a nós seria deixada a opção de, ou entregar os pontos ou tomar medidas de ação militar”. Quanto ao desenvolvimento de fontes alternativas de energia, tais como o carvão e a energia nuclear, a perspectiva, se é que há alguma, é pior do que era em l974. Todos estes acontecimentos vindos juntos à tona, são significativos.
Mencionamos esses fatos com o objetivo de possibilitar ao leitor compreender que influencias poderosas estão trabalhando em nosso mundo
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hoje, conspirando para fazer oposição ao propósito de Elorrim para a nossa geração. A crise do petróleo poderia ser uma das evidências deste movimento anti-Elorrim (anti-criador). Mas, a despeito de tudo o que as forças do mal podem fazer, o Elorrim do céu ainda tem o controle do nosso mundo e nada pode acontecer, a não ser com Sua divina permissão.
Os capítulos seguintes deste livro desdobram, não somente o propósito de Elorrim para Israel, mas para todo o mundo. Como autores, nós nos sentimos com uma responsabilidade determinada por Elorrim de tornar claro o que está revelado em Sua Palavra.
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CAPÍTULO XV
A ELEIÇÃO DE ISRAEL
A eleição de Israel é outro tema de inspiração que, infelizmente, é mal-compreendido por muitos. Alguns apressadamente concluíram que, no passado, era propósito de Elorrim abençoar o mundo através da semente literal de Abraão, mas que este não é o caso hoje, pois, dizem, Elorrim não tem mas interesse neste povo. Mas é esta uma posição sadia?
Muito embora haja sido terrível aquele ato do Sinédrio, o Eterno nunca impediu a aceitação de salvação por cada pessoa, individualmente, quer seja judeu ou gentio. De fato, crentes aos milhares e muitos milhares e muitos milhares chegaram a entender que Aquele a quem os líderes rejeitaram era, de fato, o Messias. Maravilhoso deveras foram os exemplos do poder de Elorrim para abrir os olhos das pessoas e conduzi-las a uma compreensão clara de mensagens bíblicas, tais como a do servo sofredor de Isaías, capítulo 53.
Aquele que, sinceramente, aceitaram a Yeshua como o Messias, o Ungido de Elorrim para salvação, primeiro de Israel e depois do mundo gentílico, reuniram-se exatamente em Jerusalém. Aqueles primitivos crentes no Messias Yeshua, davam o seu testemunho com tal poder em Jerusalém que, num só dia cerca de três mil judeus foram conduzidos ao arrependimento, tendo sido batizado. Os primeiros 7 capítulos do livro de Atos tornam fascinante a leitura à medida em que vamos vendo a obra de Elorrim sendo realizada com grande poder sobre o povo judeu. O último versículo do capítulo 2 da New English Bible, diz assim:
“E, dia após dia, o Senhor acrescenta ao número deles, aqueles que Ele conduzia à Salvação”.
No capítulo seguinte somos informados de que “muitos daqueles que ouviram a Palavra, creram; e o número dos homens era cerca de cinco mil”. As três mil “almas” mencionadas no capítulo 2 incluíram tanto homens como mulheres. Mas os “cinco mil” eram, evidentemente, só homens. O número total dos crentes deve ter sido o mínimo dez mil. Então nós aprendemos que:
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“E crescia, mais e mais, a multidão de crentes, tanto homens como mulheres agregados ao Senhor”(Atos 5:14).
Este é o último relato estatístico que nós temos concernente ao verdadeiro número de crentes. Eles eram tão numerosos que os líderes, evidentemente, não podiam ter um registro real dos seus números. Povoados e cidades inteiras voltavam-se para Elorrim sob a pregação daqueles primeiros evangelistas. O livro de Atos é, em realidade, um inspirador documentário histórico. A rapidez com que o número de crentes crescia, em Jerusalém e pela Judéia afora, era tão maravilhosa que gozavam de alegria contagiante e contentes por poderem permanecer sempre juntos naqueles locais. Mas eles foram comissionados para pregar a Boa Nova de Salvação, não somente em Jerusalém e na Judéia, mas também em Samária e depois “até os confins da Terra”(Atos 1:8).
Aqueles que pregavam o Evangelho (Boa Nova) e aqueles que o aceitavam, durante os primeiros poucos anos, eram, praticamente, todos judeus de nascimento. A mensagem da graça salvadora de Elorrim, até então, ainda não tinha penetrado no mundo gentio. Era necessário que houvesse uma mudança, pois era propósito de Elorrim que as pessoas, em todas as partes, ouvissem e tivessem a oportunidade de aceitar a salvação. Foi Pedro, o apóstolo dos judeus, quem primeiros proclamou o Evangelho aos gentios. Quando ele chegou à casa de Cornélio, o centurião romano de Cesaréia, ele pouco antecipou o resultado daquela visita. Lemos:
“Ainda Pedro falava estas coisas, quando desceu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis, que eram da circuncisão (crentes judeus) que vieram com Pedro, admiraram-se, porque também sobre os gentios foi derramado o dom do Espírito Santo; pois os ouviam falando em línguas e engrandecendo a Elorrim”.(Atos 10:44-46).
Esta foi a primeira penetração no mundo gentio. O capítulo anterior do livro de Atos registra a tremenda experiência de Saulo de Tarso, que se tornou o grande pregador dos gentios. Mas, antes que ele começasse sua grande obra, o Espírito Santo já havia preparado o caminho através da pregação de Pedro. Sua primeira espístola foi dirigida:
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“Ao eleitos que são forasteiros da Dispersão, no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia”(I Pedro 1:1).
Estes forasteiros devem ter sido crentes gentios. Mas noite como ele se dirige a eles. Ele lhes fala do fato de serem “eleitos desde os tempos antigos, segundo a pasciência de Elorrim Pai” (I Pedro 1:1 e 2). Evidentemente estava no propósito de Elorrim, desde outrora, ter pessoas de todas as nações para serem suas testemunhas. Através do profeta Isaías, Elorrim disse: “Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos”(Isaías 56:7).
Apesar de Pedro se referir a eles como “forasteiros”, ainda assim os chamava de “raça eleita, sacerdócio real, nação Santa, povo de propriedade exclusiva de Elorrim”. Seguramente, sua eleição deve ter sido sobrenatural. Sua escolha foi feita pelo poder do Espírito Santo. Citando passagens dos escritos de Moisés ao antigo Israel, Pedro disse:
“Porque sois povo santo ao Senhor vosso Elorrim, e o Senhor vos escolheu de todos os povos que há sobre a face da Terra, para lhes serdes seu povo próprio”(Deut. 14:2).
Quando Elorrim chamou o antigo Israel e o organizou como nação, era Seu propósito que ele levasse a luz da Salvação a todo o mundo. Em Isaías 42:1, o Senhor diz:
“Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido em quem a minha alma se compraz; pus sobre ele o meu Espírito, e ele promulgará o direito para os gentios”.
Moffat traduz este último período com as seguintes palavras “levar a verdadeira religião às nações”. Este era o propósito original de Elorrim para Israel. Tivessem eles recebido o seu Messias e prosseguido sua jornada sob a Divina comissão, o mundo inteiro hoje seria diferente. Em vez de aceita-lO, eles O rejeitaram. Desta forma, o Senhor voltou-Se para os gentios. No dia de Pentencostes, Pedro acusou aqueles líderes judaicos de ato de rejeição, dizendo:
“Vós, porém, negaste o Santo e matastes o Príncipe da Vida”.
Mas, enquanto faz aquela acusação, apressa-se em dizer:
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“E, agora, irmãos, eu sei que o fizestes por ignorância”(Atos 3:14, 15 e 17).
E Paulo enfatiza a mesma coisa, dizendo:
“Sabedoria essa que nenhum dos poderosos deste século conheceu; porque, se o tivessem conhecido, jamais teriam pendurado o Senhor da Glória”(I Cor. 2:8).
É, verdade; eles não sabiam, mas os líderes, sim, estes conheciam, de sobejo, as profecias. Estes estavam cegos, porém, não havia desculpa alguma para sua cegueira. Nas palavras do profeta Isaías, eles haviam fechado os seus olhos e ouvidos de modo a que não podiam ver nem ouvir. Originalmente Israel é a Nação Eleita, reservada para fazer uma obra especial em favor de toda a humanidade, mas seus líderes não permitiram a realização de sua missão. Foram eleitos para uma tarefa sagrada, mas a História registra o fracasso da nação. Quando nós, hoje, escolhemos ou elegemos alguém para um cargo, tal como prefeito de uma cidade ou membro do Congresso, esperamos que seja fiel à confiança nele depositada. E Israel tinha sido escolhido e eleito, não por voto popular, mas pelo próprio Elorrim. A respeito de Israel, o Senhor disse:
“Ao povo que formei para mim, para celebrar o Meu louvor”(Isaías 43:21).
Nada revela tão claramente o maravilhoso amor do nosso Elorrim como o Seu paciente tratamento para com Israel. Nisto temos a evidência tanto da “bondade como da severidade de Elorrim”, como lemos em Romanos 11:22. Nos dias do rei Salomão, a nação era um exemplo maravilhoso de prosperidade sob a benção de Elorrim. Mas eles falharam e, em vez de serem uma demonstração do que uma nação pode ser sob a bênção de Elorrim, eles se tornaram um quadro patético na paisagem da História.
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Elorrim formou povo de Israel, como nação, para ser uma Kahal (congregação), isto é, um povo governado por Elorrim. E a nação teria permanecido nesta condição até os dias de hoje, tivessem os líderes judaicos seguido o modelo estabelecido para eles pelo Elorrim do céu. Mil anos antes daquele tempo, os líderes da nação haviam pedido um rei, para que pudessem ser semelhantes às nações vizinhas a Israel. Seu pedido desagradou ao profeta Samuel. Ele percebeu que isso significava crise e mudanças na sua história. Então ele orou ao Senhor, pedindo orientação. Eis a resposta de Elorrim:
“Atende à voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não rejeitaram a ti, mas a mim, para que eu não reine sobre eles”(I Samuel 8:7).
Eles queriam um rei que os governasse e saísse adiante deles lutasse as suas batalhas (verso 20). Foi um erro trágico. Quando Israel mudou da Teocracia para a Monarquia, de ser governado por Elorrim para ser dirigido por homens, a nação deu um passo tragicamente errado. Mas o Senhor não abandonou a nação mesmo quando eles o rejeitaram como seu Rei. Ele ainda agiu com e por meio deles. Nem tampouco os rejeitou, mesmo depois que seus líderes haviam recusado a admoestação e rejeitado o Único que poderia ter salvo a nação. O extraordinário milagre da graça de Elorrim é que, a despeito de toda a sua trágica história, Israel ainda esteja cumprindo a profecia bíblica. Mas, como já notamos, Elorrim teve que usar outros como os mensageiros do Evangelho para o mundo. Mas agora “é chegado o tempo em que os judeus devem receber a luz”.
Durante suas peregrinações, sem destino, de um para outro lugar pela Terra afora, grande parte da Luz que o Eterno lhes dera, enfraqueceu-se. E um dos mais tristes fatos é que, aqueles que deveriam estar orando por este povo, por muitas vezes vieram a se tornar em seus mais terríveis perseguidores. Esse é um dos mais negros capítulos de toda a História. A perseguição aos judeus, acompanhada de tormentos e suplícios, não foi, apenas, a paixão de uma filosofia ímpia, como nos dias de Hitler, mas, até certo ponto, foi o passatempo dos séculos para muitas pessoas. Quão clara e explicitamente se cumpriram as palavras de Moisés:
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“O Senhor vos espalhará entre todos os povos, de uma até a outra extremidade da Terra. Servirás ali a outros deuses que não conheceste, nem tu nem teus pais; servirás ao pau e à pedra.
Nem ainda entre as nações descansarás, nem a planta de teu pé terá repouso; porquanto o Senhor ali te dará coração tremente, olhos mortiços e desmaio de alma.
A tua vida estará suspensa como por um fio diante de ti; terás pavor de noite e de dia, e não crerás na tua vida.
Pela manhã dirás: Ah! Quem me dera ver a noite! E à noite dirás: Ah! Quem me dera ver a manhã! Pelo pavor que sentirás no coração e pelo espetáculo que terás diante dos olhos” (Deut. 28:64-67).
Tudo isso poderia ter sido evitado. Nada disso, necessariamente, precisava de ter acontecido, pois o Senhor estabelecera princípios definidos para governá-los:
“Se, atentamente, ouvires a voz do Senhor teu Elorrim, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos... O Senhor teu Elorrim te exaltará sobre todas as nações da Terra: virão sobre ti e te alcançarão todas estas bemçãos”(Deut. 28:1 e 2).
Então Moisés enumera as bênçãos. Acrescentando, ele diz:
“O Senhor de porá por cabeça e não por cauda e só estarás por cima, e não por baixo”(Deut. 28:13).
O Senhor planejou um grande programa para Israel, quando este foi eleito. E é interessante lembrar que foi absolutamente o único povo que foi eleito por Elorrim para qualquer coisa. Foi a escolha do Todo-poderoso. Quando Ele chamou a Abraão de Ur, da Caldéia, Ele disse:
Far-te-ei uma grande nação, e te abençoarei e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção.
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Abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da Terra”(Gênesis 12:2 e 3).
A mesma promessa foi reiterada a Isaque, filho de Abraão, o segundo na linha da Nação do Concerto. Elorrim disse:
“Habita nela, e serei contigo e te abençoarei; porque a ti e a tua descendência darei todas estas terras, e confirmarei o juramento que fiz a Abraão, teu pai”(Gênesis 26:3,4).
E a promessa foi transmitida ao filho de Isaque, Jacó:
“Eu sou o Senhor, Elorrim de Abraão teu pai e Elorrim de Isaque. A terra em que agora estás deitado, eu ta darei, a ti, e à tua descendência.
Em ti e na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra”(Gênesis 28:13,14).
Nós lemos sobre o nome de Jacó, sendo mudado para Israel (veja II Reis 17:14). Quando foi que isto aconteceu? Foi naquela noite em que, temendo que seu irmão Esaú viesse para matá-lo, saiu no escuro da noite, para ficar só. E “lutava com ele um homem, até ao romper do dia”(Gênesis 32:24). É importante que entendamos este quadro como ele realmente é. Ele não diz que Jacó lutava com o homem, mas sim que “o homem lutava com Jacó”. E o versículo seguinte diz:
“Vendo este (o homem) que não podia com ele (Jacó) tocou-lhe na articulação da coxa; deslocou-se a junta da coxa de Jacó, na luta com o homem”(verso 25).
“Disse este (o homem): Deixe-me ir, pois já rompeu o dia. Respondeu Jacó: Não te deixarei, se me não abençoares”(verso 26).
Quem era aquele Homem que lutava com ele? Jacó não sabia, até que uma força sobrenatural deslocou o seu quadril. Então o patriarca compreendeu que o homem com quem ele lutava não era um homem comum e estava determinado a não soltá-lo até que tivesse sido abençoado. Elorrim atendeu ao seu pedido. Ele o abençoou, mudando tanto o seu nome, como a sua natureza. “Teu nome não mais será Jacó, mas Israel:
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pois, como um príncipe, tens tu lutado com Elorrim e com os homens e tens prevalecido”(Gênesis 32:28). Antes de Jacó sair daquele lugar, chamou-o de Peniel, o que significa “a face de Elorrim”, E disse:
“Porque tenho visto Elorrim face a face, e a minha vida foi preservada (verso 30).
O importante é observar a luta vista pelo lado de Elorrim, não do lado de Jacó. Elorrim veio a este homem para um propósito. Ele queria mudá-lo de enganador, esperto, cheio de auto-satisfação em um digno filho de Elorrim. Quando o Hommem que lutava perguntou ao patriarca qual era o seu nome, ele disse: “Jacó”, o que significa “aquele que pega o calcanhar (Gênesis 25:26). Não mais devia ele ser chamado de Jacó, mas de Israel que significa “homem governado por Elorrim” e sua posteridade não devia mais ser chamada filhos de Jacó, mas filhos de Israel – povo governado por Elorrim.
Muitos anos antes de serem libertos da escravidão egípcia, a mensagem do Senhor a Moisés, foi:
“Portanto, dize aos filhos de Israel: Eu sou o Senhor e vos tirarei de debaixo das cargas do Egito, vos livrarei da sua servidão e vos livrarei como braço estendido e com grandes manifestações de julgamento.
Tomar-vos-ei por meu povo e serei vosso Elorrim, e sabereis que Eu sou o Senhor vosso Elorrim, que vos tiro de debaixo das cargas do Egito.
E vos levarei à terra, acerca da qual jurei dar a Abraão, a Isaque e a Jacó; e vo-la darei como possessão; Eu sou o Senhor”(Êxodo 6:6-8).
A posteridade de Jacó, agora se chamava não os filhos de Jacó, mas os “filhos de Israel”. E o Senhor disse: Eu te darei a terra por herança”.
Existe um preceito legal, no Direito, que diz que, qualquer coisa que é herdada, não pode ser tomada e dada a qualquer outra pessoa. A terra de Israel foi a herança de Elorrim ao povo de Israel. Foi-lhe dada por Elorrim antes mesmo que Abraão tivesse qualquer posteridade. Não há nenhum registro que um tal presente tenha sido dado a qualquer outro povo.
Grandes presentes, todavia, também trazem grandes responsabilidades. Elorrim colocou este povo numa posição muito estratégica geograficamente. Todas as caravanas provenientes do norte
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descendo rumo à África, indo para o norte e para o leste entrando na Índia, todas passavam através daquele mesmo pequeno país. Este se tornou, até certo ponto, o lugar de encontro das estradas do mundo. Era propósito de elorrim que esta terra e este povo deveriam continuar a ser um testemunho maravilhoso das bênçãos divinas sobre aqueles que Lhe obedecem. A estes transeuntes, os turistas, os trabalhadores e os homens de negócios, foi dada a Israel a oportunidade de falar de Elorrim da Sua graça. Estes então, por sua vez, levariam a mensagem até os confins da Terra. Eis a ordem de Elorrim a Israel:
“Assim diz o Senhor que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu.
Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti”(Isaías 43:1,2).
Quantas coisas estão reunidas nestas expressões! Elorrim fala deles como “escolhidos”, “criados”, “formados” e “redimidos”. “Tu és meu”, disse o Senhor. Ele os chamou e ordenou: “Manifestai o meu louvor”.
A nação falhou, mas Elorrim não os abandonou. A despeito de seu fracasso e, embora tenham estado vagueando pelo mundo afora, por quase dois mil anos, o Senhor os tem dirigido e cuidado passo a passo. Ele os preservou como nação, não obstante o fato de terem estado sem pátria. Mas nestes “últimos dias” está-se abrindo o caminho para retornarem à terra de seus país. Seu retorno à terra de Israel poderá trazer-lhes ricas bênçãos espirituais, pois lhes possibilita serem alcançados por uma nova revelação da bondade e da graça salvadora de Elorrim e isto seria melhor concretizado se grande parte do povo estivesse reunido numa só terra, como ocorre hoje, do que estando toda a nação espalhada entre as gentes.
Quando participamos do Congresso Internacional sobre profecias Bíblicas realizado em Jerusalém, assistimos, com especial interesse, à apresentação do Dr. R. J. Ziv Werblowski, membro do corpo docente da Universidade Hebraica de Jerusalém. Na qualidade de vice-presidente do departamento de Religiões Comparadas, ele se dirigia aos participantes como israelita. Entre outras coisas, disse ele, “Nós como um povo,
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sentimos que pertencemos a esta terra”. Então deu ênfase nisso: “Existe uma espécie de vinculo sagrado entre este povo e esta terra”. Ele nos lembra de que, quando Elorrim chamou a Abraão, Ele lhe prometeu a terra, quando, até então, ele ainda não tinha filhos. Depois, citando Levíticos 26:42-45, o doutor leu as palavras de Elorrim a Abraão:
“Também eu me lembrarei do meu concerto com Jacó e, também, do meu concerto com Isaque e, também, do meu concerto com Abraão me lembrarei.
E, demais disto, também, estando eles na terra dos seus inimigos; não rejeitarei, nem me enfadarei deles, para consumi-los e invadir o meu concerto com eles, porque Eu sou o Senhor seu Elorrim.
Antes por amor deles me lembrarei do concerto com os seus antepassados, que tirei da terra do Egito, perante os olhos das nações, para lhes ser por Elorrim: Eu Sou o Senhor”.
“Assim, esta terra está relacionada com Israel, diferente do que seria com qualquer outro povo”, disse ele. Então, para dar ênfase a este ponto, ele disse: “Quando morre qualquer um dentre o nosso povo, em qualquer patê do mundo, nós nos esforçamos por ter um punhado de pó desta terra para jogar na sepultura como símbolo da identidade daquela pessoa com a terra de Israel. Sim, nós sempre soubemos que voltaríamos e aqui estamos nós. E estamos tentando reconhecer a nossa responsabilidade para com nossos vizinhos, os árabes. Eles, também, têm direitos legítimos. Além do mais, reconhecemos que mergulhamos o mundo numa das mais críticas situações de todos os tempos. Os profetas disseram-nos, não somente onde estão nossas raízes, mas insistiram em que “um homem pode ser moral numa sociedade imoral”. Depois de reenfatizar que a bênção de Elorrim sobre Israel está em evidência hoje, ele concluiu sua apresentação, citando esta passagem bem conhecida da Escritura:
“Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos”(Zacarias 4:6).
O que este professor israelita disse, harmonizou-se, exatamente, com a afirmação a que nos referimos antes:
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“Pois os dons e o chamado de Elorrim são irrevogáveis”(Romanos 11:29 N.E.B).
Muito embora o Israel literal tenha sido “posto de lado”, entretanto, não seria abandonado para sempre. Aquele que crê na Palavra do Elorrim Vivo, não se surpreende, de modo algum, que uma nação, que se originou e se desenvolveu sob circunstâncias tão incomuns e miraculosas e que foi preservada durante quase dois mil anos, a despeito dos mais determinados decretos de ditadores, tenha sua preservação garantida. No Salmo 106:4-6, lemos:
“Lembra-te de mim, ó Senhor, segundo a tua boa vontade para com o teu povo; visita-me com a tua salvação; para que eu veja os bens de teus escolhidos; para que eu me alegre com alegria do teu povo, para que me regozije com a tua herança”.
Note estas frases: “teu povo”... “teus escolhidos”... “tua nação”... “tua herança”. Esta nação foi eleita e recebeu uma herança bem definida. Lembrando-nos daquela afirmação de que “os dons e o chamado de Elorrim são sem arrependimento” ou são “irrevogáveis”, não é de se surpreender que os israelitas sintam que a terra ainda lhes pertence, mesmo que outros a tenham ocupado durante estes muitos anos ou séculos.
Apesar do fato de que muitos retornassem em total descrença, exatamente como o Senhor disse que voltariam, a Palavra de Elorrim, no entanto é muito clara ao afirmar que uma mudança radical ocorrerá em suas mente. Em vez de “corações de pedra”, Elorrim promete dar àqueles que se voltam para Ele, “corações de carne”. E a Palavra de Elorrim declara que isto acontecerá “nos últimos dias” Bem que poderíamos estar testemunhando o começo do grande propósito de Elorrim para com este povo. O Espírito Santo, que está empenhado em guiar-nos a toda a Verdade, preparará a todos que forem sinceros de coração para aquele dia maravilhoso em que o grande Hino Hebraico será convertido em realidade:
“O nosso Elorrim vem e não guarda silêncio; diante dele há um fogo devorador e grande tormenta ao seu redor. Ele intima os altos céus e a terra, para o julgamento do seu povo; Congregarei os meus santos, aqueles que fizeram comigo uma aliança por meio de sacrifícios.
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Os céus anunciam a sua justiça, porque é o próprio Elorrim que julga”(Salmo 50:3-6).
A descida de Elorrim sobre o Monte Sinai, na ocasião em que Ele anunciou os grandes preceitos da Sua Lei, foi acompanhada por “trovões e relâmpagos... e a voz de trombeta com forte clangor; de modo que todo o povo... se estremeceu” (Êxodo 19:16). Até mesmo Moisés disse: “Sinto-me aterrado e trêmulo”(Hebreus 12:21).
Mas uma manifestação muito maior do poder divino deverá ser testemunhada em breve. Uma tradução moderna pinta o quadro com frases vivas e enérgicas:
Nosso Elorrim virá e não guardará silêncio, Um fogo consumidor corre na sua frente e envolver densamente ao Seu redor como redemoinho.
Ele convoca os céus e a terra para o julgamento do seu povo; reuni perante mim os meus servos leais, todos os que, por meio de sacrifícios, fizeram um concerto comigo.
Os céus proclamarão sua justiça, pois o próprio Elorrim é o juiz”(Salmo 50:3-6).
Este é o quadro profético da vinda do Messias em glória. Cada um de nós deve estar preparado para aquele que é o maior de todos os acontecimentos que a humanidade inteira presenciará num futuro bem próximo.
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CAPÍTULO XVI
O ISRAEL ESPIRITUAL
DEFINIDO POR UM RABINO ILUSTRE
Nos primeiros dias de nossa Era comum, líderes, tanto dos judeus como dos cristãos, enfrentaram um problema muito real. Os primeiros cristãos eram judeus de nascimento, mas, tendo passado por uma profunda experiência sob o poder do Espírito Santo, eram, agora, judeus completos, judeus inteiramente realizados. Foi esta experiência que se descortinou para Nicodemos, membro do Sinédrio. Este experiente líder judaico ficou embaraçado, quando lhe foi dito que “devia nascer de novo”. E “quem não nascer da água e do Espírito, não poderá entrar no reino de Elorrim”. Que revelação espantosa para alguém que era membro da mais alta corte judaica e “mestre em Israel”. Este acontecimento, porém, independe de posição social ou de conhecimentos acadêmicos, mas está ligado diretamente ao poder e à influência poderosa do Espírito de Elorrim.
Percebendo o desafio destas palavras, Nicodemos, em estado de perplexidade e espanto, simplesmente perguntou: “Como pode ser isso?” A resposta a esta interrogação foi igualmente impressionante. “És mestre em Israel e não sabes estas coisas?”
Um outro membro do Sinédrio, enquanto ia para Damasco cumprir ordens desta alta corte, viu-se face a face com uma experiência que transformou toda a sua vida. Cumprindo ordens superiores, tinha ele vindo do quartel general de Jerusalém com um objetivo manifesto – exterminar os judeus Nazarenos (seguidores de Yeshua) daquela antiga cidade, do mesmo modo como havia feito em outros lugares. Mas, quando estava para entrar na cidade, foi interceptado por Elorrim, a Quem professava servir. Ele viu uma luz ofuscante e ouviu uma voz de comando sobrenatural, dizendo: “Shaul, Shaul, por que Me persegues? Caindo por terra, ante aquela revelação, Shaul(paulo) perguntou com voz trêmula: “Quem és Tu Senhor?” (isto está registrado em Atos 9 e 26:14).
A experiencia de Shaul de Tarso é um dos fatos extraordinários registrados na Bíblia. Nenhum escritor bíblico trata mais explicitamente da
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questão de Israel do que este homem que outrora, esteve empenhado na perseguição aos judeus nazarenos(seguidores de Yeshua conf. Atos 26:14 que diz ter ouvido uma voz em limgua hebraica, portanto, não se ouviu jesus e sim Yeshua o nazareno). Tendo sido colocado face a face perante Aquele que acreditava estar morto, mais tarde tornou-se um dos maiores expoentes da Mensagem da Salvação. Seus escritos sobre este assunto influenciaram o pensamento religioso mais do que de muitos outros escritores bíblicos. Aquilo que ele fez e o que ele escreveu teve especial significado, pois viveu e pregou numa época que distava, apenas, alguns anos do dia em que Pilatos, o governador romano, havia ordenado a morte de Yeshua no madeiro.
Na sua carta aos Gálatas ele fez algumas exposições muito diretas e francas. Estes novos crentes estavam sendo perturbados por certos mestres israelitas que não compreendiam, plenamente, sua mensagem. Declaravam eles que todos os crentes deviam guardar as antigas leis de Moisés. Havia chegado o momento de se resolver esta questão e Shaul, rabino treinado e ilustre, foi usado por Elorrim para esclarecer o ponto de dissidência entre eles:
“Porque em Yeshua de Nazaré, nem a circuncisão, nem a incircuncisão tem virtude alguma, mas, sim, o ser uma nova criatura”(Gálatas 6:15).Aqui o apóstolo não está falando contra a circuncisão, até porque ele se submeteu à mesma...mas se estou circuncidado na minha carne e, adultero, que valor teve ou tem a minha circuncisão? Esta só tem valor se vier acompanhada do cumprimento dos demais preceitos da Torah...
“E a todos quantos andarem conforme esta regra, paz e misericórdia sobre eles e sobre o Israel de Elorrim (Gálatas 6:16).
Aqui não há equívoco. Eles, simplesmente, declaram que os gentios convertidos tornam-se parte do “Israel de Elorrim”, após terem partilhado da experiência do renascimento pelo poder de Elorrim.
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Sempre houve e há, ainda hoje, dois tipos de israelitas. Um grupo é composto pelos israelitas, segundo a carne e outro pelos israelitas, segundo o espírito; um, judeu de nascimento natural, ou outro, israelita espiritualmente renascido. Somente homens e mulheres governados por Elorrim são “israelitas” verdadeiros.
Como tivemos oportunidade de ver no capítulo inicial deste trabalho, Israel foi o nome dado a Jacó, após sua luta com o anjo. Jacó significa “o que agarra o calcanhar” ou “enganador” e, assim, era ele até aquela noite no riacho de Jaboque, quando o Anjo, até certo ponto, o tocou a fim de que pudesse aleijá-lo. Naquela noite ele aprendeu uma lição eterna – a da completa submissão a Elorrim, lição que todo israelita verdadeiro tem que aprender.
E Shaul (chamado de Paulo), se aprofunda mais ainda nesta questão, na sua carta aos crentes de Roma. Ilustra ele seu ponto de vista, comparando Israel a uma árvore que, de certo modo, se torna degenerada e, porque o fruto, em alguns galhos, já não é santo, aqueles galhos são quebrados e jogados fora. Ele compara os gentios a galhos tirados de uma outra árvore, “uma oliveira brava”. Então ele descreve o Senhor Elorrim como um fruticultor que aperfeiçoa árvores frutíferas pelo processo do enxerto. Ele mostra como Elorrim pode pegar galhos bravos e enxertá-los na árvore verdadeira, ocasião em que se tomam parte da árvore original.
Este milagre espiritual não foi uma ilustração original. Em João 15:5 o Grande Mestre disse aos Seus discípulos: “Eu Sou a Videira e vós os ramos”. Somente, enquanto fizemos parte da videira verdadeira, é que podemos dar os frutos do Espírito. Observemos, agora, a ilustração de Shaul mais cuidadosamente. Ele fala de enxertos e depois usa a expressão “contra a natureza”. Qualquer fruticultor sabe que é de se esperar a produção de frutos de galhos enxertados conforme o tipo de cada enxerto feito.
Em nosso pomar, na Califórnia, há muitos anos, nós tínhamos uma árvore cítrica que produzia laranjas, limões e toranjas, tudo na mesma árvore! Isto estava em harmonia com a natureza, porque os enxertos foram bem feitos. Mas o Shaul de Tarso fala do enxerto dos gentios na árvore israelita como algo contrário à natureza. Eventualmente galhos enxertados, em vez de produzirem os frutos do enxerto, produzem os frutos da raiz e
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tronco original. Isto é chamado de “crescimento bastardo”, pois é “contrário à natureza”. Nas coisas espirituais este novo crescimento deve ocorrer se nos quisermos tomar israelitas verdadeiros ou membros do “Israel Espiritual” de Elorrim. Era fácil para as pessoas do tempo de Shaul compreender esta ilustração, pois elas viviam muito mais perto do solo do que nós, nessa era industrial.
Agora, estudemos o que este grande escritor continua a dizer. Ele se dirige agora, não tanto à Nação Judaica, aos judeus que o eram de nascimento, mas aos gentios que eram não-judeus de nascimento. Diz ele: “por causa da incredulidade eles foram quebrados (isto é, os judeus naturais)”. Em virtude de, como nação, eles já não estarem produzindo os frutos do Espírito, Elorrim não os poupou e, como o grande fruticultor, ele os cortou da árvore. No seu lugar Ele inseriu novos galhos da “oliveira brava”. E seria uma tragédia se estes galhos enxertados viessem a dar “frutos bravos” – os frutos de uma vida que não passou por uma transformação. Eles devem ser partícipes da raiz e da seiva da boa árvore para serem aceitáveis a Elorrim. Mas, fazer isso, era “contrário à natureza”, pois crentes gentios, como crentes judeus, devem produzir os frutos de Espírito. Repetimos, seria trágico se estes galhos enxertados tivessem produzido frutos da velha vida. E, além disso, eles (os galhos novos) não devem gloriar-se, em seu orgulho, contra os antigos galhos, pois se os galhos naturais, isto é, os judeus naturais por nascimento “não permanecerem na incredulidade, serão outra vez enxertados, pois poderoso é Elorrim para os enxertar de novo”. E isso Ele tem feito, aos milhares.
Convém observar, com muito cuidado, que nem todos os ramos foram quebrados e separados, somente “alguns” deles o foram. A árvore, por conseguinte, compõe-se tanto de judeus como de gentios, porém todos os crentes de nascimento espiritual. Somente pela graça de Elorrim é que podemos nós, na condição de judeus e gentios, tornar-nos partícipes da raiz e da seiva da oliveira. Assim, escreve ele aos crentes romanos:
“Não te ensoberbeças, mas teme; pois, se Elorrim não poupou os ramos naturais, cuida para que ele não te corte a ti também”(Romanos 11:20,21).
Em seguida, resumindo o argumento, ele diz:
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“Considerai, portanto, a bondade e a severidade de Elorrim: para com os que caíram, severidade; mas, para contigo, a bondade de Elorrim, se nela permaneceres: doutra sorte tu também serás cortado”(verso 22)
No verso 25, este grande Rabino diz:
“Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério, para que não sejais presumidos em vós mesmos, que o endurecimento veio em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios”(Romanos 11:25)Grifos acrescentados.
Esta última expressão fala-nos de um mistério. Faremos referência a isso com maior clareza mais adiante. Quando os gentios são enxertados na árvore de Israel, eles, com seus irmãos judeus, tornam-se Israelitas Espirituais. E, enquanto permanecerem na fé, continuam sendo israelitas Espirituais. E, em acréscimo ao que foi dito, o judeu pleno situa-se exatamente na mesma relação. Ele também deve permanecer na fé.
Está mais do que claro que as Escrituras falam de dois tipos de israelitas. Os gentios na podem tornar-se israelitas Espirituais, a menos que partilhem da raiz e da seiva da boa oliveira. E os judeus, para que sejam bons filhos de Abraão, devem também, partilhar da mesma raiz e da seiva da árvore. Com relação a isso, ele cita o profeta Oséias:
“E acontecerá que, onde se lhes dizia: Vós não sois meu povo, se lhes dirá: Vós sois filhos do Elorrim Vivo”(Oséias 1:10).
Ou, como lemos numa outra passagem:
“Chamarei povo meu ao que não era meu povo”(Romanos 9:25).
Escrevendo a outro grupo de crentes na Galiléia, explicando este novo relacionamento, ele diz:
“Já não estamos mais sob aquele aio(a lei serimonial) e vós sois, todos vós, Filhos de Elorrim!
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...Não há mais distinção entre judeu e grego, escravo e livre, homem ou mulher, mas todos vós sois um...vós sois a posteridade de Abraão, os herdeiros a ele prometido”(Gálatas 3:27-29, Bíblia de Jerusalém).
Desta maneira, o gentio que se entrega inteiramente a Elorrim e O aceita como seu Salvador pessoal, tanto é crente como “verdadeiramente israelita”. Os verdadeiros crentes, de qualquer raça, são verdadeiros israelitas; eles são um e o mesmo.
Ora, observem o que o experimentado Rabino escreveu aos crentes de Éfeso:
“Portanto, lembrai-vos de que outrora éreis gentios. De que, naquele tempo, estáveis sem o Messias e separados da comunidade de Israel e alheios às alianças da promessa, sem ter esperança e sem Elorrim no mundo”(Efésios 2:11,12 – King James Version).
O gentio, que não aceitou a salvação, é como um estrangeiro separado e alheio à aliança da promessa, sem ter esperança e sem Elorrim no mundo. Mas o gentio que se entregou inteiramente ao seu Senhor e O aceitou como seu Salvador pessoal, torna-se membro da “Comunidade de Israel” e permanecerá assim, enquanto durar esse relacionamento. De acordo com as Escrituras, os gentios convertidos pelo mistério da graça formam parte do Israel Espiritual. (O leitor, sem dúvida, notou que, na introdução do Dr. H. M. Richards, chama-nos especial atenção para este capítulo).
Agora vem a pergunta: E o que dizer dos israelitas literais? Têm eles algum lugar no programa de Elorrim? Novamente recorremos a este Rabino de grande erudição. Qual foi sua atitude para com eles?
“Tenho grande tristeza e incessante dor no coração, porque eu mesmo desejaria ser anátema, por amor de meus irmãos, meus parentes, segundo a carne.
São israelitas. Pertencem-lhes a adoração, a glória, as alianças, a legislação, o culto e as promessas”(Romanos 9:2-4).
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Ele aqui está falando do seu próprio Povo Judeu – os israelitas. Ele os chama de “meus parentes, segundo a carne” e declara que eles também são “israelitas”. Lembre-se de que isso foi escrito por volta do ano 60 D.C. O que quer dizer, quase 30 anos depois que começou o Messianismo. Mas, que tipo de israelitas eram eles? Eles eram israelitas literais ou “Israel, segundo a carne”. E por eles tenha ele grande tristeza no coração. Aos seus irmãos crentes de Corinto, diz ele:
“Considerai o Israel, segundo a carne”(I Corintios 10:18).
É de se lamentar que alguns parecem dar a impressão de que os judeus já não deviam ser chamados Israel. Mas Shaul, com toda clareza, fala deles como “Israel” ou “Israel ético”. Aqueles que são judeus de nascimento natural, são o “Israel segundo a carne”. Por outro lado, o “Israel Espiritual” consiste de homens e mulheres de toda e qualquer raça, incluindo-se os judeus, que são renascidos pelo Espírito de Elorrim e que ingressam, portanto, na família de Elorrim. Somente quando reconhecermos esta grande verdade é que podemos interpretar retamente as Escrituras e compreender muitas das antigas profecias que dizem respeito ao futuro, quer do Israel Nacional, quer do Israel Espiritual.
Repetimos: aquele que é nascido judeu, pode ser chamado, propriamente dito, de “Israel, segundo a carne”, mas isto não o torna membro do Israel Espiritual. Ele deve aceitar os caminhos do Elorrim da salvação antes que possa ser salvo. Esta foi a mensagem dada a Nicodemos:
“Quem não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Elorrim”(João 3:5).
Mais tarde disse o Messias aos seus seguidores:
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao pai senão por mim”(João 14:6).
Observe, novamente, esta afirmação aos crentes gentios de Roma:
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“pois, se Elorrim não poupou os ramos naturais (Israel literal), cuida para que Ele não te corte a ti também”(Israel espiritual) (Romanos 11:21).
Aqui ele se refere aos judeus e os chama de “ramos naturais” ou Israel natural. No mesmo capítulo ele faz esta pergunta e, em seguida, ele a responde prontamente:
“Pergunto, pois: Terá Elorrim, porventura, rejeitado o seu povo? De modo nenhum; porque eu também sou israelita, da descendência de Abraão da tribo de Benjamin.
Elorrim não rejeitou o seu povo a quem de antemão conheceu”(Romanos 11:1 e 2).
Poderia a linguagem ser mais clara? De acordo com as Escrituras o povo judeu não foi completamente rejeitado. Aqui é chamado de “Povo de Elorrim” e está bastante claro que ele está falando do Israel literal, não do Israel Espiritual. Porque é que ele diz que Elorrim não rejeitou Seu povo? Poderia ser que o povo hebreu, chamado por Elorrim e organizado como nação por intervenção divina, tivesse um programa bem definido par cumprir? Por que, ainda, estão aqui, depois de quase 2.000 anos sem pátria?
Os hebreus eram uma nação que o próprio Elorrim organizou. Outras nações atingiram posição de vanguarda através do poderio político e militar. Mas os hebreus foram organizados como nação sob a direção explícita de Elorrim.
Outrora um grupo de escravos, este povo foi libertado pelo poder divino e designado para uma obra bem definida. Abraão, o pai desta nação, foi um homem chamado por Elorrim. O Senhor lhe disse que ele se tornaria uma nação e um “conjunto de nações”. Não é de admirar que Shaul diz “Elorrim não rejeitou seu povo que, de antemão, conheceu”. Perguntemos de novo: Será que o Eterno está realizando uma obra através da nova Nação Judaica, usando-a como sinal? Isto é algo que todos devemos ponderar muito bem.
A principal preocupação do escritor era pela salvação deles. Diz Ele:
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“Irmãos, a boa vontade do meu coração e a minha súplica a Elorrim a favor deles é para que sejam salvos”(Romanos 10:1).
Enquanto ele os chama de “Israel”, ele também indica que não estão “salvos”. Ele está, não apenas preocupado pela salvação deles, mas procura incutir esta preocupação nos corações dos crentes gentios para orar por eles. Falando aos crentes gentios, como alguém, especialmente chamado para trabalhar pelos gentios, descortina toda a questão do relacionamento entre judeus e gentios, quando diz:
“Porque, se o fato de terem sido eles rejeitados trouxe reconciliação ao mundo, que será seu restabelecimento, senão vida dentre os mortos?
E, se foram santas as primícias de massa, igualmente o será a sua totalidade; se for santa a raiz, também os ramos o serão.
Se porém, alguns ramos foram quebrados, e tu, sendo oliveira brava, foste enxertado no meio deles e te tornaste participante da raiz e da seiva da oliveira, não te glories contra os ramos(Romanos 11:15-18).
Está mais do que claro que tanto judeus como gentios, devem ser enxertados na mesma árvore e o tronco da árvore é o Israel Espiritual. Alguns ramos foram quebrados e retirados por causa de sua incredulidade; foram aqueles judeus que se haviam tornado cegos aos valores espirituais e haviam rejeitado o Messias. Então os gentios, que foram retirados de uma oliveira brava, foram enxertados no lugar deles. Tomaram os lugares daqueles que haviam sido quebrados e retirados. Foram tomados, não porque eram gentios, mas porque aceitaram a misericórdia de Elorrim e o Seu plano de salvação. Isto está em harmonia com esta declaração em Romanos 1: 16, onde ele diz:
“Porque não me envergonho do Evangelho, pois é o poder de Elorrim para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego (ou gentio)”.
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A salvação foi tornada conhecida primeiro aos judeus, depois aos gentios. Todos podem ser salvos pela graça de Elorrim por meio da fé. E temos a certeza de que o mesmo a própria fé vem com dom de Elorrim. Ela não é algo trabalhada, lavrada ou produzida, mas alguma coisa que vem de Elorrim. É um dom. A grande questão não é bem onde se nasceu, mas sim se a pessoa é renascida ou não. Pela graça de Elorrim, todos nós podemos tornar-mos membros do Reino da Graça. A todo aquele que pudesse começar a dizer que os judeus haviam sido rejeitados para que os gentios pudessem ser admitidos, este Rabino diz:
“Bem! Pela sua incredulidade foram quebrados; tu, porém, mediante a fé estás firme. Não te ensoberbeças, mas teme. Porque, se Elorrim não poupou os ramos naturais (judeus), cuida para que Ele não te corte a ti também”(Romanos 11:20,21).
Quando Elorrim permitiu que os judeus fossem expulsos de sua pátria e espalhados para todas as partes do mundo, eles tornaram-se conhecidos pela frase “o judeu errante”. Eles erravam, tristemente, de país em país, desprezados ou maltratados, sem uma pátria. Eram considerados como a escória da Terra. Entretanto, quando cada judeu, individualmente, se voltou para Elorrim e aceitou seu modo de salvação, foram enxertados de volta na sua própria oliveira e tornaram-se parte do “Israel Espiritual”, que é eteno, Resumindo o argumento, diz Shaul aos gentios:
“Considerai, pois a bondade e a severidade de Elorrim; para os que caíram (judeus),severidade; mas para contigo (gentios), a bondade de Elorrim, se nela permaneceres; doutra sorte tu também serás cortado”.
Exatamente como os judeus foram “cortados” por causa de sua incredulidade, assim os gentios, que não continuarem na graça de Elorrim, serão, também, “cortados”. Continuando sua apresentação, este brilhante Rabino diz:
“Eles, também (judeus), se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados, pois, poderoso é Elorrim para os enxertar de novo.
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Pois se foste cortado (gentios) da que, por natureza era oliveira brava, e contra a natureza enxertado na boa oliveira, quanto mais não serão enxertados (judeus) na sua própria oliveira aqueles que são ramos naturais!
Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério, para que não sejais presumidos em vós mesmos...”(Romanos 11:23-25).
Era fácil para os crentes gentios daquela época como o é também para certas pessoas que se dão ares de importância nos dias atuais, ficarem tomados pela soberba e pela presunção, deixando de compreender como nos diz este grande mestre:
“Este endurecimento veio em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios”(Romanos 11:25).
Israel tornou-se, parcialmente, cego por causa de sua desobediência. Tendo rejeitado Aquele que os seus profetas predisseram, o Senhor já não os podia usar para servir de luz para o mundo. Assim, pondo-os de lado como nação, Ele chamou homens e mulheres de muitas raças diferentes para se tornarem Seu Povo Especial, Seus mensageiros da Verdade para o mundo.
A estes convocados de todas as nações, Pedro a eles se referiu como “geração eleita”, “sacerdócio real”. A estes crentes gentios, ele disse:
“Vinde e deixai-vos edificar, como pedras vivas, num templo espiritual; tornai-vos sacerdócio santo, para ofertardes sacrifícios espirituais aceitáveis a Elorrim... Vós sois raça escolhida, sacerdócio real, nação consagrada e povo reivindicado por Elorrim como seu, para proclamar os triunfos daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Vós agora sois o povo de Elorrim, que, outrora, não éreis o seu povo; fora de sua misericórdia outrora, vós agora recebestes sua misericórdia”(I Pedro 2:2,9).
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A nação de Israel havia-se tornado cega. Era como se um véu estivesse encobrindo seus rostos. Mas, quando esse véu for removido, este povo querido conseguirá ver o Salvador como Ele é – o seu Messias e Rei!
Vimos isto acontecer em muitas terras. “O que será seu restabelecimento, senão vida dentre os mortos?” (Romanos 11:15). Imaginemos uma antevisão do dia em que a “cegueira parcial” não mais será a experiência deste povo. Porventura não é chegado o tempo em que o Povo Judeu deva receber a luz? Seria bem possível observar-mos tantos judeus aceitando o Messias como o foi no Dia de Pentencostes. Os 3.000 que se converteram naquele dia foram, claramente, guiados pelo Espírito Santo. Quando isto acontecer novamente, os judeus se tornarão uma força poderosa a trabalhar pelos seus outros irmãos judeus. E, pela graça de Elorrim, podemos antever algo, como aquele acontecimento do passado, reproduzir-se em nosso tempo.
Chegamos, então, ao clímax do argumento do culto Rabino em Romanos 11:26-29:
“E assim, todo Israel será salvo, como está escrito: Virá de Sião o Libertador: ele apartará a Jacó as impiedades. Esta é a minha aliança com eles (judeus), quando eu tirar os seus pecados.
Quanto ao Evangelho, são eles (judeus) inimigos por vossa (gentios) causa; quanto à eleição, porém, são amados (judeus) por causa dos patriarcas; porque os dons e a vocação de Elorrim são irrevogáveis”.
Ou, coforme a New English Bible:
“E, assim, todo o Israel será salvo; como está escrito: Virá de Sião o Libertador e afastará de Jacó a impiedade, pois este é o meu concerto para com eles (judeus), quando eu tirar os seus pecados.
E, a respeito do Evangelho, eles (judeus) são inimigos por causa de vós (gentios); mas, no que diz respeito à eleição, são amados por causa dos seus pais, porque os dons e o chamado de Elorrim são sem arrependimento”.
Nada poderia ser mais simples do que estas afirmações inspiradas. Elorrim tem uma obra ainda a ser realizada por e para os judeus. Poderia
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ser essa uma das razões pelas quais os judeus, realmente, nunca foram totalmente absorvidos pelas nações para as quais foram dispersos? A História registra como outras nações, tendo sido conquistadas e expulsos de sua pátria amalgamaram-se com os povos circunvizinhos e perderam sua identidade. A América tem sido chamado de “Melting Pot” das Nações, mas, como foi observada por alguém, “ o judeu não se mistura”. Um dos mais antigos profetas disse verdadeiramente:
“Eis que é povo que habita só, e não será reputado entre as nações”(Números 23:9).
Ou, como traduz a New English Bible:
“O povo habitará só e não será considerado entre as nações”.
Já o fato da existência de um único judeu é, por si só, um milagre de Elorrim. E esse milagre não foi realizado por ninguém, senão pelo próprio Elorrim que os chamou, os elegeu e os preservou, pois, como já observamos, a Escritura diz:
“Tratando-se de escolha de Elorrim, eles são seus amigos por causa dos patriarcas, pois os dons e o chamado de Elorrim são irrevogáveis”(Romanos 11:29).
Ou como traduz Moffat:
“Elorrim nunca volta atrás com Seus dons e chamados”.
Uma das maiores obras da Providência ainda está para ser vista, quando milhares de judeus aceitarão o seu Messias e Salvador pessoal. Isto está enfatizando em outros capítulos.
Agora, eis a conclusão de Shaul, o brilhante Rabino:
“porque assim como vós, também, outrora fostes desobedientes a Elorrim, mas, agora, alcançastes misericórdia à vista da desobediência deles, assim também estes, agora, foram desobedientes, para que igualmente eles alcancem misericórdia à vista da que vos foi concedida,
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porque Elorrim a todos encerrou na desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos”.
Então ele, maravilhado, exclama:
“Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria, como do conhecimento de Elorrim! Quão insondáveis são os seus juízos e quão inescrutáveis os seus caminhos!”(Romanos 11:30-35).
Quando começamos a perscrutar as profundezas da sua revelação, nós também exclamamos: “Quão inescrutáveis são Seus Juízos!” O procedimento de Elorrim, tanto com o Israel Literal quanto com o Israel Espiritual, está além da compreensão humana. Ao estudarmos o que Elorrim disse sobre estes pontos, devemos compreender que, em algumas passagens da Bíblia, Elorrim está falando do “Israel Espiritual”, mas, em outras, Ele fala a respeito do “Israel Literal”.
Se tentarmos aplicar todas estas passagens das Escrituras, quer ao “Israel Espiritual” quer ao Literal, exclusivamente, acabamos em confusão. É por esta razão que o grande mestre, Shaul, insistiu que o crente estudasse para “repartir corretamente a Palavra da Verdade”. Somente a presença do Espírito Santo, que habita em nós e nos guia, pode habilitar-nos a fazer isto. Tanto o Velho como o Novo Testamentos são vitais em nosso estudo com respeito ao passado, presente e futuro de Israel. É imperativo, portanto, que aprendamos a “repartir corretamente a Palavra da Verdade”.
Quando Shaul fez esta afirmação “todo Israel será salvo”, ele estava falando, explicitamente, a respeito do verdadeiro Israel de Elorrim ou Israel Espiritual; os judeus incrédulos têm tanta necessidade de Salvação quanto os gentios - aqueles que nunca ouviram a mensagem de Elorrim sobre a salvação. Nenhuma pessoa jamais será salva porque nasceu israelita. Ela deve renascer para ingressar na família de Elorrim. Muitas passagens da Escritura parecem indicar que, antes da vinda do Messias, haverá uma grande agitação entre os judeus, não somente na terra de Israel, mas também entre este povo querido, espalhado em todas as partes. Poderá muito bem acontecer que as condições do mundo façam-nos sentir pressionados em busca de valores espirituais mais do que de força política
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e eles estudarão de novo o que seus antigos profetas escreveram. Em Atos dos Apóstolos, lemos:
“Israel tropeçou e caiu, mas isto não impossibilitou que eles se levantassem de novo. Elorrim não os rejeitou... Elorrim não lançou fora o Seu Povo a quem de antemão conheceu”(pág. 375).
“O véu que, agora, encobre as faces de tantos, o Espírito de Elorrim o removerá, e lerão as Escrituras sob uma nova luz. Então milhares serão levados ao reconhecimento do Salvador e serão preparados para o encontro com Ele”.
Este autor, em muito, está empenhado em tudo aquilo que diz respeito ao povo judeu, como se pode notar a ênfase nesta afirmação:
“A obra a favor dos judeus, como se delineia no capítulo 11 de Romanos, é uma obra que deve ser tratada com especial sabedoria. É uma obra que não deve ser ignorada. A sabedoria de Elorrim deve chegar ao nosso povo. Em toda sabedoria e justiça, devemos preparar o caminho do Rei”(carta 96, l9l0).
De acordo com a Palavra de Elorrim, ainda que como nação nunca serão restaurados sob as condições do concerto original, nem se tornarão os mensageiros da salvação para o mundo incrédulo, todavia a nação tornou-se um dos grandes sinais da realização do propósito de Elorrim na Terra e um prognóstico do fim iminente dos tempos e a chegada do reino da glória.
A restauração de Israel não implica em que as pessoas que estão habitando hoje a terra de Israel sejam, agora, os mensageiros escolhidos para levar a salvação às nações do mundo. Mas a reunião de Israel como nação é um dos maiores sinais da vinda próxima do Messias. A existência de Israel na terra de seus pais, ao mesmo tempo em que é um movimento nacional, tornou-se para aqueles que atendem ao chamado de Elorrim, um grande renascimento espiritual.
Eis a promessa:
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“E, no lugar em que se lhes disse: Vós não sois meu povo; ali mesmo serão chamados filhos do Elorrim vivo, pois não há distinção entre judeus e gentios... Pois todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo”(Romanos 9:26, 10:12 e 13).
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CAPÍTULO XVII
A MENSAGEM DE MASADA
Já esteve alguma vez em Masada? Poucos lugares, em Israel, são tão impressionante como como esta fortaleza no alto de uma montanha, nas proximidades do Mar Morto.
Quando os partidários militantes da antiga seita político-religiosa judaica, os zelotes, que tentavam resistir ao jugo romano, lançaram o que ficou conhecido como a “Grante Rebelião” contra os dominadores romanos em 66 D.C., eles estavam confiantes na vitória. Embora grandemente superados pelo contingente de tropas e armas, não eram sobrepujados na sua habilidade e coragem. Mas por fim, veio a derrota. Seu suntuoso templo foi queimado e Jerusalém, a capital, jazia em ruínas. Os judeus não somente estavam lutando contra os romanos; estavam lutando uns contra os outros; havia guerra civil na cidade.
Com mais de 1.337.000 mortos e centenas de milhares vendidos como escravos, pareciam como se a raça judaica estivesse defrontando-se com a aniquilação total. No 84º dia do cerco, os sacrifícios no templo cessaram. Mas o edifício ainda era uma gloriosa estrutura. Tito, encarregado da campanha romana, observando da torre Antonia esta magnífica obra de arte, dera ordens para “poupar o Templo”. Mas, um dos soldados, na excitação do cerco, atirou uma tocha para dentro do Templo que logo virou uma massa de chamas. Diz-se que até os romanos choraram, quando viram a destruição dessa imponente edificação repleta de adornos.
Os judeus tinham orgulho do seu Templo e com toda a razão, porque ele era uma das mais belas estruturas já edificadas. Alguns anos antes, esta profecia havia sido feita: “Não ficará pedra sobre pedra que não seja
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derribada”. Isto se cumpriu à risca, pois, após a destruição do templo, a área foi toda revolvida com arado para recuperar o outro derretido. Alguns entusiastas da rebelião escaparam daquele holocausto e se dirigiram para o sul, rumo a Masada, ao lado oeste do Mar Morto, onde alguns já estavam entrincheirados.
Herodes, o Grande, erigiu esta fortaleza, quase inacessível, por volta do ano 30 A.C. Depois de sua morte, uma guarnição romana ocupou-a por muitos anos. Quando aqueles militantes, dominados pelo fanatismo e inflamados pela guerra se dirigiram para esta fortaleza, subiram nessa montanha no deserto, romperam as fortificações, liquidaram as sentinelas e ocuparam a fortaleza a partir de 60 D.C. Ela caiu em poder dos romanos em 73 D.C.
Liderados por Menahen, este audacioso grupo montou ali seu quartel-general com determinação de resistir a seus inimigos. Masada veio a ser o último reduto dos judeus no país. Na verdade a Grande Rebelião Judaica terminou em Masada, Josephus, o historiador judeu, descreveu o que aconteceu durante as últimas poucas semanas daquele cerco terrível. Foi tão chocante que a maioria dos historiadores, até mesmo judeus, duvidaram daquilo que foi relatado.
Recentemente subimos essa montanha. O calor era intenso 51, 6◦C à sombra, e sem nenhuma sombra! Nós já nos havíamos familiarizado com o relatório arqueológico desse estranho e inóspito lugar. Também conhecíamos o relatório exatamente como descrito por Josephus na sua obra Jewish Wars (Guerras Judaicas), o qual, ao longo dos séculos, tem parecido quase fantástico demais para se acreditar. Mas, agora, foi confirmado e acrescenta muito à história de Israel.
Quem foi Josephus? No passado foi general do exercito judaico, mas tornou-se traidor e juntou-se aos romanos. Pouco admira que seus escritos, muitas vezes, fossem considerados pelo seu próprio povo como exagerados ou duvidosos.
Para compreender esse relado, devemos primeiro conhecer alguma coisa do lugar. Masada “é uma palavra hebraica que significa “forte” ou fortaleza”. Esse lugar raro e singular foi transformado como forte, pela primeira vez, por Alexandre Janneaus, sumo sacerdote judeu de 103 A.C. até 76 A.C. Mas foi Herodes, o Grande, a quem os romanos chamavam de
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“rei fantoche”, que transformou essa montanha do deserto, no que ele acreditava ser uma fortaleza inexpugnável. Na realidade é um planalto e ali construiu imensos depósitos de mantimentos, assim como tanques em condições de armazenar 40.000 litros de água.
Herodes construiu isso, porque temia os judeus entre os quais era muito impopular. Todavia ele temia, ainda mais, a rainha /Cleópatra, do Egito. Ela havia ameaçado deserdá-lo e anexar toda a Judéia ao seu reino. Desse modo, a fortaleza-palácio era um abrigo para ele e sua família. Ela consistia de três palácios com banho quente e frio e de numerosas casas de hóspedes para os seus amigos. Havia, pelo menos, duas piscinas e as dependências do palácio real eram de extremo requinte. Abundante alimento e mantimentos, em geral, podiam ser aarmazenados ali para durar anos. E o solo desse “plateau”, sendo mais fértil que o do vale, lá em baixo, possibilitava-lhes cultivar legumes e até plantar árvores. Dos três palácios, o que atraia maior interesse era o que ficava no ponto situado no extremo norte desse elevado planalto. Era construído em trêsseções e parecia quase que suspenso, como que pairando sobre o enorme abismo, proporcionando não apenas uma vista fabulosa do vale e as águas azuis do Mar Morto, mas também boa circulação de ar, tão essencial nessa região árida e quente. Quando Herodes morreu, os romanos tomaram posse da fortleza.
Pouco depois da destruição de Jerusalém, um grupo daqueles gerrilheiros libertacionistas, que já mencionamos, entrincheiraram-se ali, tornando-o em seu quartel-general. Mais tarde, outros do seu grupo, a eles se juntaram e mantiveram essa melancólica fortaleza da montanha durante anos. Quando o general Silva foi nomeado Governador da Judéia, tomou ele a iniciativa de sufocar todo e qualquer reduto de resistência. Ele sabia alguma coisa da fortaleza, Masada, e encarregou-se, pessoalmente, da campanha lá. Remiu todas as tropas sob seu comando e também convocou milhares de escravos e prisioneiros de guerra. Com a ajuda deles, construiu um muro externo, perto do spé dessa fortaleza, ao longo do qual, foram postadas sentinelaas para manter vigilância cerrada. O que resta desse muro, depois de l9 séculos , ainda pode ser visto hoje. Ele tinha cerca de 2 metros de espessura e mais de 3 km de cumprimento. Cruzava vales e ravinas, unindo-se, por vezes, à íngreme encosta da montanha.
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Os romanos montaram oito acampamentos do seu exercito em vários pontos e estes locais também são claramente visíveis ainda hoje. Uma imensa saliência projeta-se do despenhadeiro do lado oeste de Masada cerca de l40m abaixo do cimo. Sobre ela o General Silva montou seu quartel-general. Cercados em circulo por esse novo muro alto e com os acampamentos do exército montados a intervalos diferentes, os romanos sentiram que os libertacionistas estavam completamente encurralados.
O passo seguinte, porém, era mais difícil. Como poderiam as tropas ganhar a parte interna da fortaleza? Seguindo o mesmo método que Vespasiano usou em Jotapata na Galiléia, Silva deu ordens para a construção de uma rampa que daria acesso aos muros altos. Logo em seguida, soldados, prisioneiros e escravos puxaram terra, pedras e madeira para o topo da saliência e dali foi construído um sulco para permitir que uma torre móvel de assédio, de cerca de 30m de altura e também um poderoso aríete, puderam avançar. Depois, com todos os equipamentos – catapultas, balistas e onagros para o arremesso de flechas, pedras e caldeirões de chamas – estavam prontos para o ataque.
Tomar de assalto aquela fortaleza, todavia, era tarefa muito maior do que os romanos haviam imaginado. O cerco de Jotapata, no norte, durou sete semanas; mas o cerco de Masada, no sul levou sete meses. A habilidade daqueles guerrilheiros libertacionistas judeus, era espantosa. Mas, finalmente, superados em número, na proporção de mais quinze romanos para um judeu, reconheceram eles que a derrota era inevitável. Ao cabo de meses de ataques constantes e a muralha dupla da fortaleza já com muitas brechas dos ataques sofridos, aqueles intrépidos guerrilheiros concluíram que o fim estava próximo.
Foi de manhãzinha que os invasores romanos forçaram sua entrada na fortaleza. Os soldados deram então um brado com um grito de batalha, mas não houve resposta. Temendo que o silêncio fosse um truque, os soldados ficaram em formação de leque aberto com as espadas desembainhadas, prontos para a ação. Mas não apareceu ninguém para atacá-los. Novamente gritaram, mas tudo o que ouviam era o incômido baque surdo dos seus próprios pés. Então, ouvindo uma voz patética, encontraram uma mulher idosa de pé junto a um enorme tanque suberrâneo. Agachada, atrás dela, estava uma outra mulher, mais velha
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ainda e com elas cinco criancinhas. Dessas duas mulheres eles ficaram conhecendo a estória do que aconteceu. Essas mulheres aterrorizadas tinham ouvido, casualmente, os homens conversando na noite anterior. Elas tinham ouvido também os gemidos dos agonizantes.
O pacto de morte da comunidade
Conpreendendo o desespero da situação, Eleazar Bem Israel, líder dos militantes libertacionistas judeus, reuniu seus homens e lembrou-lhes o voto que haviam feito de nunca servir aos romanos. “fomos os primeiros a rebelar-nos”, disse ele, “e agora somos os últimos a continuar lutando. Só Elorrim é verdadeiro e justo. Ele é o Senhor da humanidade. Se esperamos ser tomados de assalto amanhã, ou nós estaremos todos mortos ou seremos todos escravos”. Declarando que Elorrim tinha dado a eles a chance de morrer como homens livres, insistiu que morressem uma “morte honrosa”! O plano era terrível, e ele insistiu em que agissem com rapidez com receio de que a hesitação os fizesse perder a coragem. Tendo concordado com o plano, escolheram dez deles, tirando a sorte, para realizar o trabalho mortal.
Com angústia no coração, cada homem abraçou fortemente sua esposa e os filhos e, em prantos, despediram-se uns dos outros com beijos. Então, deitaram-se para aguardar o toque da morte. Os restantes, apressadamente, empilharam todos os pertences que haviam levado para a fortaleza e atearam-lhes fogo. Fizeram questão de deixar uma certa quantidade de alimentos, entretanto, para mostrar aos conquistadores que não estavam morrendo de fome, eles simplesmente escolheram antes morrer a serem levados escravos.
Novamente tiraram a sorte para ver quem deveria realizar a execução final. Depois, tomando seu lugar ao lado dos seus entes queridos imolados, cada um dos dez guardava a espada daquele homem restante que, então, se mataria. Houve, na verdade, somente um suicida.
Essa foi a estória das mulheres como Josephus no-lo relada. Mas, poderia esta estória ser verdadeira? Durante dezenove séculos mujitos duvidaram da exatidão do relado. Foi para pôr à prova a validade da estória de Josephus que o Ministério das Antiguidades de Israel formou a Expedição Arqueológica de Masada. Chefiada pelo arqueólogo Dr. Yigael
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Yadin, eles começaram a planejar uma importante escavação. Yadin é filho de um famoso arqueólogo. Ele conhecia bem o país, pois havia sido Chefe do Estado Maior do Exército Israelense. Tendo já dirigido uma porção de campanhas militares de sucesso e também algumas escavações arqueológicas extraordinárias, ele sabia que a expedição de Masada seria muito diferente. Remover a terra que encobre esse lugar fantástico. Há muito que era a esperança dos arqueólogos israelenses. Em virtude de saber que pessoas, por todo o mundo, estariam iteressadas em juntar-se a este projeto, mandou publicar anúncios, convidando voluntários que gostariam de unir-se a esse raro projeto. Uma nota apareceu nos jornais de Israel e também no “Observer” de Londres. O anuncio dizia o seguinte: “Completada em Israel a preparação da primeira fase para a espedição arqueológica mais espetacular já realizada no Oritente Médio. A escavação começará no mês de outubro em Masada. A fortaleza que fica perto do Mar Morto, onde os judeus opuseram sua última resistência aos romanos a partir do ano 70 D.C... Qualquer pessoa que desejar fazer parte, entre outubro e o próximo mês de março, durante um período mínimo de duas semanas, por sua própria conta (à exceção de alimentação e alojamentos que a expedição providenciará), poderá inscrever-se, escrevendo para “Post Ofice” 7.041, Jurusalém, Israel”.
A resposta dos voluntários foi rápida. Vieram solicitações de muitos países e de pessoas, falando muitas línguas diferentes; mais de quatro mil pessoas, ao todo, responderam. Elas representavam uma variedade de conhecimentos; muitos eram estudantes de escolas e faculdades; outros eram professores, homens de negócios, fazendeiros, marinheiros, médicos, dentistas, soldados, escritores, editores, arquitetos, gráficos, farmacêuticos, bem como mordomos, jardineiros, camareiras, motoristas de taxi, pastores (de ovelhas), teólogos, psicólogos, mineiros, etc. Um era fabricante de violinos, outro era domador de elefantes! Uma moça escreveu dizendo: “não tenho nenhum conhecimento de arqueologia, mas tenho um bom senso de humor” Ela foi aceita e provou ser muito útil. Uma ou duas exigências foram feitas bem claramente: “Não trabalharemos aos sábados e aqueles de vocês que tiverem energia de sobra, depois de uma semana de esforços, para dar passeios nos arredores do deserto, poderão fazê-lo em grupos organizados”. O desafio apelava tanto para homens quanto para
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mulheres que, depois de serem aceitos, dirigiram-se para o deserto da Judéia e juntaram-se ao grupo.
O que acharam lá durante três escavações provou não somente a exatidão do relado de Josephus, mas acrescentou muito à descoberta científica. Encontraram grãos nos depósitos de mantimentos, que foram preservados após dezenove séculos, em virtude do clima extremamente seco. Porções das Escrituras usadas pelos defensores judeus foram também descobertas e até os restos de uma sinagoga na qual esses corajosos homens e mulheres, evidentemente, prestavam culto.
Embora tenhamos que respeitar sua lealdade para com aquilo em que acreditavam, não podemos senão lamentar que esses homens, seguindo seus líderes, estavam cegos ao real propósito de Elorrim para a sua nação. Tendo fechado seus ouvidos aos claros conselhos do maior Mestre de todos os tempos, não conheceram o tempo da sua visitação.
Quarenta e dois anos antes, Aquele a quem os líderes da nação rejeitaram, fizera graves advertências ao povo que Ele amava com tanto carinho. Observe Suas afirmações:
“Mas, quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei que é chegada a sua desolação” (Lucas 21:20).
“Porque dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te estreitarão de todas as bandas. E te derribarão a ti e a teus filhos que dentro de ti estiverem; e não deixarão em ti pedra sobre pedra, pois que não conheceste o tempo de tua visitação”(Lucas l9:43,44).
Ele também predisse:
“E cairão ao fio da espada e, para todas as nações. Serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios até que os tempos destes se completem”(Lucas 21:24).
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Se os judeus daquele tempo tivessem conhecido “o dia da sua visitação”, se tivessem recebido o seu Messias enviado pelos céus, quão diferente teria sido a sorte da Nação!
A Expedição Arqueológica de Masada concluiu seu trabalho em l966, pouco antes da Guerra dos Seis Dias. O Governo de Israel mandou cunhar uma medalha com inscrições dedicadas ao heroísmo daquele dia, com as seguintes palavras escritas, tanto em hebraico como em inglês. Num lado, lia-se: “Permaneceremos homens livres”, (palavras que os guerrilheiros libertacionistas judeus haviam proferido e inscrito na sua última noite). No outro lado, estava inserido o seguinte: “Masada não será tomada de assalto outra vez”. Hoje, os jovens recrutas do Exercito de Israel são levados a subir até Masada. Caminhando pelas outrora luxuosíssimas salas daquela antiga fortaleza, eles parecem compreender o espírito dos seus antepassados. Os oficiais das divisões de infantaria pesada e seus regimentos de elite prestam seu juramento nesse local, sob a inspiração da História.
A mensagem de Masada é muito real para esta geração, se, pelo menos, paramos e escutamos.Enquanto o espírito daqueles intrépidos defensores arde como uma chama constante em Israel, hoje, no entanto, novamente dizemos: Toda aquela sombria tragédia poderia ter sido evitada! Se os judeus daquele tempo tivessem ouvido a mensagem de Elorrim, falada tão claramente através dos seus profetas, eles teriam sabido que Elorrim estava no seu meio. Mas estavam tristemente cegos e surdos para as coisas espirituais.
Qual é a mensagem daquela fortaleza da montanha para nós hoje? Novecentos anos antes da destruição de Masada, Jehosaphat, um dos piedosos reis de Israel, falou a seu povo numa das grandes crises da nação. Na presença dos generais do exército e diante de suas valorosas tropas, ele proclamou: “crede no Senhor vosso Elorrim e estareis seguros; crede nos Seus profetas e prosperareis”. Declarar audaciosamente que “Masada não será tomada de assalto outra vez”, não é suficiente. A força e o poderio militar de uma nação, por maior que seja não é suficiente. Se, tão-somente, crermos no Senhor nosso Elorrim é que poderemos estar certos de segurança e somente se seguirmos Seu conselho dado através dos profetas, é que haveremos de prosperar.
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Masada tem, também, outra grande mensagem. Enquanto os libertacionistas daquele tempo podiam dizer “permaneceremos homes livres”, querendo dizer, naturalmente, “politicamente livres”, a única liberdade, entretanto, que realmente tem valor, é a liberdade espiritual. Pense bem nestas palavras:
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”(João 8:32).
E de novo:
“Se o filho do homem, portanto, vos libertar, sereis verdadeiramente livres”(João 8:36).
A verdadeira liberdade vem do Autor da Liberdade e não dos juramentos e das promessas dos homens.
“Onde o Espírito do Senhor estiver, aí estará a liberdade”(II Coríntios 3:17).
Essa é a mensagem de masada.
Masada será destruída outra vez? Em Apocalipse 6:14, nós lemos:
“E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares”.
Olhando, num retrospecto, para aqueles dias de destruição universal, o profeta Jeremias diz:
“Observei a terra e eis que estava assolada e vazia: e os céus não tinham a sua luz. Vi também que a terra fértil era um deserto e que todas as suas cidades estavam derribadas diante do Senhor, diante do furor da sua ira” (Jeremias 4:23,26).
Quando o Messias, vier em glória, Masada, assim como toda e qualquer fortaleza, desaparecerá, não pelos exércitos dos homens, mas pela onipotência de Elorrim “quando Ele se levantar para sacudir a Terra de
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maneira Terrível” (Isaías 2:l9). Podemos dizer com o antigo líder de Israel que escreveu o Salmo 46:
“Portanto, não haveremos de temer ainda que a Terra seja removida e as montanhas sejam transportadas para o meio do mar. O Senhor dos Exércitos está conosco; o Elorrim de Jacó é o nosso refúgio”.
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CAPÍTULO XVIII
ISRAEL E O ARMAGEDOM
Armagedom é uma palavra de grande significado, uma palavra aterradora. Mesmo sendo uma palavra bíblica, ainda assim é aterradora. O que acontecerá com Israel e com todas as nações durante o Armagedom? O que dizem as Escrituras sobre esse conflito final e fatal?
Os estudiosos da profecia bíblica variam de opinião na sua interpretação sobre o Armagedom. Ao entrarmos neste campo de profecias ainda não cumpridas, naturalmente avançamos com cautela, procurando evitar qualquer tendência ao dogmatismo.
A palavra, em si, é encontrada somente uma vê nas Escrituras (Apocalipse l6:l6). Mas os profetas hebreus, desde o rei Davi até Zacarias, deram algumas vívidas descrições sobre esse capítulo derradeiro da história humana.
A palavra grega polemos traduzida por “batalha” em Apocalipse l6:l4, aparece como “guerra” na maioria das traduções, tais como a Revised Standard Version, a New English Bible, Versão de Berkeley, Novo Testamento Ampliado, Tradução de Fenton, etc. “A batalha do grande dia do Elorrim Todo-poderoso” será uma guerra até à morte entre as forças do bem e do mal.
As Escrituras indicam que “todas as nações do mundo” estarão envolvidas (Jeremias 25:26), e “todo o povo de Elorrim”, tanto judeus como gentios, serão vitalmente tingidos. A Verdade de Elorrim será o alvo primordial da controvérsia, como foi desde que Lúcifer e seus anjos insurretos desafiaram o trono de Elorrim. Finalmente o Rei do Céu e Seus anjos leais abertamente confrontarão Satanás e suas forças diabólicas.
Para compreender tudo o que está envolvido no Armagedom, deve-se considerá-lo dentro de um contexto muito maior do que ele o é freqüentemente representado. Em Apocalipse 16:13-16, nós lemos a respeito de espírito de demônios, reunindo “os reis da terra e do mundo todo” em um lugar, chamado na língua hebraica, de Armagedom? Alguns
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alegam que, geograficamente, não existe tal lugar e que a palavra é apenas simbólica.
Outros entre eles alguns especialistas famosos, todavia, vêem no nome muito mais do que um simples símbolo. Eles associam o termo Armagedom com o Megido geográfico no norte da Palestina. Mesmo sendo a palavra Armagedom encontrada, apenas uma vez, na Escritura (Apocalipse l6:l6), a região, entretanto parece ter sido bem compreendida pelos escritores bíblicos. Existem numerosas referências a este lugar no Velho Testamento, tal como o “vale do Megido” (II Crônicas 35:11); a “planície do Megido” (I Reis 9:15); e “as águas do Megido”(Juízes 5:l9).
Alguns especialistas, muitas vezes, dão ênfase ao significado desta palavra. Uns dizem que ela significa “um lugar de tropas”, outros “um lugar de matança”, ainda outros como sendo “um lugar de tropas e esquadrões”. Dean Stanley diz que o nome é análogo a Ar Gerizim, o lugar de reunião entre Abraão e melquisedeque. Havia um importante desfiladeiro que começava na antiga cidade de Megido, cujas ruínas foram completamente escavadas, seguia através das montanhas, rumo ao sudoeste e subindo para o fale de Jezreel no nordeste, em seguida para o kishon, que corre através do vale. É bom lembrar que foi no Kishon que Elias destruiu os profetas de Baal.
Alegar que o Armagedom nã tem localização geográfica, tanto é infeliz quanto leva a conclusões errôneas. Quando João escreveu o livro de Apocalipse, ele especialmente o chamou de “um lugar”. Mas também torna-se um símbolo do confronto final, quando o destino do Israel verdadeiro bem como de toda alma vivente sobre a terra, será estabelecido e estabelecido para sempre. Marcará a tentativa desesperada de Satanás em desafiar o Elorrim Vivo e destruir Seu povo.
O quadro dos resultados trágicos desse combate que deverá envolver o mundo todo foi dramaticamente descrito pelos profetas. João fala do tempo em que:
“A besta e os reis da terra, e seus exércitos estarão reunidos para fazer guerra”.
E essa guerra será contra Elorrim e os exércitos do céu(Apocalipse l9:l9 e 24).Jeremias diz:
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“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis que o mal sai de nação para nação, e grande tormenta se levantará dos confins da terra.
“E serão os mortos do Senhor naquele dia, desde uma extremidade da terra até à outra extremidade da terra: não serão pranteados, nem recolhidos, nem sepultados; mas serão como estrume sobre a face da terra” (Jeremias 25:32,33).
Isaías diz:
“Porque toda a armadura daqueles que pelejavam com ruído, e os vestidos que rolavam no sangue serão queimados, servirão de pasto ao fogo” (Isaías 9:5).
E João relata:
“E sobre os homens caiu do céu uma grande saraiva, pedras do peso de um talento; e os homens blasfemaram de Elorrim por causa da praga da saraiva; porque a sua praga era mui grande”(Apocalipse l6:21).
O Senhor, certa vez, perguntou ao patriarca Jó:
“ou entraste tu até aos tesouros da neve, e viste os tesouros da saraiva,
Que eu retenho até ao tempo da angústia, até ao dia d peleja e da guerra?”(Jó38:22,23).
Quando o Senhor Elorrim abrir o Seu arsenal, nem todas as potências da Terra combinadas, poderão resistir à investida. O Armagedom, parece, levará a humanidade à beira do auto-extermínio. Mas tudo isso terá um fim repentino, quando o Messias, o Rei, liderar os exércitos de céu e aparecer em glória para libertar Seu povo e colocar um fim rápido ao desgoverno confuso e embotado do homem. Observe o quadro pintado pelo profeta Isaías:
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“Porque, eis que o Senhor virá em fogo; e os seus carros como um torvelinho; para tornar a sua ira em furor, e a sua repreensão em chamas de fogo.
Porque co fogo e com a sua espada entrará o Senhor em juízo com toda a carne; e os mortos do Senhor serão multiplicados”(Isaías 66:15,15).
No tempo de Noé não houve exceções nem haverá na batalha do Armagedom. De um lado, não haverá perdas nem baixas, e do outro, não haverá sobreviventes. Algumas pessoas se perguntam se é possível saber claramente a respeito do futuro. O já falecido Dr. William F. Albright, eminente arqueólogo e professor de línguas semíticas, diz convictamente, referindo-se aos porta-vozes inspirados de Elorrim:
“Os profetas eram não somente homens dedicados, mas também previsores do futuro. Isto é plenamente reconhecido na tradição bíblica, mas os especialistas bíblicos modernos deram a isso menos ênfase do que seria possível e desejável”.
Quão tragicamente verdadeiro! Hoje em dia muitas vezes se considera como marca de distinção dos especialistas rejeitar a crença das profecias. Oito séculos antes da Era Comum, essa promessa foi dada através do profeta Amós:
“Certamente o Senhor Elorrim não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas”(Amós 3:7).
Em vez de pensarmos na profecia como mera especulação, devemos considerá-la como de inspiração divina. E Elorrim, por certo, revelou muito no que diz respeito ao futuro de Israel e das nações do mundo, incluindo os Estados Unidos da América. Embora alguns estudiosos da profecia gastem muito tempo estudando sobre o Anti-Mashiach (anti-salvador), tanto do passado como do futuro, eles muitas vezes, dão pouca atenção às profecias concernentes a Israel, razão pela qual muitos sustentam a crença de que, quando os líderes judaicos rejeitaram o seu Messias, há dezenove séculos atrás, então as promessas de Elorrim a Israel foram automaticamente
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transferidas para o ISRAEL Espiritual. Mas será que esta é uma conclusão sadia? Será que isto é “repartir retamente a Palavra da Verdade? (II Timóteo 2:15).
Com o surgimento do “judaísmo nazareno”, um novo grupo passou a existir, conhecido como “Kerrilah” (que quer dizer: assembléia) a Bri‟t Hadashá (Aliança Renovada) menciona judeus, gentios e a Kerrilah (assembléia). Observe esta clara afirmação aos crentes de corinto:
“Portaivos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gentios, nem à Kerrilah de Elorrim” (I Cor. 10:32).
De fato, em nenhum lugar da Bri‟t Hadashá encontramos os judeus completamente postos de lado. A Escritura diz:
“Ora, se a transgressão deles redundou em riqueza para o mundo, e o seu abatimento em riqueza para os gentios, quanto mais a sua plenitude!(Romanos 11:12).
E, de novo:
“Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será sua admissão, senão a vida dentre os mortos?” (verso 15).
E verdade. Ele estava falando da sua aceitação individualmente. Mas esse é também o caso com os gentios; todos nós nos tornamos parte do corpo de crentes individualmente. E só no momento em que aceitamos a graça e o perdão de Elorrim, é que nos tornamos o Seu Povo. Em seguida ele conclui, dizendo:
“Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério, para que não sejais presumidos em vós mesmos, que o endurecimento veio em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios” (verso 25) ou “até que chegue a plenitude dos gentios” (King James Version).
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O que é que a Escritura quer dizer com isto? Tanto Daniel como Ezequiel tratam da posição de Israel nos últimos tempos. Enquanto Daniel afirma a verdade em profecias amplas e panorâmicas, Ezequiel, seu contemporâneo, entra em grandes detalhes, mostrando como os eventos se corporificarão para tornar possível o cumprimento dessas profecias. Quando estes homens escreveram suas mensagens, ambos eram cativos na Babilônia e, pelo que sabemos, nenhum dos dois jamais retornou à sua pátria. Mas receberam visões proféticas dos acontecimentos finais da história humana. A não ser que e até que compreendamos isto, não poderemos compreender a fundo toda a extensão da predição divina.
Já estudamos, com alguns detalhes, os capítulos 36 e 37 de Ezequiel. O capítulo 38 apresenta-nos os terríveis inimigos do povo de Elorrim sob os nomes de “Gog e Magog”. Magog é mencionado primeiro e ao qual alguns especialistas fazem referência como sendo a “Mesa das Nações” que é encontrado em Gênesis 10:1,2. Magog foi um dos retos de Noé, sendo o segundo filho de Jafé, um dos três filhos do velho patriarca. Antes da aurora da história dos séculos, os descendentes de Magog devem ter-se estabelecido na região do Cáucaso e norte da Armênia. Embora alguns especialistas modernos declarem que pouco se pode saber dos magogitas, no entanto – Josephus, o historiador judeu, diz:
“Magog deu inicio àqueles que, originários dele, foram chamados Magogitas, mas pelos gregos denominados Citas”(veja mapa, pag. 251)
Líderes notórios da organização religiosa romana tais como Teodoreto e Jerônimo, o tradutor da Bíblia , concordam com ele. A nova Enciclopédia Schaff-Herzog sobre Conhecimento Religioso é muito explicita no que diz respeito à sua identidade. Lê-se nela o seguinte:
“Uma estreita área geográfica situaria o local onde se estabeleceu Magog entre a Armênia e a Média, talvez nas praias de Araxes. Mas o povo parece ter-se estendido mais para o norte, até o outro lado do Cáucaso, ocupando ali o extremo horizonte setentrional dos hebreus (Ezequiel 38:15 e 39:2) É assim que Meseque e Tubal são frequentemente mencionados nas inscrições assírias”(Vol. 5, pag. 14).
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Eles eram, principalmente, nômades e vagavam pelo território ao norte do Mar Cáspio e mar Negro. Horódoto, o historiador grego, escrevendo no século V A.C., descreve os Citas como selvagens sanguinolentos, vivendo da pilhagem e da guerra. Ezequiel menciona um grande líder, surgindo dessa região, cujo nome é “Gog” ou “o primeiro príncipe” que aparecerá nos últimos tempos. A Escritura o chama de “o príncipe de Rosh da terra de Magog”. (ver New English Bible e muitas outras traduções). Esse líder denominado Gog parece destinado como o Comandante – em chefe de uma grande confederação de povos. E, de acordo com a profecia, surge determinado a fazer um ataque violento e maligno sobre a Terra de Israel, pouco antes dos eventos finais da história humana. Isto bem poderia ser a espoleta que detonaria a grande e culminante guerra – o Armagedom. Nós, todavia, não estamos entregues à conjuntura humana sobre estes assuntos, pois o próprio Elorrim falou. Observe as Escrituras:
Portanto, ó filho do homem, profetiza e dize à Gog. Assim diz o Senhor Elorrim: Naquele tempo, quando o meu povo de Israel habitar em segurança, não o saberás tu?
E tu virás do teu lugar, das bandas do norte, tu, e muitos povos contigo, todos eles montados a cavalo, uma grande multidão e um poderoso exercito.
E tu te levantarás contra o meu povo de Israel, como uma nuvem a cobrir a Terra; será nos últimos dias, e te trarei a ti contra a minha terra, para que os gentios (nações) possam conhecer-me, quando serei santificado em ti, Ó Gog, diante dos seus olhos (Ezequiel 38:14-16 K.J.V).
Agora surge a pergunta: Quem é esse poder chamado Gog? A Escritura associa Gog com “a terra de Magog”. E os especialistas, geralmente, situam esta na região do Cáucaso. O Dr. L. Sale-Harrison, em seu tratado sobre “A Futura Grande Confederação do Norte” (The Coming Great Northem Confederacy), diz o seguinte:
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“É interessante observar que a própria palavra Cáucaso significa “Forte de Gog”. Gog e Chasan (forte) são duas palavras das quais ela deriva”.
Interessante, deveras! Tão cedo o mundo não se esquecerá da grande máquina de Hitler, quando ela envolveu e subjugou a Europa há muitos anos. Mas ela estava com os dias contados, quando entrou na região do “Fonte de Gog”. Em janeiro de l942, os exércitos nazistas descobriram a força e o terror do “Forte”. Dali foram forçados a retirar-se.
Mas a Escritura fala de Gog como o comandante-em-chefe de uma grande confederação e declara que ele virá “das bandas do norte” ou “das extremas partes do norte” (Revised Standard }Version).
Dentre as traduções recente, quase todas interpretariam “Gog” como o “príncipe de Rosh”. Estamos bem a par dos esforços de algumas pessoas para colocar em descrédito qualquer utilização de Gog ou Rosh. Mas não ousaríamos tratar desta passagem superficialmente. O que está registrado na Palavra de Elorrim requer o nosso estudo cuidadoso. E convém lembrar que nem todos os grandes teólogos vivem nesta geração, nem estão eles vivendo num mesmo país.
Ao longo dos séculos, especialistas piedosos e eminentes escreveram muito a este respeito. Já nos referimos a Robert Lowth, Bispo Anglicano de Londres, cujo posicionamento escolástico nunca foi questionado. Diz ele:
“Rosh, tomado como nome próprio em Ezequiel, significa habitantes da Cítia”
E Gesénius, o famoso e insuperável hebraísta, no seu Hebrew-English Lixicon (dicionário hebraico-inglês) concorda com lowth, declarando que:
“Rosh era uma designação dada às tribos que se encontravam então ao norte das Montanhas Taurus, e que moravam na vizinhança do Volga”.
O Dr. Keil, esmerado especialista alemão, enfatiza que Rosh deveria ser traduzido como nome próprio. Diz ele:
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“Os escritores bizantinos e árabes frequentemente mencionavam um povo chamado Ros ou Rus, que habitavam no país de Taurus e Eram contados entre as tribos Citas”(comentários Bíblico sobre a Torah).
Robert Watson, em sua excelente obra Dicionário Bíblico e Teológico (The Biblical and Theological Dictionary), publicado em l831, afirma a mesma verdade:
“Magog significa o país ou o povo, e Gog o rei desse país; o nome geral das regiões setentrionais da Europa e Ásia, ou os distritos do Cáucaso ou Monte Taurus”(pag. 417).
O espaço só permite a mais breve menção de outros escritores, tais como Heródoto e Plinio e estes dois identificam Magog como a antiga Cítia. O ponto importante desta profecia, todavia, não é tanto a quem ela se aplica mas o que será tentado “nos últimos tempos”.
Falando de Gog e seus confederados, o Senhor diz:
“depois de muitos dias, tu serás visitado” (Ez. 38:8).
A palavra hebraica traduzida por “visitados” é paqad e quer dizer “supervisionar ou inspecionar”. Em poucas palavras, é como se o Eterno estivesse dizendo:
“Nos últimos tempos atrairei a atenção de todos sobre você, Gog”.
Quando o foco de luz da profecia dirige a atenção de todos sobre essa potencia, nós descobrimos mais do que apenas um líder militar. Em vez disso vemos um movimento mundial blasfemo determinado a destruir Israel e a atacar o Elorrim de Israel e a erradicar das mentes dos homens, em todas as partes da Terra, a idéia de Elorrim como uma Divindade Onisciente e Transcendente. Esta potência, Gog, aparece como o inimigo implacável dos judeus e de todos aqueles que depositaram sua confiança no Senhor, nosso criador e Redentor.
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Em 12 de junho de l929, no segundo “Congresso Exclusivo par as Associações de Ateus” realizado em Moscou, Yaroslavsky, Presidente da “Liga dos Ateus Militantes” e como orador principal na ordem do dia, tonitruou em seu discurso: “Nós somos contra Elorrim”. E isso era tanto uma verdade que a filosofia básica desse numeroso grupo não mudou ao longo dos anos. Numa outra ocasião, o mesmo Yaroslavsky expôs o objetivo do movimento com estas palavras:
“Portanto, nós cultivamos nas crianças um ódio pelos laços que a religião impõe. Pedimos, insistentemente, que as crianças lutem contra a religião em qualquer lugar e na família”.
Aí, deveras, está o ateísmo. Mas nenhuma força que se coloca contra o Elorrim de Israel pode subsistir.
A palavra Gog aparece três vezes nas Escrituras e geralmente como nome próprio. Em Ezequiel 38:17, o Senhor Elorrim diz:
“Eu falei nos tempos antigos através dos meus servos, os profetas, os quais profetizaram sem cessar, foi a ti que eu ameacei trazer contra Israel”. (N.E.B.).
Evidentemente alguns profetas anteriores a Ezequiel haviam profetizado, referindo-se o Gog. Num retrospecto até o livro de Números 24:7, Balaão, o profeta, fez predições sobre o futuro de Israel, dizendo:
“O seu rei será maior do que Agague”.
A septuaginta e também o Códex Samaritano traduz “Gog” em vez de Agague. O professor Ralph Earle, em seu recente livro, What Abouth the Second Coming?, na pag. 75, sustenta que “a Batalha de Gog e Magog ocorre depois do milênio. Outros escritores parecem concordar. Mas examinemos o caso.
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Para evitar confusão e ajudar a conseguirmos uma compreensão correta de “Gog” como é usado nas Esceituras, é prudente comparar o “Gog” de Ezequiel com o “Gog” de Apocalipse, pois é mencionado em ambos os livros. Para esclarecer o quadro, façamos sua exposição por contraste. Enquanto os dois são descritos como inimigos de Elorrim e Seu povo, eles se relacionam com acontecimentos distanciados entre si, mil anos no tempo. Aguns mestres sinceros da literatura bíblica, tal com Earle, alegam que, tanto o profeta Ezequiel quanto o profeta João estavam escrevendo sobre o mesmo acontecimento. Mas Ezequiel, especialmente, declara que o “Gog”, de quem ele escreve, fará o seu ataque “nos últimos tempos” (expressão a qual não pode estar em harmonia com depis do milênio), ao passo que João escreve de Gog e Magog no fim do milênio. Observe estes contrastes:
O Gog de Ezequiel, cap. 38, será destruído pouco antes da vingança do Senhor, tempo em que Ele diz: “A Terra estremecerá com a minha presença e as montanhas serão postas abaixo”(verso 20).
O Gog de Apocalipse 20:8-10 será destruído pela intervenção direta de Elorrim no fim do milênio, quando o diabo será “lançado no lago de fogo”(verso 9).
O Gog de Ezequiel vem “das extremas regiões do norte” como líder desafiador de certas nações já citadas e existentes no mundo de hoje (Ezequiel 38:15).
O Gog de Apocalipse 20:8, junto com Magog. “enganará as nações que estão nos quatro ventos da terra” tendo sido ressucitado para o juízo final.
O Gog de Ezequiel 38:7 é o líder de uma grande coalizão de determinadas nações e seus exércitos – “Sê tu comandante para eles” “Tu mesmo serás o comandante deles”(tradução de Fenton).
O Gog de apocalipse 20:7 e 8, claramente, é satanás que lidera a última grande federação de todas as forças que se opõem a Elorrim, forças estas
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de todas as eras e de todos os tempos, enfileirados contra Elorrim no final do milênio. “satanás será solto... e os reunirá para a batalha: o numero dos quais é como a areia do mar”.
O Gog de Ezequiel 38:21,22 será destruído pelas sete ultimas pragas antes da segunda vinda o Messias Yeshua. “Convocarei todo tipo de terror contra Gog...Com pestes e derramamento de sangue iniciarei o julgamento de sangue iniciarei o julgamento dele: e farei chover sore ele e suas hostes... chuvas torrenciais e pedras de granizo, fogo e enxofre.
O Gog e Magog de Apocalipse 20:10 e 14, guiados por Satanás, sitiam a “Cidade Santa”, a Nova Jerusalém. Mas eles e o diabo que os engana, serão lançados no lago de fogo. A morte e o Hades não mais existirão. Esta é a segunda morte.
A interpretação correta das profecias parece requerer que separemos estes dois acontecimentos. Ezequiel estava predizendo acontecimentos que surgiriam antes do milênio, ao passo que os de João deveriam acontecer no fim dos mil anos.
Após a destruição do pecado e dos impenitentes pecadores, o profeta João viu o que muitos outros profetas viram- “um novo céu e uma nova terra”... “e o mar não existe mais”. Pedro fala dos céus desaparecendo “com um grande e estrepitoso estrondo” e declara:
“Os elementos se desintegrarão em chamas, e a terra e tudo o que nela há serão atingidos” (II Pedro 3:10).
Assim como todos os profetas, Pedro aguardava “novos céus e uma nova terra onde habita a justiça”(verso 13). No fim dos mil anos, o Eterno de Israel destrói o autor do mal e todas as suas hostes rebeldes. A controvérsia entre o pecado e a justiça acabará, então, para sempre. Mas, repetimos, isso não acontecerá senão quando se expirarem os mil anos, ao final do milênio, portanto. No próximo capítulo, faremos um breve comentário sobre os aliados de Gog mencionados na Escritura e suas localizações geográficas.
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A grande batalha de Elorrim contra as forças do mal será em duas partes, mil anos distanciadas uma da outra. Em outras palavras, o Armagedom ou “a batalha do grande dia do Elorrim Todo-poderoso” será interrompida pela vinda do Messias, o Rei. Todos os que não estiverem preparados para aquele evento catraclísmico serão “mortos pelo resplendor da sua vinda”(II Tessalonicenses 2:7-9). Então, no fim do milênio, eles, com todos os mortos ímpios, serão ressuscitados para serem julgados (Apoc.20:8-15). Liderados pelo diabo, eles se organizam pra o ataque à Cidade Santa, Gog e Magog ressuscitados, juntamente com todos os ímpios para julgamento final, juntar-se-ão no ataque contra Elorrim e Seu Povo redimido. Mas nós lemos que desce fogo do céu e os destrói. (ver Apoc. 20:9). Este será o fim de todo o mal e rebelião.
Ezequiel e João estavam ambos descrevendo o mesmo acontecimento, mas e duas etapas distintas, Ezequiel 38: l9-22 descreve as condições resultantes das sete últimas pragas antes da vinda de Yeshua O Messias verdadeiro, ao passo que o profeta João descreve o que acontece depois do milênio.
Para podermos “repartir convenientemente a Palavra da Verdade”, devemos estudar revelação divina no seu todo.
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CAPÍTULO XIX
GOG E MAGOG EM CONFRONTO COM O
ISRAEL DE ELORRIM
Shaul (conhecido no Brasil como Paulo), antes da Guerra dos Seis Dias, o Chefe dos Capelães das forças israelenses recomendou às tropas, como oração diária, o Salmo 83:1-5. E durante esta guerra Árabe Israelense nós vimos soldados israelitas fazendo esta oração. Poderia qualquer outra coisa ser mais significativa? Observe estes versículos:
“Não guardes silêncio, ó Elorrim... Pois eis que os teus inimigos se alvoroçam e os que Te odeiam levantam suas cabeças. Tramam astutamente contra o Teu povo... E dizem: Vinde, façamo-los desaparecer como nação; e que o nome de Israel não seja mais lembrado. Pois concordemente deliberaram e fazem aliança contra Ti” (Salmo 83:15) Amplified Bible.
“Enche-lhes o rosto de ignomínia, para que busquem o Teu Nome, Senhor. Sejam envergonhados e confundidos perpetuamente; perturbem-se e pereçam; e reconhecerão que só Tu, cujo nome é Senhor, és o Altíssimo sobre toda a Terra” (versos 16-18).
Nos versículos de 6 a 8, vemos surgir uma grande confederação de dez nações. Isto é profundamente significativo. Muitos especialistas bíblicos famosos estão seguros de que há um elemento profético neste salmo. Há mais de 200 anos, o Bispo Lowth, conhecido como o grande teólogo de Londres, era de opinião que a destruição do antigo Edom “não parece de modo algum igualar-se aos termos desta profecia ou justificar descrição tão rebuscada e tão terrível”. E continua afirmando que “esta profecia tem uma visão que se estende sobre acontecimentos ainda futuros; sobre certas grandes revoluções que ainda deverão acontecer no futuro”. Será que as “grandes revoluções” estariam acontecendo hoje?
Agora voltemos, novamente, nossa atenção para Ezequiel 38 e, com uma visão histórica, examinaremos, de maneira sucinta,os aliados de Gog,
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como foi predito pelo profeta. Observa-lo-emos, na sua ordem, começando com o versículo 2.
“A terra de Magog” foi bem compreendida pelos antigos historiadores. Eles afirmam que os Magogitas dividiam-se em dois povos distintos – o Europeu, conhecido como o Jafético e o Aiático, conhecido como Turaniano ou Turânio. Os gregos e os romanos referiam-se à raça Jafética pelo nome de Sármatas, dos quais os eslavos descendem diretamente. Alguns alegam que são uma mistura de medos e Citas. A área por eles ocupada era, originalmente, aquela imensa reigião ao norte do Mar Negro, que se estendia desde o Mar Báltico até os Urais. O outro grupo, os Turânios, conhecidos como os Magogitas Asiáticos ou Citas, encontravam-se naquele grande planalto da Ásia Central, onde estão estabelecidos, hoje, os Tártaros, os cossacos, os Kalmaks e os mongóis. Toda essa região, durante séculos, foi conhecida como Moscóvia.
A Pérsia é o primeiro país da lista mencionado em Ezequiel 38. Trata-se do atual irã. Poderíamos perguntar-nos por que este país é citado. Uma rápida olhada no mapa revelará como seria mais fácil movimentar um grande exército de infantaria, através da montanha Elburz, na divisa do Irã, do que tentar cruzar o Cáucaso, que separa a Turquia. Não sabemos tudo aquilo que o futuro nos reserva, mas poderia bem ser possível que, antes da grande guerra de que fala a profecia, esse país, embora sendo ariano e não árabe, poderia até mesmo juntar-se ao bloco anti-Israel*. Desde a sua aceitação para ingresso na velha Liga das Nações, em l920, a Pérsia, atualmente Irã, vem crescendo em prestígio tão claramente manifestado, como sua recente celebração nacional, para a qual foram convidados representantes de todas as grandes potências.
A Etiópia é, em seguida, incluída no grupo. Os especialistas insistem que não se trata da Etiópia à qual geralmente nos referimos hoje, mas, antes trata-se da terra de Cuxe (Cush), como registrou Moisés em Gênesis 2:13. Daniel 11:43 menciona Etíopes, mas estes são chamados cuxitas na New English Bible, bem como em outras traduções. Gesênios, no seu Hebrew-English Lexicon, entre outros especialistas, alega que a terra de Cuxe fica na África, ao sul do Egito. Cuxe é uma palavra hebraica traduzida mais de vinte vezes por Etiópia, na King James Version. Para algumas pessoas isto é causa de confusão, mas tudo fica nos devidos lugares, quando
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compreendemos que o profeta falava de Cuxe situada ao sul do Egito, e não do país que, durante séculos, foi a Abissínia e que, hoje, se chama Etiópia.
Líbia ou Pute, como a New English Bible, tem uma longa e interessante história; essa terra é mencionada em Gênesis 10:6 e refere-se a um povo que migrou para uma região a oeste do Egito e compreende hoje as nações do norte da África, tais como a Argélia e o Marrocos. A Versão Septuaginta, tradução realizada por volta do ano 250 A.C., inclui a Líbia com o nome Pute. Josephus e Plínio, ambos situam esse país no norte da África. Toda essa região, hoje parece muito interessada em aliar-se à grande potência do Extremo norte.
Gômer e todas as suas hordas (tropas imensas de nômades mongóis), são mencionados a seguir. Estes, de acordo com os historiadores bíblicos, “estabeleceram-se ao norte do Mar Negro e, depois, espalharam-se para o sul e para o oeste até os extremos da Europa” (Young‟s Analytical Concordance). O Dr. Richard Watson , diz:
“Estes, para os gregos, eram conhecidos como Cimérios**, os quais, nos séculos posteriores, tornaram-se conhecidos como Tribos Germânicas ou Câmbrios ou Gomérios; estenderam-se desde o Pontus Eusinus (antigo nome do Mar Negro) até o Atlântico e, desde a Itália, até o Báltico” (Biblical and Theological Dictionary, pág. 412, Edição de l812).
Mas o Dr. Harry Rimmer declara que, originalmente, eram um povo balcânico que migrou para o sul, lutou com os assírios, depois, dirigiu-se para o norte, seguindo uma outra rota, ocuparam a Capadócia que ficou sendo sua cidadela. Alega-se que o nome armênio para capadócia é Gamir e driva-se do nome Gomer. Pode bem ser o caso.
“Gomer” ou “Guimirrai” eram um povo da região montanhosa da Armênia, de acordo com uma inscrição cuneiforme. No século VII A.C., quase ao tempo de Ezequiel, estas impiedosas tribos de arianos vieram do norte, devastando os lugares por onde passavam, causando grande destruição. Embora o profeta estivesse familiarizado com esse povo, sua profecia, registrada no capítulo 38, tem suas principais aplicações “nos últimos tempos” – uma época muito distante da sua.
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*N. do T.: Ao tempo em que estamos traduzindo esta obra (l987), o Irã sob o regime fundamentalista do Aiatoláh Khomeini, é talvez, o mais ferrenho adversário de Israel do mundo contemporâneo.
**N. do T.: Não confundir com os Sumérios.
Togarma, das bandas do norte, acrescenta ainda mais interesse ao grupo. O já falecido Prof. N. Raymond Edman, Ph. D., especialista e ex-presidente do Wheaton College, no Estado de Illinois, declara que “os ancestrais da moderna Armênia reivindicam que o pai de sua raça, Haik, era o filho de Togarma, e, provavelmente as tribos turcomanas da Ásia Central, junto com a Sibéria, os turcos e os armênios (The Sunday School Times, 10 de Setembro de l921). O Dr. Harry Rimmer diz, em seu livro The Coming War que, “toda literatura armênia faz referência ao país e ao povo como a Casa de Togarma... ligando-os ao neto de Noé”. Conforme eles próprios reivindicam, a fundação da Armênia tem suas raízes nos filhos de Togarma. Gesênios também enfatiza este ponto. A New English Bible fala do esquadrão de Bethtogarma (Casa de Togarma) vindo dos “extremos recônditos do norte” (Ezequiel 38:6). A expressão, portanto, evidentemente inclui um grupo maior do que, apenas, as tribos da Ásia Central.
Até poucos anos atrás, teria sido impossível imaginar uma confederação de povos de tamanha divergência e diferenças como os que estão arrolados no registro de Ezequiel 38. Mas, sob o grito de exortação “Liberdade para os menos favorecidos”, uma revolução mundial parece hoje inevitável. Isso, entretanto, não é novidade, pois, se retrocedermos a l776, Adam Weishaupt organizava a “Ordem dos Illuminati” ou os “Iluminados”, cujo principal objetivo era criar uma “NOVA ORDEM MUNDIAL”, Imensamente diferentes dos padrões sociais conhecidos. As metas dos “Illuminati” poderiam resumir-se sob seis títulos, conforme a historiadora britânica Nesta Webster. Ela coloca a seguinte ordem:
1ª) Abolição da monarquia e de todo governo imposto.
2ª) Abolição de toda propriedade privada.
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3ª) Abolição de toda herança privada.
4ª) Abolição do patriotismo.
5ª) Abolição da família (isto é, do casamento e de toda moralidade e da instituição da educação pública dos filhos.
6ª) Abolição de toda religião.
Tais teorias não eram inteiramente originais no movimento de Weishaupt, mas ele as cristalizou enquanto era professor de Direito Canônico da Universidade de Ingolstad, na Bavária. Mais tarde foi expulso de sua pátria e fugiu para a França, onde se juntou aos livres pensadores e filósofos radicais de Paris. Estas idéias vieram a ser a trama-semente da Revolução Francesa que, não somente destruiu a Monarquia, mas abalou a França até aos próprios alicerces.
Durante essa sangrenta revolução, a Bíblia foi abolida por legislação governamental e as casas de culto foram fechadas. Aqueles anos constituíram-se num período negro da História da França. Após a revolução, porém, o movimento seguiu caminho rumo ao norte e, mais de um século mais tarde, em l9l7, eclodiu-se numa revolução similar que visava à destruição de toda religião. Hibernadas as idéias do professor bávaro, irromperam outra vez sob o nome de “um novo evangelho”.
Em l869, falando pelo seu país, disse o conspirador Bakun:
“Irmãos, vim anunciar-vos um novo evangelho, que deve penetrar até os confins do mundo (revolução mundial). O velho mundo deve ser destruído e substituído por um mundo novo... A mentira deve ser esmagada até extinguir-se e dar lugar à verdade... A primeira mentira é Elorrim (Criador em Hebraico); a segunda mentira é o Direito... e quando tiverdes libertado as vossas mentes do temor de Elorrim e o respeito ingênuo pela ficção do Direito, então as cadeias restantes que vos prendem e que se chamam de ciência, civilização, propriedade, casamento, moralidade e justiça, romper-se-ão como fios de linha... Nosso primeiro
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trabalho deve ser a destruição e a aniquilação de tudo o que agora existe; vós deveis acostumar-vos a destruir tudo, o bom e o ruim, pois, se restar, ainda que seja um só átomo deste velho mundo, o novo nunca será criado (citado em Russain Events in the Light of Bible Prophecy, pág. 39,40 – Fatos Russos à Luz da Profecia Bíblia, por Luis Rauman, a ênfase e nossa).
Rabaund, na época em que a França avançava para a sua revolução, expôs as mesmas idéias, quase palavra por palavra.
Esses princípios, em maior ou menor grau, estão penetrando em todos os países da Terra, hoje. Os métodos mudaram com o passar das décadas, mas os objetivos são os mesmos, com nol-lo diz Nesta Webster:
“Portanto, não é nenhuma teoria fantástica, mas a pura verdade dizer que a atual crise mundial é um conflito entre as forças do bem e do mal. O mundo religioso (e poderíamos acrescentar o judaísmo), é uma fortaleza sitiada, cercada pelas forças das trevas que, já reunidas, preparam-se para supremo ataque” (The World Revolution, págs. 325,326).
Karl Marx foi chamado, com muita propriedade, de “o pai doutrinário” do Socialismo ateu. Mas tudo o que ele fez foi interpretar a “filosofia de Weishaupt” e torná-la mais aceitável. Sobre estas idéias alega-se:
Ajudaram a acender o fogo de todas as revoluções nos duzentos anos desde que foram publicadas pela primeira vez”(Edward Hodrett em The Cultivated Mind, pág. 27).
E, falando de Marx, a mesma escritora declara que os ensinamentos dele tiveram:
“Mais impacto sobre a humanidade do que os de qualquer outra pessoa, com a exceção de Yeshua”(Ibid.).
Há muitos anos, um autor de grande visão, de cujos escritos já fizemos citações, escreveu estas palavras reveladoras:
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“A disseminação mundial das mesmas idéias que conduziram à Revolução Fancesa – todas estão concorrendo para envolver o mundo inteiro numa luta similar à que convulsionou a França”.
Um oficial de alta patente, Comrade Solz, há alguns anos, expôs as metas do seu Partido por meio desta declaração:
“A fé em Elorrim, que seja judaica, quer seja cristã, somente enfraquece a vontade dos homens para a luta. Todos os deuses são o mesmo veneno. Guerra sem clemência deve ser declarada a todos”.
Tal é a blasfêmia ímpia que marcou a história desta crescente oposição ao Elorrim de Israel e a comunidade religiosa, cujo nome foi continuamente profanado por aquele a quem o profeta Ezequiel chama de “Gog”.
O profeta faz mais do que citar os nomes das potências que se unem para atacar Israel nos “últimos tempos”, ele até mesmo revela a estratégia desta confederação que planeja a invasão da Terra Santa. Parece como se exército, marinha e força aérea se unissem. A destruição de Ezequiel é, com certeza, impressionante:
“Subirás e virás como tempestade, serás como uma nuvem que cobre a terra” (Ezequiel 38:9).
A New English Bíble diz assim:
“Subirás, conduzindo-te como uma tempestade; cobrirás a terra como uma nuvem, tu e todos os teus esquadrões, uma grande reunião de nações”.
Ezequiel, naturalmente, nunca havia visto um exército “subir” e “vir como uma nuvem”. Mas a mensagem de Elorrim é muito clara e repleta de detalhes assustadores. Muitos vêem isto como uma previsão de uma guerra aérea. Esquadrões de jatos deixam rastros de fumaça que, não somente se parecem com nuvens, mas, para o profeta, poderiam soar como tempestade. Muitas vezes já ouvimos gigantes aviões, quando ultrapassam a barreira do
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som e, com toda a certeza, soa como o ribombar de um trovão. Ezequiel estava tentando descrever alguma coisa que ele nunca tinha visto nem ouvido. Para a nossa geração, todavia, nada na sua descrição é estranho. E, se esta é uma profecia sobre guerra aérea, então é evidente que Israel não se tornaria uma nação independente até que seus exércitos pudessem subir até os céus.
Agora, observe o versículo 10:
“Assim diz o Senhor Elorrim: Naquele dia terás (o invasor) imaginações no teu coração e conceberás mau desígnio”.
Os maus pensamentos, nós o sabemos, vêm do diabo. Em Apocalipse l6:12-16, lemos a respeito “dos espíritos de demônios”, saindo do dragão, ou diabo, para os reis da terra e de todo o mundo para ajuntá-los para a batalha daquele grande dia do Elorrim Todo-poderoso...E Ele os ajuntou no lugar que, em hebraico, se chama Armagedom”. Essa grande batalha é, realmente, a sexta praga, quando as nações estarão, efetivamente, lutando, ao tempo em que o Messias virá em glória.
Ezequiel 38:11,12 descreve o “mau desígnio” que inspira a invasão. Assim lemos:
“E dirás: Subirei contra a terra das aldeias sem muros, virei contra os que estão em repouso, que vivem seguros, que habitam, todos, sem muros e não têm ferrolhos nem portas, a fim de tomar o despojo e arrebatar a presa”.
No tempo de Ezequiel, povoados e cidades eram cercados com altos muros e pesados portões. Mas, quando esta profecia estiver principiando a acontecer, Israel será um país aberto, cuja propriedade e riqueza serão a inveja e a cobiça de muitas nações.
O versículo 13 é particularmente interessante, porque menciona “Sabá Dedã” e os mercadores do Tarsis. No tempo de Ezequiel não existia a expressão “Mar Mediterrâneo”, ele era conhecido como o mar de Társis (ver mapa antigo). “Os mercadores de Társis” seriam aqueles que
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praticavam o comércio nesse grande mar, especialmente aquelas nações com frotas de “grandes vasos que viajam sobre o mar” (The International Bible Dictionary, Vol. IV, pág. 2775).
A profecia indica que uma determinada grande potência, amiga de Israel, com embarcações de guerra, estará a postos e de prontidão no Mar Mediterrâneo, em caso de algum ataque. E, além disso, uma das potências mencionadas é, claramente, simbolizada por um leão, pois o profeta fala também do “filhote dele” ou, como se lê na tradução de Fenton: “os mercadores de Társis e todos os seus leõezinhos”.
Não é difícil localizar esta potência. Não foi o reino do leão que conquistou o Império Otomano em l9l8? E essa mesma potência empenhou-se na construção de uma “pátria para os judeus” na Palestina. Desde então os judeus de todos os países da terra têm procurado retornar à terra dos seus antepassados. E ninguém negará que a Grã-Bretanha e seus leõezinhos desempenharam um papel fundamental na estabilização do Oriente Médio nestas últimas décadas. Muito embora o equilíbrio de poder haja mudado, em muito, da Grã-Bretanha para os Estados Unidos da América, os mesmos princípios orientadores, no entanto, ainda estão sendo postos em prática. Alguns, até mesmo consideram os Estados Unidos como um reino “leão” pelo fato de ter sido colônia inglesa. Há duzentos anos, a América (E.U.A) rompeu seus laços com a Grã-Bretanha e, desde então, adotou a águia como símbolo. Estas duas superpotências estão relacionadas com o futuro de Israel.
A profecia não somente descobre a estratégia do invasor, mas também dá a localização do Quartel General da confederação de nações. Nos versículos 15 e 16, diz o Senhor:
“Virás, pois, do teu lugar, das bandas do norte” ou “das partes extremas do norte”(R.S.V.). E “Será nos últimos tempos”.
Estamos vivendo hoje nos “últimos tempos” e, “últimos tempos” tinha que existir uma nação chamada Israel ou a profecia teria falhado. A restauração de Israel como nação é, sem dúvida, uma circunstância que acompanha o cenário. E, além disso, os invasores visam a um propósito definido:
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“Tomar despojo, arrebatar a presa e levantar a tua mão contra as terras desertas que acham habitadas”.
Mas o Senhor diz que: “naquele dia, quando vier Gog contra a terra de Israel,...a minha indignação será mui grande” ou “minha ira se acenderá grandemente”(N.E.B.) “E será fortemente sacudida a terra de Israel”, versos 18 e 19.
O que é a “indignação” ou a “ira” de Elorrim? Certas profecias, no livro de Apocalipse fornecem a chave para nossa compreensão. Nos capítulos 15 e 16 lemos sobre as “sete últimas pragas” com as quais “se consumou a ira de Elorrim” (Apocalipse 15:1). O capítulo 16 descreve estes terríveis flagelos. Quando vier a sétima praga, haverá um grande terremoto e grandes pedras de saraiva cairão do céu, cada uma delas pesando até 34kg! “Destruição sobre destruição” é a maneira com que um outro profeta a descreve (Jeremias 4:20-23).
Observe que a descrição de Ezequiel acrescenta outro detalhe:
“Os peixes do mar, as aves do céu, os animais do campo, e todos os répteis que se arrastam sobre a terra e todos os homens que estão sobre a face da terra, temerão diante da minha presença; os montes serão deitados abaixo, os precipícios se desfarão e todos os muros desabarão por terra. Chamarei o terror universal contra Gog, diz o Senhor Elorrim; e a espada de cada um se voltará contra o seu próximo.
Contenderei com ele por meio da peste e do sangue; chuva inundante, grandes pedras de saraiva, fogo e enxofre farei cair sobre ele.
Assim eu me engrandecerei, vindicarei a minha santidade e me darei a conhecer aos olhos de muitas nações, e saberão que eu sou o Senhor” (Ezequiel 38:20-23).
A Escritura torna claro que esta pavorosa destruição virá quando o mundo menos esperar e numa época em que o mundo se encontrar em meio a um movimento universal em busca da paz. A Escritura diz:
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“Quando andarem dizendo: paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição... e de nenhum modo escaparão”(I Tessalonicenses 5:3).
Não será, porventura, a reunião das nações no “lugar que em hebreu se chama Armagedom” (Apoc. 16:16) o clímax de uma série de frustrações quando Satanás, aparecendo como “anjo de luz” e fazendo-se passar pelo próprio Yeshua, declara que veio em cumprimento da promessa da Escritura para trazer a paz universal? Estamos nós preparados para aquele terrível engano, quando Satanás há de aparecer como grande líder, mestre e benfeitor? As Escrituras no-lo dizem que a contrafação será de tal monta que, se fosse possível, “até os próprios eleitos seriam enganados” (Mateus 24:21).
É possível que nem todos estejam sabendo que as forças do ateísmo já assentaram as bases da organização de uma corporação religiosa nova e universal, chamada “A Igreja da Fraternidade Universal”. Tem-se, também, conhecimento de que uma nova Bíblia está sendo preparada e intitula-se Bíblia Universal Evoluída. Nela o relato da criação e da redenção, juntamente com todos os relatos dos milagres, serão eliminados, sendo sua razão principal que, nada que caracterize ou transpareça o transcedental, é aceitável, é aceitável nesta “era científica”. Poderão, então, forjar a aparição de Yeshua, não como o Messias, mas como líder da massa contra “as coisas estabelecidas”. Até mesmo sugerem que a Terra Santa tornar-se-á o Quartel General de tal tipo de Organização Mundial. Tudo isso está sendo feito sob a direção de um plano abrangente para desenvolver, dizem, a “Ordem Social do Reino de “Deus”.
Acontecimentos tremendos estão para ocorrer em nosso mundo e somente aqueles que conhecem a Palavra de Elorrim, aqueles a quem o Senhor chama de “os filhos da luz” (I Tess. 5:5), serão protegidos dos grandes ardis e enganos que escravizarão o mundo. Naturalmente, nada será tão bem vindo como um plano que pudesse assegurar a paz mundial. Porém, se tal plano é perpetrado por forças diabólicas e em provocação ao Elorrim Vivo, o resultado somente poderá ser trágico. Observe estas solenes palavras de advertência:
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“Acautelai-vos... para que aquele dia não vos pegue de surpresa como o disparar de uma armadilha, pois há de sobrevir a todos os que vivem na face da Terra” (Lucas 21:34,35 – tradução de Phillips).
Arnold Toynbee, em seu livro An Historian‟s Approach to Religion, descreve esta tendência rumo a um governo mundial nesta afirmação franca e com palavras diretas:
“Podemos prever que, quando, de fato, surgir um governo mundial, sua necessidade terse-á tornado tão desesperadora que a humanidade, não somente estará pronta para aceitá-lo... mas também o divinificará...
O virtual culto que foi prestado a Napoleão, Mussolini, Stailin, Hitler e Mão Tse Tung, indicaram o grau de idolatria que seria o prêmio de um “Cezar” americano ou russo que, de fato, tivesse o êxito de dar ao mundo uma paz permanente a qualquer preço”.
Um outro autor, investigando o futuro, escreveu a seguinte descrição:
“Os anjos caídos formam confederações com os homens maus. Neste século o Anti-Mashiach (anti-Salvador, que se opõe a tudo que é Santo) aparecerá como o verdadeiro Salvador e então a Lei de Elorrim será inteiramente anulada nas nações de nosso mundo.
A rebelião contra a Santa Lei de Elorrim amadurecerá plenamente. Mas o verdadeiro líder de toda essa rebelião é Satanás, vestido como anjo de luz. Os homens serão enganados e exaltá-lo-ão ao lugar de Elorrim e deificá-lo-ão” (evangelism, págs. 365,366).
É significativo que um historiador mundialmente famoso e autor bíblico de renome previu a mesma coisa e usou a mesma expressão sobre a deificação da Potência Mundial que ainda está para surgir. Num programa radiofônico, Toynbee disse:
“Pressionando a construção, cada vez maior, de armas letais sobre a humanidade e, ao mesmo tempo, fazendo com que o mundo fique, cada vez mais, interdependente economicamente, a tecnologia levou a humanidade a um grau tal de angústia que o mundo já está preparado
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para a deificação de qualquer “César” que possa ter êxito em dar ao mundo unidade e paz”.
Historiadores, filósofos e jornalistas estão prevendo as mesmas coisas que os profetas da antiguidade predisseram! Em virtude de sua localização geograficamente estratégica, a Terra Santa, antigamente, se tornou uma ponte natural, terrestre, entre os três continentes – Europa, Ásia e África. Consequentemente, a Palestina tornou-se o campo de batalha de exércitos em contenda durante milênios. Nas últimas décadas, todavia, Israel transformou-se em um centro econômico próspero, cultural e religioso. Um lugar para o qual convergem os olhos do mundo.
Que haverá uma reunião de muitas nações, chefiada por um grande e poderoso líder nos “últimos tempos”, está claramente predito pelos profetas. Através de Joel, o Senhor diz:
“Apressai-vos e vinde todos os povos em redor e congregai-vos no vale de Josafá; porque ali me assentarei para julgar todas as nações”.
E, novamente, através do profeta Ezequiel, o Senhor diz:
“Minha ira se acenderá”.
Depois, Ele continua dizendo:
“Naqueles dias haverá um grande tremor de terra na terra de Israel”(verso l6).
O grande terremoto citado na profecia de Apocalipse l6, o maior terremoto de todos os tempos, está associado com a vinda do Rei Messias à Terra. Observe como Ezequiel descreve esta cena terrível:
Os peixes do mar, as aves do céu, os animais do campo e todos os répteis que se arrastam sobre a terra e todos os homens que estão sobre a face da terra, tremerão diante da minha presença; os montes serão deitados abaixo, os precipícios se desfarão e todos os muros desabarão
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por terra. Chamarei o terror universal contra Gog, diz o Senhor Elorrim; e seus homens voltarão suas espadas uns contra os outros.
Contenderei com ele por meio da peste e do sangue; chuva inundante, pedras de granizo pesadas como rocha; fogo e enxofre farei cair sobre ele, sobre suas tropas e sobre os muitos povos que estivessem com ele.
Assim eu me engrandecerei, vindicarei a minha santidade e me darei a conhecer aos olhos de muitas nações, e saberão que eu sou o Senhor” (Ezequiel 38:20-23).
A Versão King James (KJV), diz:
“Todos os homens, na face da terra, tremerão com a minha presença”.
Esta, é, seguramente, a “Batalha do Grande Dia do Elorrim Todo-poderoso”, descrita em Apoc. 16:14, no fim dos tempos, quando vier o Messias. E será maior do que uma questão militar num pequeno canto do sudoeste da Ásia; será uma contenda mundial, liderada por demônios que reunirão todas as nações da terra e, liderando-as, farão entrar numa guerra contra o Eterno Elorrim. Não é difícil de se considerar isto como o clímax na grande controvérsia iniciada por Lúcifer há muito tempo no próprio quartel general do Universo. Esse conflito não se restringirá a um determinado país isoladamente. As conseqüências são muito maiores do que geralmente se imaginam. As escrituras indicam que todas as nações, na face da terra, estarão envolvidas. Como já vimos, a palavra polemos, que é traduzida por “batalha” em Apoc. 16:14 é, mais frequentemente traduzida por “guerra”. O Armagedom será uma rebelião de inspiração diabólica contra Elorrim. Será uma guerra até à morte e tão terrível será o morticínio que o profeta Jeremias se refere a ele com as seguintes palavras:
“Não serão pranteados, nem recolhidos, nem sepultados”(Jeremias 25:33).
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Repetimos, será uma guerra mundial liderada pelo diabo. Mas eis a promessa de Elorrim:
“O Senhor será o refúgio do seu povo e a fortaleza dos filhos de Israel”(Joel 3:16).
“Anjos, que excedem em poder, protegerão aqueles cujos nomes estão no Livro da Vida”. Salmo 9l é um quadro maravilhoso do cuidado de Elorrim durante aquele pavoroso holocausto.
“caiam mil ao teu lado e dez mil à tua direita, mas tu não serás atingido” (Salmo 91:7).
Assim como Israel foi, outrora, protegido durante as pragas, no antigo Egito, também Elorrim cobrirá de proteção todos aqueles que nEle depositam a sua confiança. Diz Ele:
“Com os teus olhos contemplarás e verás o castigo dos ímpios...
Nenhum mal te sucederá, praga alguma chegará à tua tenda (habitação)”(Salmo 9l:7,11).
Nada, em toda a história humana, poderá comparar-se com o que o mundo verá, quando o nosso Messias vier em “poder e grande glória”. Mas, para aqueles que rejeitaram a sua graça, nada, desde os dias de Noé, será tão aterrador, pois o próprio Senhor comandará a batalha. Raios violentos saltam do céu enquanto que estrépitos e ribombantes trovões, misteriosos e aterrorizantes, vão rompendo os céus com grande ferocidade. Tomados de abjeto temor, os ímpios fogem aterrorizados, procurando esconder-se da resplandecente presença dEle, pois “só o Senhor será exaltado naquele dia”(Isaías 2:l7). Mesmo com a natureza em completo distúrbio, aqueles que aceitaram a Salvação, elevarão este cântico de triunfo:
“Elorrim é nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações. Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne, e os montes se abalem para o meio dos mares”(Salmo 46:1 e 2).
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Somente aqueles que O conhecem o “seu Refúgio”, terão amparo e proteção, quando a Terra se transtornar, abalando-se em ruínas. Naqueles indescritíveis “dias de tribulação”, o Eterno diz:
“Teu povo será salvo, todo aquele que for achado inscrito no Livro”(Daniel 12:1).
Caro amigo, o seu nome está escrito nesse Livro? Será tarde demais, quando a batalha final começar, mas você ainda pode ter o seu nome inscrito nesse Livro, antes que ele se feche para sempre. Aqueles, cujos nomes estivessem inscritos nele, serão salvos naquele grande dia. Serão livrados naquele dia, não porque são judeus ou gentios, não porque são brancos ou pretos, nem mesmo porque são bons cidadãos, pagam seus impostos e vivem honradamente, mas, porque aceitaram a graça de Elorrim. O Armagedom não reserva nenhum terror para aqueles que “habitam à sombra do Todo-Poderoso”. A promessa é: “A Sua Verdade será teu pavês e escudo”(Salmo 9l:4).
Por meio de Isaías, o Senhor nos diz:
“Abri vós as portas, para que entre a nação justa, que guarda a fidelidade”(Isaías 26:2).
Caro amigo, você está guardando a fidelidade? Você deseja, ardentemente, ser resguardado e protegido naquele dia terrível? Então, você deve preparar-se agora. A Escritura diz:
“Eis, agora, o tempo sobremodo oportuno; eis agora o dia da salvação”(II Coríntios 6:2).
O diabo, em breve, mergulhará o mundo em um holocausto de destruição muito mais terrível do que o que devastou Jerusalém no ano 70 da nossa era. E isso não se restringirá a uma determinada cidade ou mesmo a uma determinada nação, pois todos os povos e todas as nações do mundo
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estarão envolvidos. Mas, quando a conflagração estiver no auge, o Rei dos Céus aparecerá comandando os exércitos celestes. Diz o profeta Joel:
“Para ali, ó Senhor, faze descer os teus valentes”(Joel 3:11).
Os anjos de Elorrim, os Seus valentes (poderosos soldados), estarão ali, não somente para reprimir as forças das trevas, mas também para proteger os filhos da luz.
Alguém disse muito propriamente que “o próprio Elorrim tem uma parte a desempenhar na Batalha do Armagedom”. Certamente, que tem. E, naquele encontro final com a as forças do mal, não haverá posição de neutralidade; todas estarão de um ou de outro lado. De que lado estará você? A sua vida eterna dependerá da sua resposta.
Passemos agora das cenas trágicas do Dia do Juízo para uma visão da glória futura do Dia de Elorrim – o dia pelo qual tanto ansiaram os profetas de todos os tempos.
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CAPÍTULO XX
O FANTÁSTICO FUTURO DO
ISRAEL VERDADEIRO
“Por amor de Sião não me calarei,
Por amor de Jerusalém não me aquietarei
até que a sua justiça refulja como o nascer do sol,
e sua salvação como uma tocha acesa até que
as nações vejam o triunfo da justiça e todos
os reis vejam a sua glória.
Então serás chamada por um novo nome
que o Senhor pronunciará com sua própria boca;
serás uma coroa de glória na mão do Senhor,
um diadema real na mão de Elorrim.
Nunca mais te chamarão: Desamparada.
Nem jamais chamado será o teu nome: Desolada,
mas chamar-te-ão Hephzibah (o meu deleite está nela)
e a tua terra Beulah (desposada), pois o
Senhor se deleita em ti e a Ele a tua
terra se desposou...e o teu Elorrim se alegrará
de ti como o noivo se alegra da noiva
”. (Isaías 62:1-5).
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Como se entusiasmavam os profetas, quando recebiam a visão do futuro! Sim, o Israel verdadeiro de Elorrim tem um futuro – um fantástico futuro. O Plano eterno de Elorrim para o Seu povo e para o próprio mundo, está retratado, claramente, nas Escrituras e incomensurável é a extensão e amplidão do seu significado.
A orientação da fé de Israel sempre abrangeu o futuro. Para os profetas, o passado foi apenas o prólogo do que ainda estava por vir. Um governo de justiça da parte de Elorrim na terra é o que proclamavam, quando, solenemente, assumiam sua posição, quais sentinelas a postos no alto das muralhas, fazendo soar suas trombetas.
A expressão “até que” parece estar registrada, como inscrições gravadas, ao longo de todo o Velho Testamento. Daniel descreveu um poder destruidor e impiedoso que se oporia ao Povo de Elorrim “até que”. O profeta, a respeito desse poder, declarou:
“Fez guerra contra os santos e contra eles prevaleceu, até que veio o Ancião de dias e fez justiça aos santos do Altíssimo”.
Culminou sua descrição dizendo:
“Veio o tempo em que os santos deviam possuir o reino” (Daniel 7:22).
Ora, quem são estes “Santos” ? Eles são o Israel verdadeiro de Elorrim, aqueles que aceitaram a Sua graça e encontraram a alegria da salvação. O profeta fala, ainda, da grandeza que eles têm por herança:
“O reino e o domínio e a majestade dos reinos, debaixo de todo céu, serão dadas ao povo dos santos do Altíssimo, e seu reino será um reino Eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão...”(Daniel 7:27).
A New English Bible, traduz assim:
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“O poder, a soberania e a grandeza de todos os reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo”.
QUADROS PROFÉTICOS DO FUTURO
As Escrituras não nos dão idéias estreitas do futuro de Israel, longe disso. Falando pelo profeta Miquéias, o Senhor disse:
“A ti, ó terre do rebanho, monte da filha de Sião, a ti virá; sim, virá o primeiro domício, o reino da filha de Jerusalém”.
Qual foi esse “primeiro domínio” ? Será que ele se restringiria a uma estreita faixa de terra, de dimensões tão pequenas, no litoral leste do Mar mediterrâneo? De modo algum. Foi o mundo. O domínio e a soberania dados à família humana pelo Criador estão compreendidas dentro desta promessa de um domínio restaurado. No princípio da criação o Senhor falou:
“Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a Terra, e sobre todos os répteis que rastejam pela terra” (Gênesis l:26).
Repetimos, o domínio original do homem era um domínio que envolvia o mundo inteiro. Assim, quando o Eterno Elorrim restaurar o reino em sua plenitude, será este um domínio universal, como disse o anjo Gabriel ao profeta Daniel:
“O reino e o domínio, e a grandeza do reino debaixo de todo o céu, serão dados ao podo dos santos do Altíssimo”.
Esta foi a promessa feita a Abraão. Diz a Escritura;
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“Abraão... coube a promessa de ser herdeiro do mundo”(Romanos 4:13).
(“A Abraão... foi feita a promessa de que oi mundo seria sua herança”(Idem, N.E.B.).
E esse mundo do futuro será um mundo estabelecido sobre os fundamentos da retidão e da justiça. Será um mundo de paz e prosperidade. Leia o Salmo 89 e procure compreender a inspiração desse antigo hino Hebreu. Tudo isto estava contido nas bênçãos da Aliança, como exclama um dos sábios daquele tempo:
“Deveras há um futuro, e a tua esperança não será frustrada”(Provérbios 23:l8, R.S.V).
“Pois eu é que sei os planos que tenho para vós, diz o Senhor, planos para a paz e não para o mal, para dar-vos um futuro e uma esperança”(Jeremias 29:11, R.S.V.).
Quanto consolo trouxeram tais promessas aos exilados de Babilônia! Nenhuma religião fora de Israel possuía base tão firme para uma esperança no futuro.
Mesmo durante as mais horrendas perseguições, Israel manteve sempre acesa a chama da esperança. Quando todo o futuro parecia tétrico e cheio de maus presságios, ainda ouvimos o profeta, dizendo ao seu povo:
“Esperei no Senhor que esconde o Seu rosto da casa de Jacó e a Ele aguardarei”(Isaías 8:17). (“Esperarei pelo Senhor, que esconde o Seu rosto da casa de Israel; nele esperarei”R.S.V).
Ás vezes, temos a impressão de que a própria História zombou da fé de Israel e muitos deles gritaram em angústia e aflição:
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“O meu caminho está encoberto ao Senhor, e o meu direito passa despercebido ao meu Elorrim”(Isaías 40:27).
Mas o profeta da esperança trouxe a certeza da vitória numa linguagem tão majestosa como esta:
Mas os que esperam no Senhor renovam suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam”(Isaías 40:31).
Quão maravilhoso foi a contribuição dos hebreus para a literatura mundial! Sua poesia pulsa incessantemente com a esperança e a promessa. Mas os eventos do futuro lograrão alcançar todas as predições do passado. Aquilo que os profetas viram em suas visões e as registraram nas Escrituras, está para acontecer. E será algo muito diferente das distorções, corrupções e fracassos que envolveram tantas páginas da história de Israel e do mundo.
O imenso cenário, que será palco da nova atividade escatológica de Elorrim, como nos dizem as Escrituras, é cheio de inspiração. Procure acompanhar a cadência destes versos líricos, quando o Universo inteiro estiver enlevado com a visão da alegria eterna:
“Eles levantaram a voz e cantam com alegria por causa da glória do Senhor” (Isaías 24:24).
“Regozijo e alegria se acharão nela, ações de graça e som de música”(Isaías 51:3).
“Os resgatados do Senhor voltarão e virão a Sião com cânticos de júbilo; alegria eterna coroará suas cabeças; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido”(Isaías 35:10).
Os primeiros três capítulos da Bíblia contam a história da Criação e como entrou o pecado no mundo. Depois, em contraste, os últimos três
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capítulos desdobram o plano de Elorrim para erradicar o pecado e os pecadores e predizem a recriação da nossa Terra. Entre as mais sublimes afirmações já proferidas e escritas, encontram-se estas palavras dos livros de Isaías e Apocalipse:
“Eis que crio novos céus e nova Terra: e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas”(Isaías 65:l7).
“Vi um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe... E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas”(Apocalipse 21:5).
A Bíblia não diz “faço todas as coisas novas”, mas sim, “faço novas todas as coisas”.
Isto será uma recriação. Já sem campos de batalhas e sem guerras, a Terra será recriada. Cintilará outra vez com a glória que tinha, quando iniciou sua jornada orbital no espaço. E esta terra renovada, com a plenitude da beleza edênia, será a morada do verdadeiro Israel de Elorrim. Será muito diferente do mundo que conhecemos hoje, pois naquela Nova Terra, “nenhum morador dirá: enfermo estou” (Isaías 33:24) e “nunca mais se ouvirá de violência em tua terra”(Isaías 60:18).
Podemos nós imaginar um mundo sem violência, sem polícia, sem prisões, sem médicos, sem hospitais, um mundo em que a dor e a tristeza, a morte e a destruição já não existem mais? Este é o quadro que Elorrim nos apresenta sobre o futuro de Israel, dizendo:
“O meu povo habitará em moradas de paz, em moradas bem seguras, e em lugares quietos e tranqüilos”(Isaías 32:l8).
“Porque o Senhor será a tua luz perpétua, e os dias do teu luto findarão. Todos os do teu povo serão justos”(Isaías 60:20,21).
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Mais maravilhosa ainda é a promessa de que o próprio trono de Elorrim será estabelecido na Terra Renovada. Observe estas maravilhosas palavras:
“Porque, como os novos céus e a nova terra que hei de fazer estarão diante de mim, diz o Senhor, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome. E será que de uma lua nova a outra, e de um sábado a outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o Senhor”(Isaías 66:22,23).
O trono de Elorrim e do Cordeiro estará ali, e os seus servos O servirão. Vê-lo-ão face a face...E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Elorrim os alumia; e reinarão para todo o sempre”(Apoc. 22:3-5).
Aqueles que amam e servem ao Senhor, aqueles cujos pecados foram perdoados, poderão vislumbrar beleza que vão além da fé – flores que nunca fenecem, grutas que não se deterioram, campos de verde puríssimo e música que jamais desafina. Naquela terra onde os braços se abrem com amor e fraternidade, abandonaremos, definitivamente, os nossos cuidados e tomaremos posse da coroa da vida imortal, nossa peregrinação terá chegado ao fim, nossa fadiga terminada para sempre.
Bem seguros, na companhia de Elorrim e dos Seus anjos, descansaremos às margens verdejantes do Rio da Vida que corre através da Cidade pela qual Abraão aguardava ansiosamente, quando deixou as veredas do comércio e do pecado, para obedecer ao chamado de Elorrim. A Escritura nos diz:
“Abraão partiu de sua terra sem saber para onde ia... pois aguardava a cidade de firmes fundamentos, cujo arquiteto e construtor é Elorrim”(Hebreus ll:8,l0).
Seu objetivo não era, simplesmente, uma das cidades do Oriente Médio, mas a Cidade Eterna, a Cidade Santa, a Nova Jerusalém, a cidade que João viu “descendo do céu, da parte de Elorrim, a qual tem a glória de Elorrim e... como pedra de Jaspe cristalina” (Apoc. 21:10 e 11). O Jaspe,
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conforme autoridades no assunto, era o antigo nome para o diamante. Procure imaginar uma cidade com o reluzir de vivíssimo fulgor como um diamante na sua pureza! A descrição do profeta de Patmos sobre esta futura metrópole é emocionante na sua beleza:
“A estrutura no muro é de Jaspe; também a cidade é de ouro puro, semelhante a vidro límpido. Os fundamentos do muro estão adornados com toda espécie de pedras preciosas. O primeiro fundamento é de Jaspe; o segundo, safira; o terceiro, calcedônia; o quarto, esmeralda; o quinto, sardônica; o sexto, sárdio; o sétimo, crisólito; o oitavo, berilo; o nono, topázio; o décimo, crisópraso; o undécimo, Jacinto; o duodécimo, ametista”(Apoc. 21:18-20).
Tal é a visão impressionante cidade, onde o verdadeiro Israel de Elorrim se reunirá, semana após semana, para adorar Aquele cujo amor e cuja graça tornaram isto possível. Se quisermos cantar a canção do jubileu, juntamente com os milhões de remidos de Elorrim e partilhar da sua alegria perpétua, devemos atender ao chamado de Elorrim, como o fez Abraão. No seu tempo, a mensagem era uma ordem: “Vai”. A última mensagem de Elorrim, em nossos dias, é “Vem”. “Retirai-vos dela, povo meu” (Apocalipse l8:4), e, “vinde, porque tudo já está preparado”(Lucas l4:l7). Esta mensagem está sendo levado a todas as noções da Terra. A certeza da mensagem de esperança da parte de Elorrim, resume-se nestas palavra:
“Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente venho sem demora. Amém. Vem, Senhor Yeshua”.
Deste maneira encontra-se o livro da Inspiração. Finaliza com esta que é a mais maravilhosa de todas as promessas. Breve cantaremos um cântico de triunfo, um hino nunca antes conhecido e inédito. Será uma soleníssima antífona de louvor que, brotando nos corações transbordantes de gratidão, subirá aos céus. Enquanto isso a glória de Elorrim, com imenso fulgor, desce sobre a multidão imortal.
E, nessa terra de alegria e glória, partilharemos a companhia, com a perfeição da sociedade celestial – de Abraão, Isaque e Jacó; José, Moisés e
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Jeremias; Noé, Davi e Jô; Miriam, Ester e Isaías; profetas, apóstolos, mártires – todos estes estarão lá. E, com eles, os inúmeros milhões daqueles de que nunca tivemos conhecimento, daqueles fieis anônimos, mas que foram remidos pela graça do Elorrim de Israel. Sim, eles estarão lá. Nós, também, deveremos estar lá. Haveremos de ver o ermo e o deserto florindo em júbilo e desabrochando como a rosa. Aqueles que anseiam por aquele perpétuo dia de alegria e júbilo, o nosso Redentor diz:
“Fortalecei as mãos trementes e firmai os joelhos vacilantes.
Dizei aos desalentos de coração: Sede fortes, não temais. Eis o vosso Elorrim. A vingança vem, a retribuição de Elorrim; Ele vem e vos salvará.
Então se abriram os olhos dos cegos, e se desimpedirão os ouvidos dos surdos; os coxos soltarão como cervos,e a língua dos mudos cantará; pois águas arreben- tarão do deserto e ribeiros no ermo.
Ali, não haverá leão, animal feroz não passará por ele, nem se achará nele; mas os remidos andarão por ele.
Os resgatados do SENHOR voltarão e virão a Sião com cânticos de júbilos; alegria eterna coroará as suas cabeças; gozo e alegria alcançarão,e deles fugirá a tristeza e o gemido” (Isaías 35: 3-10).
Que quadros maravilhosos os profetas descrevem de Israel na eternidade,quando o Israel celestial se tornar a metrópole na Nova Terra e os salvos de todas as nações formarem o Israel de Elorrim. O que está ocorrendo na Terra Santa atualmente não é nada em comparação com o que em breve haverá de acontecer,quando o Senhor surgir para lutar contra aqueles que profanam o Seu Nome e matam o Seu Povo. Observe estas palavras,citadas por um dos cientistas, tirados dos
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escritos de E. G. White, uma das mais impressionantes escritoras do mundo:
“Breve será travada a batalha do Amargedom. Aquele em cujas vestes está escrito o nome Rei dos reis e Senhor dos senhores, breve virá o comandando os exércitos do Céu”(The Time of the End, pág.165).
Quando chegar o aquele terrível dia, a situação de cada indivíduo sobre a face da terra já estará definitivamente fixada. Mas,lembre-se
“Este é o tempo sobremodo oportuno; hoje é o dia da salvação”( II Coríntios 6: 2).
Para que tenhamos a certeza da salvação, não necessitamos de fórmulas complicadas – tudo o que temos a fazer é receber o que o Eterno Elorrim nos oferece. Diz Ele:
“Eu, Eu mesmo,Sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não Me lembro”(Isaías 43: 25).
Este é o chamado de Elorrim. Este chamado tem ecoado, com o fluir do tempo, ao longo dos séculos, mas hoje nós o ouvimos como um imperativo:
“Olhai para mim e sede salvos, vós, todos os termos da Terra”.(Isaías 45 :22).
Os acontecimentos de nossa geração fazem ecoar a mensagem solene de que o Dia do Senhor está próximo, iminente. Breve será tarde demais. A mensagem de Elorrim através do profeta Sofonias vem com especial significado para os nossos dias:
“Concentra-te e examina-te, ó nação que não tens poder, antes que saia o decreto...,antes que venha sobre ti o furor da ira do SENHOR. Sim,antes que venha sobre ti o dia da ira do SENHOR.
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Buscai ao SENHOR, vós, todos os mansos da Terra... porventura lograreis esconder-vos esconder no dia da ira do SENHOR”(Sofonias 2: 1-3).
Embora aquele dia seja um dia de destruição para aqueles que não estão preparados, será o dia da libertação para o verdadeiro Israel de Elorrim. Quando aqueles que esperam no Senhor contemplarem Sua glória, no dia em que Ele vier com os Seus santos anjos,eles proclamarão o seu júbilo e cantarão com espírito de vitória.
“Eis que este é o nosso Elorrim, a quem esperávamos, e ele nos salvará, este é o Senhor a quem aguardávamos, na sua salvação exultaremos e nos alegraremos”(Isaías 25:9).
Horácio Bonar, o velho santo escocês do século passado, quando teve a visão daquele dia de vitória que está por vir, expressou esta tremenda verdade:
“Ergue-te, filho de Judá;
Acorda-te agora e canta;
Chegou o reino de júbilo,
Chegou o grande Rei.
Tua longa noite de dores
E de injustiça está terminando.
Para a vergonha, há glória;
Para o pranto, uma canção.
Está raiando o novo dia,
Vai refulgindo o novo sol;
Sorrindo está o novo verde da natureza.
O novo tempo principia.”
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E esse “novo tempo” continuará por toda eternidade. Isaías, o maior dos profetas do evangelho, chega a culminar sua mensagem com estas palavras:
“Porque, como os novos céus e a nova terra que hei de fazer estarão diante de mim,diz o Senhor, assim estará a vossa posteridade e o vosso nome.
“E será que, toda a humanidade virá a adorar perante mim, diz o SENHOR”(Isaías 66:22,23 N.E.B.).
Que futuro fantástico haverá de ser! E isso não virá por meio de conquistas, nem pela inteligência ou pelos engenhos do homem, mas pela copiosa graça do Elorrim de Israel- o Elorrim de todas as nações do mundo. Louvor seja dado a Ele pelo seu incomparável amor e poder de salvação.
Que grande e maravilhoso culto será, quando o Grande Pastor de Israel conduzir Seu rebanho às fontes da água viva e alimenta-lo com os frutos da árvore da vida!
Robert Burns, poeta e filósofo escocês, não conseguia ler as maravilhosas palavras encontradas em apocalipse 7:16,17 e 21:4 sem lágrimas de emoção. Ele tinha uma mente privilegiada, mas fora abalado pelas tempestades da paixão e sua alma corrompeu-se com o pecado. Mas,no fundo de sua alma,como acontece com muitas pessoas, havia uma fome ou ânsia de Elorrim. Sentado,e com a cabeça apoiada entre as mãos, podia ler através de suas lágrimas: “Jamais terão fome, nunca mais terão sede... E Elorrim lhes enxugará dos olhos toda lágrima. E a morte já não mais existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram”.
Dentro em breve o Messias aparecerá com todos os seus poderosos anjos. Rodeado de todas as glórias do Céu, Ele virá como “Rei dos reis e Senhor dos senhores”.O profeta também diz: “Na sua cabeça a muitos diademas” e “Ele está vestido com um manto tinto de sangue”.(Apocalipse 19:12,13).Por que sangue? Porque sangue foi o preço de nossa redenção.Quando Aarão,como um tipo nosso grande Sumo Sacerdote – Messias foi consagrado, suas vestes foram “aspergidas com sangue” (Levíticos 8:30). Assim,o nosso Messias,obtida a nossa eterna redenção
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pelo sacrifício de Si próprio (Hebreus 9:11,12) terminar o Seu ministério intercessório e vier buscar a todos aqueles que fizeram Aliança com Ele por meio de sacrifício (Salmos 50: 5).Ele trará consigo o penhor de nossa compra- Suas vestes manchadas de sangue.
Como o sangue é precioso, quando a vida está em jogo!Um robusto e forte garotinho de quatro anos brincava com sua bola e esta, de repente, aos saltos foi parar na rua. Sem se importar com o tráfego, saiu correndo para recuperá-la, quando foi atropelado por um carro que passava. Ouvindo o seu grito a mãe saiu para socorre-lo.O menino sangrava profusamente.Enquanto era levado as pressas para o hospital,seu pai foi informado.A chance de sobrevivência que os médicos lhe deram mal chegava aos cinqüenta por cento.A única maneira de salva-lo seria com transfusão de sangue.(isto aconteceu nos primeiros tempos deste método de tratamento).Fizeram o teste do sangue do seu pai,mais não era do tipo certo.O tipo sanguíneo do menino era muito raro,mas, felizmente sua mãe possuía o mesmo sangue.Eles retiraram meio litro do seu sangue e,após a transfusão,a criança reanimou-se.Alguns dias depois,porém, o médico disse: “Seu filho está começando a decair.Espero que possamos achar alguém com o tipo de sangue de que necessitamos”.Fizemos anúncios, mas nenhuma das pessoas que compareceram possuía o tipo sanguíneo correto. Assim, a mãe suplicou ao medico para que ela mesma fosse à doadora. “Você não é forte o bastante para que lhe tiremos mais sangue”, disse ele. Mas ela insistiu que ele tirasse o seu sangue para que seu filho pudesse viver. Então ele disse: “Bem, eu tirarei, mas a senhora deve prometer-me que vai permanecer em repouso durante uma semana”.
Contristado, o médico comunicou-lhe mais tarde que a saúde do menino declinava e que o hospital não conseguia encontrar ninguém com o tipo certo do sangue necessitado. A mãe ajoelhou-se aos seus pés, suplicando- lhe que tirasse mais do seu sangue. “Tirarei um quarto de litro, mas sei que, realmente, não deveria fazê-lo”. Novamente a criança reanimou-se. Logo o médico voltou com o mesmo triste diagnóstico – o menino estava definhando. Entretanto assegurou aos pais que havia dado ordens para que, tão logo alguém aparecesse com o seu tipo de sangue, eles deveriam ministrar a transfusão imediatamente.
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Na manhã seguinte, depois que o marido saiu para o trabalho, a mulher levantou,vestiu-se e telefonou chamando um táxi. “Leve-me ao barbeiro mais próximo”, disse ela ao motorista. Lá chegando, disse: “Espere aqui por mim”. Ela entrou e disse ao barbeiro: “ Faça-me um corte de homem”. Feito isto, entrou no táxi e retornou a casa. Ali ela vestiu um terno do marido, calçou os sapatos dele e colocou o seu chapéu. Em seguida chamou um outro táxi e determinou ao motorista que a levasse ao hospital. Entrou na fila dos que esperavam para fazer o teste sanguíneo. Quando um dos internos examinou o sangue dela, dirigiu-se ao chefe da equipe médica e disse: “Há um homem aqui que tem exatamente o tipo de sangue que estamos procurando”. “Tire meio litro de sangue dele e passe-o para o menino imediatamente”, disse o médico.
Feito isto, os médicos prosseguiram com o seu trabalho. Porém, logo uma das enfermeiras disse: “Os senhores ficaram sabendo daquele homem de quem tiramos sangue e desmaiou? Agora está em coma”.
O médico entrou e disse: “Tirem-lhe a roupa e coloquem-no na cama”. Quando começaram a despi-lo, descobriram que era uma mulher. Suspeitando que se tratasse da mãe do menino, chamaram o médico. Quando ele veio, viu imediatamente que era de fato a mãe. Vagarosamente, quase reverentemente, disse ele: “Ela morrerá”. Indo ao quarto do menininho, não o viu deitado mas , fraco demais para mover-se, estava em pé agarrado ao berço,dizia: “Eu quero a minha mãe, eu quero a minha mãe”. Caminhando até ele o médico disse: “Filhinho, você viverá, mas sua mãe vai morrer”.
Mandou chamar o pai e lhe disse o que acontecera. Depois, disse ao interno: “Dê depressa aquela mãe um estimulante a fim de que ela possa, antes de morrer, ver o seu filho com vida”. O estimulante foi aplicado e logo ela reanimou bastante e abriu os olhos. O que viu primeiro foi o seu filhinho no colo do pai. Então disse ela debilmente: “Filhinho, filhinho!” Em seguida o médico falou: “Sim, seu filhinho viverá, ele superou a crise”. Levantando a cabeça, ela olhou para o seu filho e sussurrou: “Graças a Elorrim”;em seguida reclinou a cabeça e tragicamente passou desta vida para o seu descanso.
Aquela mãe deu sua vida para que seu filho pudesse viver. Assim, o nosso Messias sacrificou-Se para que pudéssemos viver e por causa desse
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sacrifício Ele, em breve, apagará todas as feridas da guerra e do ódio. Temos que estar lá para nos aquecermos ao calor dos sorrisos de perdão do Elorrim que nos amou e se entregou por nós. Deixaremos, então, de lado nossas dores e pegaremos à coroa da imortalidade, sabendo que a maldição do pecado nunca mais poderá emaranhar-nos em seus laços odiosos. E a mais indizível felicidade é que veremos nosso Salvador face a face. “Rejubila ó Israel; regozija-te e de todo o teu coração, exulta” (Sofonias 3: 14).
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Apêndice I
A Proclamação da Independência
De Israel.
Proferida por David Bem Gurion, o primeiro Premier.
(Primeiro Ministro) de Israel, em 14 de maio de 1948.
A Terra de Israel foi a terra natal do povo judeu. Aqui tomou forma a sua identidade espiritual, religiosa e política.Foi aqui que, pela primeira vez, os judeus se constituiram em um Estado, Criaram valores culturais de significação nacional e universal e deram ao mundo o Livro dos Livros.
Depois de forçados a exilar-se de sua terra, o povo judeu permaneceu-lhe fiel em todos os países de sua Dispersão, nunca deixando de orar por ela, na esperança de ali regressar e restabelecer sua liberdade política.
Impelidos por esse apego histórico e tradicional, os judeus se empenharam, de geração em geração, no ideal de se reinstalarem em sua antiga Pátria. Em décadas recentes voltaram em massa.Pioneiros veteranos e defensores, fizeram florir os desertos,reviveram a língua hebraica, construíram cidades e povoados e criaram uma comunidade próspera, controlando sua própria economia e cultura, amando a paz mais sabendo como se defender, trazendo as bênçãos do progresso a todos os habitantes do país e aspirando por uma nação soberana.
Em 1897, por convocação do pai espiritual do Estado Judeu, Theodor Herzl, reuniu-se o I Congresso Sionista e proclamou o direito do povo judeu ao renascimento nacional em seu próprio país.
Esse direito foi reconhecido na Declaração de Balfour, de 2 de novembro de 1917 e reafirmado no Mandato da Liga das Nações que, de
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modo particular, deu sanção à ligação histórica entre o povo judeu e a Terra de Israel e ao seu direito de reconstruir seu Lar Nacional.
A catástrofe que se abateu recentemente sobre o povo judeu-o massacre de milhões de judeus na Europa - foi outra demonstração clara da urgência de resolver o problema de seu desamparo por meio do restabelecimento, na Terra de Israel, do Estado Judeu, que abriria de par em par as portas da pátria a todos os judeus e conferiria ao povo judeu o status de membro pleno da família das nações.
Sobreviventes do holocausto nazista na Europa, bem como judeus de outras partes do mundo, continuaram a migrar para a Terra de Israel, sem temer as dificuldades restrições e perigos, não cessando nunca de afirmar seu direito a uma vida digna, livre e de trabalho honesto em seu lar nacional. Na Segunda Guerra Mundial a comunidade judaica desse país deu sua contribuição integral à luta dos países amantes da liberdade e da paz contra a perversidade nazista e, com o sangue de seus soldados e seu esforço da guerra conquistou o direito de formar entre os povos que fundaram as Nações Unidas.
A 29 de novembro de 1947 a Assembléia-Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução que determinava o estabelecimento de um Estado Judeu na Terra de Israel; a Assembléia-Geral exortou os habitantes da Terra de Israel a tomar as medidas necessárias de sua parte para por o plano em execução. Esse reconhecimento pelas Nações Unidas do direito de o povo judeu estabelecer seu Estado é irrevogável.
Esse direito é o direito natural do povo judeu de ser dono do seu próprio destino, como todas as outras nações, em seu próprio Estado soberano.
Consequentemente, nós, membros do conselho do povo, representantes da comunidade judaica da Terra de Israel e do movimento sionista, estamos aqui reunidos no dia do término do mandado britânico sobre a Terra de Israel e, em virtude do nosso direito nacional e histórico e por força da resolução da Assembléia-Geral das Nações Unidas, pelas presentes declaramos o estabelecimento de um Estado Judeu na Terra de Israel, a ser conhecido como Estado de Israel.
DECLARAMOS que, a vigorar desde o momento do término do Mandato, que se dará hoje a noite, véspera de Sábado, 6° dia de Iar de 5708
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(15 de maio de 1948), até a instalação das autoridades eleitas regulares do Estado de acordo com a Constituição que será adotada pela Assembléia Constituinte Eleita, o mais tardar a 1° de outubro de 1948, o Conselho do Povo atuará como Conselho de Estado Provisório, e seu órgão executivo, a Administração do Povo, será o Governo Provisório do Estado Judeu, a ser denominado “Israel”.
O ESTADO DE ISRAEL estará aberto à imigração judaica e para o Retorno dos Exilados; fomentará o desenvolvimento do país em benefício de todos os seus habitantes; basear-se-á nos princípios de liberdade, justiça e paz, conforme concebidos pelos profetas de Israel; assegurará completa igualdade de direitos sociais e políticos a todos os seus habitantes sem distinção de religião, raça ou sexo; garantirá a liberdade de culto, consciência, língua, educação e cultura; protegerá os Lugares Santos de todas as religiões; e se manterá fiel aos princípios da Carta das Nações Unidas.
O ESTADO DE ISRAEL está pronto a cooperar com as agências e representantes das Nações Unidas na execução da resolução da Assembléia- Geral de 29 de novembro de 1947, e tomará medidas para promover a união econômica da totalidade da Terra de Israel.
APELAMOS às Nações Unidas para que ajudem o povo judeu na construção de seu estado e recebam o Estado de Israel na comunidade das nações.
APELAMOS – em meio a investida lançada contra nós já há meses – aos habitantes árabes do Estado de Israel para que preservem a paz e participem da construção do Estado, na base de igual e plena cidadania e com a devida representação em todas as suas instituições provisórias e permanentes.
ESTENDEMOS nossa mão a todos os Estados vizinhos e seus povos, numa oferta de paz e boa vizinhança, e apelando para eles no sentido de estabelecerem liames de cooperação e ajuda mútua com o povo judeu soberano estabelecido em sua própria terra. O Estado de Israel está pronto a dar sua parte no esforço comum pelo progresso de todo o Oriente Médio.
APELAMOS ao povo judeu em toda a Diáspora para que cerre fileiras em torno dos judeus da Terra de Israel nas tarefas de imigração e
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reconstrução e para que esteja ao seu lado na grande luta pela realização do sonho secular – a redenção de Israel.
CONFIANDO NO TODO-PODEROSO, apomos nossas assinaturas a esta proclamação, nesta sessão do Conselho de Estado Provisório, no solo pátrio, na cidade de Tel-Aviv, nesta véspera de sábado, 5° dia de Iar, de 5708 (14 de maio de 1948).
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HATIKVA
(A Esperança)
O Hino Nacional de Israel
Enquanto ainda dentro de nossos corações
Pulsa de verdade o coração Judaico,
Enquanto ainda na direção do Oriente
Olha cada judeu para Sião,
Enquanto nossas esperanças não estão ainda perdidas –
Dois mil anos as temos acariciado –
Viver em Liberdade na
Terra de Sião e Jerusalém.
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SINOPSE DA DISPUTA PELA PALESTINA,
CONFORME FOI PUBLICADO PELA U. S. NEWS
AND WORLD REPORT DE 11 DE JUNHO
DE 1948
02 de novembro de 1917: Lord Balfour, Secretario das Relações Exteriores da Grã Bretanha aprova plano para um “lar nacional” para o povo judeu na Palestina.Os Estados Unidos apoiam a idéia.
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29 de novembro de 1923: A Grã Bretanha ocupa a Palestina em nome da Liga das Nações, prometendo permitir aos judeus a criação de “lar nacional”. Os árabes protestam.
23 de agosto de 1928: Tropas britânicas detêm ataques árabes contra acampamentos de colonizadores judeus.
25 de agosto de 1936: Árabes da Palestina unem-se para fazer oposição à imigração judaica. Estados árabes juntam-se à Grã Bretanha para insistir que se alcance a paz , mas lutas esporádicas entre judeus e árabes continuam.
22 de junho de 1937: Judeus e árabes rejeitam proposta Britânica para dividir a Palestina formando os Estados Árabes e Judeu. Imigração judaica é limitada pela Grã Bretanha.
03 de setembro de 1939: O Mufti de Jerusalém, líder árabe da Palestina, fica ao lado da Alemanha, mas a Palestina permanece calma como centro de defesa britânica no Oriente Médio durante a II Guerra Mundial.
29 de setembro de 1945:O presidente Truman, dos Estados Unidos, pede ao Governo Britânico que autorize a entrada de 100.000 refugiados judeus na Palestina. O Comitê Anglo-Americano dá apoio ao plano, mas os Estados Árabes protestam.
29 de novembro de 1947: A Assembléia Geral da ONU adota o plano da partilha sob pressão dos Estados Unidos. Judeus aceitam.
15 de maio de 1948: Os judeus criam o Estados de Israel, que é reconhecido pelos Estados Unidos e pela Rússia. A Grã Bretanha abandona o Governo da Palestina. Israel luta contra os exércitos de cinco Estados Árabes.
01 de junho de 1948: Judeus e Árabes aceitam pedido da ONU para uma trégua de 4 semanas na Palestina.
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A Grã Bretanha desistiu da responsabilidade de governar a Palestina em 15 de maio. Naquele mesmo dia os judeus criaram o Estados de Israel que foi reconhecido pelos principais países do mundo. Naquela época havia aproximadamente 500.000 judeus entre homens, mulheres e crianças em Israel e 110 milhões de árabes ao redor de Israel.
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ERAM DEUSES OS PAIS DA GLOBALIZAÇÃO?

Ter, 30 de Agosto de 2011 01:06
1
ERAM DEUSES OS PAIS DA GLOBALIZAÇÃO?
Armindo Abreu
economista
“O mundo é governado por personagens muito diferentes daquelas
imaginadas pelas pessoas que não contemplam os bastidores”, dizia o
primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Benjamin Disraeli, sob a Rainha Vitória.
Sim, o poder tem síndicos ocultos. Existem sólidas evidências de que sempre
foi assim: manipuladores e marionetes. Mas, quem está, invisível, no
comando dos títeres? Por trás das cortinas desse processo tido como
irreversível, a globalização, quem são os diretores de cena? E se detém o
controle dos nossos cordéis, como manipulam os mercados a partir de
símbolos, tecem a teia das religiões e se encobrem em sociedades secretas?
Não, esse ensaio não é uma peça de ficção. É preciso recuar muito,
muitíssimo, no tempo, na História e em certos conceitos para encontrarmos
o fio da meada da nossa tese. O maior truque das fraternidades que ditam a
evolução ou involução dos movimentos e modelos globais é convencer a
todos de que não existem.
Com o amplo apoio de historiadores, antropólogos, etnólogos e geneticistas,
podemos, de modo geral, aceitar que o núcleo primário da chamada raça
branca seja originário das montanhas do Cáucaso, do Irã e do Curdistão. Tal
princípio já estaria tão consagrado que os homens e mulheres de pele
branca são, aberta e oficialmente, reconhecidos e identificados, em
documentos de países do Hemisfério Norte (em especial pelos formulários do
Departamento de Imigração dos Estados Unidos...), como caucasianos.
Segundo princípios de antropologia defendidos por estudiosos dessa matéria
específica, desenvolveram-se duas novas linhagens terrenas, a partir do
grupo caucasiano inicial: uma procurou manter-se íntegra, relacionando-se
apenas entre seus membros e descendentes exclusivos, conservando a
pureza genética e a aparência original, definida aos nossos olhos pela pele
muito clara, cabelos louros e os olhos azuis. Seriam, nessa ótica
arrogantemente racista da Elite Global, os membros excelsos ou sublimes da
nossa civilização, os que exerceriam de fato o controle de todos os demais,
conhecidos e identificados apenas pelos seus pares do mais alto grau de
iniciação da Fraternidade Babilônica. A outra vertente teria se formado pela
interação do grupo inicial com os habitantes autóctones das terras baixas,
originalmente negros, amarelos ou vermelhos, dando início às novas
correntes biológicas terrenas, como as conhecemos hoje. Ressalte-se,
entretanto, que os integrantes dessa segunda vertente, a reprodutora, têm
procurado manter-se tão puros quanto possível, relacionando-se quase
sempre entre famílias de iguais, os descendentes do pequeno círculo
formado por pessoas de antecedentes genéticos assemelhados. Estes
seriam, na voz dos ‘especialistas’, “...os membros predominantes das
2
famílias dos ‘Illuminati’ que têm manipulado o curso da História desde os
tempos da Antiga Suméria.” 1 2
O círculo mais restrito e particular desses alvos habitantes das terras altas
teria adquirido ou desenvolvido conhecimentos esotéricos, filosóficos e
científicos tão exclusivos e sofisticados para a época que passaram a se
distinguir dos demais, não somente pela aparência mas, em especial, pela
avançada cultura, atraindo para si invejas, incompreensões e hostilidades.
Isso fez com que se retraíssem e passassem a compartilhar esses
conhecimentos de forma velada, em associações formadas apenas entre
seus iniciados, ou irmãos, daí o nome de Fraternidade dado ao seu
exclusivíssimo conjunto, hoje espraiado por todo o globo terrestre.
E esses núcleos de iniciados constituíam o que hoje os pesquisadores
denominam “Escolas de Mistérios” (Mistery Schools).
Entre as principais, pioneiras, estavam as Escolas de Mistérios da Babilônia,
do Egito e da Grécia, onde o conhecimento restrito e esotérico era guardado
sob o mais estreito sigilo: na verdade, a quebra ao juramento de silêncio era
punida com a morte!
Segundo o filósofo e autor maçônico Manly Hall, ... “As Escolas de Mistérios
foram criadas e estabelecidas como sociedades secretas para evitar as
interferências externas, enquanto nelas os iniciados tentavam estabelecer
uma ponte que reduzisse as distâncias entre o conhecimento dos mundos
material e espiritual.”
O fato é que, independentemente de sua origem, visando a escapar de
incômodos maiores, membros dessa sofisticada elite branca alterosa teriam
emigrado, há milhares de anos (após o dilúvio bíblico), para as terras mais
baixas, correspondentes ao que hoje chamamos de Iraque, Egito, Israel,
Palestina, Jordânia, Síria, Irã e Turquia, misturando-se seletiva e
cuidadosamente aos povos locais.
Naquele tempo, já existia nessas terras uma civilização chamada Suméria,
estabelecida na região da Mesopotâmia, hoje Iraque, formada entre os rios
Tigre e Eufrates. Estima-se que a Suméria possa ter-se formado cerca de
6.000 anos a.C. e ela fez parte do Império Babilônico, que tanto influenciou
as crenças do judaísmo e, por este, o cristianismo, assim como também veio
a ocorrer com a civilização egípcia.
Alguns autores afirmam que a Suméria foi o berço original de grande parte
do conhecimento que moldou a nossa existência e a nossa cultura. Para
eles, a crença cristã num Filho de Deus e num Cordeiro de Deus morrendo
para a remissão dos pecados da humanidade podia ser encontrada na
Babilônia, na Suméria e no Egito. A idéia de um cordeiro morrendo para
perdoar os pecados da humanidade também se origina da crença Suméria
de que se um desses animais fosse sacrificado num altar os pecados das
pessoas envolvidas no ritual seriam literalmente perdoados pelos deuses.
... “Mães virgens de homens-deus ‘salvadores’ abundaram no mundo antigo
e ainda podem ser encontrados nas crenças de povos nativos das Américas
do Norte, do Sul e Central. A história bíblica dos Jardins do Éden é espelhada
na história muito anterior do Jardim de Edinnu, e mesmo a idéia do Sabbat
1 Icke, David in “ … and the truth shall set you free”, by Bridge of Love Pub., Cambridge, England, 1995. P. 25 e 26.
Icke, David in”The Biggest Secret”, em diversas passagens.
2 Tese Central do livro de Springmeier, Fritz em “Bloodlines of the Illuminati”, Ambassador House, New York, 1992.
3
judaico pode ser encontrada no dia de repouso Sumeriano, o Sabattu. Os
judeus que foram mantidos no cativeiro da Babilônia levaram muitas dessas
histórias consigo, de volta para a Palestina, quando foram libertados pelos
persas. Elas encontraram seu caminho no Velho Testamento da Bíblia e, daí,
passaram ao Novo Testamento Cristão. Muitas idéias religiosas de hoje são
meras reciclagens de antigas crenças e histórias simbólicas... e hoje, quando
seu sentido original se perdeu, aparecem distorcidas, sob uma avalanche de
mitos e invenções...” 3
Fecundando ou influenciando alguns desses habitantes dos baixios
babilônicos, os homens brancos trouxeram-nos para o seio de sua linhagem
genética, tornando-os partícipes do elevado conhecimento de que
desfrutavam e das ações que empreendiam às escondidas. Esses novos
grupos étnicos expandiram-se e infiltraram-se pelo novo território e suas
populações, sob denominações distintas, entre as quais se pode destacar os
povos hitita e fenício.
Ambos, outrora creditados exclusivamente como semitas, acredita-se hoje
tenham sido definitivamente mesclados pela linhagem dos antigos árias,
razão precípua de muitos ainda possuírem características físicas daquele
grupo, levadas também no passado, em suas incursões militares e
comerciais, ao Norte da Europa e a outras partes do mundo.
Pesquisas conduzidas por Desborough 4 garantem mesmo que os fenícios
foram o primeiro grande grupamento étnico caucasiano a ser formado como
descendente consangüíneo da Fraternidade Babilônica. Eles seriam, nessa
qualidade, tanto os pais de outros povos, seus contemporâneos, como, por
exemplo, o cérebro por trás da avançada civilização egípcia.
Após essa suposta miscigenação registra-se, coincidentemente, um súbito
surto de progresso cultural e tecnológico dos povos que habitavam a
Suméria, a Assíria, o Egito e o Vale do Industão. 5
Segundo a “historiografia oficial”, foi a raça branca “ariana” (eles se
autodenominavam árias), das montanhas do Cáucaso, que se moveu em
direção ao Vale do Industão, na Índia, pelo ano 1550 a.C., e criou o que se
conhece hoje como religião (ou filosofia) hindu, o vedismo, sucedido pelo
bramanismo. 6
E foi essa mesma raça “ariana” que introduziu na Índia a antiga língua
sânscrita7, bem como as estórias e mitos contidos no livro sagrado hindu, os
3 Icke, David, in “... and the truth shall set you free”, Bridge of Love Pub., Cambridge, 1995. P. 25 T.A.
4 Desborough, Brian in “The Great Pyramid Mystery, Tomb, Occult Initiation Center, Or What?” Fonte: Icke, David in “The
Biggest Secret”, P.16.
5 Vale do Industão: Vasta península triangular da Ásia meridional, limitada ao norte pelo Himalaia, e banhada pelo Golfo de
Bengala, pelo Mar de Omã e pelo Mar das Índias. Índia atual. Fonte: Dicionário Lello, Porto, 1963, Volume III, P.1671.
6 Bramanismo: nome atribuído à organização social, política e religiosa que, depois de haver sucedido ao vedismo e de o
haver transformado, se desenvolveu entre os Árias do Vale do Ganges, sob influência da casta sacerdotal ou dos brâmanes.
Segundo as concepções religiosas destes últimos (o dito bramanismo), Brame, deus supremo, impessoal, encarnou-se
sucessivamente em Brama, deus pessoal, Vixnu e Shiva. Esta tríplice encarnação constitui a trindade indiana, chamada
Trimúrti. Por seu lado, Brama, primeira encarnação de Brame, teve quatro filhos de que emanaram as quatro castas
hereditárias da Índia: brâmanes, xátrias, os impuros e os párias. A época, por excelência, do pensamento bramânico,
compreende os sete séculos anteriores a Jesus Cristo. Fonte: Dicionário Lello, Porto, 1963, Volume III, P.1465 e 1931.
Vedismo: Forma primitiva da religião hindu, conforme denominada pelos europeus.
Fonte: Dicionário Lello, Porto, 1963, Volume II, P.1279.
7 Sânscrito: Língua sagrada dos brâmanes e do Industão (vasta península triangular da Ásia meridional, limitada ao norte pelo
Himalaia, e banhada pelo Golfo de Bengala, pelo Mar de Omã e pelo Mar das Índias. Índia atual). Fonte: Dicionário Lello, Porto,
1963, Volume III, P.1671.
4
Vedas8, onde a trindade divinal chamada trimúrti, composta por Brama-
Xiva-Vixnu reproduz outros triunviratos histórico-religiosos, como o
babilônico Nemrod-Semiramis-Tammuz e o egípcio Osiris-Ísis-Hórus que
precederam, em muitos séculos, a Sacra Família cristã, Jesus-Maria-José!
Um olhar mais recente e atento dos estudiosos dessas questões revela que a
época estimada para a fundação do império babilônico parece, agora, bem
anterior ao que se estimou inicialmente, remontando à era pré-diluviana. 9
Segundo lendas, textos antigos e a própria Bíblia, um dos construtores do
Império Babilônico teria sido Nemrod, filho de Cush, neto de Noé.
Cush assumira a chefia do clã babilônico e institucionalizara o sistema
politeísta numa época em que os homens eram endeusados pelos próprios
homens e Anu considerado o pai e chefe de todos os demais deuses.
Por sua ação terrena e espiritual, Cush tomou o lugar de Anu (Annu ou An)
no imaginário religioso e assumiu, ele próprio, o seu lugar divinal, tornandose
pai de todos os deuses e demônios e, nessa qualidade, foi adorado
também com os nomes de Enlil, Bel, Janus, Mercúrio, Hermes e Caos,
nomes ou títulos transferidos, posteriormente, a seu filho Nemrod.
Nemrod, sucessor do pai Cush, nomeara a cidade de Calneh em homenagem
ao deus de outrora, destronado por seu pai (Calneh significa A Fortaleza de
Anu, Gênesis, 10:9).
Dessa forma, Nemrod inaugurou uma tradição de respeito e louvor a Anu
que, estranhamente, perpetuou-se até nossos dias, inclusive entre o
catolicismo. O símbolo de Anu, duas cruzes superpostas em forma de
asterisco, aparece ornamentando o chapéu mitral do sumo pontífice.
Nemrod, ao suceder a Cush, ficou conhecido como um tirano poderoso, um
dos gigantes ou titãs10, que reinou com sua mulher, a rainha Semiramis,
sendo ambos reconhecidos ou elevados a deuses da Religião Babilônica por
seus contemporâneos, descendentes e adeptos.
Semiramis também é reverenciada como “Astarte” ou A Mulher que fez a
Torre, uma provável referência à Torre de Babel, supostamente construída
por seu marido Nemrod.11
8 Vedas: Os quatro livros sagrados da Índia em língua sânscrita, atribuídos à revelação de Brama (deus supremo dos antigos
hindus, emanação de Brame e criador do mundo, dos deuses e dos seres. Na forma atual da religião, Brama é a primeira
pessoa da trindade, mas agora considerado apenas uma emanação, quer de Xiva quer de Vixnu). São coleções de orações, de
hinos, de fórmulas de consagração, de expiação etc., relacionando-se com o sacrifício e a manutenção do fogo sagrado Os
Puranas, os Sutras etc., são comentários desses livros. Fonte: Dicionário Lello, Porto, 1963, Volume III, P.1465 e 1931.
9 O Dilúvio: Na concatenação da História da Salvação, a Bíblia recolhe uma lenda babilônica antiga, comum tanto aos sumérios
como aos romanos. Essa lenda mesopotâmica deve ter tido sua origem em alguma inundação famosa verificada nos seus rios
Tigre e Eufrates. Nas mitologias antigas o dilúvio é pintado como um dos castigos dos deuses. A Bíblia utiliza essa velha crença
popular, adaptando-a ao Deus vivo. Não obstante, a narração do dilúvio, uma simples lenda assumida pela Bíblia, contém uma
grande mensagem teológica: Deus não suporta a iniqüidade, mas Sua misericórdia está sempre presente, mesmo quando
castiga. Ao destruir um mundo corrompido suscita um gérmen de salvação: Noé, o arauto da justiça.
O dilúvio, lavando o mundo antigo dos seus crimes e fazendo nascer da água um mundo novo, é figura do batismo que nos
salva. Fonte: a “Bíblia Sagrada, Nova Edição Papal”, Missionários Capuchinhos, Lisboa, Notas às páginas 23 e 24.
10 Titã: Do grego titán, pelo latim titane. Cada um dos gigantes que, segundo a mitologia, pretenderam escalar o céu e destronar
Júpiter. Fonte: Dicionário Aurélio Século XXI.
Titã: Personagem da mitologia grega. 1. Cada um dos doze filhos (seis homens e seis mulheres) havidos entre Urano (o Céu) e
sua mãe Gaia (a Mãe-Terra) e, posteriormente, todos os seus descendentes. Eles se rebelaram contra seu pai e o depuseram,
elevando Kronos, um deles, ao trono do universo. Depois de uma longa disputa, foram derrotados por Zeus (ou Júpiter, em
latim, N.A.), e sucedidos pelos deuses do Olimpo. 2. O sol personificado; o deus-sol Helios. Fonte: Webster’s New Twentieth
Century Dictionary of the English Language”, second edition, Collins World, 1975, USA, p.747 e 1915.T.A.
11 Fonte: Icke, David in “The Biggest Secret”, P.53.
5
Entretanto, esse nome parece ter mesmo evoluído a partir de uma antiga
deidade originária da Índia, Semi-Rama-Isis ou Semi-Ramis.12
Uma ampla gama de nomes e expressões identificam a deusa da religião
babilônica Semiramis. Entre os vários encontrados ou identificados por este
autor, nas diversas fontes citadas nesta obra, destacam-se (em ordem
alfabética):
IDENTIDADES ALTERNATIVAS de SEMIRAMIS
Afrodite, Angerona; Antu; Artemísia; Astarte; Astoreth; Astorga; Athena;
Baali; Baphomet; Barati; “Cabeça 58m” (Head 58m ou Caput LVIIIm);
Ceres; Cibele; Deméter; Diana; “Estátua da Liberdade”; “Grande Mãe Terra”
(A Gaia, da New Age); Hathor (ou Heather) 13; Hera; Ishtar; Isis; Juno; Kali;
Lilith; Lucifera; Mari; Maria; Minerva; “Mistério da Babilônia é o seu nome”
(“Mistery Babylon, her name...”); Mulher Escarlate; Mut; Ninkharsa; Noiva
do Homem Verde; Nossa Querida Senhora (Our Dear Lady); Nossa Senhora
da Luz; Ostara; Rainha do Céu (Rhea); Rainha do Mar; Rainha do Mundo;
Rainha do Submundo; “Semiramis, A Viúva”; “Sobre a sua testa estava
escrito um nome: Mistério, A Grande da Babilônia, A mãe de todas as
Prostitutas e Abominações da Terra” (Upon her forehead was a name
written: Mistery, Babylon The Great, The Mother of Harlots and
Abominations of the Earth); Stella Maris; Sophia; Vênus; Virgem Celestial;
Virgem do Lago; Virgem Mãe dos Deuses; Virgem Negra; Virgem Que
Chora; Virgo.
Já a Nemrod, celebrado como o “deus-sol”, foi dado o título de Baal (Meu
Senhor) e a Semiramis, consagrada como a deusa-lua, o de Baali (Minha
Senhora).
Não passa, por isso, despercebido a esses pesquisadores o fato da
expressão Mea Dona, equivalente latino de Minha Senhora, título atribuído a
Semiramis-Baali, ao ser transportada para o italiano haver-se transformado
em Madonna, expressão que designa, também, Maria, a mãe de Jesus. 14
Nemrod era reverenciado num duplo papel: o de Deus-Pai-Senhor e também
no de Ninus, o filho carnal havido de Semiramis, supostamente através de
um nascimento virginal, um dos significados místicos do ramo de oliveira,
este também um símbolo dos cavaleiros templários15.
De Ninus, igualmente denominado Tammuz, dizia-se haver sido crucificado,
tendo um cordeiro aos pés, e seu cadáver sepultado em seguida numa
caverna.
Dias depois, quando a pedra que guardava a entrada da caverna foi rolada,
o corpo de Ninus-Tammuz havia desaparecido, ascendido aos céus...
Para pesquisadores ocidentais mais céticos, o enredo desta antiqüíssima
trama babilônica é por demais conhecido entre nós, também a partir da era
12 Desborough, Brian in “The Great Pyramid Mystery”, Fonte: Icke, David in “The Biggest Secret”, P.182.
13 Hathor ou Heather: ambas as denominações possuem a mesma pronúncia em inglês, representando, na verdade, formas
gráficas alternativas para o mesmo nome da deusa. N. A.
14 Na mesma obra.
15 Fonte: Hopkins, Marilyn; Simmans, Graham & Wallace-Murphy, Tim in “REX DEUS”, Imago, Rio, 2000. P. 286.
6
cristã, para ser considerado, apenas, mera coincidência entre tradições
religiosas aparentemente tão distintas...
“Tammuz, filho de Ishtar, é provavelmente a mais antiga divindade a
incorporar o princípio da ressurreição para uma nova vida que se acreditava
ocorresse na primavera, e é celebrado hoje nos festivais populares do Dia da
Primavera.
Para os maçons, Tammuz é uma figura de imenso significado, representando
a corporificação da ressurreição espiritual para um estado superior de
consciência e gnose”.16 17
IDENTIDADES ALTERNATIVAS de NEMROD:
Adad; Adonis; Alcides; Amen-Ra; Anu; Attis; Baal; Bacchus; Baco; Bali;
Bell; Bremhillahm; Cadmos; Caos; Cronos; Deoius; Dionísio; Eannus; El-
Khidir; Enlil; Eros; Hércules; Hermes; Hesus; Hórus; Indra; Iswara; Ixion;
Jano; Janus; Jao; Jesus; João Batista; Krishna; Krst; Mammon; Mercúrio;
Mitra; Mitras; Moloch; Ninus; Odinio; Osiris; Quirinus; São Jorge;
Salivahana; Saturno; “Senhor da Vida e da Morte”; Tammuz; Taut; Thor;
Virisana; Zoar; Zoroastro.18
Segundo o livro do Gênesis, os primeiros centros do reino de Nemrod-
Tammuz foram a Babilônia, Akkad e outros no reino de Shinar (Suméria).
Diz-se, também, que ele governou a região onde hoje é o Líbano e os árabes
crêem que foi Nemrod quem construiu ou reconstruiu, logo após o dilúvio, a
assombrosa estrutura de Baalbek, com suas três formidáveis pedras de 800
toneladas cada.
Mais tarde, ele teria expandido o reino até a Assíria e construído Nínive, sua
capital, onde foram recuperadas muitas tábuas de barro em linguagem
sumeriana.
Essa civilização, acredita-se hoje em dia, foi uma das mais antigas surgidas
na era bíblica pós-diluviana. Foi precisamente entre seus membros mais
seletos e competentes, especula-se, o foco de onde surgiram as correntes
(escolas) de mistérios pagãos, de estudos esotéricos 19 e o grupo de
iniciados que desenvolveu e guardou seus mais exclusivos segredos.
Este teria sido, portanto, o verdadeiro embrião das antigas e místicas
sociedades secretas que se espalharam pelo mundo nos milênios
subseqüentes. Muito significativamente, as terras descritas correspondem,
também, ao berço das três grandes religiões monoteístas prevalentes.
Em decorrência, segundo muitos pesquisadores a cristandade e a Igreja
Romana teriam sua fé baseada em muitas das tradições babilônicas,
16 Fonte: Hopkins, Marilyn; Simmans, Graham & Wallace-Murphy, Tim in “REX DEUS”, Imago, Rio, 2000. P. 286 e 287.
17 Gnose: Conhecimento, sabedoria. Conhecimento esotérico e perfeito da divindade, e que se transmite por tradição e
mediante ritos de iniciação. Fonte: Dicionário Aurélio Século XXI.
18 Conforme pesquisas deste autor nas fontes citadas nesta obra. N.A.
19 Esoterismo: Do francês ésotérisme. 1. Filos. Doutrina ou atitude de espírito que preconiza que o ensinamento da verdade
(científica, filosófica ou religiosa) deve reservar-se a número restrito de iniciados, escolhidos por sua inteligência ou valor moral.
2. Designação que abrange um complexo conjunto de doutrinas práticas e ensinamentos de teor religioso e espiritualista, em
que se confundem influências de religiões orientais e ciências ocultas, associadas a técnicas terapêuticas, e que,
supostamente, mobilizam energias não integrantes da ciência e visam a iniciar o indivíduo nos caminhos do autoconhecimento,
da paz espiritual, da sabedoria, da saúde, da imortalidade etc. Fonte: Dicionário Aurélio Século XXI.
7
principalmente nas lendas do “deus-sol” conhecido por Nemrod, Baal ou
Moloch, que possuíra um equivalente anterior, na Pérsia e na Índia,
denominado Mitra.
De Tammuz ou Adonis (O Senhor, The Lord, em inglês), que foi endeusado
na Babilônia e na Síria, dizia-se que nascera à meia-noite de 24 de
dezembro. E ele também era saudado como o filho de deus.
Portanto, além de Nemrod e de Mitra (um deus romano-persa, pré-cristão),
outros reverenciados filhos de deus teriam sido Tammuz (Ninus ou Adonis) e
Dionísio ou Baco, este cultuado em Roma, na Grécia e na Ásia Menor.
Todos eram idolatrados como filhos divinais que morreram para que os
nossos pecados fossem perdoados, nascidos de mães virgens e seus
aniversários celebrados, coincidentemente, em ... 25 de dezembro!
Mitra foi crucificado, mas ressurgiu dos mortos no dia 25 de março, isto é,
em plena Páscoa! As iniciações a ele eram feitas em cavernas adornadas
com os signos de Capricórnio e de Câncer, simbólicos dos solstícios de
inverno e de verão, os pontos mais alto e mais baixo do Sol em relação à
Terra! 20
Mitra era freqüentemente representado por um leão alado, o símbolo da
cidade de Veneza, um ícone solar até hoje utilizado por sociedades secretas!
Um outro símbolo alternativo para ele é um leão com o corpo envolvido por
uma serpente, enquanto segura uma chave que conduz ao céu.
Os iniciados nos ritos de Mitra eram chamados de Leões (Lions) e tinham
suas testas marcadas com a cruz egípcia! As referências ao leão e aos
apertos de mão do tipo pata do leão, do Grau Mestre Maçônico da Franco-
Maçonaria, são originários da mesma onda de simbolismos das escolas de
mistério.
No primeiro grau, suas cabeças eram ornadas com uma coroa dourada com
espigões, representando o seu interior espiritual e idêntica coroa pode ser
vista na Estátua da Liberdade, à entrada do porto de Nova York!
Esta é uma das várias origens das coroas das dinastias “reais” e da
simbólica “coroa de espinhos” usada por Jesus, “O Sol”. 21.
A grave e antiga confusão conceitual, hoje ressuscitada, entre mito e
religião, paganismo e cristandade, tão dolorosa para os do Vaticano, vem
suscitando, tanto de autores contemporâneos materialistas, marxistas ou
comunistas, quanto dos pesquisadores com respeitável formação religiosa,
alguma convergência acerca dessas velhas e desconfortáveis interpretações.
Aos olhos dos cristãos mais convictos, entretanto, elas mal passariam de
simples blasfêmias ou de meras provocações de cunho político.
August Franzen, escritor católico, em sua “História da Igreja” 22, assim se
refere a essa antiga disputa e às fortes emoções e angústias que ela ainda
desperta na cúpula do catolicismo:
20 Solstício: Época em que o Sol passa pela sua maior declinação boreal ou austral, e durante a qual cessa de afastar-se do
equador. Os solstícios situam-se, respectivamente, nos dias 22 ou 23 de junho para a maior declinação boreal, e nos dias 22 ou
23 de dezembro para a maior declinação austral do Sol. No Hemisfério Sul, a primeira data se denomina solstício de inverno e a
segunda solstíc io de verão; e, como as estações são opostas nos dois hemisférios, essas denominações invertem-se no
Hemisfério Norte. Fonte: Dicionário Aurélio, Século XXI.
21 Fonte: Icke, David in “The Biggest Secret”, P. 92
22 Franzen, August in “Breve História da Igreja”, Ed. Organizada por Remigius Bäumer, Presença, Lisboa, 1996. P.11 a 18.
Destaques de nossa autoria.
8
“...Desde os Séculos XVIII e XIX que a existência histórica de Jesus foi
freqüentemente contestada em nome da ciência esclarecida e liberal, e da
crítica histórica...
Todos (esses críticos liberais) se esforçaram por apresentar o cristianismo
como uma invenção dos apóstolos, a figura de Jesus como uma
personificação irreal, ficcional e mítica, de aspirações e de representações
religiosas; como uma impostura devota do círculo dos seus discípulos ou
como adaptações e variações de heróis divinos dos culto dos mistérios,
oriundos do Oriente Próximo e do período helenístico.
A ciência da religião comparada emergente descobriu, subitamente,
semelhanças e paralelismos entre a vida de Jesus e o deus do Sol, Mitras
(H.B. Smith, 1991) ou o herói da epopéia babilônica do Gilgamexe 23
(Jensen, 1906), ou com a figura mítica do deus redentor que morre e
ressuscita (R. Reitzenstein e outros); (a ciência da religião comparada)
julgou poder-se interpretar a imagem descrita nos Evangelhos acerca da
vida e das doutrinas de Jesus como a personificação de aspirações sociais
das massas oprimidas. Todas essas teorias foram atualmente postas de
parte e têm de ser encaradas, do ponto de vista científico, como
ultrapassadas.
Poderiam, deste modo, ser ignoradas, se não persistissem na propaganda
marxista e comunista. Dado o facto de Karl Marx e de Friedrich Engels terem
retomado e divulgado as novas idéias radicais para o seu tempo, de Bruno
Bauer, esta concepção atrasada pertence ainda à vulgata comunista e
continua a ser propagada acriticamente.”
Sendo ou não conveniente ao embate político-religioso, o fato objetivo,
duro, é que, ao seu tempo, Mitra era tido como o filho de deus 24 que
morreu para salvar a humanidade e lhe dar a vida eterna. Após o culto de
iniciação, os membros participavam de uma refeição composta de pão e
vinho, em que eles acreditavam estar ingerindo o seu corpo e o seu sangue.
Este, como, ademais, uma longa lista de outros deuses teria também
recebido, ao nascer, a visita de três reis magos, na verdade sábios ou
adivinhos babilônicos, que lhes trouxeram presentes de ouro, incenso e
mirra 25.
23 Gilgamexe: Legendário rei babilônico, herói e autor de narrativa épica acerca do dilúvio bíblico, vivida e completada cerca de
2.000 anos a.C. Fonte: Webster´s New Twentieth Century Dictionary, Collins- World, USA, 1975. P. 771. T.A.
24 Na fonte original pesquisada, em inglês, há um jogo de palavras impossível de ser corretamente traduzido em português. O
texto menciona Mitra como sendo “the son (Sun) of God”, isto é, literalmente, o “filho (Sol) de deus”. Isso porque as palavras
son e sun (filho e sol), além da grafia assemelhada, têm idêntica pronúncia e o autor pesquisado insinua que, na acepção
apontada, teriam também o mesmo significado, daí o trocadilho. N. A.
25 Incenso: Resina extraída de plantas das famílias burseráceas, estiracáceas e anacardiáceas, ou preparação contendo tais
resinas e essências naturais aromáticas, que se queima para perfumar o ambiente. É amplamente usado em celebrações
litúrgicas e designava, originalmente, a resina extraída do olíbano. Fonte: Dicionário Aurélio, Século XXI.
Mirra: Designação comum a duas árvores da família das burseráceas (Commiphora mallis e C. myrrha), originárias da África,
cuja resina dimana por incisão e se usa como incenso e em perfumes, ungüentos etc. A resina dessas árvores. Fonte:
Dicionário Aurélio, Século XXI.
Nota do Autor: A mirra era usada nos processos de limpeza e embalsamamento de cadáveres, o que pressupõe uma certa
natureza premonitória para a peculiaridade do presente, estranhamente oferecido a um recém-nascido. Essa hipótese dá
alguma base aos pesquisadores que sugerem serem esses “Reis Magos” (Wise Men, sábios, na tradição inglesa) sacerdotes
ocultistas babilônicos, que tanto previram e festejaram o nascimento de Cristo como anteviram o trágico destino que ele viria a
ter. Por isso, presentearam a Sacra Família com tais óleos sagrados, não apenas visando ao tratamento futuro do cadáver,
mas, principalmente, como uma profética advertência sobre seu infortúnio.
9
O culto misterioso a Mitra espalhou-se da Pérsia ao Império Romano e, em
certa época, podia ser encontrado em qualquer parte da Europa!
O terreno onde assenta hoje o Vaticano foi um local sagrado para os
seguidores de Mitra e sua imagem, esculpida em pedra, já foi encontrada
em diversas antigas províncias ocidentais do Império Romano, como a
Alemanha, a França e a Grã-Bretanha.
Esses rituais, simbolizando a ingestão do corpo e do sangue divinos,
representados pelo pão e o vinho, já eram praticados há milhares de anos
atrás na Babilônia, em cerimônias em honra de Nemrod, da Rainha
Semiramis e de seu filho Ninus-Tammuz, sendo também reproduzidos,
posteriormente, no antigo Egito.
Lá, Hórus, filho de Osiris, nascido igualmente de um nascimento virginal de
Ísis (Semiramis), também era o filho de deus. Sua história transcende às
meras semelhanças acidentais, de praxe, com a trajetória de Jesus e, por
isso, representa um grande incômodo para a exclusividade de certas
tradições cristãs:
Jesus era a Luz do Mundo. Hórus era a Luz do Mundo.
Jesus afirmou ser o Caminho, a Verdade e a Vida. Hórus disse ser o
Caminho, a Verdade e a Vida.
Jesus nasceu em Belém, o lugar do pão. Hórus nasceu em Annu, o lugar do
pão.
Jesus era o Bom Pastor. Hórus era o Bom Pastor.
Sete pescadores embarcaram com Jesus. Sete pescadores embarcaram com
Hórus.
Jesus era o cordeiro. Hórus era o cordeiro.
Jesus foi identificado com a cruz. Hórus foi identificado com a cruz.
Jesus foi batizado aos 30 anos. Hórus foi batizado aos 30 anos.
Jesus era filho de uma virgem, Maria. Hórus era filho de uma virgem, Ísis
(Semiramis).
O nascimento de Jesus foi anunciado por uma estrela. O nascimento de
Hórus foi anunciado por uma estrela.
Jesus foi o menino que pregou no Templo. Hórus foi o menino que pregou no
Templo.
Jesus teve 12 discípulos. Hórus teve 12 discípulos.
Jesus era a Estrela da Manhã. Hórus era a Estrela da Manhã.
Jesus era o Cristo. Hórus era o Krst.
Jesus foi tentado por Satanás numa montanha. Hórus foi tentado numa
montanha por Set. 26
(Assim, prossigamosL) Três dos elementos principais da religião babilônica
eram o fogo, os répteis e o sol. O deus Nemrod, Baal, Osíris e seu filho
Ninus, Tammuz ou Hórus, entre muitas outras denominações, podiam ser
confundidos ou representados tanto pelo astro-rei quanto por um ser
híbrido, mistura de homem com cabeça e chifres de touro ou então meiopeixe
(ou sáurio?), meio-homem.
Sua consorte, a deusa Semiramis ou ainda Isis, Baali, Ishtar, Afrodite, Vênus
ou Diana, pode aparecer na forma da lua; como uma linda e jovem mulher,
raios luminosos emergindo do alto da cabeça, tendo uma tocha luminosa na
26 Fonte: Icke, David in “The Biggest Secret”.
10
mão direita, e, alternativamente, na forma de uma doce mãe, sustentando
seu filho Ninus -Tammuz-Horus ao colo.
Ou, ainda, tout court, sob a aparência de uma cândida pomba branca. 27
Ela, um Espírito Santificado, mas, também, a Deusa do Amor é, nessa última
qualidade, figurada muitas vezes por um peixe com escamas, representação
pictórica da genitália feminina e simbólica da intensa carga de energia
sexual que carrega e transmite, porquanto os babilônicos imaginavam que
os peixes fossem afrodisíacos.
Já em seu simbolismo exclusivamente espiritual é vista, de preferência,
como uma pomba, carregando no bico um ramo de oliveira. 28
Como o onomato Semiramis significa, etimologicamente, Ze (a, aquela que),
emir (ramo, galho), amit (portadora), literalmente aquela que carrega o
ramo, fica implicitamente associado à pomba que sobrevoou a arca de Noé,
com o ramo de oliveira no bico, depois de baixadas as águas do dilúvio.
Para os teóricos da Fraternidade, um claro registro simbólico de que Eles
estariam de volta ao poder, logo após o desastre, sob a proteção de
Semiramis, a que deu à luz o filho de deus num nascimento virginal...29
Nemrod também era Eannus, mais tarde conhecido entre os romanos como
Jano, o rei de duas faces, uma contemplando o passado outra o futuro.30
A águia de duas cabeças, uma olhando para a esquerda outra para a direita,
ocidente e oriente, que aparece em tantas bandeiras e brasões, nada mais é
do que um símbolo maçônico para Nemrod no papel de Eannus.
O leão, conhecido como rei dos animais e assíduo freqüentador de
emblemas reais britânicos, também foi largamente usado no imaginário
babilônico para encarnar o deus-sol, Nemrod, Baal ou Osíris, cujo
remanescente mais conhecido e visitado é a esfinge egípcia, cabeça
humana, corpo de leão... A própria águia seria, para alguns, a representação
encoberta de um sáurio alado, o conhecido dragão31 das lendas milenares,
combatido e vencido por São Miguel Arcanjo, ao percebê-lo encarnando
Satanás, e por São Jorge, o bravo príncipe-guerreiro da Capadócia32,
martirizado ao tempo do imperador romano Diocleciano, em 303 a.D.
De São Jorge diz-se também haver sido Hércules, a encarnação grega de
Tammuz ou, ainda, segundo a tradição católica, um guerreiro que se
recusou a obedecer as ordens de Diocleciano para perseguir cristãos e que,
em conseqüência, foi torturado e morto. Nessa antiga simbologia, o
27 Desborough, Brian in “The Great Pyramid Mystery”, Fonte: Icke, David, in “The Biggest Secret”.
28 Na mesma obra.
29 Na mesma obra.
30 Jano: Personagem mítico, o mais antigo rei do Lácio. Como acolhesse favoravelmente Saturno, expulso do céu, o deus
reconhecido dotou Jano duma sagacidade tão maravilhosa que o futuro, assim como o passado, estavam sempre presentes
aos seus olhos. Essa dupla faculdade fez com que o representasse com duas visões, e alude-se muitas vezes a esse privilégio
do deus. Em Roma, o templo de Jano só estava fechado quando a República estava em paz, o que só aconteceu nove vezes
em mil anos. Fonte: Dicionário Lello, Porto, 1963, Volume III, P.1682.
31 Dragão: Animal fantástico, imaginado com garras de leão, asas de águia e cauda de serpente, era consagrado à Atena ou
Minerva, deusa da sabedoria e alter-ego de Semiramis, para indicar que a verdadeira sabedoria nunca adormece. Nas lendas
cristãs, o dragão, derrubado por São Jorge e São Miguel, personificava o pecado, o espírito do mal, o próprio Satanás ou a
Roma pagã. Na Idade Média foi introduzido nas magias; a cavalaria adotou-o como símbolo dos obstáculos a vencer. Encontrase
muitas vezes nos brasões. Fonte: verbete correspondente no Dicionário Lello, Porto, 1963, Volume III, P.1564,
complementado pelo autor. Segundo a Enciclopédia Britânica, o dragão representaria, de modo geral, as serpentes, também
símbolos dos mistérios babilônicos, quer vistas como símbolos do bem ou do mal. No Século XX, o dragão foi oficialmente
incorporada às armas e brasões do Príncipe de Gales, herdeiro oficial do trono da Grã-Bretanha.
32 Capadócia: Antiga região da Ásia menor, a oeste da Armênia, hoje território da Turquia. N. A.
11
“Dragão” vencido por São Jorge representava Roma, cujos exércitos lutavam
sob uma flâmula ostentando a figura de um ícone pagão, o dragão
vermelho.
“Segundo o Papa Gelásio (494 da Era Cristã), São Jorge era um santo
venerado pelo homem, mas cujos atos só eram conhecidos por Deus”,
adensando o enigma de sua controvertida existência.
“A mais antiga personagem conhecida em que se acredita haver-se baseado
São Jorge é Tammuz, cujas origens lhe são muito anteriores. A maioria das
autoridades modernas acredita hoje que el Khidir, o padroeiro dos sufistas
33, Tammuz e São Jorge sejam simplesmente uma mesma pessoa retratada
em diferentes trajes. Descreve-se Tammuz como o esposo, filho ou irmão da
deusa Ishtar (Isis ou Semiramis), e ele é conhecido como “O Senhor da Vida
e da Morte”, um título que tem profundos matizes maçônicos, mas antecede
em vários milênios a reputada história desse movimento secreto. É
interessante observar que também se descreve São Jorge em cima de uma
tábua cor-de-rosa enfeitada com rosas e rosetas, estabelecendo uma
explícita ligação com a deusa babilônica Ishtar, cujos templos eram
tradicionalmente enfeitados com rosetas”.34
Releva destacar que São Jorge (ou Tammuz) continua sendo, até hoje, o
Patrono da Inglaterra, e a Estátua da Liberdade (Semiramis ou Ísis), o
Símbolo Maior dos Estados Unidos!
Inglaterra e Estados Unidos, Tammuz e Semiramis, mais uma vez e, ao que
parece indissoluvelmente, a braços dados!
Retornando ao dragão, esse animal mítico, sempre desperto e alerta, era
consagrado, na simbologia greco-romana, a Atena ou Minerva, deusa da
sabedoria, patrona das Escolas de Filosofia mundo afora e que, como
sabemos, é apenas uma das muitas faces e denominações de Semiramis-
Baali, a indicar que a verdadeira sabedoria (a dos sábios e deuses
babilônicos) nunca adormece, permanecendo sempre vigilante!
O aparecimento, nas representações heráldicas, do leão e da águia, suas
versões simbólicas mais sofisticadas, não impediu, entretanto, que os
próprios dragões ou lagartos alados aparecessem, em pessoa, nos brasões
imperiais, em coroas, cetros e outros emblemas da realeza, especialmente a
britânica.
Além da figuração tradicional nesses antigos símbolos, o dragão foi, no final
do Século XX, também oficialmente incorporado às armas e brasões do
Príncipe de Gales (Ele mesmo, Charles de Windsor, viúvo de Lady Di e
namorado de Camila Parker-Bowles), herdeiro oficial do trono da Grã-
Bretanha!
Uma profusão de histórias, lendas e até mesmo teses científicas envolvendo
deuses, homens, aves e répteis tem sido herança freqüente e usual em
muitas culturas.
33 Sufistas: adeptos do misticismo arábico-persa, que sustenta ser o espírito humano uma emanação do divino, no
qual se esforça para reintegrar-se. N.A.
34 Fonte: Hopkins, Marilyn; Simmans, Graham & Wallace-Murphy, Tim in “REX DEUS”, Imago, Rio, 2000. P. 286.
12
Cientistas do mundo livre asseguram mesmo, por mais estranho que isso
possa soar, que nossas prosaicas aves, inclusive as galinhas, descendem dos
antigos dinossauros!
O símbolo da serpente, além de profusamente encontrado no lendário
mesopotâmico, também está presente na antiga Bretanha, na Grécia, em
Malta, no Egito, no Novo México, no Peru e em todas as Ilhas do Pacífico.
Antigas lendas da Assíria, Babilônia, China, Roma, América, África, Índia e
arredores, até mesmo passagens do Antigo Testamento, trazem estórias
sobre dragões e homens-serpente.
Existe uma semelhança irresistível entre alguns tipos de dinossauros e
antigas descrições dos míticos dragões. Certas espécies de pequenos répteis
indo-malaios, com asas cobertas por membranas interdigitais, se parecem
tanto com o animal das lendas que vieram a receber o nome genérico de
dragão.
Porém, um dos mais interessantes desses animais é um lagarto alado e
encouraçado, também semelhante à figura tradicional, conhecido por Moloch
Horridus.35 Moloch, como sabemos, é a antiga deidade fenícia identificada
com Nemrod-Baal-Tammuz, em louvor da qual milhares de crianças foram e
ainda são sacrificadas, em ritos satânicos.36
O próprio nome Tammuz significa aquele que aperfeiçoa pelas chamas
(Tam=aperfeiçoar e Muz=queimar), o que melhor ainda se explica pelo
antigo ritual de se queimarem crianças vivas, em sua homenagem, até hoje
barbaramente praticado.
Outra suposta divindade, à qual se oferecem sacrifícios de crianças em
rituais de satanismo é Cronos, rei dos Ciclopes e um dos Gigantes ou Titãs
da mitologia grega. Ele era conhecido como o construtor da torre e, nessa
qualidade, seria certamente uma outra versão para Nemrod, que erigiu a
bíblica Torre de Babel.37
O antigo festival celta de Beltane, na Bretanha, em 1º de maio (conhecido
como May Day), quando os druidas38 homenageavam a primavera e a
chegada do verão, envolvia cerimônias em que crianças eram queimadas no
oco de enormes figuras humanas feitas em palha ou vime. Herança
claramente babilônica, após a expansão da Fraternidade, através do seu
braço navegante fenício, pelo norte da Europa.
Teria havido, por acaso, nessas terríveis práticas, alguma origem comum ou
inspiração para que a Igreja, através da Inquisição39, tenha se fixado na
fogueira como método favorito de expiação de crimes e de purificação da fé?
35 Moloch Horridus: (Moloch: de cor malva, róseo-arroxeado. Horridus: horrível, selvagem, bárbaro, medonho, cabeludo.
Fonte: Dicionário Latino-Português, por Cretella Jr. e Ulhoa Cintra, Cia. Editora Nacional, S. Paulo, 1953. T. A: Dragão-Roxo
Horroroso ou Bicho-Cabeludo Roxo).
36 Icke, David in “The Biggest Secret”, P. 55.
37 Desborough, Brian in “The Great Pyramid Mystery”, Fonte: Icke, David, na obra citada.
38 Druida: Antigo sacerdote pagão, entre os gauleses, celtas e bretões. Não possuindo templos, reuniam-se nos bosques e
veneravam certas plantas como o visco, que era colhido todos os anos, solenemente, com uma foice de ouro. Reconheciam
vários deuses, mas sua principal divindade era Teutates, rei da Guerra. Acreditavam na imortalidade da alma e na
metempsicose (Fonte: Aurélio, doutrina segundo a qual uma mesma alma pode animar sucessivamente corpos diversos,
homens, animais ou vegetais; transmigração). A sua filosofia não era bem conhecida porque eles não escreviam e confiavam
tudo à memória dos discípulos. Além do seu papel religioso, tinham altas atribuições judiciárias. Nas grandes calamidades,
imolavam vítimas humanas a título expiatório. Eram também astrólogos, adivinhos, feiticeiros; recrutavam-se entre a nobreza e
obedeciam a um grande sacerdote, eleito por toda a vida. Fonte: Dicionário Lello, Porto, 1963, Volume III, P.1565.
39 Inquisição: Designam-se por este nome os tribunais estabelecidos em certos países na Idade Média e nos tempos
13
Já a festa em honra de Ninus-Tammuz era celebrada no dia 23 de junho,
comemorando sua ascensão do mundo subterrâneo, dias depois de haver
morrido. Uma vez ressuscitado, Tammuz passou a ser conhecido como
Oannes, o deus-peixe, e Oannes também é, como sabemos, uma versão
latina do nome João.
“Por isso, o nome João tem sido sempre usado como um símbolo para
camuflar Tammuz-Nemrod em personagens como, por exemplo, João, o
Batista”.
A data de 23 de junho, a Festa de Tammuz, tornou-se o dia em que a
cristandade celebra o dia de ... São João!” 40
Dessa mesma forma dissimulada, Nemrod e Semiramis têm freqüentemente
reaparecido, ao longo das idades, sob diversos outros simbolismos ocultos,
perceptíveis apenas aos olhos dos iniciados.
O mais comum e impactante de todos, pois é contemplado diariamente por
milhões de pessoas em todo o mundo, quase sem ser notado, é o Grande
Selo dos Estados Unidos, que abriga o misterioso olho vivo, representativo
do deus egípcio Osíris (ou seu equivalente babilônico Nemrod-Baal), sobre
uma pirâmide inacabada, o símbolo máximo dos Illuminati, presente no
verso de todas as notas de um dólar!
Em 1945, o antigo presidente dos Estados Unidos Franklin Delano Roosevelt,
um reconhecido maçom, rosa-cruz e membro da sociedade secreta Antiga
Ordem Arábica dos Nobres e Místicos, no Grau Cavaleiro de Pythias (uma
ramificação dos antigos Illuminati, que teve como membros de destaque
Mirabeau, Frederico o Grande, Goethe, Spinoza, Kant, Francis Bacon e o
nosso Garibaldi), decidiu introduzir tal símbolo na moeda americana.
A idéia lhe fora sugerida por Henry Wallace, seu secretário da Agricultura,
um ocultista praticante que achava haver chegado um momento de grande
importância na História americana, quando significativas transformações
espirituais viriam fatalmente a ocorrer entre a sua população.
Ele esposava essas crenças por influência de um mentor psíquico, o místico
russo Nicholas Roerich, também guru de outros membros do Gabinete de
Roosevelt.
Roerich adquirira conhecimentos ocultos e supostas habilidades paranormais
através de estágios em mosteiros budistas do Nepal e do Tibet. Ele buscava,
nessas ocasiões, além do aperfeiçoamento religioso e da meditação
modernos, para perseguir e punir os hereges. Teve principio em França nos fins do Século XII. Ordenando aos bispos
lombardos que entregassem à Justiça os hereges que recusassem converter-se, o concilio de Verona (1183) lançou as bases
da Inquisição. Para lutar contra os progressos da heresia albigense no Languedoc, Gregório IX organizou (1283) um tribunal
especial que confiou ao domlnlcanos. A ação deste tribunal estendeu- se, pouco a pouco, a quase todo o resto da cristandade.
Em Itália, e, principalmente, em Espanha, tomou o nome de Santo Oficio, criou fortes raízes e tornou-se instituição
poderosíssima que deixou lúgubres recordações, a que estão Iigados os nomes dos dois grandes inquisidores Torquemada e
Ximenes. A característica principal do modo de proceder da Inquisição era o segredo absoluto da instrução judiciária. Foi D.
João III quem introduziu a Inquisição em Portugal (1536). Teve tribunais efetivos em Lisboa, Évora, Goa e, temporariamente,
em Coimbra, Lamego, Tomar. O primeiro auto-de-fé realizou-se em Lisboa, na Ribeira Velha, em 20 de setembro de 1540. O
marquês de Pombal reduziu consideravelmente o poder do Santo Oficio, que foi extinto definitivamente em 1821. Durante os
dois séculos do seu exercício em Portugal, a Inquisição queimou cerca de 1.600 pessoas e condenou a diversas penas mais de
26.000. Ignora-se o número das que morreram no cárcere. Em 1808, Napoleão suprlmlu-a em Espanha; mas tornou a vigorar
de 1814 a 1883.
40 Desborough, Brian in “The Great Pyramid Mystery”, Fonte: Icke, David, na obra citada. P. 55.
14
profunda, indícios para localizar a cidade perdida de Shambala41, mítica sede
de uma legendária fraternidade cujos desconhecidos adeptos (ou Mestres),
na crença de muitos, teriam influenciado todos os grandes acontecimentos
mundiais ao longo da História.
Estes adeptos eram referidos nos círculos ocultistas por nomes tão diversos
quanto Chefes Secretos, Mestres Ocultos ou Grande Irmandade Branca.
Roosevelt ficou entusiasmado com a sugestão de Wallace e mostrou-se
ansioso para introduzir no dinheiro a imagem maçônica do olho que tudo vê
(segundo ele e outros da Maçonaria, um ícone para o Grande Arquiteto do
Universo), mas, como temia ferir suscetibilidades dos católicos, decidiu
sondar antes a opinião da Igreja.
Pediu, então, a James Farley, outro membro proeminente do seu Gabinete,
que fizesse a intermediação, obtendo como resposta um simpático e
surpreendente “OK. Vá em frente, nada contra!”42
Ao adquirir a certeza de que a inserção desses símbolos babilônicos no dólar
americano não causaria desgostos, aflições, nem impediria que o Vaticano
continuasse a receber seus óbolos, a transacionar ou a acumular poupança
entesourando as verdinhas pagãs, Roosevelt, aliviado, imediatamente
instruiu o Departamento do Tesouro a mandar rodar as novas notas de
dólar!
Para aqueles autores e intelectuais que conseguem enxergar, sem quaisquer
dúvidas, símbolos do credo babilônico nos corpos das principais religiões
monoteístas, eles seriam uma prova milenar de heranças da Fraternidade
entre os seus primeiros crentes, sacerdotes ou teólogos, remanescendo e
influenciando, em seu seio, até nossos dias.
Nessa linha simbiôntica, o chapéu Mitral (mesma raiz de Mitra!) em forma
de peixe, ainda hoje usado pelos Papas, não passaria de um antigo símbolo
de Nemrod. Este mesmo significado teria, igualmente, o anel do pescador,
usado por Sua Santidade.
De volta aos símbolos terrenos, portanto mais sólidos e tangíveis: o trono de
São Pedro, supostamente uma antiqüíssima relíquia do Vaticano, teve sua
41 Shambala: Essa misteriosa cidade seria a capital de Agarta ou Agarti, um vasto império escondido nas profundezas
terrestres que, segundo fontes ocultistas e várias escolas de mistério, seria composto por milhares de habitantes distribuídos
por inúmeras outras cidades. Alguns peritos sustentam que este mundo subterrâneo teria acesso através de compartimentos
secretos existentes dentro da base da grande Pirâmide de Queops, no Egito. De acordo com as mesmas fontes, existiriam
também algumas entradas (embocaduras) para Agarta localizadas no Brasil. As mais conhecidas são: "Sete Cidades" no Piauí,
"Serra do Roncador" no Mato Grosso, "Vila Velha" no Paraná, "Ilha de Itaparica" na Bahia, "Circuito das Águas" em Minas
Gerais, e a "Pedra da Gávea" no Rio de Janeiro. Para se penetrar nestes mundos seria necessária uma aceitação prévia ou a
posse de uma senha (que pode ser um determinado nível de desenvolvimento espiritual-Gnose). Segundo a mitologia persa,
esses portais seriam guardados por quatro estrelas, situadas nos quatro pontos cardeais: Aldebaran ao Leste, Fomalhaut ao
Sul, Regulus ao Norte e Antares a Oeste. Especula-se que, em 1919, o oficial britânico Percival Fawcett, na companhia de seu
filho e de alguns carregadores, teria comandado uma expedição rumo ao centro da Terra. Ele esperava estabelecer contato
com uma evoluída civilização intraterrestre, supostamente descendente dos Atlântidas. O mundo nunca mais ouviria falar dele.
Segundo diversas comunidades místicas, o explorador teria encontrado o portal que liga a Terra a essa e a outras civilizações
antigas, de grande poder espiritual e mais desenvolvidas que a nossa, preferindo não mais regressar à superfície. Esta
expedição teve lugar em solo brasileiro, no estado do Mato Grosso, na Serra do Roncador! Formada por chapadões como um
típico planalto, ela começa na cidade de Barra do Garças, a 500 quilômetros de Cuiabá, e se estende até a Serra do Cachimbo,
no Pará.
Fonte: Página na Internet do Instituto de Pesquisas Psíquicas Imagick.
42 Para o relato completo deste episódio envolvendo Roosevelt, ver: Howard, Michael, Na obra citada. P. 95. Tradução deste
autor.
15
real idade avaliada por uma comissão de especialistas, em 1968, que
estabeleceu as suas origens como datando do Século IX.
O que causa estranheza não é, propriamente, o fato dele ser bem mais
recente do que se imaginava antes, mas sim o da Enciclopédia Católica
descrevê-lo como ornado por doze painéis, retratando os doze trabalhos de
Hércules e, ao mesmo tempo, registrar em suas páginas que Hércules era
outro nome de Nemrod, antes dele se tornar, também, um deus grego.43
Teria essa decoração no trono papal recebido uma influência tão poderosa e
recente da Fraternidade e de sua religião babilônica? Como se explica esse
enigmático acontecimento?
Em 1825, o Papa Leão XII autorizou o Vaticano a cunhar uma medalha
comemorativa, retratando uma mulher em pose que reproduzia, de forma
escandalosa, a tradicional efígie da Rainha Semiramis. Ela segurava um
crucifixo na mão esquerda, uma taça na direita e trazia na cabeça uma
coroa de sete raios, idêntica à da Estátua da Liberdade, uma outra
representação de Semiramis oferecida à cidade de New York pela Maçonaria
Francesa.44
O povo judeu, como grupo étnico supostamente monolítico (religião à
parte), também não fica incólume ao bombardeio teórico.
Ao relatarem a trajetória dos homens brancos, após haverem descido das
montanhas do Cáucaso, do Irã e do Curdistão, passando pelos solos do que
hoje seriam o Egito, a Palestina, Israel, Jordânia, Síria, Irã, Iraque e
Turquia, esses mesmos estudiosos afirmam, categoricamente:
...Aqueles que nós chamamos de raça judaica, muitos também se
originaram da região do Cáucaso e não das terras de Israel, como todos
reivindicam. A história judaica e fontes antropológicas têm mostrado que
somente uma pequena parcela do povo conhecido como judeu tem alguma
relação genética com Israel. No Século VIII, um povo conhecido como
Khazars, vivendo nas montanhas do Cáucaso e na Rússia meridional, fez
uma conversão maciça à religião judaica.45 Mais tarde, quando o Império se
desdobrou, esse mesmo povo, durante longo período de tempo, migrou para
o norte e se fixou em outras partes da Rússia (e dos países bálticos N.A.),
Lituânia, Letônia e Estônia. Dali eles passaram à Europa Ocidental e,
eventualmente, aos Estados Unidos.
A família Rothschild pertence a esse ramo. Henry Kissinger também...46
Segundo o escritor judeu Arthur Koestler, quase todos os que colonizaram e
povoaram o estado judaico, exceto uma pequena minoria, têm sua origem
genética na Rússia meridional e não em Israel.
Koestler escreve a propósito dos khazars, o povo genericamente russo que
se converteu maciçamente ao judaísmo, em 740 d.C.
“Os khazars não vieram do Jordão, mas do Volga; não vieram de Canaã,
mas do Cáucaso. Geneticamente eles são muito mais relacionados aos
43 Icke, David in The Biggest Secret, P. 55.
44 Na mesma obra. P.54.
45 Khazars: O sítio www.jewishencyclopedia.com oferece mais completas informações sobre a matéria, sob os verbetes
Khazars ou Chazars. N. A.
46 Icke, David, in The Biggest Secret, P.182.
16
Hunos 47, aos Ugros 48 e Magiares49 do que às sementes de Abraão, Isaac e
Jacó. A estória do Império Khazar, ao emergir lentamente do passado,
começa a se revelar como a maior fraude que a História já perpetrou”.50
“O nariz adunco, considerado tão judeu, é um traço genético do sul da
Rússia e do Cáucaso, não de Israel”. 51
Segundo o pesquisador e escritor judeu Alfred M. Lilenthal, ...Não existe
nenhum antropólogo de boa reputação que discorde de ser o racismo judaico
uma tolice tão grande quanto o racismo ariano... A Antropologia divide a
espécie humana em três grandes grupos raciais reconhecíveis: os Negros, os
Mongólicos ou Orientais e os Caucasianos ou Brancos (muito embora
algumas autoridades se refiram a uma quarta raça - os Australóides)...
Membros da fé judaica são encontrados em todas essas raças e nas suas
subdivisões.52
Em síntese, e do ponto de vista exclusivamente científico, ensina o doutor
em Física pelo M.I.T. e reitor da Universidade de Brasília no período 1975-
1985, J. C. de Almeida Azevedo, que ...Não há raças, há uma espécie
apenas; todos os humanos pertencem ao reino animal, ao filo cordata, à
classe dos mamíferos, à família dos hominídeos, ao gênero homo e à espécie
homo sapiens.53
A tese, em seu rigor antropológico, aproximaria o judaísmo, incômoda e
definitivamente, à trilha exclusiva da fé e não de uma “raça judaica”
empalidecendo, sobremaneira, certas reivindicações ortodoxas da religião e
do seu braço político, conhecido mundialmente por Movimento Sionista, que
defende a posse das terras da Palestina como lar exclusivo de seu povo,
pelos direitos divino, histórico e sangüíneo!
Enfraqueceria, também, os esforços da combativa ADL (Anti-Defamation
League)54 ou “Liga Antidifamatória” da B´nai B´rith”55, sociedade sediada
47 Huno: Indivíduo dos hunos, povo bárbaro da Ásia central, que invadiu a Europa, sob a chefia de Átila, nos meados do séc. V.
Fonte: Dicionário Aurélio Século XXI.
Huno: Povo bárbaro das margens do Mar Cáspio que invadiu a Europa e devastou a Gália, capitaneado por Átila. Fonte:
Dicionários Lello Irmãos Editores, Portugal, 1963, Volume II, P.1661.
48 Úgrico, Ugro ou Uigúrico: Indivíduo dos úgricos, povo finês pescador e criador de renas que habita a Sibéria Ocidental
(Rússia), de baixa estatura, trigueiro, de face mongólica. A língua uralo-altaica falada por esse povo. Pertencente ou relativo aos
montes Urais e Altai (Ásia Central) ou aos povos que neles habitam. Povos de língua uralo-altaica: Família lingüística que se
estende pelos Bálcãs e N.E. da Ásia, e que se subdivide em três grupos: (a) o túrcico ou turco, que inclui o turco, o turcomano e
o azerbaidjani; (b) o mongoliano, cuja principal língua é o mongol; e (c) o manchu- tungue, que inclui o manchu e o evenque ou
tungue. Compilação do Autor nos Dicionários Lello Irmãos Editores, Portugal, 1963, Volume II, P.1262 e Aurélio, Século XXI.
49 Magiar: Povo uralo-altaico descendente dos Ugros (antigo nome dos ostíacos) emigrados dos Urais em 898 e que povoou a
Hungria. Húngaro. Fonte: Dicionário Lello Irmãos Editores, Portugal, 1963, Volume II, P.1726.
50 Koestler, Arthur, in The Thirteenth Tribe, Hutchinson, London, 1976.
51 Icke, David in The Biggest Secret, P. 90.
52 Lilenthal, Alfred M. in What Price Israel? Henry Regnery, Chicago, 1953, P. 213, 214.
53 Azevedo, José Carlos de Almeida (doutor em Física pelo MIT-Massachussets Institute of Tecnology; vice-reitor da
Universidade de Brasília entre 1968 e 1975; Reitor da Universidade de Brasília de 1975 e 1985) in “Horóscopos e
telescópios”, no J. do Brasil, em 10/04/2003, P. A15.
54 ADL-Anti-Defamation League: Zeloso “Comitê de Guarda” da B´nai B´rith, suspeito de ser resultado de uma operação de
inteligência britânica. Alguns, como Devon Jackson, (Na obra “Conspiranoia”, Plume-Penguin Books, N.Y., 1999. P. 47) afirmam
que foi fundada nos Estados Unidos pelo MI6 (Serviço Secreto Britânico) e dirigida durante algum tempo por Saul Steinberg, um
rumoroso associado em negócios com os Rothschild.
17
nos Estados Unidos, mas de ação planetária, dedicada a combater todas e
quaisquer pressões contra o povo judeu, em especial as que possam advir
de conotações supostamente racistas.
Muito embora o movimento de defesa racial, comandado pela ADL, ainda
seja fortíssimo e assim, compreensivelmente, deva continuar, a percepção
da real existência dessas manipulações internas começou a provocar, já há
algum tempo, indignadas reações, corajosamente iniciadas no próprio seio
do judaísmo.
Benjamin Freedman, escritor judeu ligado aos sionistas de topo dos anos 30
e 40, demonstra como essa insidiosa infiltração pode prejudicar interesses
genéricos do seu povo, desservindo a causa judaica, e por certo afirma, tão
contundentemente, que a expressão anti-semitismo deveria ser banida da
língua inglesa:
“O anti-semitismo serve apenas a um propósito, nos dias de hoje. Ele é
usado como uma expressão de injúria. Quando aqueles que se
autodenominam judeus sentem que alguém se opõe aos seus objetivos
reais, procuram desacreditar suas vítimas aplicando-lhes os termos antisemita
ou anti-semítico, através de todos os meios que tiverem sob seu
comando ou sob seu controle”. 56
Para ajudar a que melhor se compreenda a tese da manipulação religiosa,
desde a mais remota antiguidade, Icke nos propõe solucionar o seguinte
enigma57:
— De quem estou falando?
“Ele nasceu de uma Virgem, pela Concepção Imaculada de um Espírito
Santo. E isso confirmou uma antiga profecia. Quando nasceu, um tirano que
estava no poder quis matá-lo. Seus pais tiveram que fugir em busca de
segurança. Todas as crianças do sexo masculino, com menos de dois anos,
foram mortas pelo tirano, que visava exterminar aquele menino. Anjos e
pastores compareceram ao seu nascimento e ele ganhou de presente ouro,
incenso e mirra. Ele foi saudado como o Salvador e levou uma vida de
elevados padrões morais e de humildade. Operou milagres que incluíram
desde a cura de doentes e o restauro da visão de cegos quanto o exorcismo
de demônios e a ressurreição de mortos. Foi dado à morte numa cruz, entre
dois ladrões. Ele desceu aos infernos e, ressurgindo dos mortos, subiu aos
céus”.
Parece Jesus? Sim? Mas não é.
55 B´nai B´rith: Uma Fraternidade Judaica fundada em 1843 em New York, hoje possuindo um quadro de associados
internacional. Fonte: o “Webster’s New Twentieth Century Dictionary of the English Language”, second edition, Collins World,
1975, USA, p.201.
B´nai B´rith: Organização gêmea da ADL, a “Ordem Independente da B´nai B´rith”, que também significa “Fraternidade da
Aliança”, é uma loja maçônica de escol destinada à assimilação (aceitação pacífica pelas sociedades locais) de seus membros.
Fundada num restaurante nova-iorquino, em 1843, por imigrantes judeus maçons que pretendiam se tornar bons americanos.
Seus membros incluíram o ator Eddie Cantor e o teórico- marxista Leon Trotsky. Fonte: Jackson, Devon Na obra citada. P.47.
T.A.
56 FREEDMAN, Benjamin, citado por Icke, David em “The Biggest Secret”, by Bridge of Love Pub., Mo., USA, 2ª ed. revista e
ampliada ,7ª impressão, Nov. 2001, P. 89. Destaques deste Autor.
57 Em “The Biggest Secret”, by Bridge of Love Pub., Mo., USA, 2ª ed. revista e ampliada, 7ª impressão, Nov. 2001, P. 91, T.A.
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Esta é uma exata descrição da vida de Virishna, um deus salvador oriental,
cultuado 1.200 anos antes do nascimento de Cristo!
Ainda segundo aquele autor, se quisermos encontrar um salvador que tenha
morrido para que fossem perdoados todos os nossos pecados é só escolher
um do mundo antigo, pois todos se originaram, igualmente, com os antigos
árias e seus descendentes consangüíneos da corrente gerada no Oriente
Próximo e nas montanhas do Cáucaso!
E estes são alguns desses Filhos de Deus:
Krishna do Industão; Buda da Índia; Salivahana da Bermuda; Osiris e Horus
do Egito; Odínio da Escandinávia; Zoroastro da Pérsia; Baal e Taut da
Fenícia; Indra do Tibete; Bali do Afeganistão; Jao do Nepal; Tammuz da
Síria e da Babilônia; Attis da Frigia; Xamolxis da Trácia; Zoar dos Bonzos;
Adad da Assíria; Deva Tat e Sammonocadam do Sião; Alcides de Tebas;
Micado dos Xintoístas; Beddru do Japão; Hesus ou Eros e Bremhillahm dos
Druidas; Thor, filho de Odínio, da Gália; Cadmus da Grécia; Gentaut e
Quetzalcoatl do México; Ischi de Formosa; Fohi e Tien da China; Adonis,
filho da virgem Io, da Grécia; Ixion e Quirinus de Roma; Prometeus do
Cáucaso e Maomé de Arábia.
Todos esse filhos de deus ou profetas (com algumas poucas exceções) e
suas respectivas religiões feitas sob medida para cativar as mentes, vieram
dos locais ocupados ou influenciados pelos povos do Cáucaso e do Oriente
Próximo. Exatamente as terras dos membros da Fraternidade!
Sutilezas e divergências religiosas ou pseudo-raciais à parte, excelentes
pretextos para dividir e conquistar a todos nós, voltemos a nos concentrar
nas simbologias ocultistas da Fraternidade.
O peixe e a pomba, antigos ícones babilônicos, continuam largamente
usados em rituais religiosos e em símbolos e cerimônias nacionais.
O Sinn Fein, braço armado do IRA (Irish Republican Army, o Exército de
Libertação Nacional da Irlanda do Norte), visto por muito como terrorista,
tem a pomba como escudo, também encontrada nos cetros usados pela
monarquia britânica. Ambas as instituições seriam fronts modernos para a
Fraternidade Babilônica! 58
Explicam-nos os teóricos que, nos eventos pagãos, esses emblemas têm seu
significado comum revertido, para passarem despercebidos aos olhos do
público. Assim, nesses rituais ocultistas, a pomba, para todos nós,
supostamente o símbolo da Paz, representaria, na realidade, a morte e a
destruição.
Essa reversão das simbologias permite que a Fraternidade possa dispor de
seus ícones em público, sem despertar atenções, justamente porque as
pessoas comuns não têm a mínima idéia do que representam para o círculo
íntimo e mágico do poder.
Como visto, todas as linhagens de sangue da realeza européia descenderiam
dessa dinastia babilônica, pelo ramo Merovíngio, e os belos símbolos que
ostentam nas cabeças coroadas seriam meras representações modernas do
barrete com chifres, visto nas representações pictóricas de Nemrod-Baal, o
deus-sol.
58 Na mesma obra.
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Os grandes cornos representavam a autoridade do monarca e, mais tarde,
evoluíram para uma tiara metálica com três pequenos chifres estilizados,
símbolo do poder real pela autoridade divina, cujo moderno ícone é a florde-
lis (belíssimo emblema da trindade babilônica: Nemrod-Semiramis-
Tammuz), encontrada em todos os objetos de poder da moderna realeza.59
A flor-de-lis, uma espécie de lírio, que historiadores ortodoxos da arte
eclesiástica dizem ser representação de pureza, para os iniciados,
entretanto, transmite também a integridade consangüínea dos descendentes
da Casa Real de Israel (David, Salomão e Jesus), unida por laços de pureza
genética às dinastias Merovíngias.60
Não é de se estranhar, portanto, diante de tantas possibilidades de estarmos
convergindo para um sincretismo étnico e religioso que, pelo mundo afora e
em todos os tempos, tenha sido possível encontrar-se os mesmos rituais e
religiões do Sol, tanto na Suméria, Babilônia, Assíria, Egito, quanto na
Bretanha, Grécia e na Europa em geral, México e América Central, Austrália,
enfim, em todo lugar!
A adoração ao fogo e ao astro-rei era o foco da religião na Índia, onde seus
festivais homenageavam, simbolicamente, o ciclo do Sol, durante todo o
ano.
Na história de Jesus é possível perceber-se constantes referências aos ciclos
solares e aos simbolismos da astrologia e das escolas de mistérios. A coroa
de espinhos nada mais seria que uma tosca representação dos raios solares,
exatamente como a coroa de espigões em torno da cabeça da Estátua da
Liberdade (Semiramis-Isis)!
As cruzes e os círculos desenhados sobre cabeças também identificam o Sol
e têm papel intensamente simbólico na astrologia.
Leonardo da Vinci, grão-mestre do Priorado de Sion (Sion=Zion=Sol)61 usou
desse mesmo simbolismo para pintar sua “Última Ceia”, exposta em Milão.
Ele dividiu os 12 discípulos (os doze símbolos do Zodíaco) em quatro grupos
de três com Jesus, o Sol, no meio deles.
É voz corrente que Da Vinci também pode ter pintado um dos doze
discípulos de sua Última Ceia (hoje bastante danificada e um tanto diferente
do desenho original, por ter sofrido diversas restaurações), com feições
femininas para que representasse, aos olhos iniciados, a deusa Semiramis,
Ísis, Minerva, Barati.
Dizem os teóricos que a crença cristã de haver Jesus nascido em 25 de
dezembro deve-se a uma data emprestada ao culto religioso do Sol Invictus
(o Sol nunca vencido), pelas razões já aventadas. Ele teria morrido na
Páscoa, pregado na cruz, versão tomada à mesmíssima história antiga, pois
os egípcios já representavam Osíris na cruz, uma simbologia astrológica.
Segundo os antigos, o Sol teria levado três dias para se recuperar de sua
“morte”, em 21 ou 22 de dezembro. Nos Evangelhos, quantos dias se
59 Na mesma obra.
60 Fonte: Hopkins, Marilyn; Simmans, Graham & Wallace-Murphy, Tim in REX DEUS, Imago, Rio, 2000. P. 286.
61 Priorado de Sion ou A Ordem do Sol: misteriosa e ultrapoderosa sociedade secreta da qual se diz que controlava a Ordem
dos Templários e sucessoras, operando até os dias de hoje. Ordem do tipo gnóstica, criada originalmente para preservar a
linhagem de sangue dos reis Merovíngios, que se consideravam descendentes do Rei Salomão e do próprio Jesus Cristo.
Estabelecida em 1099, no Monte Sião, em Jerusalém, foi a força-guia da Maçonaria e dos Cavaleiros Templários, tendo entre
seus membros mais famosos Da Vinci, Isaac Newton, Joana d’Aarc, Claude Debussy e Jean Cocteau. Fonte: Jackson, Devon,
na obra citada. P.40.
20
passaram entre a morte e a ressurreição de Jesus? Três! O mesmo tempo
que o filho do deus babilônico, Ninus-Tammuz, demorou para se reerguer da
morte! 62
Assim o Evangelho de Lucas descreve como aconteceu a morte de Jesus (o
Sol) na cruz:
“Por volta da hora sexta, as trevas cobriram toda a terra, até a hora nona,
por haver o Sol se eclipsado.” (Lucas, 23-44)
O Filho/Sol (Son/Sun, em inglês, com a mesma pronúncia) morreu e então
se fizeram as trevas... E quantas horas se passaram na escuridão? Três!
O dia universal do repouso semanal cristão, o domingo, nada mais é do que
o mesmo dedicado ao deus-sol Nemrod-Baal (SUN-day, dia do Sol na língua
inglesa), ao passo que o dia da semana dedicado a Semiramis é a segundafeira
(MON-day, em inglês) ou, ainda melhor, MOON-day (dia da Lua, na
mesma língua).
A tradição simbólica diz que Jesus foi crucificado na Páscoa certamente por
ser o equinócio da primavera (no Hemisfério Norte), quando o Sol (Jesus)
entra no signo astrológico de Áries (o Carneiro), e o Sol (Jesus) triunfa sobre
a escuridão!
Não por acaso essa é a época em que, no Hemisfério Norte, a vida animal e
vegetal se recompõem (é o tempo do renascimento), por haver nos dias
mais claridade que escuridão...
Já as Igrejas Cristãs, todas elas, são construídas no sentido leste-oeste, com
os altares voltados para o leste. Isso simplesmente significa que os fiéis,
sem exceção, e provavelmente sem nunca haverem percebido, oram sempre
em direção e reverência ao Sol nascente...
Apesar da tradição de prevalência usualmente concedida a Baal sobre
Semiramis, a hierarquia nessa tribo consangüínea não seria absolutamente
masculina uma vez que muitas posições-chave, ao longo dos tempos, têm
sido ocupadas por mulheres. Em termos gerais, entretanto, ela é
predominantemente masculina e será referida, daqui por diante, nesta obra,
pela mesma denominação utilizada por alguns desses autores: a
Fraternidade.
· Trecho de livro que está sendo escrito pelo autor.
· Correio Eletrônico: Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
· Página na Internet: www.armindoabreu.ecn.br
62 Icke, David in The Biggest Secret, P. 95.

1ERAM DEUSES OS PAIS DA GLOBALIZAÇÃO?

Armindo Abreueconomista

“O mundo é governado por personagens muito diferentes daquelasimaginadas pelas pessoas que não contemplam os bastidores”, dizia oprimeiro-ministro da Grã-Bretanha, Benjamin Disraeli, sob a Rainha Vitória.Sim, o poder tem síndicos ocultos. Existem sólidas evidências de que semprefoi assim: manipuladores e marionetes. Mas, quem está, invisível, nocomando dos títeres? Por trás das cortinas desse processo tido comoirreversível, a globalização, quem são os diretores de cena? E se detém ocontrole dos nossos cordéis, como manipulam os mercados a partir desímbolos, tecem a teia das religiões e se encobrem em sociedades secretas?Não, esse ensaio não é uma peça de ficção. É preciso recuar muito,muitíssimo, no tempo, na História e em certos conceitos para encontrarmoso fio da meada da nossa tese. O maior truque das fraternidades que ditam aevolução ou involução dos movimentos e modelos globais é convencer atodos de que não existem.Com o amplo apoio de historiadores, antropólogos, etnólogos e geneticistas,podemos, de modo geral, aceitar que o núcleo primário da chamada raçabranca seja originário das montanhas do Cáucaso, do Irã e do Curdistão. Talprincípio já estaria tão consagrado que os homens e mulheres de pelebranca são, aberta e oficialmente, reconhecidos e identificados, emdocumentos de países do Hemisfério Norte (em especial pelos formulários doDepartamento de Imigração dos Estados Unidos...), como caucasianos.Segundo princípios de antropologia defendidos por estudiosos dessa matériaespecífica, desenvolveram-se duas novas linhagens terrenas, a partir dogrupo caucasiano inicial: uma procurou manter-se íntegra, relacionando-seapenas entre seus membros e descendentes exclusivos, conservando apureza genética e a aparência original, definida aos nossos olhos pela pelemuito clara, cabelos louros e os olhos azuis. Seriam, nessa óticaarrogantemente racista da Elite Global, os membros excelsos ou sublimes danossa civilização, os que exerceriam de fato o controle de todos os demais,conhecidos e identificados apenas pelos seus pares do mais alto grau deiniciação da Fraternidade Babilônica. A outra vertente teria se formado pelainteração do grupo inicial com os habitantes autóctones das terras baixas,originalmente negros, amarelos ou vermelhos, dando início às novascorrentes biológicas terrenas, como as conhecemos hoje. Ressalte-se,entretanto, que os integrantes dessa segunda vertente, a reprodutora, têmprocurado manter-se tão puros quanto possível, relacionando-se quasesempre entre famílias de iguais, os descendentes do pequeno círculoformado por pessoas de antecedentes genéticos assemelhados. Estesseriam, na voz dos ‘especialistas’, “...os membros predominantes das2famílias dos ‘Illuminati’ que têm manipulado o curso da História desde ostempos da Antiga Suméria.” 1 2O círculo mais restrito e particular desses alvos habitantes das terras altasteria adquirido ou desenvolvido conhecimentos esotéricos, filosóficos ecientíficos tão exclusivos e sofisticados para a época que passaram a sedistinguir dos demais, não somente pela aparência mas, em especial, pelaavançada cultura, atraindo para si invejas, incompreensões e hostilidades.Isso fez com que se retraíssem e passassem a compartilhar essesconhecimentos de forma velada, em associações formadas apenas entreseus iniciados, ou irmãos, daí o nome de Fraternidade dado ao seuexclusivíssimo conjunto, hoje espraiado por todo o globo terrestre.E esses núcleos de iniciados constituíam o que hoje os pesquisadoresdenominam “Escolas de Mistérios” (Mistery Schools).Entre as principais, pioneiras, estavam as Escolas de Mistérios da Babilônia,do Egito e da Grécia, onde o conhecimento restrito e esotérico era guardadosob o mais estreito sigilo: na verdade, a quebra ao juramento de silêncio erapunida com a morte!Segundo o filósofo e autor maçônico Manly Hall, ... “As Escolas de Mistériosforam criadas e estabelecidas como sociedades secretas para evitar asinterferências externas, enquanto nelas os iniciados tentavam estabeleceruma ponte que reduzisse as distâncias entre o conhecimento dos mundosmaterial e espiritual.”O fato é que, independentemente de sua origem, visando a escapar deincômodos maiores, membros dessa sofisticada elite branca alterosa teriamemigrado, há milhares de anos (após o dilúvio bíblico), para as terras maisbaixas, correspondentes ao que hoje chamamos de Iraque, Egito, Israel,Palestina, Jordânia, Síria, Irã e Turquia, misturando-se seletiva ecuidadosamente aos povos locais.Naquele tempo, já existia nessas terras uma civilização chamada Suméria,estabelecida na região da Mesopotâmia, hoje Iraque, formada entre os riosTigre e Eufrates. Estima-se que a Suméria possa ter-se formado cerca de6.000 anos a.C. e ela fez parte do Império Babilônico, que tanto influenciouas crenças do judaísmo e, por este, o cristianismo, assim como também veioa ocorrer com a civilização egípcia.Alguns autores afirmam que a Suméria foi o berço original de grande partedo conhecimento que moldou a nossa existência e a nossa cultura. Paraeles, a crença cristã num Filho de Deus e num Cordeiro de Deus morrendopara a remissão dos pecados da humanidade podia ser encontrada naBabilônia, na Suméria e no Egito. A idéia de um cordeiro morrendo paraperdoar os pecados da humanidade também se origina da crença Sumériade que se um desses animais fosse sacrificado num altar os pecados daspessoas envolvidas no ritual seriam literalmente perdoados pelos deuses.... “Mães virgens de homens-deus ‘salvadores’ abundaram no mundo antigoe ainda podem ser encontrados nas crenças de povos nativos das Américasdo Norte, do Sul e Central. A história bíblica dos Jardins do Éden é espelhadana história muito anterior do Jardim de Edinnu, e mesmo a idéia do Sabbat1 Icke, David in “ … and the truth shall set you free”, by Bridge of Love Pub., Cambridge, England, 1995. P. 25 e 26.Icke, David in”The Biggest Secret”, em diversas passagens.2 Tese Central do livro de Springmeier, Fritz em “Bloodlines of the Illuminati”, Ambassador House, New York, 1992.3judaico pode ser encontrada no dia de repouso Sumeriano, o Sabattu. Osjudeus que foram mantidos no cativeiro da Babilônia levaram muitas dessashistórias consigo, de volta para a Palestina, quando foram libertados pelospersas. Elas encontraram seu caminho no Velho Testamento da Bíblia e, daí,passaram ao Novo Testamento Cristão. Muitas idéias religiosas de hoje sãomeras reciclagens de antigas crenças e histórias simbólicas... e hoje, quandoseu sentido original se perdeu, aparecem distorcidas, sob uma avalanche demitos e invenções...” 3Fecundando ou influenciando alguns desses habitantes dos baixiosbabilônicos, os homens brancos trouxeram-nos para o seio de sua linhagemgenética, tornando-os partícipes do elevado conhecimento de quedesfrutavam e das ações que empreendiam às escondidas. Esses novosgrupos étnicos expandiram-se e infiltraram-se pelo novo território e suaspopulações, sob denominações distintas, entre as quais se pode destacar ospovos hitita e fenício.Ambos, outrora creditados exclusivamente como semitas, acredita-se hojetenham sido definitivamente mesclados pela linhagem dos antigos árias,razão precípua de muitos ainda possuírem características físicas daquelegrupo, levadas também no passado, em suas incursões militares ecomerciais, ao Norte da Europa e a outras partes do mundo.Pesquisas conduzidas por Desborough 4 garantem mesmo que os feníciosforam o primeiro grande grupamento étnico caucasiano a ser formado comodescendente consangüíneo da Fraternidade Babilônica. Eles seriam, nessaqualidade, tanto os pais de outros povos, seus contemporâneos, como, porexemplo, o cérebro por trás da avançada civilização egípcia.Após essa suposta miscigenação registra-se, coincidentemente, um súbitosurto de progresso cultural e tecnológico dos povos que habitavam aSuméria, a Assíria, o Egito e o Vale do Industão. 5Segundo a “historiografia oficial”, foi a raça branca “ariana” (eles seautodenominavam árias), das montanhas do Cáucaso, que se moveu emdireção ao Vale do Industão, na Índia, pelo ano 1550 a.C., e criou o que seconhece hoje como religião (ou filosofia) hindu, o vedismo, sucedido pelobramanismo. 6E foi essa mesma raça “ariana” que introduziu na Índia a antiga línguasânscrita7, bem como as estórias e mitos contidos no livro sagrado hindu, os3 Icke, David, in “... and the truth shall set you free”, Bridge of Love Pub., Cambridge, 1995. P. 25 T.A.4 Desborough, Brian in “The Great Pyramid Mystery, Tomb, Occult Initiation Center, Or What?” Fonte: Icke, David in “TheBiggest Secret”, P.16.5 Vale do Industão: Vasta península triangular da Ásia meridional, limitada ao norte pelo Himalaia, e banhada pelo Golfo deBengala, pelo Mar de Omã e pelo Mar das Índias. Índia atual. Fonte: Dicionário Lello, Porto, 1963, Volume III, P.1671.6 Bramanismo: nome atribuído à organização social, política e religiosa que, depois de haver sucedido ao vedismo e de ohaver transformado, se desenvolveu entre os Árias do Vale do Ganges, sob influência da casta sacerdotal ou dos brâmanes.Segundo as concepções religiosas destes últimos (o dito bramanismo), Brame, deus supremo, impessoal, encarnou-sesucessivamente em Brama, deus pessoal, Vixnu e Shiva. Esta tríplice encarnação constitui a trindade indiana, chamadaTrimúrti. Por seu lado, Brama, primeira encarnação de Brame, teve quatro filhos de que emanaram as quatro castashereditárias da Índia: brâmanes, xátrias, os impuros e os párias. A época, por excelência, do pensamento bramânico,compreende os sete séculos anteriores a Jesus Cristo. Fonte: Dicionário Lello, Porto, 1963, Volume III, P.1465 e 1931.Vedismo: Forma primitiva da religião hindu, conforme denominada pelos europeus.Fonte: Dicionário Lello, Porto, 1963, Volume II, P.1279.7 Sânscrito: Língua sagrada dos brâmanes e do Industão (vasta península triangular da Ásia meridional, limitada ao norte peloHimalaia, e banhada pelo Golfo de Bengala, pelo Mar de Omã e pelo Mar das Índias. Índia atual). Fonte: Dicionário Lello, Porto,1963, Volume III, P.1671.4Vedas8, onde a trindade divinal chamada trimúrti, composta por Brama-Xiva-Vixnu reproduz outros triunviratos histórico-religiosos, como obabilônico Nemrod-Semiramis-Tammuz e o egípcio Osiris-Ísis-Hórus queprecederam, em muitos séculos, a Sacra Família cristã, Jesus-Maria-José!Um olhar mais recente e atento dos estudiosos dessas questões revela que aépoca estimada para a fundação do império babilônico parece, agora, bemanterior ao que se estimou inicialmente, remontando à era pré-diluviana. 9Segundo lendas, textos antigos e a própria Bíblia, um dos construtores doImpério Babilônico teria sido Nemrod, filho de Cush, neto de Noé.Cush assumira a chefia do clã babilônico e institucionalizara o sistemapoliteísta numa época em que os homens eram endeusados pelos próprioshomens e Anu considerado o pai e chefe de todos os demais deuses.Por sua ação terrena e espiritual, Cush tomou o lugar de Anu (Annu ou An)no imaginário religioso e assumiu, ele próprio, o seu lugar divinal, tornandosepai de todos os deuses e demônios e, nessa qualidade, foi adoradotambém com os nomes de Enlil, Bel, Janus, Mercúrio, Hermes e Caos,nomes ou títulos transferidos, posteriormente, a seu filho Nemrod.Nemrod, sucessor do pai Cush, nomeara a cidade de Calneh em homenagemao deus de outrora, destronado por seu pai (Calneh significa A Fortaleza deAnu, Gênesis, 10:9).Dessa forma, Nemrod inaugurou uma tradição de respeito e louvor a Anuque, estranhamente, perpetuou-se até nossos dias, inclusive entre ocatolicismo. O símbolo de Anu, duas cruzes superpostas em forma deasterisco, aparece ornamentando o chapéu mitral do sumo pontífice.Nemrod, ao suceder a Cush, ficou conhecido como um tirano poderoso, umdos gigantes ou titãs10, que reinou com sua mulher, a rainha Semiramis,sendo ambos reconhecidos ou elevados a deuses da Religião Babilônica porseus contemporâneos, descendentes e adeptos.Semiramis também é reverenciada como “Astarte” ou A Mulher que fez aTorre, uma provável referência à Torre de Babel, supostamente construídapor seu marido Nemrod.118 Vedas: Os quatro livros sagrados da Índia em língua sânscrita, atribuídos à revelação de Brama (deus supremo dos antigoshindus, emanação de Brame e criador do mundo, dos deuses e dos seres. Na forma atual da religião, Brama é a primeirapessoa da trindade, mas agora considerado apenas uma emanação, quer de Xiva quer de Vixnu). São coleções de orações, dehinos, de fórmulas de consagração, de expiação etc., relacionando-se com o sacrifício e a manutenção do fogo sagrado OsPuranas, os Sutras etc., são comentários desses livros. Fonte: Dicionário Lello, Porto, 1963, Volume III, P.1465 e 1931.9 O Dilúvio: Na concatenação da História da Salvação, a Bíblia recolhe uma lenda babilônica antiga, comum tanto aos sumérioscomo aos romanos. Essa lenda mesopotâmica deve ter tido sua origem em alguma inundação famosa verificada nos seus riosTigre e Eufrates. Nas mitologias antigas o dilúvio é pintado como um dos castigos dos deuses. A Bíblia utiliza essa velha crençapopular, adaptando-a ao Deus vivo. Não obstante, a narração do dilúvio, uma simples lenda assumida pela Bíblia, contém umagrande mensagem teológica: Deus não suporta a iniqüidade, mas Sua misericórdia está sempre presente, mesmo quandocastiga. Ao destruir um mundo corrompido suscita um gérmen de salvação: Noé, o arauto da justiça.O dilúvio, lavando o mundo antigo dos seus crimes e fazendo nascer da água um mundo novo, é figura do batismo que nossalva. Fonte: a “Bíblia Sagrada, Nova Edição Papal”, Missionários Capuchinhos, Lisboa, Notas às páginas 23 e 24.10 Titã: Do grego titán, pelo latim titane. Cada um dos gigantes que, segundo a mitologia, pretenderam escalar o céu e destronarJúpiter. Fonte: Dicionário Aurélio Século XXI.Titã: Personagem da mitologia grega. 1. Cada um dos doze filhos (seis homens e seis mulheres) havidos entre Urano (o Céu) esua mãe Gaia (a Mãe-Terra) e, posteriormente, todos os seus descendentes. Eles se rebelaram contra seu pai e o depuseram,elevando Kronos, um deles, ao trono do universo. Depois de uma longa disputa, foram derrotados por Zeus (ou Júpiter, emlatim, N.A.), e sucedidos pelos deuses do Olimpo. 2. O sol personificado; o deus-sol Helios. Fonte: Webster’s New TwentiethCentury Dictionary of the English Language”, second edition, Collins World, 1975, USA, p.747 e 1915.T.A.11 Fonte: Icke, David in “The Biggest Secret”, P.53.5Entretanto, esse nome parece ter mesmo evoluído a partir de uma antigadeidade originária da Índia, Semi-Rama-Isis ou Semi-Ramis.12Uma ampla gama de nomes e expressões identificam a deusa da religiãobabilônica Semiramis. Entre os vários encontrados ou identificados por esteautor, nas diversas fontes citadas nesta obra, destacam-se (em ordemalfabética):IDENTIDADES ALTERNATIVAS de SEMIRAMISAfrodite, Angerona; Antu; Artemísia; Astarte; Astoreth; Astorga; Athena;Baali; Baphomet; Barati; “Cabeça 58m” (Head 58m ou Caput LVIIIm);Ceres; Cibele; Deméter; Diana; “Estátua da Liberdade”; “Grande Mãe Terra”(A Gaia, da New Age); Hathor (ou Heather) 13; Hera; Ishtar; Isis; Juno; Kali;Lilith; Lucifera; Mari; Maria; Minerva; “Mistério da Babilônia é o seu nome”(“Mistery Babylon, her name...”); Mulher Escarlate; Mut; Ninkharsa; Noivado Homem Verde; Nossa Querida Senhora (Our Dear Lady); Nossa Senhorada Luz; Ostara; Rainha do Céu (Rhea); Rainha do Mar; Rainha do Mundo;Rainha do Submundo; “Semiramis, A Viúva”; “Sobre a sua testa estavaescrito um nome: Mistério, A Grande da Babilônia, A mãe de todas asProstitutas e Abominações da Terra” (Upon her forehead was a namewritten: Mistery, Babylon The Great, The Mother of Harlots andAbominations of the Earth); Stella Maris; Sophia; Vênus; Virgem Celestial;Virgem do Lago; Virgem Mãe dos Deuses; Virgem Negra; Virgem QueChora; Virgo.Já a Nemrod, celebrado como o “deus-sol”, foi dado o título de Baal (MeuSenhor) e a Semiramis, consagrada como a deusa-lua, o de Baali (MinhaSenhora).Não passa, por isso, despercebido a esses pesquisadores o fato daexpressão Mea Dona, equivalente latino de Minha Senhora, título atribuído aSemiramis-Baali, ao ser transportada para o italiano haver-se transformadoem Madonna, expressão que designa, também, Maria, a mãe de Jesus. 14Nemrod era reverenciado num duplo papel: o de Deus-Pai-Senhor e tambémno de Ninus, o filho carnal havido de Semiramis, supostamente através deum nascimento virginal, um dos significados místicos do ramo de oliveira,este também um símbolo dos cavaleiros templários15.De Ninus, igualmente denominado Tammuz, dizia-se haver sido crucificado,tendo um cordeiro aos pés, e seu cadáver sepultado em seguida numacaverna.Dias depois, quando a pedra que guardava a entrada da caverna foi rolada,o corpo de Ninus-Tammuz havia desaparecido, ascendido aos céus...Para pesquisadores ocidentais mais céticos, o enredo desta antiqüíssimatrama babilônica é por demais conhecido entre nós, também a partir da era12 Desborough, Brian in “The Great Pyramid Mystery”, Fonte: Icke, David in “The Biggest Secret”, P.182.13 Hathor ou Heather: ambas as denominações possuem a mesma pronúncia em inglês, representando, na verdade, formasgráficas alternativas para o mesmo nome da deusa. N. A.14 Na mesma obra.15 Fonte: Hopkins, Marilyn; Simmans, Graham & Wallace-Murphy, Tim in “REX DEUS”, Imago, Rio, 2000. P. 286.6cristã, para ser considerado, apenas, mera coincidência entre tradiçõesreligiosas aparentemente tão distintas...“Tammuz, filho de Ishtar, é provavelmente a mais antiga divindade aincorporar o princípio da ressurreição para uma nova vida que se acreditavaocorresse na primavera, e é celebrado hoje nos festivais populares do Dia daPrimavera.Para os maçons, Tammuz é uma figura de imenso significado, representandoa corporificação da ressurreição espiritual para um estado superior deconsciência e gnose”.16 17IDENTIDADES ALTERNATIVAS de NEMROD:Adad; Adonis; Alcides; Amen-Ra; Anu; Attis; Baal; Bacchus; Baco; Bali;Bell; Bremhillahm; Cadmos; Caos; Cronos; Deoius; Dionísio; Eannus; El-Khidir; Enlil; Eros; Hércules; Hermes; Hesus; Hórus; Indra; Iswara; Ixion;Jano; Janus; Jao; Jesus; João Batista; Krishna; Krst; Mammon; Mercúrio;Mitra; Mitras; Moloch; Ninus; Odinio; Osiris; Quirinus; São Jorge;Salivahana; Saturno; “Senhor da Vida e da Morte”; Tammuz; Taut; Thor;Virisana; Zoar; Zoroastro.18Segundo o livro do Gênesis, os primeiros centros do reino de Nemrod-Tammuz foram a Babilônia, Akkad e outros no reino de Shinar (Suméria).Diz-se, também, que ele governou a região onde hoje é o Líbano e os árabescrêem que foi Nemrod quem construiu ou reconstruiu, logo após o dilúvio, aassombrosa estrutura de Baalbek, com suas três formidáveis pedras de 800toneladas cada.Mais tarde, ele teria expandido o reino até a Assíria e construído Nínive, suacapital, onde foram recuperadas muitas tábuas de barro em linguagemsumeriana.Essa civilização, acredita-se hoje em dia, foi uma das mais antigas surgidasna era bíblica pós-diluviana. Foi precisamente entre seus membros maisseletos e competentes, especula-se, o foco de onde surgiram as correntes(escolas) de mistérios pagãos, de estudos esotéricos 19 e o grupo deiniciados que desenvolveu e guardou seus mais exclusivos segredos.Este teria sido, portanto, o verdadeiro embrião das antigas e místicassociedades secretas que se espalharam pelo mundo nos milêniossubseqüentes. Muito significativamente, as terras descritas correspondem,também, ao berço das três grandes religiões monoteístas prevalentes.Em decorrência, segundo muitos pesquisadores a cristandade e a IgrejaRomana teriam sua fé baseada em muitas das tradições babilônicas,16 Fonte: Hopkins, Marilyn; Simmans, Graham & Wallace-Murphy, Tim in “REX DEUS”, Imago, Rio, 2000. P. 286 e 287.17 Gnose: Conhecimento, sabedoria. Conhecimento esotérico e perfeito da divindade, e que se transmite por tradição emediante ritos de iniciação. Fonte: Dicionário Aurélio Século XXI.18 Conforme pesquisas deste autor nas fontes citadas nesta obra. N.A.19 Esoterismo: Do francês ésotérisme. 1. Filos. Doutrina ou atitude de espírito que preconiza que o ensinamento da verdade(científica, filosófica ou religiosa) deve reservar-se a número restrito de iniciados, escolhidos por sua inteligência ou valor moral.2. Designação que abrange um complexo conjunto de doutrinas práticas e ensinamentos de teor religioso e espiritualista, emque se confundem influências de religiões orientais e ciências ocultas, associadas a técnicas terapêuticas, e que,supostamente, mobilizam energias não integrantes da ciência e visam a iniciar o indivíduo nos caminhos do autoconhecimento,da paz espiritual, da sabedoria, da saúde, da imortalidade etc. Fonte: Dicionário Aurélio Século XXI.7principalmente nas lendas do “deus-sol” conhecido por Nemrod, Baal ouMoloch, que possuíra um equivalente anterior, na Pérsia e na Índia,denominado Mitra.De Tammuz ou Adonis (O Senhor, The Lord, em inglês), que foi endeusadona Babilônia e na Síria, dizia-se que nascera à meia-noite de 24 dedezembro. E ele também era saudado como o filho de deus.Portanto, além de Nemrod e de Mitra (um deus romano-persa, pré-cristão),outros reverenciados filhos de deus teriam sido Tammuz (Ninus ou Adonis) eDionísio ou Baco, este cultuado em Roma, na Grécia e na Ásia Menor.Todos eram idolatrados como filhos divinais que morreram para que osnossos pecados fossem perdoados, nascidos de mães virgens e seusaniversários celebrados, coincidentemente, em ... 25 de dezembro!Mitra foi crucificado, mas ressurgiu dos mortos no dia 25 de março, isto é,em plena Páscoa! As iniciações a ele eram feitas em cavernas adornadascom os signos de Capricórnio e de Câncer, simbólicos dos solstícios deinverno e de verão, os pontos mais alto e mais baixo do Sol em relação àTerra! 20Mitra era freqüentemente representado por um leão alado, o símbolo dacidade de Veneza, um ícone solar até hoje utilizado por sociedades secretas!Um outro símbolo alternativo para ele é um leão com o corpo envolvido poruma serpente, enquanto segura uma chave que conduz ao céu.Os iniciados nos ritos de Mitra eram chamados de Leões (Lions) e tinhamsuas testas marcadas com a cruz egípcia! As referências ao leão e aosapertos de mão do tipo pata do leão, do Grau Mestre Maçônico da Franco-Maçonaria, são originários da mesma onda de simbolismos das escolas demistério.No primeiro grau, suas cabeças eram ornadas com uma coroa dourada comespigões, representando o seu interior espiritual e idêntica coroa pode servista na Estátua da Liberdade, à entrada do porto de Nova York!Esta é uma das várias origens das coroas das dinastias “reais” e dasimbólica “coroa de espinhos” usada por Jesus, “O Sol”. 21.A grave e antiga confusão conceitual, hoje ressuscitada, entre mito ereligião, paganismo e cristandade, tão dolorosa para os do Vaticano, vemsuscitando, tanto de autores contemporâneos materialistas, marxistas oucomunistas, quanto dos pesquisadores com respeitável formação religiosa,alguma convergência acerca dessas velhas e desconfortáveis interpretações.Aos olhos dos cristãos mais convictos, entretanto, elas mal passariam desimples blasfêmias ou de meras provocações de cunho político.August Franzen, escritor católico, em sua “História da Igreja” 22, assim serefere a essa antiga disputa e às fortes emoções e angústias que ela aindadesperta na cúpula do catolicismo:20 Solstício: Época em que o Sol passa pela sua maior declinação boreal ou austral, e durante a qual cessa de afastar-se doequador. Os solstícios situam-se, respectivamente, nos dias 22 ou 23 de junho para a maior declinação boreal, e nos dias 22 ou23 de dezembro para a maior declinação austral do Sol. No Hemisfério Sul, a primeira data se denomina solstício de inverno e asegunda solstíc io de verão; e, como as estações são opostas nos dois hemisférios, essas denominações invertem-se noHemisfério Norte. Fonte: Dicionário Aurélio, Século XXI.21 Fonte: Icke, David in “The Biggest Secret”, P. 9222 Franzen, August in “Breve História da Igreja”, Ed. Organizada por Remigius Bäumer, Presença, Lisboa, 1996. P.11 a 18.Destaques de nossa autoria.8“...Desde os Séculos XVIII e XIX que a existência histórica de Jesus foifreqüentemente contestada em nome da ciência esclarecida e liberal, e dacrítica histórica...Todos (esses críticos liberais) se esforçaram por apresentar o cristianismocomo uma invenção dos apóstolos, a figura de Jesus como umapersonificação irreal, ficcional e mítica, de aspirações e de representaçõesreligiosas; como uma impostura devota do círculo dos seus discípulos oucomo adaptações e variações de heróis divinos dos culto dos mistérios,oriundos do Oriente Próximo e do período helenístico.A ciência da religião comparada emergente descobriu, subitamente,semelhanças e paralelismos entre a vida de Jesus e o deus do Sol, Mitras(H.B. Smith, 1991) ou o herói da epopéia babilônica do Gilgamexe 23(Jensen, 1906), ou com a figura mítica do deus redentor que morre eressuscita (R. Reitzenstein e outros); (a ciência da religião comparada)julgou poder-se interpretar a imagem descrita nos Evangelhos acerca davida e das doutrinas de Jesus como a personificação de aspirações sociaisdas massas oprimidas. Todas essas teorias foram atualmente postas departe e têm de ser encaradas, do ponto de vista científico, comoultrapassadas.Poderiam, deste modo, ser ignoradas, se não persistissem na propagandamarxista e comunista. Dado o facto de Karl Marx e de Friedrich Engels teremretomado e divulgado as novas idéias radicais para o seu tempo, de BrunoBauer, esta concepção atrasada pertence ainda à vulgata comunista econtinua a ser propagada acriticamente.”Sendo ou não conveniente ao embate político-religioso, o fato objetivo,duro, é que, ao seu tempo, Mitra era tido como o filho de deus 24 quemorreu para salvar a humanidade e lhe dar a vida eterna. Após o culto deiniciação, os membros participavam de uma refeição composta de pão evinho, em que eles acreditavam estar ingerindo o seu corpo e o seu sangue.Este, como, ademais, uma longa lista de outros deuses teria tambémrecebido, ao nascer, a visita de três reis magos, na verdade sábios ouadivinhos babilônicos, que lhes trouxeram presentes de ouro, incenso emirra 25.23 Gilgamexe: Legendário rei babilônico, herói e autor de narrativa épica acerca do dilúvio bíblico, vivida e completada cerca de2.000 anos a.C. Fonte: Webster´s New Twentieth Century Dictionary, Collins- World, USA, 1975. P. 771. T.A.24 Na fonte original pesquisada, em inglês, há um jogo de palavras impossível de ser corretamente traduzido em português. Otexto menciona Mitra como sendo “the son (Sun) of God”, isto é, literalmente, o “filho (Sol) de deus”. Isso porque as palavrasson e sun (filho e sol), além da grafia assemelhada, têm idêntica pronúncia e o autor pesquisado insinua que, na acepçãoapontada, teriam também o mesmo significado, daí o trocadilho. N. A.25 Incenso: Resina extraída de plantas das famílias burseráceas, estiracáceas e anacardiáceas, ou preparação contendo taisresinas e essências naturais aromáticas, que se queima para perfumar o ambiente. É amplamente usado em celebraçõeslitúrgicas e designava, originalmente, a resina extraída do olíbano. Fonte: Dicionário Aurélio, Século XXI.Mirra: Designação comum a duas árvores da família das burseráceas (Commiphora mallis e C. myrrha), originárias da África,cuja resina dimana por incisão e se usa como incenso e em perfumes, ungüentos etc. A resina dessas árvores. Fonte:Dicionário Aurélio, Século XXI.Nota do Autor: A mirra era usada nos processos de limpeza e embalsamamento de cadáveres, o que pressupõe uma certanatureza premonitória para a peculiaridade do presente, estranhamente oferecido a um recém-nascido. Essa hipótese dáalguma base aos pesquisadores que sugerem serem esses “Reis Magos” (Wise Men, sábios, na tradição inglesa) sacerdotesocultistas babilônicos, que tanto previram e festejaram o nascimento de Cristo como anteviram o trágico destino que ele viria ater. Por isso, presentearam a Sacra Família com tais óleos sagrados, não apenas visando ao tratamento futuro do cadáver,mas, principalmente, como uma profética advertência sobre seu infortúnio.9O culto misterioso a Mitra espalhou-se da Pérsia ao Império Romano e, emcerta época, podia ser encontrado em qualquer parte da Europa!O terreno onde assenta hoje o Vaticano foi um local sagrado para osseguidores de Mitra e sua imagem, esculpida em pedra, já foi encontradaem diversas antigas províncias ocidentais do Império Romano, como aAlemanha, a França e a Grã-Bretanha.Esses rituais, simbolizando a ingestão do corpo e do sangue divinos,representados pelo pão e o vinho, já eram praticados há milhares de anosatrás na Babilônia, em cerimônias em honra de Nemrod, da RainhaSemiramis e de seu filho Ninus-Tammuz, sendo também reproduzidos,posteriormente, no antigo Egito.Lá, Hórus, filho de Osiris, nascido igualmente de um nascimento virginal deÍsis (Semiramis), também era o filho de deus. Sua história transcende àsmeras semelhanças acidentais, de praxe, com a trajetória de Jesus e, porisso, representa um grande incômodo para a exclusividade de certastradições cristãs:Jesus era a Luz do Mundo. Hórus era a Luz do Mundo.Jesus afirmou ser o Caminho, a Verdade e a Vida. Hórus disse ser oCaminho, a Verdade e a Vida.Jesus nasceu em Belém, o lugar do pão. Hórus nasceu em Annu, o lugar dopão.Jesus era o Bom Pastor. Hórus era o Bom Pastor.Sete pescadores embarcaram com Jesus. Sete pescadores embarcaram comHórus.Jesus era o cordeiro. Hórus era o cordeiro.Jesus foi identificado com a cruz. Hórus foi identificado com a cruz.Jesus foi batizado aos 30 anos. Hórus foi batizado aos 30 anos.Jesus era filho de uma virgem, Maria. Hórus era filho de uma virgem, Ísis(Semiramis).O nascimento de Jesus foi anunciado por uma estrela. O nascimento deHórus foi anunciado por uma estrela.Jesus foi o menino que pregou no Templo. Hórus foi o menino que pregou noTemplo.Jesus teve 12 discípulos. Hórus teve 12 discípulos.Jesus era a Estrela da Manhã. Hórus era a Estrela da Manhã.Jesus era o Cristo. Hórus era o Krst.Jesus foi tentado por Satanás numa montanha. Hórus foi tentado numamontanha por Set. 26(Assim, prossigamosL) Três dos elementos principais da religião babilônicaeram o fogo, os répteis e o sol. O deus Nemrod, Baal, Osíris e seu filhoNinus, Tammuz ou Hórus, entre muitas outras denominações, podiam serconfundidos ou representados tanto pelo astro-rei quanto por um serhíbrido, mistura de homem com cabeça e chifres de touro ou então meiopeixe(ou sáurio?), meio-homem.Sua consorte, a deusa Semiramis ou ainda Isis, Baali, Ishtar, Afrodite, Vênusou Diana, pode aparecer na forma da lua; como uma linda e jovem mulher,raios luminosos emergindo do alto da cabeça, tendo uma tocha luminosa na26 Fonte: Icke, David in “The Biggest Secret”.10mão direita, e, alternativamente, na forma de uma doce mãe, sustentandoseu filho Ninus -Tammuz-Horus ao colo.Ou, ainda, tout court, sob a aparência de uma cândida pomba branca. 27Ela, um Espírito Santificado, mas, também, a Deusa do Amor é, nessa últimaqualidade, figurada muitas vezes por um peixe com escamas, representaçãopictórica da genitália feminina e simbólica da intensa carga de energiasexual que carrega e transmite, porquanto os babilônicos imaginavam queos peixes fossem afrodisíacos.Já em seu simbolismo exclusivamente espiritual é vista, de preferência,como uma pomba, carregando no bico um ramo de oliveira. 28Como o onomato Semiramis significa, etimologicamente, Ze (a, aquela que),emir (ramo, galho), amit (portadora), literalmente aquela que carrega oramo, fica implicitamente associado à pomba que sobrevoou a arca de Noé,com o ramo de oliveira no bico, depois de baixadas as águas do dilúvio.Para os teóricos da Fraternidade, um claro registro simbólico de que Elesestariam de volta ao poder, logo após o desastre, sob a proteção deSemiramis, a que deu à luz o filho de deus num nascimento virginal...29Nemrod também era Eannus, mais tarde conhecido entre os romanos comoJano, o rei de duas faces, uma contemplando o passado outra o futuro.30A águia de duas cabeças, uma olhando para a esquerda outra para a direita,ocidente e oriente, que aparece em tantas bandeiras e brasões, nada mais édo que um símbolo maçônico para Nemrod no papel de Eannus.O leão, conhecido como rei dos animais e assíduo freqüentador deemblemas reais britânicos, também foi largamente usado no imagináriobabilônico para encarnar o deus-sol, Nemrod, Baal ou Osíris, cujoremanescente mais conhecido e visitado é a esfinge egípcia, cabeçahumana, corpo de leão... A própria águia seria, para alguns, a representaçãoencoberta de um sáurio alado, o conhecido dragão31 das lendas milenares,combatido e vencido por São Miguel Arcanjo, ao percebê-lo encarnandoSatanás, e por São Jorge, o bravo príncipe-guerreiro da Capadócia32,martirizado ao tempo do imperador romano Diocleciano, em 303 a.D.De São Jorge diz-se também haver sido Hércules, a encarnação grega deTammuz ou, ainda, segundo a tradição católica, um guerreiro que serecusou a obedecer as ordens de Diocleciano para perseguir cristãos e que,em conseqüência, foi torturado e morto. Nessa antiga simbologia, o27 Desborough, Brian in “The Great Pyramid Mystery”, Fonte: Icke, David, in “The Biggest Secret”.28 Na mesma obra.29 Na mesma obra.30 Jano: Personagem mítico, o mais antigo rei do Lácio. Como acolhesse favoravelmente Saturno, expulso do céu, o deusreconhecido dotou Jano duma sagacidade tão maravilhosa que o futuro, assim como o passado, estavam sempre presentesaos seus olhos. Essa dupla faculdade fez com que o representasse com duas visões, e alude-se muitas vezes a esse privilégiodo deus. Em Roma, o templo de Jano só estava fechado quando a República estava em paz, o que só aconteceu nove vezesem mil anos. Fonte: Dicionário Lello, Porto, 1963, Volume III, P.1682.31 Dragão: Animal fantástico, imaginado com garras de leão, asas de águia e cauda de serpente, era consagrado à Atena ouMinerva, deusa da sabedoria e alter-ego de Semiramis, para indicar que a verdadeira sabedoria nunca adormece. Nas lendascristãs, o dragão, derrubado por São Jorge e São Miguel, personificava o pecado, o espírito do mal, o próprio Satanás ou aRoma pagã. Na Idade Média foi introduzido nas magias; a cavalaria adotou-o como símbolo dos obstáculos a vencer. Encontrasemuitas vezes nos brasões. Fonte: verbete correspondente no Dicionário Lello, Porto, 1963, Volume III, P.1564,complementado pelo autor. Segundo a Enciclopédia Britânica, o dragão representaria, de modo geral, as serpentes, tambémsímbolos dos mistérios babilônicos, quer vistas como símbolos do bem ou do mal. No Século XX, o dragão foi oficialmenteincorporada às armas e brasões do Príncipe de Gales, herdeiro oficial do trono da Grã-Bretanha.32 Capadócia: Antiga região da Ásia menor, a oeste da Armênia, hoje território da Turquia. N. A.11“Dragão” vencido por São Jorge representava Roma, cujos exércitos lutavamsob uma flâmula ostentando a figura de um ícone pagão, o dragãovermelho.“Segundo o Papa Gelásio (494 da Era Cristã), São Jorge era um santovenerado pelo homem, mas cujos atos só eram conhecidos por Deus”,adensando o enigma de sua controvertida existência.“A mais antiga personagem conhecida em que se acredita haver-se baseadoSão Jorge é Tammuz, cujas origens lhe são muito anteriores. A maioria dasautoridades modernas acredita hoje que el Khidir, o padroeiro dos sufistas33, Tammuz e São Jorge sejam simplesmente uma mesma pessoa retratadaem diferentes trajes. Descreve-se Tammuz como o esposo, filho ou irmão dadeusa Ishtar (Isis ou Semiramis), e ele é conhecido como “O Senhor da Vidae da Morte”, um título que tem profundos matizes maçônicos, mas antecedeem vários milênios a reputada história desse movimento secreto. Éinteressante observar que também se descreve São Jorge em cima de umatábua cor-de-rosa enfeitada com rosas e rosetas, estabelecendo umaexplícita ligação com a deusa babilônica Ishtar, cujos templos eramtradicionalmente enfeitados com rosetas”.34Releva destacar que São Jorge (ou Tammuz) continua sendo, até hoje, oPatrono da Inglaterra, e a Estátua da Liberdade (Semiramis ou Ísis), oSímbolo Maior dos Estados Unidos!Inglaterra e Estados Unidos, Tammuz e Semiramis, mais uma vez e, ao queparece indissoluvelmente, a braços dados!Retornando ao dragão, esse animal mítico, sempre desperto e alerta, eraconsagrado, na simbologia greco-romana, a Atena ou Minerva, deusa dasabedoria, patrona das Escolas de Filosofia mundo afora e que, comosabemos, é apenas uma das muitas faces e denominações de Semiramis-Baali, a indicar que a verdadeira sabedoria (a dos sábios e deusesbabilônicos) nunca adormece, permanecendo sempre vigilante!O aparecimento, nas representações heráldicas, do leão e da águia, suasversões simbólicas mais sofisticadas, não impediu, entretanto, que ospróprios dragões ou lagartos alados aparecessem, em pessoa, nos brasõesimperiais, em coroas, cetros e outros emblemas da realeza, especialmente abritânica.Além da figuração tradicional nesses antigos símbolos, o dragão foi, no finaldo Século XX, também oficialmente incorporado às armas e brasões doPríncipe de Gales (Ele mesmo, Charles de Windsor, viúvo de Lady Di enamorado de Camila Parker-Bowles), herdeiro oficial do trono da Grã-Bretanha!Uma profusão de histórias, lendas e até mesmo teses científicas envolvendodeuses, homens, aves e répteis tem sido herança freqüente e usual emmuitas culturas.33 Sufistas: adeptos do misticismo arábico-persa, que sustenta ser o espírito humano uma emanação do divino, noqual se esforça para reintegrar-se. N.A.34 Fonte: Hopkins, Marilyn; Simmans, Graham & Wallace-Murphy, Tim in “REX DEUS”, Imago, Rio, 2000. P. 286.12Cientistas do mundo livre asseguram mesmo, por mais estranho que issopossa soar, que nossas prosaicas aves, inclusive as galinhas, descendem dosantigos dinossauros!O símbolo da serpente, além de profusamente encontrado no lendáriomesopotâmico, também está presente na antiga Bretanha, na Grécia, emMalta, no Egito, no Novo México, no Peru e em todas as Ilhas do Pacífico.Antigas lendas da Assíria, Babilônia, China, Roma, América, África, Índia earredores, até mesmo passagens do Antigo Testamento, trazem estóriassobre dragões e homens-serpente.Existe uma semelhança irresistível entre alguns tipos de dinossauros eantigas descrições dos míticos dragões. Certas espécies de pequenos répteisindo-malaios, com asas cobertas por membranas interdigitais, se parecemtanto com o animal das lendas que vieram a receber o nome genérico dedragão.Porém, um dos mais interessantes desses animais é um lagarto alado eencouraçado, também semelhante à figura tradicional, conhecido por MolochHorridus.35 Moloch, como sabemos, é a antiga deidade fenícia identificadacom Nemrod-Baal-Tammuz, em louvor da qual milhares de crianças foram eainda são sacrificadas, em ritos satânicos.36O próprio nome Tammuz significa aquele que aperfeiçoa pelas chamas(Tam=aperfeiçoar e Muz=queimar), o que melhor ainda se explica peloantigo ritual de se queimarem crianças vivas, em sua homenagem, até hojebarbaramente praticado.Outra suposta divindade, à qual se oferecem sacrifícios de crianças emrituais de satanismo é Cronos, rei dos Ciclopes e um dos Gigantes ou Titãsda mitologia grega. Ele era conhecido como o construtor da torre e, nessaqualidade, seria certamente uma outra versão para Nemrod, que erigiu abíblica Torre de Babel.37O antigo festival celta de Beltane, na Bretanha, em 1º de maio (conhecidocomo May Day), quando os druidas38 homenageavam a primavera e achegada do verão, envolvia cerimônias em que crianças eram queimadas nooco de enormes figuras humanas feitas em palha ou vime. Herançaclaramente babilônica, após a expansão da Fraternidade, através do seubraço navegante fenício, pelo norte da Europa.Teria havido, por acaso, nessas terríveis práticas, alguma origem comum ouinspiração para que a Igreja, através da Inquisição39, tenha se fixado nafogueira como método favorito de expiação de crimes e de purificação da fé?35 Moloch Horridus: (Moloch: de cor malva, róseo-arroxeado. Horridus: horrível, selvagem, bárbaro, medonho, cabeludo.Fonte: Dicionário Latino-Português, por Cretella Jr. e Ulhoa Cintra, Cia. Editora Nacional, S. Paulo, 1953. T. A: Dragão-RoxoHorroroso ou Bicho-Cabeludo Roxo).36 Icke, David in “The Biggest Secret”, P. 55.37 Desborough, Brian in “The Great Pyramid Mystery”, Fonte: Icke, David, na obra citada.38 Druida: Antigo sacerdote pagão, entre os gauleses, celtas e bretões. Não possuindo templos, reuniam-se nos bosques eveneravam certas plantas como o visco, que era colhido todos os anos, solenemente, com uma foice de ouro. Reconheciamvários deuses, mas sua principal divindade era Teutates, rei da Guerra. Acreditavam na imortalidade da alma e nametempsicose (Fonte: Aurélio, doutrina segundo a qual uma mesma alma pode animar sucessivamente corpos diversos,homens, animais ou vegetais; transmigração). A sua filosofia não era bem conhecida porque eles não escreviam e confiavamtudo à memória dos discípulos. Além do seu papel religioso, tinham altas atribuições judiciárias. Nas grandes calamidades,imolavam vítimas humanas a título expiatório. Eram também astrólogos, adivinhos, feiticeiros; recrutavam-se entre a nobreza eobedeciam a um grande sacerdote, eleito por toda a vida. Fonte: Dicionário Lello, Porto, 1963, Volume III, P.1565.39 Inquisição: Designam-se por este nome os tribunais estabelecidos em certos países na Idade Média e nos tempos13Já a festa em honra de Ninus-Tammuz era celebrada no dia 23 de junho,comemorando sua ascensão do mundo subterrâneo, dias depois de havermorrido. Uma vez ressuscitado, Tammuz passou a ser conhecido comoOannes, o deus-peixe, e Oannes também é, como sabemos, uma versãolatina do nome João.“Por isso, o nome João tem sido sempre usado como um símbolo paracamuflar Tammuz-Nemrod em personagens como, por exemplo, João, oBatista”.A data de 23 de junho, a Festa de Tammuz, tornou-se o dia em que acristandade celebra o dia de ... São João!” 40Dessa mesma forma dissimulada, Nemrod e Semiramis têm freqüentementereaparecido, ao longo das idades, sob diversos outros simbolismos ocultos,perceptíveis apenas aos olhos dos iniciados.O mais comum e impactante de todos, pois é contemplado diariamente pormilhões de pessoas em todo o mundo, quase sem ser notado, é o GrandeSelo dos Estados Unidos, que abriga o misterioso olho vivo, representativodo deus egípcio Osíris (ou seu equivalente babilônico Nemrod-Baal), sobreuma pirâmide inacabada, o símbolo máximo dos Illuminati, presente noverso de todas as notas de um dólar!Em 1945, o antigo presidente dos Estados Unidos Franklin Delano Roosevelt,um reconhecido maçom, rosa-cruz e membro da sociedade secreta AntigaOrdem Arábica dos Nobres e Místicos, no Grau Cavaleiro de Pythias (umaramificação dos antigos Illuminati, que teve como membros de destaqueMirabeau, Frederico o Grande, Goethe, Spinoza, Kant, Francis Bacon e onosso Garibaldi), decidiu introduzir tal símbolo na moeda americana.A idéia lhe fora sugerida por Henry Wallace, seu secretário da Agricultura,um ocultista praticante que achava haver chegado um momento de grandeimportância na História americana, quando significativas transformaçõesespirituais viriam fatalmente a ocorrer entre a sua população.Ele esposava essas crenças por influência de um mentor psíquico, o místicorusso Nicholas Roerich, também guru de outros membros do Gabinete deRoosevelt.Roerich adquirira conhecimentos ocultos e supostas habilidades paranormaisatravés de estágios em mosteiros budistas do Nepal e do Tibet. Ele buscava,nessas ocasiões, além do aperfeiçoamento religioso e da meditaçãomodernos, para perseguir e punir os hereges. Teve principio em França nos fins do Século XII. Ordenando aos bisposlombardos que entregassem à Justiça os hereges que recusassem converter-se, o concilio de Verona (1183) lançou as basesda Inquisição. Para lutar contra os progressos da heresia albigense no Languedoc, Gregório IX organizou (1283) um tribunalespecial que confiou ao domlnlcanos. A ação deste tribunal estendeu- se, pouco a pouco, a quase todo o resto da cristandade.Em Itália, e, principalmente, em Espanha, tomou o nome de Santo Oficio, criou fortes raízes e tornou-se instituiçãopoderosíssima que deixou lúgubres recordações, a que estão Iigados os nomes dos dois grandes inquisidores Torquemada eXimenes. A característica principal do modo de proceder da Inquisição era o segredo absoluto da instrução judiciária. Foi D.João III quem introduziu a Inquisição em Portugal (1536). Teve tribunais efetivos em Lisboa, Évora, Goa e, temporariamente,em Coimbra, Lamego, Tomar. O primeiro auto-de-fé realizou-se em Lisboa, na Ribeira Velha, em 20 de setembro de 1540. Omarquês de Pombal reduziu consideravelmente o poder do Santo Oficio, que foi extinto definitivamente em 1821. Durante osdois séculos do seu exercício em Portugal, a Inquisição queimou cerca de 1.600 pessoas e condenou a diversas penas mais de26.000. Ignora-se o número das que morreram no cárcere. Em 1808, Napoleão suprlmlu-a em Espanha; mas tornou a vigorarde 1814 a 1883.40 Desborough, Brian in “The Great Pyramid Mystery”, Fonte: Icke, David, na obra citada. P. 55.14profunda, indícios para localizar a cidade perdida de Shambala41, mítica sedede uma legendária fraternidade cujos desconhecidos adeptos (ou Mestres),na crença de muitos, teriam influenciado todos os grandes acontecimentosmundiais ao longo da História.Estes adeptos eram referidos nos círculos ocultistas por nomes tão diversosquanto Chefes Secretos, Mestres Ocultos ou Grande Irmandade Branca.Roosevelt ficou entusiasmado com a sugestão de Wallace e mostrou-seansioso para introduzir no dinheiro a imagem maçônica do olho que tudo vê(segundo ele e outros da Maçonaria, um ícone para o Grande Arquiteto doUniverso), mas, como temia ferir suscetibilidades dos católicos, decidiusondar antes a opinião da Igreja.Pediu, então, a James Farley, outro membro proeminente do seu Gabinete,que fizesse a intermediação, obtendo como resposta um simpático esurpreendente “OK. Vá em frente, nada contra!”42Ao adquirir a certeza de que a inserção desses símbolos babilônicos no dólaramericano não causaria desgostos, aflições, nem impediria que o Vaticanocontinuasse a receber seus óbolos, a transacionar ou a acumular poupançaentesourando as verdinhas pagãs, Roosevelt, aliviado, imediatamenteinstruiu o Departamento do Tesouro a mandar rodar as novas notas dedólar!Para aqueles autores e intelectuais que conseguem enxergar, sem quaisquerdúvidas, símbolos do credo babilônico nos corpos das principais religiõesmonoteístas, eles seriam uma prova milenar de heranças da Fraternidadeentre os seus primeiros crentes, sacerdotes ou teólogos, remanescendo einfluenciando, em seu seio, até nossos dias.Nessa linha simbiôntica, o chapéu Mitral (mesma raiz de Mitra!) em formade peixe, ainda hoje usado pelos Papas, não passaria de um antigo símbolode Nemrod. Este mesmo significado teria, igualmente, o anel do pescador,usado por Sua Santidade.De volta aos símbolos terrenos, portanto mais sólidos e tangíveis: o trono deSão Pedro, supostamente uma antiqüíssima relíquia do Vaticano, teve sua41 Shambala: Essa misteriosa cidade seria a capital de Agarta ou Agarti, um vasto império escondido nas profundezasterrestres que, segundo fontes ocultistas e várias escolas de mistério, seria composto por milhares de habitantes distribuídospor inúmeras outras cidades. Alguns peritos sustentam que este mundo subterrâneo teria acesso através de compartimentossecretos existentes dentro da base da grande Pirâmide de Queops, no Egito. De acordo com as mesmas fontes, existiriamtambém algumas entradas (embocaduras) para Agarta localizadas no Brasil. As mais conhecidas são: "Sete Cidades" no Piauí,"Serra do Roncador" no Mato Grosso, "Vila Velha" no Paraná, "Ilha de Itaparica" na Bahia, "Circuito das Águas" em MinasGerais, e a "Pedra da Gávea" no Rio de Janeiro. Para se penetrar nestes mundos seria necessária uma aceitação prévia ou aposse de uma senha (que pode ser um determinado nível de desenvolvimento espiritual-Gnose). Segundo a mitologia persa,esses portais seriam guardados por quatro estrelas, situadas nos quatro pontos cardeais: Aldebaran ao Leste, Fomalhaut aoSul, Regulus ao Norte e Antares a Oeste. Especula-se que, em 1919, o oficial britânico Percival Fawcett, na companhia de seufilho e de alguns carregadores, teria comandado uma expedição rumo ao centro da Terra. Ele esperava estabelecer contatocom uma evoluída civilização intraterrestre, supostamente descendente dos Atlântidas. O mundo nunca mais ouviria falar dele.Segundo diversas comunidades místicas, o explorador teria encontrado o portal que liga a Terra a essa e a outras civilizaçõesantigas, de grande poder espiritual e mais desenvolvidas que a nossa, preferindo não mais regressar à superfície. Estaexpedição teve lugar em solo brasileiro, no estado do Mato Grosso, na Serra do Roncador! Formada por chapadões como umtípico planalto, ela começa na cidade de Barra do Garças, a 500 quilômetros de Cuiabá, e se estende até a Serra do Cachimbo,no Pará.Fonte: Página na Internet do Instituto de Pesquisas Psíquicas Imagick.42 Para o relato completo deste episódio envolvendo Roosevelt, ver: Howard, Michael, Na obra citada. P. 95. Tradução desteautor.15real idade avaliada por uma comissão de especialistas, em 1968, queestabeleceu as suas origens como datando do Século IX.O que causa estranheza não é, propriamente, o fato dele ser bem maisrecente do que se imaginava antes, mas sim o da Enciclopédia Católicadescrevê-lo como ornado por doze painéis, retratando os doze trabalhos deHércules e, ao mesmo tempo, registrar em suas páginas que Hércules eraoutro nome de Nemrod, antes dele se tornar, também, um deus grego.43Teria essa decoração no trono papal recebido uma influência tão poderosa erecente da Fraternidade e de sua religião babilônica? Como se explica esseenigmático acontecimento?Em 1825, o Papa Leão XII autorizou o Vaticano a cunhar uma medalhacomemorativa, retratando uma mulher em pose que reproduzia, de formaescandalosa, a tradicional efígie da Rainha Semiramis. Ela segurava umcrucifixo na mão esquerda, uma taça na direita e trazia na cabeça umacoroa de sete raios, idêntica à da Estátua da Liberdade, uma outrarepresentação de Semiramis oferecida à cidade de New York pela MaçonariaFrancesa.44O povo judeu, como grupo étnico supostamente monolítico (religião àparte), também não fica incólume ao bombardeio teórico.Ao relatarem a trajetória dos homens brancos, após haverem descido dasmontanhas do Cáucaso, do Irã e do Curdistão, passando pelos solos do quehoje seriam o Egito, a Palestina, Israel, Jordânia, Síria, Irã, Iraque eTurquia, esses mesmos estudiosos afirmam, categoricamente:...Aqueles que nós chamamos de raça judaica, muitos também seoriginaram da região do Cáucaso e não das terras de Israel, como todosreivindicam. A história judaica e fontes antropológicas têm mostrado quesomente uma pequena parcela do povo conhecido como judeu tem algumarelação genética com Israel. No Século VIII, um povo conhecido comoKhazars, vivendo nas montanhas do Cáucaso e na Rússia meridional, fezuma conversão maciça à religião judaica.45 Mais tarde, quando o Império sedesdobrou, esse mesmo povo, durante longo período de tempo, migrou parao norte e se fixou em outras partes da Rússia (e dos países bálticos N.A.),Lituânia, Letônia e Estônia. Dali eles passaram à Europa Ocidental e,eventualmente, aos Estados Unidos.A família Rothschild pertence a esse ramo. Henry Kissinger também...46Segundo o escritor judeu Arthur Koestler, quase todos os que colonizaram epovoaram o estado judaico, exceto uma pequena minoria, têm sua origemgenética na Rússia meridional e não em Israel.Koestler escreve a propósito dos khazars, o povo genericamente russo quese converteu maciçamente ao judaísmo, em 740 d.C.“Os khazars não vieram do Jordão, mas do Volga; não vieram de Canaã,mas do Cáucaso. Geneticamente eles são muito mais relacionados aos43 Icke, David in The Biggest Secret, P. 55.44 Na mesma obra. P.54.45 Khazars: O sítio www.jewishencyclopedia.com oferece mais completas informações sobre a matéria, sob os verbetesKhazars ou Chazars. N. A.46 Icke, David, in The Biggest Secret, P.182.16Hunos 47, aos Ugros 48 e Magiares49 do que às sementes de Abraão, Isaac eJacó. A estória do Império Khazar, ao emergir lentamente do passado,começa a se revelar como a maior fraude que a História já perpetrou”.50“O nariz adunco, considerado tão judeu, é um traço genético do sul daRússia e do Cáucaso, não de Israel”. 51Segundo o pesquisador e escritor judeu Alfred M. Lilenthal, ...Não existenenhum antropólogo de boa reputação que discorde de ser o racismo judaicouma tolice tão grande quanto o racismo ariano... A Antropologia divide aespécie humana em três grandes grupos raciais reconhecíveis: os Negros, osMongólicos ou Orientais e os Caucasianos ou Brancos (muito emboraalgumas autoridades se refiram a uma quarta raça - os Australóides)...Membros da fé judaica são encontrados em todas essas raças e nas suassubdivisões.52Em síntese, e do ponto de vista exclusivamente científico, ensina o doutorem Física pelo M.I.T. e reitor da Universidade de Brasília no período 1975-1985, J. C. de Almeida Azevedo, que ...Não há raças, há uma espécieapenas; todos os humanos pertencem ao reino animal, ao filo cordata, àclasse dos mamíferos, à família dos hominídeos, ao gênero homo e à espéciehomo sapiens.53A tese, em seu rigor antropológico, aproximaria o judaísmo, incômoda edefinitivamente, à trilha exclusiva da fé e não de uma “raça judaica”empalidecendo, sobremaneira, certas reivindicações ortodoxas da religião edo seu braço político, conhecido mundialmente por Movimento Sionista, quedefende a posse das terras da Palestina como lar exclusivo de seu povo,pelos direitos divino, histórico e sangüíneo!Enfraqueceria, também, os esforços da combativa ADL (Anti-DefamationLeague)54 ou “Liga Antidifamatória” da B´nai B´rith”55, sociedade sediada47 Huno: Indivíduo dos hunos, povo bárbaro da Ásia central, que invadiu a Europa, sob a chefia de Átila, nos meados do séc. V.Fonte: Dicionário Aurélio Século XXI.Huno: Povo bárbaro das margens do Mar Cáspio que invadiu a Europa e devastou a Gália, capitaneado por Átila. Fonte:Dicionários Lello Irmãos Editores, Portugal, 1963, Volume II, P.1661.48 Úgrico, Ugro ou Uigúrico: Indivíduo dos úgricos, povo finês pescador e criador de renas que habita a Sibéria Ocidental(Rússia), de baixa estatura, trigueiro, de face mongólica. A língua uralo-altaica falada por esse povo. Pertencente ou relativo aosmontes Urais e Altai (Ásia Central) ou aos povos que neles habitam. Povos de língua uralo-altaica: Família lingüística que seestende pelos Bálcãs e N.E. da Ásia, e que se subdivide em três grupos: (a) o túrcico ou turco, que inclui o turco, o turcomano eo azerbaidjani; (b) o mongoliano, cuja principal língua é o mongol; e (c) o manchu- tungue, que inclui o manchu e o evenque outungue. Compilação do Autor nos Dicionários Lello Irmãos Editores, Portugal, 1963, Volume II, P.1262 e Aurélio, Século XXI.49 Magiar: Povo uralo-altaico descendente dos Ugros (antigo nome dos ostíacos) emigrados dos Urais em 898 e que povoou aHungria. Húngaro. Fonte: Dicionário Lello Irmãos Editores, Portugal, 1963, Volume II, P.1726.50 Koestler, Arthur, in The Thirteenth Tribe, Hutchinson, London, 1976.51 Icke, David in The Biggest Secret, P. 90.52 Lilenthal, Alfred M. in What Price Israel? Henry Regnery, Chicago, 1953, P. 213, 214.53 Azevedo, José Carlos de Almeida (doutor em Física pelo MIT-Massachussets Institute of Tecnology; vice-reitor daUniversidade de Brasília entre 1968 e 1975; Reitor da Universidade de Brasília de 1975 e 1985) in “Horóscopos etelescópios”, no J. do Brasil, em 10/04/2003, P. A15.54 ADL-Anti-Defamation League: Zeloso “Comitê de Guarda” da B´nai B´rith, suspeito de ser resultado de uma operação deinteligência britânica. Alguns, como Devon Jackson, (Na obra “Conspiranoia”, Plume-Penguin Books, N.Y., 1999. P. 47) afirmamque foi fundada nos Estados Unidos pelo MI6 (Serviço Secreto Britânico) e dirigida durante algum tempo por Saul Steinberg, umrumoroso associado em negócios com os Rothschild.17nos Estados Unidos, mas de ação planetária, dedicada a combater todas equaisquer pressões contra o povo judeu, em especial as que possam advirde conotações supostamente racistas.Muito embora o movimento de defesa racial, comandado pela ADL, aindaseja fortíssimo e assim, compreensivelmente, deva continuar, a percepçãoda real existência dessas manipulações internas começou a provocar, já háalgum tempo, indignadas reações, corajosamente iniciadas no próprio seiodo judaísmo.Benjamin Freedman, escritor judeu ligado aos sionistas de topo dos anos 30e 40, demonstra como essa insidiosa infiltração pode prejudicar interessesgenéricos do seu povo, desservindo a causa judaica, e por certo afirma, tãocontundentemente, que a expressão anti-semitismo deveria ser banida dalíngua inglesa:“O anti-semitismo serve apenas a um propósito, nos dias de hoje. Ele éusado como uma expressão de injúria. Quando aqueles que seautodenominam judeus sentem que alguém se opõe aos seus objetivosreais, procuram desacreditar suas vítimas aplicando-lhes os termos antisemitaou anti-semítico, através de todos os meios que tiverem sob seucomando ou sob seu controle”. 56Para ajudar a que melhor se compreenda a tese da manipulação religiosa,desde a mais remota antiguidade, Icke nos propõe solucionar o seguinteenigma57:— De quem estou falando?“Ele nasceu de uma Virgem, pela Concepção Imaculada de um EspíritoSanto. E isso confirmou uma antiga profecia. Quando nasceu, um tirano queestava no poder quis matá-lo. Seus pais tiveram que fugir em busca desegurança. Todas as crianças do sexo masculino, com menos de dois anos,foram mortas pelo tirano, que visava exterminar aquele menino. Anjos epastores compareceram ao seu nascimento e ele ganhou de presente ouro,incenso e mirra. Ele foi saudado como o Salvador e levou uma vida deelevados padrões morais e de humildade. Operou milagres que incluíramdesde a cura de doentes e o restauro da visão de cegos quanto o exorcismode demônios e a ressurreição de mortos. Foi dado à morte numa cruz, entredois ladrões. Ele desceu aos infernos e, ressurgindo dos mortos, subiu aoscéus”.Parece Jesus? Sim? Mas não é.55 B´nai B´rith: Uma Fraternidade Judaica fundada em 1843 em New York, hoje possuindo um quadro de associadosinternacional. Fonte: o “Webster’s New Twentieth Century Dictionary of the English Language”, second edition, Collins World,1975, USA, p.201.B´nai B´rith: Organização gêmea da ADL, a “Ordem Independente da B´nai B´rith”, que também significa “Fraternidade daAliança”, é uma loja maçônica de escol destinada à assimilação (aceitação pacífica pelas sociedades locais) de seus membros.Fundada num restaurante nova-iorquino, em 1843, por imigrantes judeus maçons que pretendiam se tornar bons americanos.Seus membros incluíram o ator Eddie Cantor e o teórico- marxista Leon Trotsky. Fonte: Jackson, Devon Na obra citada. P.47.T.A.56 FREEDMAN, Benjamin, citado por Icke, David em “The Biggest Secret”, by Bridge of Love Pub., Mo., USA, 2ª ed. revista eampliada ,7ª impressão, Nov. 2001, P. 89. Destaques deste Autor.57 Em “The Biggest Secret”, by Bridge of Love Pub., Mo., USA, 2ª ed. revista e ampliada, 7ª impressão, Nov. 2001, P. 91, T.A.18Esta é uma exata descrição da vida de Virishna, um deus salvador oriental,cultuado 1.200 anos antes do nascimento de Cristo!Ainda segundo aquele autor, se quisermos encontrar um salvador que tenhamorrido para que fossem perdoados todos os nossos pecados é só escolherum do mundo antigo, pois todos se originaram, igualmente, com os antigosárias e seus descendentes consangüíneos da corrente gerada no OrientePróximo e nas montanhas do Cáucaso!E estes são alguns desses Filhos de Deus:Krishna do Industão; Buda da Índia; Salivahana da Bermuda; Osiris e Horusdo Egito; Odínio da Escandinávia; Zoroastro da Pérsia; Baal e Taut daFenícia; Indra do Tibete; Bali do Afeganistão; Jao do Nepal; Tammuz daSíria e da Babilônia; Attis da Frigia; Xamolxis da Trácia; Zoar dos Bonzos;Adad da Assíria; Deva Tat e Sammonocadam do Sião; Alcides de Tebas;Micado dos Xintoístas; Beddru do Japão; Hesus ou Eros e Bremhillahm dosDruidas; Thor, filho de Odínio, da Gália; Cadmus da Grécia; Gentaut eQuetzalcoatl do México; Ischi de Formosa; Fohi e Tien da China; Adonis,filho da virgem Io, da Grécia; Ixion e Quirinus de Roma; Prometeus doCáucaso e Maomé de Arábia.Todos esse filhos de deus ou profetas (com algumas poucas exceções) esuas respectivas religiões feitas sob medida para cativar as mentes, vieramdos locais ocupados ou influenciados pelos povos do Cáucaso e do OrientePróximo. Exatamente as terras dos membros da Fraternidade!Sutilezas e divergências religiosas ou pseudo-raciais à parte, excelentespretextos para dividir e conquistar a todos nós, voltemos a nos concentrarnas simbologias ocultistas da Fraternidade.O peixe e a pomba, antigos ícones babilônicos, continuam largamenteusados em rituais religiosos e em símbolos e cerimônias nacionais.O Sinn Fein, braço armado do IRA (Irish Republican Army, o Exército deLibertação Nacional da Irlanda do Norte), visto por muito como terrorista,tem a pomba como escudo, também encontrada nos cetros usados pelamonarquia britânica. Ambas as instituições seriam fronts modernos para aFraternidade Babilônica! 58Explicam-nos os teóricos que, nos eventos pagãos, esses emblemas têm seusignificado comum revertido, para passarem despercebidos aos olhos dopúblico. Assim, nesses rituais ocultistas, a pomba, para todos nós,supostamente o símbolo da Paz, representaria, na realidade, a morte e adestruição.Essa reversão das simbologias permite que a Fraternidade possa dispor deseus ícones em público, sem despertar atenções, justamente porque aspessoas comuns não têm a mínima idéia do que representam para o círculoíntimo e mágico do poder.Como visto, todas as linhagens de sangue da realeza européia descenderiamdessa dinastia babilônica, pelo ramo Merovíngio, e os belos símbolos queostentam nas cabeças coroadas seriam meras representações modernas dobarrete com chifres, visto nas representações pictóricas de Nemrod-Baal, odeus-sol.58 Na mesma obra.19Os grandes cornos representavam a autoridade do monarca e, mais tarde,evoluíram para uma tiara metálica com três pequenos chifres estilizados,símbolo do poder real pela autoridade divina, cujo moderno ícone é a florde-lis (belíssimo emblema da trindade babilônica: Nemrod-Semiramis-Tammuz), encontrada em todos os objetos de poder da moderna realeza.59A flor-de-lis, uma espécie de lírio, que historiadores ortodoxos da arteeclesiástica dizem ser representação de pureza, para os iniciados,entretanto, transmite também a integridade consangüínea dos descendentesda Casa Real de Israel (David, Salomão e Jesus), unida por laços de purezagenética às dinastias Merovíngias.60Não é de se estranhar, portanto, diante de tantas possibilidades de estarmosconvergindo para um sincretismo étnico e religioso que, pelo mundo afora eem todos os tempos, tenha sido possível encontrar-se os mesmos rituais ereligiões do Sol, tanto na Suméria, Babilônia, Assíria, Egito, quanto naBretanha, Grécia e na Europa em geral, México e América Central, Austrália,enfim, em todo lugar!A adoração ao fogo e ao astro-rei era o foco da religião na Índia, onde seusfestivais homenageavam, simbolicamente, o ciclo do Sol, durante todo oano.Na história de Jesus é possível perceber-se constantes referências aos ciclossolares e aos simbolismos da astrologia e das escolas de mistérios. A coroade espinhos nada mais seria que uma tosca representação dos raios solares,exatamente como a coroa de espigões em torno da cabeça da Estátua daLiberdade (Semiramis-Isis)!As cruzes e os círculos desenhados sobre cabeças também identificam o Sole têm papel intensamente simbólico na astrologia.Leonardo da Vinci, grão-mestre do Priorado de Sion (Sion=Zion=Sol)61 usoudesse mesmo simbolismo para pintar sua “Última Ceia”, exposta em Milão.Ele dividiu os 12 discípulos (os doze símbolos do Zodíaco) em quatro gruposde três com Jesus, o Sol, no meio deles.É voz corrente que Da Vinci também pode ter pintado um dos dozediscípulos de sua Última Ceia (hoje bastante danificada e um tanto diferentedo desenho original, por ter sofrido diversas restaurações), com feiçõesfemininas para que representasse, aos olhos iniciados, a deusa Semiramis,Ísis, Minerva, Barati.Dizem os teóricos que a crença cristã de haver Jesus nascido em 25 dedezembro deve-se a uma data emprestada ao culto religioso do Sol Invictus(o Sol nunca vencido), pelas razões já aventadas. Ele teria morrido naPáscoa, pregado na cruz, versão tomada à mesmíssima história antiga, poisos egípcios já representavam Osíris na cruz, uma simbologia astrológica.Segundo os antigos, o Sol teria levado três dias para se recuperar de sua“morte”, em 21 ou 22 de dezembro. Nos Evangelhos, quantos dias se59 Na mesma obra.60 Fonte: Hopkins, Marilyn; Simmans, Graham & Wallace-Murphy, Tim in REX DEUS, Imago, Rio, 2000. P. 286.61 Priorado de Sion ou A Ordem do Sol: misteriosa e ultrapoderosa sociedade secreta da qual se diz que controlava a Ordemdos Templários e sucessoras, operando até os dias de hoje. Ordem do tipo gnóstica, criada originalmente para preservar alinhagem de sangue dos reis Merovíngios, que se consideravam descendentes do Rei Salomão e do próprio Jesus Cristo.Estabelecida em 1099, no Monte Sião, em Jerusalém, foi a força-guia da Maçonaria e dos Cavaleiros Templários, tendo entreseus membros mais famosos Da Vinci, Isaac Newton, Joana d’Aarc, Claude Debussy e Jean Cocteau. Fonte: Jackson, Devon,na obra citada. P.40.20passaram entre a morte e a ressurreição de Jesus? Três! O mesmo tempoque o filho do deus babilônico, Ninus-Tammuz, demorou para se reerguer damorte! 62Assim o Evangelho de Lucas descreve como aconteceu a morte de Jesus (oSol) na cruz:“Por volta da hora sexta, as trevas cobriram toda a terra, até a hora nona,por haver o Sol se eclipsado.” (Lucas, 23-44)O Filho/Sol (Son/Sun, em inglês, com a mesma pronúncia) morreu e entãose fizeram as trevas... E quantas horas se passaram na escuridão? Três!O dia universal do repouso semanal cristão, o domingo, nada mais é do queo mesmo dedicado ao deus-sol Nemrod-Baal (SUN-day, dia do Sol na línguainglesa), ao passo que o dia da semana dedicado a Semiramis é a segundafeira(MON-day, em inglês) ou, ainda melhor, MOON-day (dia da Lua, namesma língua).A tradição simbólica diz que Jesus foi crucificado na Páscoa certamente porser o equinócio da primavera (no Hemisfério Norte), quando o Sol (Jesus)entra no signo astrológico de Áries (o Carneiro), e o Sol (Jesus) triunfa sobrea escuridão!Não por acaso essa é a época em que, no Hemisfério Norte, a vida animal evegetal se recompõem (é o tempo do renascimento), por haver nos diasmais claridade que escuridão...Já as Igrejas Cristãs, todas elas, são construídas no sentido leste-oeste, comos altares voltados para o leste. Isso simplesmente significa que os fiéis,sem exceção, e provavelmente sem nunca haverem percebido, oram sempreem direção e reverência ao Sol nascente...Apesar da tradição de prevalência usualmente concedida a Baal sobreSemiramis, a hierarquia nessa tribo consangüínea não seria absolutamentemasculina uma vez que muitas posições-chave, ao longo dos tempos, têmsido ocupadas por mulheres. Em termos gerais, entretanto, ela épredominantemente masculina e será referida, daqui por diante, nesta obra,pela mesma denominação utilizada por alguns desses autores: aFraternidade.· Trecho de livro que está sendo escrito pelo autor.· Correio Eletrônico: Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. · Página na Internet: www.armindoabreu.ecn.br62 Icke, David in The Biggest Secret, P. 95.

GUERRA DOS CALENDÁRIOS

Sáb, 17 de Setembro de 2011 22:28
Verdadeiramente estamos no fim do tempo do fim, os acontecimentos tomam um curso alto e os últimos momentos da historia deste mundo é rápido. Há‟Satan, Sh‟muel bem sabe disso e esta investindo alto para desviar o quanto poder o povo da profecia que esta fazendo Teshuvah, para transgredir a Torah do Eterno, Kadosh Hu.
Guerra dos calendários é realmente antiga, afinal o controle do calendário significava exercer um domínio sobre toda a vida religiosa do povo, por isso que encontramos no mundo oriental 6 calendarios
1) O calendário Samaritano
2) Calendário Fariseu
3) Calendário Essênio
4) O calendário Proto Hillel
5) O calendário de Hillel
6) O calendário Caraíta
Porem a questão esquenta ainda mais ao perguntar? Que calendário Yeshua usava?
Não temos duvida, que o Mashiach Yeshua seguiu o calendário dado pela Torah.
Sabemos que muitas foram as tentativas dos Gentios de paganizar o povo Judeu e fazer desviar o povo de guardar as festas e os Shabatot. Um desses, realmente foi Antioco Epifanio, que além de blasfemar a Beit Hamikidash introduzindo a estatua de “DEUS”(ZEUS é mesma coisa), tentou desviar o povo da guarda da Torah, inclusive impondo um calendário babilônio no intuito de grecizar o povo com o seu paganismo.
Como esta escrito em Macabim 6:6-7
“Não se permita mais a guarda do Shabat, a celebração das antigas festas, nem mesmo confessar-se Judeu. Em cada mês em dia Natalício do Rei, realizava-se um sacrifício; os judeus eram odiosamente forçados a tomar parte do banquete ritual e, por ocasião das festas em Honra a Dionísio , deviam acompanhar forçosamente o cortejo de Baco, coroados com hera.”
É verdadeiro afirmarmos que profecia tem duplicidade aplicativa, tanto literalmente, e ao longo da historia, qual chamamos profeticamente. No drashar lançado por Daniel 7:25
“Magoarás os Santos do Altíssimo e perseguirás os Santos do Altíssimo e cuidarás em mudar as festas(Hag calendário) e a Torah.”
A profecia ali teve seu cumprimento literal na pessoa desse ímpio: Antioco Epifânio.
De maneira profética teve sua aplicação ao longo dos anos. Também teve aplicação direta para a ponta pequena de Daniel, apontava diretamente para o papado, que implantou seu sistema babilônico mesclando o Judaísmo Natzri com o Cristianismo que nasceu na terra de Shinar em Bavel. Constantino foi o homem da profecia citado por Daniel. No concilio de Nicéia, a ponta pequena, Constantino, escreveu uma carta aos Judeus Natzri, onde ele cita o problema da Páscoa católica Romana em relação a Peseach Judaica. Na sua carta ele deixa bem claro, que a data da peseach Judaica, nunca deveria coincidir com a páscoa romana, que tinha seu ápice na sexta feira da paixão(dia em que as mulheres choravam a Thamuz
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Ezequiel 8:14) No trecho da sua carta que esta no museu do vaticano e publicada em muitos livros judaicos, ele diz:
“Se por acaso vós Judeus Natzirii, quiser se unir conosco, é necessário que essa peseach espúria de vocês seja mudada para o dia de nossa Páscoa verdadeira, se não aceitares a nossa proposta, não poderemos continuar convosco, que Deus vos ajude.”
Os padres católicos, e o vaticano cuidam capiciosamente que isto seja cumprido a risca, pois ao longo da história nunca a peseach caiu na páscoa católica, eles vigiavam muito essa questão, legado dado pelo próprio Constantino. Uma cópia dessa carta, esta nas minha mãos, são duas paginas do próprio punho do imperador e o problema ali exposto é a data da páscoa ou seja a imposição do seu calendário solar. A profecia teve ali seu cumprimento, pois todos sabem a história que eles impuseram esse calendário e mudaram O Shabatot e as festas santas, para as seis festas de Há‟Satan: Natal, carnaval, páscoa, são João, primeiro do ano e o domingo solar, dia de descanso pagão ate o dia de hoje.
Para entendermos melhor a situação e como o Eterno de Israel vigia sobre seu povo para cumprir seus mandamentos, estatutos e juízos, vamos mergulhar na historia e façamos um drashar profundo para saber e conhecer como era o processo real da contagem do tempo para sabermos exatamente em que dia cai a peseach. É importante adicionarmos aqui que se você erra a data da peseach, você erra todas as datas das outras 6 festas, com a primeira 7. Um exemplo de como se contava a peseach é o modelo até hoje dado por Elohim a Israel, vejamos a seguir no exemplo moderno, copiado desde a época de Moshé:
Início do 1º Mês Bíblico
A Lua Nova foi avistada em Israel a 4 de Abril de 2011 às 19h28 do Monte Ezequias por Nehemia Gordon e ás 19h29 por Yoel Halevi. A lua foi ainda avistada de Ashdod por Magdi Shamuel às 19h40.
Hoje é portanto o 1º dia do 1º mês bíblico.
Datas das Solenidades de YHWH para esta Primavera: Pesach (Páscoa) - na noite de 18 para 19 de Abril
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Chag HaMatzot (Pães Asmos) - do pôr-do-sol de 18 de Abril até ao pôr-do-sol de 25 de Abril Shavuot (Pentecostes) - do pôr-do-sol de 11 de Junho até ao pôr-do-sol de 12 de Junho
Chodesh Sameach! (Feliz Lua Nova)
É assim se conta a festa de Peseach a partir da data que ela é vista pela primeira vez, assim sendo as outras festas são datadas a partir deste marco inicial.
O que acontece é que tem um grupo por aí de pessoas mal informada criando doutrinas satânicas e errada para desviar as pessoas da caminho do Eterno...
Essas pessoas inventam:
1) O primeiro dia da criação era a quarta feira, e sendo assim contando sete dias, o sábado vai cair Na terça feira e eles guardam esse dia e ensinam um monte gente a guardar o dia errado, que coisa terrível.
2) Eles chamam isso de calendário lunar
3) Enganam a milhares de pessoas pegam o texto fora do contexto nos outros versos das Escrituras, e as trevas riem deles.
O grande problema é: eles considerarem quarta feira o primeiro dia da criação. Vejam querido leitor eles sempre se opõe ao Eterno, O próprio criador estabeleceu
O Yom H‟shom o primeiro dia da criação e a luz que foi estabelecida, era exatamente as 22 letras, que são fótons neutrinos(que foi e é a matéria prima da criação de todo nosso universomposto de muon, electrom, esterom e espectrom ) Eles se opõe ao próprio Elorrim no estabelecimento do seu primeiro dia da Criação, esquecendo que a palavra hebraica Barah, ( Beit=2 Resh=200 alef =1) some o numero final igual 5, isto é, Criar=5 é feito de uma guimatria que é igual a 5, pois a criação da natureza foi assim feita em 5 dias no sexto criou o homem e no sétimo descansou.
Existem na Torah quatro níveis de interpretação das Escrituras que são a base e o fundamento central de sua compreensão, que se harmoniza como todo, o primeiro fundamento é chamado de P‟shat, significa simples, é o nível de compreensão direta da leitura das Sagradas Escrituras. Ex: “E disse: Tu és Keifá e sobre esta pedra...” (Mt. 16:18).
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Remez: É o segundo nível que significa: se aprofunde mais. Ex: de remez é as parábolas, comparações metáforas etc... Ex: Bereshit (Gn. 3:15).
Drash: Pesquise (Profecias)
Sod: Significa oculto, se refere aos códigos bíblicos secretos, colocados pelo Eterno na Sua palavra; entre os códigos estão a guimátria, que era e é muito empregada pelos profetas.
Por conseguinte, vamos considerar a aplicação destes quatro níveis de interpretação, para entender melhor sobre o assunto.
Os primeiro Rabinos a pesquisar esse assunto e a se interessar pelo mesmo foi Bachya e Weissmandl, esse último, escreveu seu primeiro livro 23 anos antes sobre o assunto. A codificação que esta dentro da Torah no nível sod(Oculto) comentada por Bachya parecia bastante simples à superfície, mas tinha extraordinárias implicações quanto ao tipo de detalhes que poderiam ser encontrada na Torah através do códigos ali colocados pelo Eterno, através do “Salto de Letras”.O código descrito por Bachya era composto de quatro letras, separadas por um intervalo de 42 duas letras, começando com a primeira letra da passagem da abertura do Gênesis: “1Bereshit bará „Elo(rr)hím(i) et há shamaym v‟et há aretz.[ No princípio criou „Elo(rr)hím(i) os céus e a terra ]”
A antiga tradição Judaica sustentava que essas passagens não só descrevia a criação em geral, mas, guando adequadamente “deCodificadas”, revelam detalhes explícitos da criação, em particular a exata duração dos acontecimentos e ciclos astronômicos críticos. Dizia-se que nessa passagem continha o nome de Elohim com 42 letras codificadas, e a tradição afirmava que nome se referia as atividades de Elohim Adonai durante a criação e mesmo antes dela, estabelecendo as épocas e as estações.
O código especifico citado por Bachya tinha quatro letras (B)Beith,(H) Hei, (R)resh (D)dalet fרהב cada uma delas em intervalos de 42 letras.
Essas quatro letras representavam um numero e a partir desse numero podia-se calcular a duração do mês lunar. A duração do mês lunar, que é compatível com essa decifração, e tem sido usada a milênios pelos judeus, difere dos cálculos de culturas vizinhas, baseados na astronomia, que remontam à época do exílio na babilônia. Assim sendo onde os Judeus obtiveram seu numero e por que se mantiveram fieis a ele?
A Torah oral sustenta que guando Elohim criou a escrita, Ele também deu a Moshé informações adicionais, que não deveriam ser escritas e que seriam necessárias para adequar o cumprimento dos mandamentos. Essas informações adicionais formam o núcleo da tradição oral. Elohim também teriam explicados que dentro da Torah escrita sempre poderiam ser encontradas pistas para todas as coisas reveladas oralmente. A duração do ciclo lunar era parte dessas informções.
Veja o Midrash Sod H‟Ibbur: O Mistério da lua nova
“O senhor disse a Moshé e a Aarão: “...este Mês será para vós o começo dos meses...” e no momento em que Moshé, nosso mestre, recebeu esta ordem, o Eterno, Abençoado seja
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Ele, transmitiu-lhe as regras exatas para intercalação da Lua Nova. Assim Ele deu a conhecer a Moshé o método para estabelecer as épocas e as estações.”
No século IV Hillel deu um passo extraordinário para preservar a unidade de Israel. Para impedir que os judeus espalhados por toda superfície da terra celebrassem suas luas novas, festas, shabatot diferentes das datas que o Eterno Deu a Moshé etc..Hillel tornou público o sistema de calculo do calendário, que até então foi mantido no mais alto sigilo.(Arthur Spier, The comprehensive hebrew calendar, twentieth second century 5860)
Nechunnya ben-HaKanah , que viveu na Judéia no século I, logo após a destruição de Israel pelos Romanos. Além de ser um especialista em diversos assuntos, afirmava especificamente se uma pessoa soubesse usar corretamente o nome com 42 letras encontraria a chave para a “ épocas e estações”. Contudo, a visão judaica tradicional atribui um profundo respeito à capacidade de calcular as estações e os meses, detectando e qualificando com precisão as relações entre o fluxo e o refluxo da lua (Tempos e as estações). Esse calculo racional, não mágico, é chave que liberta a mente para a contemplação do Eterno em sua beleza.
Verdadeiramente a duração do ciclo lunar “sinódico” de uma conjunção sol-lua até a seguinte é extremamente difícil de medir e calcular. Isso ocorre porque toda a revolução mensal da lua sobre a terra difere ligeiramente da anterior. Como diz o Talmude: o sol sabe o momento de descer, mas a lua não. A variabilidade lunar há muito tem desnorteado os astrônomos, temos que levar isso em conta.
Com o desenvolvimento das técnicas modernas de aproximação numérica que exigem computadores de alta velocidade, podemos agora gerar uma equação orbital boa e suficiente. Em 1923 antes do advento da computação mecânica, as equações calculadas a mão usavam 1500 termos para chegar uma aproximação. As aproximações atuais usam 6000 termos. Por causa dessas complicações, as estimativas cientificas para o mês lunar médio sofrem variações inevitáveis. Apesar disso, através de uma serie de cálculos complexos, a tradição oral judaica já sustentava que a duração média de um ciclo lunar era de: 29,53059 dias que corresponde ao que o Rambam descobriu, o grande Rabino. Em seu texto sobre o assunto, Maimônides(Rambam), deu-se o trabalho de enfatizar que o método produz uma média para o ciclo lunar.
Se esse numero 29,53059 dias para o mês lunar, não resulta na teoria e observação planetária, então de onde ele veio? Sabe-se sem sombras de duvidas que esse valor exato remonta muito antes do primeiro século, as evidências indicam que ele é muito mais antigo.
Tanto os babilônicos como os gregos daquela época tinham sistema de calendários, que compartilham muitas características com o calendário judaico. O problema com as sugestões dos estudiosos é que, embora próximos, nem o valor grego e nem o valor babilônico são exatamente o mesmo usado pelos os judeus. Isso prova que os judeus de fato não tomaram seus números dos gregos e dos babilônicos. Durante milênios o judeus se
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mantiveram fies aos primeiros números. Agora Quanto valor exato do mês Lunar em que bases se apegava o Rambam ao valor transmitido pela Torah oral?
A antiga resposta todas as essas perguntas é simplesmente não obtiveram de ninguém a duração do mês lunar. Pelo contrario, dizia-se que guando Elohim deu a Moshé a sequencia de letras da Torah, Ele lhe deu também todas as explicações necessárias quanto ao que havia nela e como deveriam ser usadas. Maimônides em sua maior obra
A Mishne Torah, que estabeleceu os 613 mandamentos, poder-se-ia esperar que o valor ordenado do mês lunar no estabelecimento do calendário, tivesse alguma confirmação na Torah ocultamente codificada, e foi isso que aconteceu. O Rabino Weissmandl descobriu essa codificação e tomou como base o livro da Bachya.
Conclusão I (Baseado no livro a verdade por detrás do código da bíblia, Dr Jeffrey Santinover)
A data critica, e como usá-la, estava contida no midrash Sod HaIbbur(mistério da lua nova) durante muito tempo foi mantida em segredo dos babilônicos e dos gregos e dos romanos, todos estes suspeitavam que ele pudessem ser misteriosamente exata.
Por volta de 1582 tornou-se necessária uma segunda serie de reforma no calendário, a fim de eliminar dez dias acumulado desde a reforma do anterior calendário Juliano. O papa Gregório XIII ordenou que aqueles dez dias fossem eliminados e assim se fez. Contudo, o ciclo semanal não foi rompido. Porem Constantino, ao calcular o calendário Juliano cuidou que nunca a Peseach Judaica caísse no mesmo dia que a páscoa cristã paganizada. Até hoje esse ditado é dito entre eles:
“É melhor errar com a lua do que acertar com os Judeus”
Assim sendo, o SOD HaIbbur identifica certos momentos críticos do relato da criação, que vai se desenrolando até o instante especial, segundo a tradição oral, em que Elohim criou o tempo. A maior parte dos ensinamentos de Gamaliel, refere-se aos detalhes usados para calcular os tempos e as estações, e para lidar com aqueles que erram no calculo, com brandura, pois é muito fácil errar. Shaul foi aluno de Gamaliel e conhecia perfeitamente esse calculo que era passado aos alunos.
A Bri‟t Hadshá contem muitas alusões aos tempos e as estações, especialmente nas passagens proféticas, mas nada diz sobre métodos para calculá-los.
Se existe algo como data de partida original, ela seria muito útil. Mas onde poderíamos encontrar essa data de partida, o ano, mês, o dia da semana(sábado do sétimo dia) minuto e segundo da primeira lua nova? Do ponto de vista cientifico a pergunta em se é absurda. Porem, a tradição oral sabe que essa data existe e esta no relato bíblico da criação. E afirma: Que a primeira lua nova ocorreu, num momento especifico da sexta manhã da criação, quando o homem foi criado, e não quando o sol e a lua foram colocados no firmamento, no quarto dia. E afirma quando isso aconteceu, exatamente no fim da sétima hora da manhã do sexto dia da criação(quatorze horas depois do pôr do sol do quinto dia). Em hebraico é escrito como vid : CI¦E¡
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Que significa 6/14.
Esse é o instante exato que o relógio lunar começou a tiquetaquear tem sido transmitido de sábio para sábio através de milênios e foi registrados em inúmeros lugares. Desse ponto em diante, o tempo de qualquer lua nova pode ser calculado tomando-se o numero total de meses decorridos e multiplicando por 29,53059.
Temos portanto a seguir o seguinte calculo. Se 29,53059 é o numero correto dias na média de longo prazo para o mês lunar e se 6/14(sexto dia décima quarta hora) é o tempo correto da primeira lua nova depois da criação, então a primeira lua nova ocorreu
354,04308. que data e tempos são estes? O Rambam explica:
“A primeira conjunção com que começas, contudo, é a conjunção do primeiro ano primordial da criação, que ocorreu na quinta hora e ducentésima quarta parte de uma hora da noite de segunda feira em numerais 2d 5h 204pem hebraicoC‟‟XD A
É o ponto de partida partida para o calculo.”
Uma vez que o calendário judaico trata o sexto da criação, quando Elohim fez o homem como o primeiro dia do começo do mundo, esse calculo tem a vantagem pratica de fazer os cálculos lunares subseqüentes se alinharem uniformemente com os anos.
Nessa primeira conclusão, queremos deixar claro, que com o advento das modernas técnicas cientificas e por fim dos satélites a duração do mês lunar é calculada com precisão cada vez maior, como indica a NASA no livro supra citado, pag280.
Muitos estudiosos do assunto estão se pegando Matytyahu 26 e cita o momento em que Yeshua disse aos talmidins: “Daqui a dois dias é Peseah....”Essas pessoas desconhecem que as fontes Almeidas oriunda de Jerônimo e da Septuginta é extremamente adulterada e contraditora, prova disso temos:
Mateus 26:17 E, no primeiro [dia da festa] dos pães ázimos, chegaram os discípulos junto de Jesus, dizendo: Aonde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?
18 E ele disse: Ide à cidade a [um] certo homem e dizei-lhe: O Mestre diz: O meu tempo está perto; em tua casa celebrarei <farei> a Páscoa (pessach) com os meus discípulos.
19 E os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara <mandara> e prepararam a Páscoa.
20 E, chegada a tarde, assentou-se à [mesa] com os doze.
João 13:1 Ora, antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que [já] era chegada a sua hora de passar deste mundo para o pai, como havia amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.
29 porque, como Judas tinha a bolsa, pensavam alguns que Jesus lhe tinha dito: Compra o que nos é necessário para a festa ou que desse alguma coisa aos pobres.
João 19:14 E era a preparação da Páscoa e quase à hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui o vosso rei.
15 Mas eles bradaram: Tira, tira, crucifica-o. Disse-lhes Pilatos: Hei de crucificar o vosso rei? Responderam os principais dos sacerdotes: Não temos rei, senão César.
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Comentário: A festa de pesseach é comemorada no 15º dia do primeiro mês. O primeiro dia é chamado de Pães Ázimos, onde todo o fermento era removido dos lares durante sete dias, a contar do 15º dia do primeiro mês. O cordeiro era morto um dia antes, que era o dia 14º do primeiro mês e representava o Mashiach. Uma pergunta!! como o Mashiach morreria no dia 14, e comeria com os discípulos o Kidush de peseach no dia 15, se Ele mesmo disse que ressuscitaria ao terceiro dia. João 19:14 E era a preparação da Pesseach e quase à hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui o vosso rei. Perceba, que neste texto o tradutor está em plena harmonia com o mandamento da Torah. Agora observe Mateus 26:17 E, no primeiro [dia da festa] dos pães Ázimos, chegaram os discípulos junto de Yeshua, dizendo: Aonde queres que façamos os preparativos para comer a Pesseach?
Que contradição! Se o dia dos pães azimos é exatamente o dia 15 do primeiro mês, conforme Êxodo 12, e o cordeiro(Yeshua) morria um dia antes que é o dia 14, exatamente o dia que Ele foi morto, e próprio texto de João 19:14 confirma este fato, veja “ E era a preparação da Pesseach e quase à hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui o vosso rei.”
Conclusão Final:
Os calendários realmente foram mudados, nisso não discordamos e vivemos sob ditadura de um calendário extremamente paganizado, isto é, o calendario solar.
É verdade que nesse nosso calendário, as datas das festas mudam de acordo com os cálculos da lua nova, agora dizer que as datas, estão erradas na atualidades, e que os judeus por ter um calendário luni-solar esta com as datas erradas com toda a precisão tecnológica atual e os argumento da transmissão dos cálculos dado pelo Eterno a Moshé é muita presunção, estas pessoas então terão que responder algo intrigante, como aconteceu exatamente a peseach esse ano num mesmo dia de um Bircat Hamain, coisa que história só aconteceu três vezes vejas a reportagem em espanhol e me responda:
________________________________________ Grandes rabanim en todo el mundo, en especial aquí en Israel, dicen que la guerra de Gog y Magog es inminente, que Mashiaj ya está entre nosotros, y que los judíos de la diáspora tienen que empezar a prepararse porque la diáspora estaría por terminar en un plazo de uno a dos años. "Por cuanto tú has dicho: estas dos naciones, y estos dos países serán míos, y los poseeremos, aunque el Eterno haya estado allí" (Yejezkel 35:10). 1. Según el Raavad, comentarista medieval del Rambam, en su libro Imrei Bina, la llegada del Mashiaj se producirá en el año del Yovel Rabati, que cae exactamente este año (5769).
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2. La bendición del sol (Birkat Hajama) se realiza cada 28 años. A lo largo de toda la historia de la humanidad, en dos oportunidades cayó el 14 de Nisan, Erev Pesaj. La primera vez, cuando los judíos tuvimos la geulá de Egipto. La segunda vez, el año del milagro de Purim y la salvación del decreto de exterminio de Haman. La tercera vez será este año en Erev Pesaj, el miércoles 8 de abril. Nuestros sabios remarcan que observando los calendarios, esta será la última vez en la historia que esta bendición se realizará en Erev Pesaj. Cuando el Rav Ovadia Yosef shlita se enteró de que Birkat Hajamá, este año cae en Erev Pesaj, se puso a llorar como un niño. 3. Acorde al Zohar hakadosh, en los días previos a la redención, 5 tzadikim van a ser asesinados en una sinagoga y 32 días luego de ello comenzaría una guerra que desencadenaría la guerra de Gog y Magog. Este año, 32 días después del asesinato en el Beit Jabad de Bombay, durante Januca, comenzó la guerra de Gaza, con un resurgimiento voraz e inusual del antisemitismo internacional. Cientos de miles de personas manifestando por las calles de todo el mundo no solo contra
Outra coisa importante, esses indivíduos que inventam doutrinas desconhecem que o sábado de lua nova, nada tem haver com o sétimo dia que cai na terça feira como eles querem. O sábado de lua, significa:
1) Sábado descanço solene ou seja, existem dois tipos de sábado o sábado fixo sétimo dia e o sábado de festas que são as seis outras festas estabelecidas pelo Eterno, a partir da contagem da primeira Lua nova como supra citado acima.
2) Assim fica estabelecido o sábado do sétimo dia é sábado fixo, tem sua fixação desde a criação...
3) Sábado das festa são mutáveis, variando de acordo com a lua nova.
Eles especulam, contudo, especular é bom provar é difícil...
Shalom

A PRIMEIRA BABILÔNIA

Dom, 06 de Novembro de 2011 12:47

A TERRA DE SHINAR!!!

A rainha de Babilônia, Sâmiramis, engravidou e disse ao mundo ser virgem. Deu a luz a um filho ilegítimo e o chamou de Tamuz. Afirmou que Tamuz era a reencarnação de Ninrode.

Consultou seus astrólogos e lhe disseram que 25 de dezembro era o solstício de inverno, dia em que o sol está em seu ponto mais distante da terra. Sâmiramis ordenou ao mundo que comemorassem o aniversário de seu filho Tamuz é claro era o deus do Sol (Baal Thamuz) representante de Satanás no dia 25 de dezembro.

Declaram que o dia 21 de dezembro o sol, ou Baal Thamuz, morre. Então no dia 24 de dezembro, começa a ressuscitar, e no dia 25 de dezembro é o seu aniversário.

SÂMIRAMIS ordenou aos seus sacerdotes que atuassem... Eram professores da mentira, da magia e da ilusão. Por toda a parte começaram a aparecer estátuas ou ídolos de Sâmiramis carregando o pequeno deus solar.

Dizia ser o espírito de Deus, encarnado em uma mãe humana. Era a mãe virgem e dizia que ele era seu salvador. Seu símbolo era a lua.

As histórias de Ninrode, Sâmiramis e Tamuz circularam por todo o mundo. Suas fábulas se fizeram popular na mitologia. Conceberam-se deuses e deusas, todos baseados nesta trindade babilônica. Chegaram a ser conhecidos como a família santa ou sagrada família. Para enganar ao mundo com milagres mentirosos, Satanás valeu-se de demônios para produzir uma imagem de Sâmiramis que aparecia em diversos lugares e formas. Esses fenômenos se chamavam “milagres”. Tais visões ou aparições ocorreram nas religiões pagãs sob vários nomes: Vênus, Diana, Ísis, Madona, Guadalupe, Aparecida, Fátima, etc.

Este sistema de idolatria se espalhou de Babilônia para todas as nações, pois foi deste lugar de onde se dispersaram os homens sobre toda a face da terra. Com suas línguas divididas, formaram as nações e levaram consigo seus deuses (Ninrode, Sâmiramis e Thamuz), porém com diferentes nomes e seus respectivos e misteriosos símbolos idolatras.

 

Natal (Nascimento do Sol)

Provas Bíblicas

Natal, 25 de dezembro, dia designado em nosso calendário como o dia do nascimento do Salvador. Mais é verdadeiramente o dia em que o Messias nasceu? São os costumes desta temporada de origem Judaica? Ou é o resultado de outra mesclagem entre o paganismo e o cristianismo?

Fixemo-nos na palavra em inglês Cristhmas, notemos que é uma mesclagem de duas palavras. Ao mesmo tempo em que inclui o nome Cristo, também menciona a missa. Temos conosco estudos que mostram que a missa com seus ritos e cerimônias elaboradas, orações pagãs pelos mortos, transubstanciação etc nada mais são que a sua continuação dos ritos pagãos vindos da Babilônia, ver mais detalhes a seguir.

Em Espanhol natal é conhecido como Navidad e se encontra na bíblia, (nati-vita ou nascimento que dá vida) como veremos, 25 de dezembro não é data em que o Salvador nasceu! É evidente que nosso salvador não nasceu durante o inverno, pois quando Ele nasceu os pastores cuidavam de seus rebanhos no campo. Havia também pastores que na mesma terra guardavam ou cuidavam do seu gado nas vigílias da noite (Lucas 2:8). Como é conhecido de todos, os pastores na palestina não fazem este trabalho durante o inverno; Sempre trazem seus rebanhos das montanhas aos redis (cercados) antes de 15 de outubro.

Com isto esta claro que o Salvador não nasceu na metade do inverno. Não dizem as escrituras em que época do ano nasceu O Salvador? Sim! As escrituras indicam que nasceu no outono. O ministério de nosso senhor na terra durou 3,5 anos (três anos e meio) Daniel-9:27. Sua morte ocorreu no final da peseach (Passagem) Yohanam (João 18:39),a qual era na primavera. De forma que três anos e meio antes desta época foi o começo de seu ministério terrenal, ou seja, no outono.

Portanto, quando o Salvador começou seu ministério teria trinta anos (Lucas 3:23) esta era a idade aceitável para que um sacerdote pudesse começar seu ministério segundo o Tanak(Primeira aliança)  (Números 4:3) De maneira que como o Messias começou seu ministério na idade de trinta anos e no outono, trinta anos atrás marcaria também seu nascimento no outono e não no inverno.

Apesar de as escrituras não indicarem a data exata do nascimento do Messias, há meios, e um deles, é se averiguar a data aproximada do nascimento de (Yohanam) João Batista e como João (Yohanam) nasceu seis meses antes do Messias, ao compararmos ambas as datas podemos concluir a data aproximada em que nasceu o Messias. Zacarias, pai de João, era sacerdote no templo de Jerusalém. Naquela época, cada sacerdote tinha um templo. Havia 24 divisões ou períodos dos serviços durante o ano. Os nomes são dados em crônicas 24:7-19.De acordo com Joséfo, cada um desses períodos duravam um semana, a primeira semana começava no primeiro mês (nissan)no principio da primavera(1a.Crônica 27:1-2).depois de seis meses esta ordem de períodos era repetida para que cada sacerdote pudesse servir duas vezes ao ano durante uma semana.Ver em (antiguidades dos judeus .v.7.p.7.14.)Então,três semanas do ano todos os sacerdotes serviam juntamente durante  o período da peseach, pentecostes e a festa dos tabernáculos.

Com estes dados como fundamentos, vemos então qual o período que serviu Zekarraryahu (Zacarias): ‘Houve nos dias de Herodes, Rei da Judéia, um sacerdote, chamado Zacarias, da ordem de Abias, e aconteceu que exercendo Zacarias o sacerdócio diante do Eterno pela ordem de sua vez lhe apareceu um anjo do Senhor’’O anjo lhe revelou que sua esposa Isabel, apesar de ser avançada em idade, daria a luz a um filho (Lucas 1:5-13). Em que época do ano exercia Zacarias a ordem do seu turno? De acordo com I crônicas 24:10, ordem de Abias era a oitava ordem.Quer dizer,a data era 27 de Sivam ,ou seja, 8 à 10 de junho.Depois do seu serviço semanal no templo, Zacarias foi obrigado a permanecer no templo outra semana porque a seguinte era Shavuót (pentecostes). Ao regressar para sua casa nos montes da Judéia, aproximadamente a trinta milhas ao sul de Jerusalém, a sua esposa concebeu (Lucas 23: 24). Isto foi aproximadamente em meados de junho, se acrescentamos mais 9 meses, chegamos a uma data aproximada do nascimento de Yohanam, (João) de acordo a este cálculo, Ieshua nasceu no principio da primavera.

Por ser o Messias mais jovem que Yohanam, simplesmente acrescentaremos este tempo à época em que João nasceu, e teremos o resultado: Que o Messias nasceu em meados de setembro. Como podemos ver nosso senhor nasceu no outono e não em 25 de dezembro.

 

Outra prova desta conclusão, é que, no dia que o Salvador nasceu Yossef (José) e Mirian estavam em Beith´lehem (Belém) para se alistarem (Lucas 2:1-50). Não há registro que indique que este período fosse inverno, nem motivo algum para crermos como temos lido muitas vezes em comentários de natal, que o alistamento houvesse causado uma aglomeração de forasteiros que não permitiu a Yossef (José) e Mirian (Maria) Encontrarem lugar nas hospedarias. Não há nenhuma razão para crer que fossem tantos os judeus vindos á Beith`lehem (Belém) oriundos desses povoados, pois todos os judeus se encontravam inseridos às terras de seus antepassados. José e Mirian tiveram que fazer isto por causa da perseguição de Herodes contra o menino Sagrado, o que causaria então, tanta aglomeração? O mais provável é que fosse a festa anual de outono, (Sucót), e que Yossef (José) e Mírian participassem como bons Judeus; porém desta vez, estavam no direito de abster-se devido ao estado de Mirian, entretanto, tiveram que fazer devido à coincidência do decreto real para o alistamento, cada qual na cidade onde nasceu (Lucas 2:2) Yerushalayim (Jerusalém) tinha, normalmente, uma população de 120.000 habitantes, porém segundo Joséfo, durante as festas, algumas vezes, se reuniam ali até dois milhões de Judeus. Com tão grande multidão que vinham a estas festas. Não somente enchia Jerusalém como também a aldeia de Belém situada a cinco milhas ao sul. Isto acontecia ao final da plantação, festa de (Sucót) evidências dadas anteriormente, indicam que o nascimento do Salvador aconteceu no outono e não no inverno 25 de dezembro.

Que dizem as enciclopédias

Enciclopédia Britânica edição 1946 diz: Natal não estava entre as festas primitivas da igreja... Isto não foi instituído pelo Messias ou os apóstolos, ou pela autoridade da Bíblia, mas foi copiada do paganismo.

Enciclopédia Americana edição 1944 diz: de acordo com varias autoridades o Natal não era celebrado nos primeiros séculos da igreja cristã, pois o costume cristão, em geral, era celebrar a ‘‘morte ”das pessoas celebres e não o seu “nascimento”. A comunhão da santa ceia que é instituída pela autoridade do novo testamento é um memorial da morte do Salvador. A festa do natal, foi estabelecida em memorial do nascimento do Messias no século IV. No século V a igreja ocidental ordenou ser celebrada pra sempre o dia da velha festa romana do nascimento do sol, pois não havia conhecimento certo do dia do nascimento do  Messias.

Assim resolveram juntar a comemoração do nascimento do salvador ao paganismo romano. E isto se comemora até os dias de hoje, mesmo nas igrejas de confissão evangélica.

Muitas enciclopédias e outras autoridades afirmam que O Salvador não nasceu em 25 de dezembro. Mesmo a enciclopédia católica confirma este fato.

Visita a Belém

Próximo ao final de dezembro de cada ano, milhares de turistas afluem à pequena cidade de Beith´lehem (Belém), nas colinas de Yehudá (Judá) ao sul de Yerushalayim (Jerusalém) para participarem das celebrações anuais de natal.

Alguns fazem a jornada de seis milhas de Yerushalayim (Jerusalém) a pé. Após chegarem aglomeram-se em silêncio na extensão pavimentada da praça da mangedoura em frente da respeitada igreja da Natividade (construída sobre o lugar tradicional do nascimento do Salvador) como fez a organização romana em muitos lugares sagrados.

 

Inevitavelmente, alguns desses turistas chegam a Israel. Não estudam completamente seus roteiros turísticos e lá chegando saem do avião e recebem uma noticia desagradável.

De novembro até março é inverno em Israel, O tempo fica frio, especialmente à noite. Freqüentemente chove ou neva!Muitos chegam a Israel carregando bagagens com roupas de verão, pensando que é sempre quente e árido no oriente médio. Assim compram urgentemente casacos ou blusas de frio em Telaviv ou Yerushalayim (Jerusalém) para sua peregrinação em Beith´lehem (Belém).

Apesar disso, a maioria que permanece na praça da mangedoura em 25 de dezembro de cada ano preparado ou não, não sentem a mensagem sobre o tempo ao redor deles.

Observe este claro testemunho da Bíblia: no dia do nascimento do Messias“havia na mesma região pastores morando no campo,cuidando de seus rebanhos.

Pergunte a qualquer estudante da Bíblia, ou Israelence moderno: isto nunca poderia ocorrer na Judéia no mês de dezembro, nem mesmo em novembro. Temos visto as provas de que o Senhor nasceu no principio do outono, não no inverno, mas, alguns perguntaram: que diferença faz isto? Não é a intenção o que vale? O que há de errado em escolher um dia qualquer para celebrar o nascimento do Messias? Outros dizem: escolhemos este tempo para comemorar o nascimento de nosso salvador, e dizem mais: Esta é uma comemoração do povo cristão. Outro querendo enganar ao Eterno diz: eu sei que o natal é pagão. Mas nós vamos comemorar diferente. Todos são costumes tradições do homem, proibidos pelo Altíssimo na Bíblia.

Amados irmãos no Senhor, crentes na Bíblia Todas estas desculpas e tantas quantas quiserem dar algumas pronunciadas até por supostos ministros do Senhor através dos meios de comunicação de massa!Carecem de fundamento Bíblico.

Por toda parte, começaram a aparecer estátuas e ídolos de Sâmiramis, carregando o pequeno deus solar. Ela disse: A cada dia 25 de dezembro um tronco verde nasce dentro de um tronco velho, simbolizando a ré-encarnação de Baal gerando Thamus, então a arvore de pinheiro era enfeitada com prata e ouro Yirmeyahu (Jeremias 10:3) e Yeshaiahu (Isaias 44:14), e este poste ídolo era enfeitado com as cabeças dos recém nascidos em sacrifício ao deus solar. O Eterno recomendou que nunca uma  árvore desta, fosse colocada diante do altar do Senhor, (Deuteronômio 16:21). “Não levantarás árvore ídolo ou árvore de asserá (expressão hebraica p/ pinheiro), junto ao altar que levantares para o Senhor”.

Tertuliano mencionava a prática de trocas de presentes nesta época como parte da saturnália romana. Quando este festival foi adotado pela igreja romana, também se adotou este costume. Deste modo trataram de encontrar alguma similaridade entre paganismo e cristianismo. Os líderes da igreja apóstata. (Disseram então que era em recordação aos reis magos), na verdade, não eram magos, mas sábios trazendo presentes ao menino, não fazendo troca de presentes! Não foi assim. Os sábios não trocaram presentes entre eles, mas,  deram seus presentes ao Salvador, o nascido rei dos judeus.

Era um costume oriental dar presentes ao vir à presença de um rei. Porém estes presentes não eram presentes de nascimento. Quando os sábios chegaram, foi muito depois do nascimento do Salvador. Nesta época o menino já estava em sua casa (Mat. 2:9-11), e não na mangedoura. Obviamente os presentes dos sábios não eram presentes de natal

Não teríamos espaço suficiente para tratar sobre todos os costumes natalinos como Santa Claus (Papai Noel que é o mesmo Ninrode, ou seja, Deus) e o comercialismo que se opera nesta temporada. Porém, vemos que todos estes festejos estão carentes de fundamento bíblico e claramente identificam nossos costumes de hoje com a saturnália da Roma pagã.

Finalmente, com os costumes natalinos, mencionaremos a árvore de natal. Uma fábula babilônica dizia que Samiramis, a mãe de Tamuz, afirmava que durante a noite, uma árvore verde se desenvolvia de um tronco morto. O tronco morto supostamente representava seu esposo morto, Ninrode, e a árvore de pinho chegou a ser o símbolo de que Ninrode havia revivido na pessoa de Tamuz!

A idéia se propagou e se desenvolveu tanto que muitas Nações tem suas próprias lendas de árvores sagradas. Entre os Druídas, os egípcios e os romanos (os quais adornavam suas árvores com cerejas vermelhas durante a Saturnália ou Carnavalia, os Escandinavos e muitos outros povos. E assim, como outros ritos pagãos também foram absorvidos pelo cristianismo. Assim também foi o uso da árvore de natal. A árvore de natal recapitula a idéia de culto com suas bolas brilhantes, simbolizando o sol... e todas as festividades de inverno pagão foram incorporadas no dia de natal. Nada menos que 10 referências bíblicas sobre a árvore verde que é associada como idolatria e culto falso. Confiram algumas delas em Isaías 44:14,15/Jeremias2:20;10/3. Principalmente Deuteronômio 16:21,22. Esta passagem é um tiro mortal contra aqueles que apesar de tantas provas ainda insiste no paganismo, confira: “Não estabelecerás arvore junto ao altar que levantares para o Senhor.”

Naturalmente o povo da época de Jeremias, como indica o conteúdo desta passagem, estava realmente fazendo um ídolo de lenha.. O que estamos dizendo é que uma árvore é claramente algo trazido do paganismo em uma forma modificada. Porém, qualquer que seja a diferença entre o velho uso da árvore, os costumes são coisas do homem, e o Eterno diz:

Por que os costumes dos homens são vaidades sem valor, vazias – e não acrescentam poder ao verdadeiro culto.

As festas natalinas foram adaptadas pela igreja romana durante o século V. No século VI foram enviados missionários ao norte da Europa para atrair pagãos sob o jugo romano. Estes acharam que 24 de junho era uma data muito popular entre aquele povo. Para poder atraí-lo à igreja, como era o costume depois da apostasia, os líderes da igreja apostata lhes permitiam que continuassem celebrando suas festas pagãs, só que tinham que encontrar algum acontecimento cristão ao qual poderiam associá-lo, Porém, que evento poderiam associar ao dia 24 de junho? Já haviam adaptado um dia para comemorarem o nascimento do Messias, (25 de dezembro). De modo que este erro foi propagado até os dias de hoje. Como dissemos anteriormente, 25 de dezembro, apartir de Babilônia, espalhou-se pelo mundo como dia do nascimento de vários deuses como: Tamuz, Horus, Osíris, Sol, etc. Era tempo de orgias, sacrifícios de crianças a Baal, bebedeiras e regozijo. Sâmiramis ordenou que as árvores fossem decoradas com bolinhas que representassem o sol.

Quando fizeram o culto chamado “MISSA” pela primeira vez na meia noite do dia 24 de dezembro, por volta do ano 394 d.C, era a missa de Cristo. Os pagãos se maravilharam. Converteram-se no dia maior para a igreja universal. É um tempo alegre de luzes, canções, árvores de natal, presentes, mas também de suicídios e angústias para os que não tem casa nem lar. Vemos o natal por todos os lados, festas e crianças que esperam que Santa Claus e os reis magos lhe tragam presentes. Vemos a virgem Maria e uma criança, ambos com o sol detrás de suas cabeças.

Manda-nos a Bíblia celebrar natal? Não! Nem o Senhor nem seus discípulos jamais nos ensinaram. Não há registro dos primeiros apóstolos celebrarem o nascimento do Messias. Esta prática não é bíblica e foi instituída pelo Vaticano para ligar Cristo com a missa. Hoje, os chamados crentes da Bíblia, se vêem forçados a observarem esta festividade católica.

HÓSTIA E SEUS MITOS

A missa é uma imitação da Santa Ceia. A chamam de Sacramento da Santa Eucaristia ou “Hóstia”. Foi, com certeza, roubado dos egípcios que convertiam uma galeta ao deus sol Osíris. Por isso que a hóstia tem a forma de sol. Como sabemos as três letras que aparecem dentro da hóstia católica, são as mesmas que da hóstia egípcia, IHS, que representavam a trindade egípcia: Ísis, Horus e Seb. A prostituta de apocalipse trocou as três primeiras letras do Santo nome do Senhor em grego. Mais tarde este símbolo passou a ser usado pelos jesuítas como sua insígnia.

Por tanto, a missa é usada para converter a hóstia em corpo de Cristo em toda a sua divindade. A essa conversão chamam de transubstanciação. No momento em que o sacerdote católico levanta a hóstia apresentando-a ao seu deus, recebe poderes sobrenaturais e a mesma deixa o pão com gosto de farinha e açúcar transformando-o em carne de verdade com toda a santidade de deus o sol invictus. A isso chamaram transubstanciação.

No passado muitos mártires foram queimados em praça pública por negarem esta transformação. Todavia esta lei continua até nossos dias, colocando seus fiéis em situação de hereje se lhes for perguntado: Que gosto tem? E a resposta tem de ser apenas: “carne”.

Esta doutrina não é bíblica, ao que o Senhor não pronunciou aos seus discípulos; e tendo dado graças tomou o pão e partiu e deu a seus discípulos dizendo: Tomai e comei. Este é meu corpo que por vós foi partido, fazei isto em memória de mim.

Como podemos ver este ato foi simbólico, por que o pão continuou sendo pão. De acordo com a lei católica, não participar no sacramento da santa eucaristia significa ser condenado por toda a eternidade. Aqueles que comerem este “outro Salvador” (2 Cor. 11/4) com a forma de sol, não estão comendo simbolicamente O salvador da Bíblia, mas sim a Baal’Zibul das moscas, deus do sol.

 

“Entretanto, eles consagraram o primeiro dia de cada ano ao sol (Baal’Zibul Deus das moscas).”

O primeiro dia de cada Mês e o primeiro dia de cada semana (Domingo). Semanalmente eles cultuavam e adoravam neste dia, por isso que em várias línguas de nosso mundo atual ainda prevalece domingo como dia do sol, ex: Sunday em Inglês= sun, sol day dia. Na arqueologia moderna encontramos evidências de adoração ao sol entre a civilização Inca e os Maias no México, onde no altar do sol, eram sacrificadas as suas vítimas, geralmente crianças. O fogo em que eram mortas, o fogo símbolo do sol, se a criança morresse, Deus(Baal’Zibul ) queria para si, a carne, que era cozida nas brasas, e os sacerdotes no interior da caverna comiam a carne em louvor a thamuz. Se a Criança não morresse, era um sinal de que Deus (Baal’zibul) a queria viva para seus diabólicos planos; os primogênitos eram os escolhidos, sempre o primeiro de tudo. Praticavam este ritual nos dias de Eliyahu (Elias) e Yerrezekél (Ezequiel). O Senhor, em visão mostra ao profeta a situação do seu povo “Ele então me levou ao átrio interior da casa do Senhor, e vi a entrada do templo do Senhor, entre o pórtico e o altar, cerca de vinte cinco homens de costas para o templo do Senhor, e com os rostos para o oriente, eles se prostravam diante do sol... ”Ezequiel 8:16.

Ao se espalharem sobre a terra, após as línguas serem confundidas, Satanás temeu que esse culto desaparecesse, então ele aparecia em diversos lugares da mesopotâmia, hoje a região do Iraque, por onde haviam se espalhado, em forma de Rainha dos Céus. “Os filhos apanham lenha, os pais acendem fogo e as mulheres amassam a farinha, para fazerem bolos à Rainha dos Céus”. Yirmeyáhu (Jeremias) 7:18. Ela se vestia  de  purpura e sua cor predileta era o azul. “Trazem prata batida de Tarsis e ouro de  Ufaz, trabalho do artífice e das mãos do fundidor; fazem suas vestes de Azul e Púrpura, obra de homens hábeis são eles...” Yirmeyàhu( Jeremias) 10:9.

O aparecimento da Rainha dos céus e o oferecimento dos bolinhos (Hóstia moderna). Eram conhecidos no tempo de Eliahu. Antigos relatos demonstram, ao aparecer em forma de virgem mãe, nascia-se uma fonte, as pessoas ao se lavarem na mesma, suas doenças eram curadas. Para enganar ao mundo com milagres mentirosos, Satanás valeu-se de demônios para produzir uma imagem de Sâmiramis que aparecia em diversos lugares e formas. Esses fenômenos se chamavam “milagres”. Tais visões ou aparições ocorreram nas religiões pagãs sob vários nomes: Vênus, Diana, Ísis, Madona, Guadalupe, Aparecida, Fátima, Heia, Shingmoo etc; dessa forma Satanás impressionava a pessoas de diversas línguas, para continuar a ser adorado. Os seus nomes variavam conforme a língua: Disa, Vênus, Ceres, Diana, Afrodite, Cibele, Iaroni, Madona, Guadalupe, Aparecida, Fátima etc... Na china foi achado uma estátua da Sagrada família com seu filho solar, seu nome era Shingmoo. Entre os Germanos (Alemães) Hertha, No Egito: Isis com seu filho solar nos braços Isus ou Ysus. Aos domingos em Heliopólis, os sacerdotes Ofereciam os bolinhos dos céus aos adoradores (hóstia), interessante é dentro da hóstia haviam três letras IHS, referindo-se a Isis, Horus, Seb ou seja a Sagrada Família.

O medalhão que ostentava, havia a imagem do sol, atrás uma numeração mistério de 1 a 36 no seu verso, formando quadrados cuja soma tanto na vertical como na horizontal o total era de 111, que somado dá o número 666. Para eles, o número 6, estava intimamente ligado à astrologia, especialmente a adoração do deus sol. O número 6 representa o deus menor (Thamuz) 60 o deus maior (Rainha dos Céus), 600 simbolizava o Panteão dos deuses babilônicos (Baal’Zibul Deus) Todo esse sistema sagrado ocultista foi transferido para matemática e, até hoje utilizamos o sistema sexagesimal de base 60, que divide o grau e a hora em 60 minutos, o minuto em 60 segundos e a circunferência em 360 graus.

FESTA DO FOGO

Em Vaticínia, os Druídas comemoravam o dia 23 de Junho, nascimento de Ninrode (Baal), fazendo os seus filhos passarem pelo fogo, como descreve Yiremiahu Jeremias 32:35; 7:31. Essa data foi substituída posteriormente para São João e suas tradições continuadas, como expressões que existem até hoje “Vamos pular a fogueira” Os sacerdotes de moloque, ficavam no interior da caverna, logo acima, estava a estatua de moloque com as mãos estendidas com brasas dentro, para receber o sacrifício de crianças, que se chamava:

Moleque. O moleque queimava nas brasas, e os sacerdotes acionavam um mecanismo na época igual aos automáticos modernos; e o moleque caia no interior da caverna, os sacerdotes comiam a carne cozida, como parte do ritual da adoração a moloque. Eles adoravam num lugar, cuja origem vem de um deus chamado Vaticanus.

Ao dar-se conta que 24 de junho era aproximadamente seis meses antes de 25 de dezembro, e como João Batista havia nascido seis meses antes do Messias, então, por que não estabelecer o dia 24 de junho como o dia do nascimento de João Batista?

Isso foi o que fizeram. Até hoje em dia 24 de junho é conhecido no calendário papal como o nascimento de São João! Porém esta idéia foi baseada em um fundamento falso, por que João Batista não nasceu no dia 24 de junho, ao associar este nome com este dia não foi mais que um outro intento para cobrir uma festa pagã e permitir sua continuação, porém agora na igreja.

Tempos atrás, este dia era associado ao culto a Baal moloque. Na Grã-Bretanha antes da entrada do cristianismo, 24 de junho era celebrado pelos Druidas com chamas de fogo em honra a Baal (deus sol, Ninrode em forma divina). Os Druidas eram feiticeiros que faziam seus cultos também no lugar de adorações divinas (Vaticínia). Dizem que este nome provém de uma cidade chamada Vaticanus, que tinha seu lugar proeminente nesta colina.

Os trabalhos de notáveis historiadores como Heródoto, Wilkison, Layarde e outros falavam desses fogos cerimoniais em diferentes países. Quando 24 de junho foi adaptado pela igreja apóstata e trocaram seu nome para o dia de São João, também adoravam os fogos e chamaram “fogos de São João”. “Eu vi gente correr e saltar através dos fogos de São João na Irlanda” – disse um escritor do século passado – “orgulhosos passando através dos fogos, pensando que fossem abençoados de uma forma especial durante a cerimônia”. Ao ler estes ritos nos recordamos de práticas similares nas quais caíram os filhos de Israel quando estes “passaram pelo fogo de Moloch” (Jer. 32/31 e Ez. 20/31). Obviamente nenhuma dessas práticas tinha conexão com João Batista.

Até hoje as igrejas de um modo geral conservam o símbolo do fogo, em seus logotipos Ex:

 Além da cerimônia do fogo que se observa em 24 de junho, este dia é conhecido entre as tribos pagãs como o festival da água.

Acaso não havia sido João Batista conhecido especialmente como o que batizava com água? Assim é que esta pequena semelhança ajudou a disfarçar a continuação do dia pagão com seu novo nome.

QUAL A DIFERENÇA

Dom, 06 de Novembro de 2011 13:56

... entre "Isa", "Tupã", "Olorum" e "Jesus"? Certamente você não tem nenhuma dificuldade em crer que "Tupã" é o nome de um ser maligno, cultuado pelos indígenas. "Olorum" é muito fácil de associar aos cultos pagãos afro-brasileiros, de total controle demoníaco. "Isa" é menos conhecido da maioria, mas ainda assim é o ídolo pagão do culto à lua, também aceito pelos missionários devido à cultura local árabe já utilizar tradicionalmente este nome para se referir erradamente ao Messias de Israel. Por que haveria de ser diferente com relação ao nome "Jesus"? Só pelo fato das pessoas estarem "acostumadas" com este nome falso desde os dias de suas infâncias? Uma mentira que atravessa os séculos passa a ser verdade? Uma mentira em que milhões crêem, passa a ser verdade?

O número de pessoas que crêem determina o que é verdade e o que é mentira? Se você é um evangélico e pensa assim, lembre-se que os católicos são em maior número que os evangélicos. Se você é católico e pensa assim, lembre-se que os islâmicos são em maior número que os católicos. Este "Jesus" é o mesmo "Zeus", da mitologia grega e é o mesmo nome que deu origem a palavra deus em nossa língua latina portuguesa da terceira declinação Grega, veja Direto da Gramática Grega, de Antonio Freire, S.J.segunda edição p.33Agora disfarçado de um ser "bonzinho" para usurpar o lugar do verdadeiro Messias, fazendo-se passar por Ele. O Eterno não leva em conta o tempo da Ignorância. Porém, uma vez que conheces a verdade e ainda continua no erro voluntariamente o Senhor não te atenderás. Temos muitos testemunhos de pessoas na frente da Kerrilá falando que no momento que conheceu o verdadeiro nome, contudo, continuava com o nome antigo Eterno não mais atendeu as orações destas pessoas. Uma jovem, senhora me disse: “Rosh: Eu tive um sonho esta noite e o Eterno me disse naquele dia não te atendi a oração, porque você sabia meu verdadeiro nome, mas continuava a chamar um nome pagão, quando eras inocente, Eu atendia agora que conheces não peques mais...” Se você que lê estas palavras, por um momento ficar irado por estar lendo tão duras palavras contra um nome que você há muito tempo cultua e adora, então, por favor, investigue a fundo o que aqui apresentamos antes de tirar conclusões erradas e precipitadas. É a sua salvação que está em risco, é a sua vida eterna que está em risco. Se você duvida, então investigue, leia as escrituras a este respeito, o ídolo com o qual o povo freqüentemente adulterava. Pergunte-se também por que o Nome do Messias não foi permitido ser escolhido por Seus pais terrenos e nem por nenhum ser humano, mas veio diretamente do céu, por meio de um anjo. Pergunte-se também, por que Filipensses afirma que há UM Nome acima de todo nome e não "alguns nomes" acima de todo nome. Pergunte-se e investigue a origem da palavra "deus" e do nome "jesus". Pergunte-se por que este nome "jesus" começa com uma letra que nem sequer existe em hebraico e não existia antes do século XIV. Pergunte-se também, por que o anjo disse: "e lhe porás o Nome de... Iesus porque Ele salvará o Seu povo dos pecados deles", se o nome "jesus" não possui este significado.

Para encerrar, gostaria apenas de dar ênfase a tudo que foi escrito anteriormente com o verso 4 do capítulo 30 de Provérbios, o qual é um desafio escritural a você, leitor:

Quem subiu aos céus e desceu?
Quem atou as águas nas Suas vestes?
Quem cerrou os ventos nos Seus punhos?
Quem estabeleceu todos os limites da terra?
Qual é o Seu Nome e qual é o Nome de Seu Filho?
Diga-me, se é que o sabes!!!!

A resposta à pergunta é uma única: EU SOU é o Nome do Criador, o Pai, e Yeshua (ye=eu sou/shua=salvação)é o Nome único do verdadeiro MessiaS: 

ישוע  

Foi nesse clima de paganismo intenso, que Israel estava vivendo nos dias de Eliahu, a Igreja que era a menina dos olhos do Eterno, estava se envolvendo em uma adoração mista, com todas essas práticas. O Eterno enviou seu profeta em meio a uma apostasia nacional, e o orvalho dos céus foi retido, até que fosse mostrado diante de seu povo quem é Elohim e quem é Baal Zibul. Ao ver Eliahu, o Tisbita, Acabe disse: “Ès tu Eliahu Perturbador de Israel?”I Reis 18:17,18 Respondeu Eliahu: Eu não Acabe, mas tu e a tua casa. Somente quando o povo de Israel reconheceu quem é o grande Eu Sou, nosso Eterno, e quem é baal ‘Zibul, havendo a separação das duas classes, então o Senhor enviou a chuva sobre o seu povo e a terra sedenta. Em nossos dias, o Senhor promete suscitar um povo com o Espírito de Eliahu, Malaquias 4:5, 6. E a chuva Serôdia não caíra sobre a terra e sobre o povo do Altíssimo, enquanto os pecados de babilônia não forem claramente patenteado diante do povo e haja uma separação entre o Joio e o Trigo, então o Senhor derramará a sua chuva abundantemente para o termino da obra, tal é a característica do povo que prega a Terceira Mensagem Angélica: Adoração ao único Elohim, a queda dos pecados de Babilônia e ai daquele que adorar a besta e a sua Imagem. Assim foi o Espírito de Elias, assim será esse povo nos últimos dias da Ira. Por esse motivo, os nomes de Blasfêmia guimatricamente falando, é colocado em evidência pelo Navy em Apocalipse 13:18 “Aquele que tem sabedoria calcule o numero da besta, pois é o numero de um homem e seu numero é 666”...

I  E  S  V  S EM LATIM                                D E I=500+0+1=6

SOLIS=0+0+50+1+0=6

OU SEJA, O SOL É DEUS, O MESMO JESUS

I=1

E=0

S=0 ------------5+1=6

V=5

S=0

Se mesclarmos os valores da letra latim mais grego:

I E S V S

I=1

E=O

S=6 EM GREGO          5+1=666

V=5

S=6                                                    I E S V S CRISTVS FILII DEI

 

Entre muitos altares de baal’Zibul que precisam ser derrubados estão os de Deus e Jesus, este processo é terrível e doloroso, pois é difícil de aceitar, o nome do Eterno... Perceba querido leitor, até o ano de 313 D.C, no início do quarto século, a congregação “judaica nazarena” era totalmente pura e imaculada, evidentemente, não havia ainda entrado o paganismo dentro da mesma. Todavia, pesquisas mais recentes, demonstram que, a preparação para mudança do nome do Altíssimo teve início logo no segundo século da era NAZARENA (era de Yeshua).O relato deste fato encontra-se exposto no livro de historia Antiga e Medieval(José Jobson de Arruda,edit. Ática) Em História Integrada, pág. 182.

“Alguns anos após a morte do salvador, judeus nazarenos começaram a ser perseguidos pelos Romanos, pois não aceitavam os deuses pagãos. Não aceitavam também a origem divina do Imperador romano e por isso, se negavam a prestar-lhe culto. Os Nazarenos se opunham igualmente ás instituições imperiais por estarem envolvidas com o paganismo: a justiça, a moral os usos e costumes do mesmo. Outro motivo para as perseguições contra os Nazarenos foi a prática do culto secreto, realizado nas catacumbas, pois só os iniciados podiam participar dos cultos Nazarenos, ou seja os que aceitavam Yeshua e eram batizados; Isso levantava suspeitas, pois a grande maioria dos Nazarenos eram formados de pessoas pobres e escravos, o culto nazareno, tomou, portanto, um caráter subversivo e as autoridades Romanas começaram a temer uma revolta. Além disso, as reuniões secretas eram proibidas, a fim de evitar conspiração contra o governo. Os pagãos, por sua vez, não sabendo o que os Nazarenos faziam durante o culto, passaram a acusa-los de adorar a cabeça de um asno(cavalo, jumento etc) e de assassinarem crianças durante as cerimônias Macabras.”

Foi nesse período que começou as zombarias e chacotas contra os Nazarenos, usando a expressão “Uh! Adorador do deus cavalo, Uh! Adorador do deus cavalo” a expressão usada na língua Celta: Esus ou Iesus, que em hebraico:

Ie = deus       Sus=cavalo QEQ

(Fato que melhor será esclarecido nos próximos capítulos)

Veja Leitor, a parte que nos toca em relação a transmutação do nome, envolve muito mais do que imaginamos, envolve o seu sentido espiritual. Você poderá dizer: “Ah! Isso é uma mera coincidência!” lembre-se! Não existe coincidência no mundo espiritual. Aí esta o perigo, seja em qualquer época, ou aconteceu antes do Messias ou depois do Messias; de qualquer forma, não hesitaremos em chamar isto de um crime milenar... E eis aí o que dá ao mudar os nomes sagrados para outra língua, sem obedecer à regra de conservação da fonética: Uma Babilônia!!!

No livro de Sophia, na parte de Mitologia no parágrafo sobre as Runas, o autor afirma claramente que a Runa de letra “S”, Sowulo se referia ao sol que mitologicamente era adorado por diversas nações. O autor afirma que a adoração ao sol estava diretamente ligada ao Cavalo. Os Padres observavam os cavalos como divinos, dignos de adoração. (O mundo de Sophia, Runas CD COMPUTER).

Por incrível que pareça, o nome Sagrado jamais deveria ser mexido, mudado por quem quer que seja, ainda que os Gregos chamassem os indivíduos com o nome de Iesus, o nome do Salvador IESHUA deveria ter sido preservado por ser um nome sagrado e foneticamente significar Salvação, isto é, dizer que em Grego Iesus preserva esse significado é uma grande conspiração dos teólogos que fazem concessão a Roma, pois ao mudar, trocar ou transmutar o nome, outro sentido espiritual lhe vem a tona, por exemplo, o significado deste nome I E S U S na língua Hebraica tem o sentido como foi mostrado acima...Deus cavalo. Por volta do carnaval, eu preparava-me para sair da cidade, encontrei um casal de Israel, que alugaram uma quitinete de minha mãe, ambos falavam Inglês e Hebraico, porém não falavam Português. A noite estive conversando em Inglês com eles e comecei a expor o meu pouco conhecimento de Hebraico que tinha aprendido na Faculdade de Teologia... Foi nesse bate papo descontraído que falamos sobre Ieshua e então perguntei: “Já que você fala Hebraico como sua língua mãe, vou falar um nome pra você, tente ouvir e passar para mim o que você entende...então falei o nome IESUS vagarosamente, como você entende na sua língua”?

Ele respondeu: “Bem, é como você falasse o Grande Eu Sou é um cavalo, no hebraico antigo era este o significado, apesar de que a palavra cavalo em hebraico passou a ser outra atualmente, porém a palavra SUS faz parte do hebraico bíblico que se usava no passado...”, e isto é um fato e contra fatos não há Argumentos...

 

O perigo continua e a Blasfêmia também, vejamos agora em Grego, a palavra SUS tem outro sentido, veja você mesmo a Gramática Grega de Antonio Freire, S.J. Livraria Martins Fontes Ltda, São Paulo 1987, segunda Edição Maio de 1997 páginas, 30 e 31:

 


 

S U S = Porco Interessante que em Latim a palavra SUS também é PORCO... Aqui não se fala somente da escrita, mas, também da fonética SUS=porco.

Atenção críticos: aqui se trata de Fonética.

 

Em fevereiro de 2004, em congresso no Hotel Fiesta (Itaigara) com o Rabino Joseph Shulam, do movimento judaico messiânico, Presidente do Netivyah Bible Instruction Ministry de Jerusalém Israel, uma das maiores autoridades Bíblicas de Jerusalém, afirmou em público que, 120 Rabinos em Israel aceitaram Ieshua Há Mashiach, ainda afirmou com letras gigantes, que o nome Jesus veio do paganismo Latino de adoração ao sol vindo do deus Grego Zeus, o principal do Olimpo. Ele afirmou isso na presença de 200 pessoas em salvador. Tenho viajado ao redor do mundo e conversado com diversas autoridades, do mesmo nível, e todos afirmam a mesma coisa.

O Rabino El Hanam tenente dos Exércitos de Israel durante 20 anos, recentemente esteve no Brasil em Belo Horizonte e ele Falou da Importância do nome do Messias, que em Hebraico a origem do nome IEXU (¢h[¤I) deu origem em latim a palavra IESU, que veio de uma zombaria ainda no primeiro século da era nazarena Judaica. Este nome veio como zombaria dos fariseus e saduceus, pois a palavra ou o nome I E S H U A que termina com a letra ¢R ain mais ou menos o A do nosso  alfabeto e em grego o “alef”, significa olho ou seja o Messias que Vê, o Messias que enxerga, se você tirar essa última letra o ain (a)  fica IESHU, a palavra toma outro significado como o messias cego, pois ao as pessoas aceitarem a Ieshua como o Messias eles aceitavam o messias que vê, entretanto os fariseus com ódio diziam: eles não são discípulos do Messias que vê Ieshua, mas sim de Ieshu o Messias cego. E esse nome começou a gerar conflito e contenda já nos primeiros séculos Ieshu, em latim IESU, hoje Jesus.

Veja amado leitor, repito a mesma tecla, jamais Roma e nem pessoa alguma ou nação deveria ousar tocar, mudar o nome, isso é crime e as conseqüências espiritualmente aparecem, e esta aí diante de nossos olhos... Fico indignado com Pastores e pessoas que tanto defendem o apelido e espraguejam quem ouse pensar diferente de suas idéias, pergunto: Por que eles não fazem esse esforço para exaltar o verdadeiro NOME? Ainda que Jesus fosse um apelido do nome Grego, por que não exaltar , mostrar, restaurar a brecha que se fez contra o nome Yeshua? Não há desculpas diante do Eterno para quem ama fazer concessões a Roma Papal. Aqueles que pensam que o Novo Testamento (segunda aliança) foi escrito em Grego estão redondamente enganados, embriagados pelo vinho de Babilônia, pois até os termos que Roma usa como: Velho Testamento e Novo Testamento, não existem, são termos Romanos empossados por Adriano (imperador Romano) pra dizer que o velho se fez velho, a Lei não precisa ser guardada por pertencer ao velho concerto. Este era o conceito de Roma, tudo vale pra desviar o homem da Santa Torah do Eterno. O conceito correto é: Primeira aliança e segunda Aliança. Aí está a verdade que nenhum homem ousará a dizer sem perseguição, pois este como disse o profeta Isaias (Yeshaiahu) 58 serão chamados de restauradores de Brechas.

 

Os Jesuítas; ordem fundada por Inácio de Loyla que acumulou os piores crimes de todos os tempos, a “Inquisição”, onde milhões foram mortos em nome de Jesus. Se você leitor acessar as paginas da história e tentar espremer a mesma, manará rios de sangue praticado por esta ordem. Eles fazem um juramento e prometem em tempo e fora de tempo quando for oportuno executará todos os herejes que se opõe às suas idéias.

“Prometo e declaro que farei e ensinarei a guerra lenta e secreta contra os hereges... tudo farei para extirpá-los da face da terra, não pouparei idade, nem sexo, nem cor... farei arruinar, extirpar, estrangular e queimar vivo esses hereges. – Farei arrancar seus estômagos e o ventre de suas mulheres e esmagarei a cabeça de suas crianças contra a parede a fim de extirpar a raça”.

“Quando não puder fazer isso publicamente usarei secretamente o veneno na chávena de chá, a corda de estrangular, o laço, o punhal e a bola de chumbo".

- Com este punhal molhado no meu sangue farei minha rubrica como testemunho.

“Se eu for falso ou perjuro, podem meus irmãos, os soldados do papa cortar mãos e pés, e minha garganta de orelha a orelha; minha barriga seja aberta e queimada com enxofre e que minha alma seja torturada pelos demônios para sempre no inferno”. (O texto foi transcrito em parte).

Eu estava em Fortaleza e visitei Guaramiranga. Ao retornar para cidade encontrei um colégio que pertenceram aos Jesuítas, nosso grupo resolveu visitar este colégio. Ao descer, porém a escada daquele enorme Mosteiro vi uma quadro na parede dando uma forte ênfase: “O Nome de Jesus”

A ênfase dava claramente a entender que este era o verdadeiro nome do Messias, nome estava envolto ao sol com as letras IHS, uma hóstia com letras especiais me lembrava o sol do mitraísmo... Não dá pra desconfiar quem verdadeiramente estava interessado neste nome nas Escrituras sagradas?

O filme de Mel Gibson “A Paixão de Cristo” é um exemplo de restauração... Em entrevista a uma revista da Califórnia ele conta como teve que jejuar e orar, para conseguir a sua maior conquista: No filme os nomes aparecerem da maneira correta como: Pedro= Kefas, Maria=Mirian e YESHUA...

Perceba querido leitor, Os Romanos dominavam o mundo naquela época, era uma potência mundial em seu tempo, eles jamais aceitariam o domínio de um Messias Judeu, por sua vaidade e orgulho (Anti Semitismo). Este fato do deus cavalo, servir de zombaria na boca dos pagãos foi mostrado na Discovery channel (Assunto sobre: Os primeiros Nazarenos, fita vídeo em meu poder). Relata a descoberta de um desenho em uma pedra, mostrando figura de um homem crucificado numa cruz, com a cabeça de cavalo e as seguintes palavras: ALEXAMENO ADORA SEU deus “Durante séculos, esse nome Esus (YSUS), foi pronunciado como forma de zombaria para ofender os Nazarenos”. Todavia, esse incidente estava acontecendo fora da Kerrilá Judaica.
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